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A APLICAÇÃO E O AVANÇO DAS NOVAS TECNOLOGIAS EM SALA DE AULA- UM NOVO MEIO DE APRENDIZAGEM (1)

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26 
 
Rev. Científica Eletrônica UNISEB, Ribeirão Preto, v.1, n.2, p. 26-37, ag/dez.2013 
 
A APLICAÇÃO E O AVANÇO DAS NOVAS TECNOLOGIAS EM SALA 
DE AULA: UM NOVO MEIO DE APRENDIZAGEM 
 
Eílen Florentino de Sousa; Camila Cristina Costa; Darilene de Oliveira; Dinailde 
Dourado da Mota; Maria Geralda da Silva Viana - Acadêmicas do curso de Licenciatura 
em Pedagogia do Centro Universitário UNISEB Interativo. 
Cristiane Miasson de Araujo - Orientadora do Trabalho de Conclusão de Curso, Docente 
do UNISEB Interativo. 
 
Resumo 
É notável a grande evolução das novas tecnologias que a cada momento vem se 
transformando e modernizando. Graças à utilização das novas tecnologias da informação e 
comunicação, a educação a distância vem se tornando uma opção para os estudantes. O 
objetivo deste artigo é apresentar uma breve revisão bibliográfica da história e das 
características da modalidade a distância do ensino superior. 
 
Palavras- chave: Novas tecnologias, EAD, Educação à distância. 
 
Abstract 
It’s remarkable the great evolution of new technologies that every moment has been 
transformed and modernized. Thanks to the use of new information and communication 
technologies, distance education has become an option for students. The aim of this paper is 
to present a brief review of the history and characteristics of the distance mode of higher 
education. 
 
Keywords: New technologies, distance learning, distance education. 
 
1. Introdução 
A revolução trazida pelos meios de comunicação e principalmente, pela internet, 
possibilita o acesso à informação de maneira cada vez mais rápida. Nesse contexto, a 
educação à distância (EAD) surge como um instrumento fundamental de promoção de 
oportunidades e eliminação de distâncias, como salientado por Hack (2011, p. 14): 
 
As novas tecnologias vêm possibilitando o rompimento das fronteiras da 
comunicação. (...) a EAD seria uma forma de ensinar e aprender que proporciona ao 
aluno que não possui condições de comparecer diariamente à escola a oportunidade 
de adquirir os conteúdos que são repassados aos estudantes da educação presencial. 
 
Este trabalho tem o objetivo de investigar qual o papel da educação à distância e como 
as novas tecnologias estão sendo utilizadas na formação dos alunos de graduação à distância. 
27 
 
Rev. Científica Eletrônica UNISEB, Ribeirão Preto, v.1, n.2, p. 26-37, ag/dez.2013 
 
Serão apresentadas as principais características da modalidade de ensino a distância e 
apontadas as suas vantagens e limitações. Serão utilizadas obras de diferentes autores, tais 
como: Josias Ricardo Hack, José Manuel Moran, Cristiane Nova e Lynn Alves, além de 
artigos da internet e documentos publicados no portal do MEC e no Diário Oficial da União. 
Moran (2000) considera a modalidade de ensino a distância como um processo que dá 
oportunidade ao aluno de um aprendizado independente, auxiliado pelas novas tecnologias 
(chat, internet, videoaulas), onde professores e alunos não estão juntos a todo tempo, mas se 
comunicam sempre. 
Nessa mesma linha de raciocínio encontra-se Hack (2011), que enxerga a EAD como 
uma forma de ensinar e aprender que proporciona ao aluno impossibilitado de comparecer 
diariamente à faculdade a oportunidade de adquirir conhecimentos como nos cursos 
presenciais. 
Cristiane Nova e Lynn Alves, mestres de educação pela Universidade Federal da 
Bahia (UFBA), pesquisam o papel da tecnologia no ensino superior, e concebem a 
modalidade a distância como uma construção coletiva do conhecimento, mediada, tecnologia 
e não apenas como um meio centrado no autodidatismo. Para Alves e Nova, a educação a 
distância pode ser definida da seguinte forma: 
Nesse sentido, compreendemos a educação a distância como uma das modalidades 
de ensino aprendizagem, possibilitada pela mediação dos suportes tecnológicos, 
digitais e de rede, seja esta inserida em sistemas de ensino presenciais, mistos ou 
completamente realizada através da distância física. (ALVES; NOVA, 2003, p.5-
27). 
 
Os autores citados acima veem na tecnologia o elemento fundamental para o 
aprendizado à distância, pois o aluno não consegue realizar todas as atividades sem as 
ferramentas virtuais proporcionadas pela internet e também sem a interatividade com os 
professores. 
 
2. Conceito de Educação a Distância 
Oficialmente o conceito de educação a distância é definido no Decreto n° 5.622 de 19 
de Dezembro de 2005: 
Art. 1° Para fins deste Decreto caracteriza-se a Educação a Distância como 
modalidade educacional na qual a medição didática – pedagógica nos processos de 
ensino e aprendizagem ocorre com a utilização dos meios e tecnologias e 
informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades 
educativas em lugares ou tempos diversos. (BRASIL, 2005, não paginado). 
 
Neste decreto também é ressaltado a obrigatoriedade de momento presencial nos 
cursos de graduação a distância, como se segue: 
28 
 
Rev. Científica Eletrônica UNISEB, Ribeirão Preto, v.1, n.2, p. 26-37, ag/dez.2013 
 
§1° A Educação a Distância organiza-se segundo metodologia, gestão e avaliação 
peculiares, para os quais deverá estar prevista a obrigatoriedade de momentos 
presenciais para: 
I- avaliações de estudantes; 
II- estágios obrigatórios, quando previstos na legislação pertinente; 
III- defesa de trabalhos de conclusão de cursos quando previstos na legislação 
pertinente e 
IV- atividades relacionadas a laboratórios de ensino, quando for o caso. (BRASIL, 
2005, não paginado) 
 
Os momentos presenciais dos cursos a distância são muito importantes para que o 
acadêmico sinta-se mais próximo da instituição de ensino e tenha o apoio presencial do tutor 
local. Geralmente, nos cursos de graduação, as aulas presenciais acontecem uma vez por 
semana, onde os alunos assistem às aulas transmitidas via satélite, realizam avaliações 
presenciais, entregam os trabalhos e podem tirar suas dúvidas com o professor. 
Mesmo com a nomenclatura Educação a Distância, a interatividade entre professor e 
aluno é importante para evitar isolamento social e um melhor aproveitamento do curso. 
Lembrando que essa interatividade não necessita unicamente ser realizada pessoalmente, mas 
também através de tele ou vídeo-aulas e atividades em ambientes virtuais. 
Hack (2011) também traz contribuições importantes sobre esta modalidade de ensino, 
onde contextualiza a educação a distância como uma modalidade que permite realizar o 
processo de construção do conhecimento de forma crítica, criativa e contextualizada, mesmo 
que o encontro presencial do educador e aluno não ocorra diariamente, promovendo a 
comunicação educativa através de múltiplas tecnologias. 
Um acontecimento importante sobre a EAD está expresso em nota publicada no Diário 
Oficial da União, que diz: 
Educação a Distância para Cursos Superiores- As instituições de ensino superior do 
sistema federal de ensino poderão introduzir, na organização pedagógica e curricular 
de seus cursos superiores reconhecidos, a oferta de disciplinas que, em seu todo ou 
em parte, utilizem método não presencial. Essas disciplinas não poderão exceder a 
20% do respectivo curso (KENSKI, 2010, p.6). 
 
Diante deste acontecimento, inicia-se um novo marco, onde a educação a distância 
aparece como meio de se mesclar ou até mesmo substituir algumas disciplinas nos cursos 
presenciais. Muitas instituições presenciais estão adaptando algumas disciplinas dos cursos 
presencias na modalidade à distância. Geralmente, oferecem as disciplinas de recuperação e 
as matérias comuns a vários cursos, como Metodologia de Pesquisa Científica, Sociologia, 
entre outras. De acordo com a lei, o currículo pode ser flexível em até 20% da carga horária 
total, e cada universidade define qual o ponto de equilíbrio entre o presencial e o virtual. 
29 
 
Rev. Científica Eletrônica UNISEB, Ribeirão Preto, v.1, n.2, p. 26-37, ag/dez.2013 
 
Diantedeste contexto de integração entre o presencial e o virtual, Moran (2000) 
destaca: 
 
Em poucos anos dificilmente teremos um curso totalmente presencial. (...). Vale a 
pena inovar, testar, experimentar, porque avançaremos mais rapidamente e com 
segurança na busca destes novos modelos que estejam de acordo com as mudanças 
rápidas que experimentamos em todos os campos e com necessidade de aprender 
continuamente (não paginado). 
 
Antes a EAD era vista como uma modalidade de baixo nível, um sistema de ensino 
destinado às camadas populares. Mas hoje já é vista como uma alternativa a quem deseja 
estudar. De acordo com pesquisas realizadas pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e 
Pesquisas Educacionais) e pelo MEC apontadas por Bof (2011), entre 2006 e 2008, a 
educação a distância vem crescendo muito nesses últimos anos e conquistando um número 
grande de estudantes, como mostra o quadro abaixo: 
 
Quadro 1- Panorama da educação à distância no ensino 
superior - Brasil 2000-2009 
Ano Alunos matriculados na 
educação à distância 
2000 1.682 
2001 5.359 
2002 40.714 
2003 49.911 
2004 59.611 
2005 114.642 
2006 207.206 
2007 369.766 
2008 727.961 
2009 838.125 
Fonte: Bof, 2011. 
 
Esse crescimento mostra que a EAD está sendo bem aceita, e os resultados das 
avaliações são satisfatórios, não havendo diferenças entre estudantes presenciais e à distância, 
como Hack (2011, p.87) afirma: “fica saliente que uma EAD bem planejada, dimensionada e 
gerenciada pode ter um rendimento igual ou até superior ao ensino presencial”. 
No Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes), um dos principais exames 
de avaliação do ensino superior, os estudantes de cursos a distância atingiram médias iguais 
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Rev. Científica Eletrônica UNISEB, Ribeirão Preto, v.1, n.2, p. 26-37, ag/dez.2013 
 
ou superiores aos estudantes da modalidade presencial. De acordo com pesquisas do INEP e 
MEC entre 2006 e 2008, o desempenho médio dos ingressantes na modalidade presencial no 
Enade 2006 foi de 34,8, e o dos ingressantes na modalidade a distância foi de 37,0. O 
desempenho dos estudantes concluintes no exame do mesmo ano alcançou a média de 36,8 
para os estudantes presenciais, e 37,0 para os alunos EAD. No Enade de 2008, o resultado foi 
parecido, os estudantes ingressantes na modalidade presencial alcançaram a média de 35,5 e 
os da modalidade EAD também alcançaram a média de 35,5. 
 
 
31 
 
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Essas pesquisas e avaliações demonstram que, a qualidade dos resultados alcançados 
vai depender da dedicação do aluno e da metodologia utilizada pela instituição e não da 
modalidade de ensino oferecido, que pode ser tanto presencial quanto virtual. 
 
3. Um Breve Histórico da Ead no Brasil 
A abertura legal para o ensino superior à distância no Brasil ocorreu na nova Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, 
conforme aponta Hack (2011, p. 33): 
 
A caminhada brasileira no ensino superior a distância parte de uma experiência 
iniciada em 1998 e esta conquistando espaços paulatinamente. O primeiro curso 
universitário à distância em nosso país foi encabeçado pela Universidade Federal de 
Mato Grosso (UFMT). O projeto pioneiro criado pela UFMT em 1998 visava formar 
professores da rede pública a partir da Licenciatura em Educação Básica, da 1ª à 4ª 
série à distância. 
 
Podemos dizer que o ensino a distância é uma prática recente, se comparada às 
universidades presenciais. Essa modalidade avançou após a inauguração do Instituto Rádio 
Monitor em 1939 e aos cursos profissionalizantes por correspondência. O rádio passou a ser 
muito utilizado devido a sua versatilidade e baixo custo. Na época, um dos principais 
objetivos do Instituto Rádio Monitor já era o de utilizar o rádio para ensinar, eram 
transmitidos programas de literatura, línguas, e cursos profissionalizantes para a educação 
básica (HACK, 2011). 
Em 1941, surge o Instituto Universal Brasileiro, fundado por um ex-sócio do Instituto 
Rádio Monitor que já formou mais de quatro milhões de pessoas e atua até hoje oferecendo 
cursos abertos de capacitação profissional. 
Nas ultimas décadas, o rádio vem sendo utilizado para ações de ensino à distância, 
quase sempre governamentais. Na atualidade o Fundo de Fortalecimento da Escola 
(FUNDESCOLA), um programa do Ministério da Educação apresenta desde 1997 de segunda 
a sexta – feira pela Rádio Nacional (AM) e pela Rádio Nacional Amazônia, o programa 
Escola Brasil que é transmitido nas regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste do Brasil, que leva 
notícias para pais, professores, alunos e diretores sobre o dia a dia das escolas da região. O 
programa é totalmente educativo, e auxilia toda a comunidade escolar sobre os assuntos de 
educação mobilizando pais e as comunidades locais a participarem da vida escolar. 
Hoje em dia o rádio não é mais tão utilizado nos cursos à distância, devido ao 
surgimento das novas tecnologias da comunicação e informação que são mais acessíveis e 
permitem o acesso através de qualquer aparelho que se conecte a internet. 
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Rev. Científica Eletrônica UNISEB, Ribeirão Preto, v.1, n.2, p. 26-37, ag/dez.2013 
 
Nas figuras que seguem, observa-se o crescimento de Instituições de EAD 
credenciadas em todo o Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1. Instituições Credenciadas no Brasil. 
 
 
Figura 2. Regiões do Brasil que oferecem cursos à distância: 
 
33 
 
Rev. Científica Eletrônica UNISEB, Ribeirão Preto, v.1, n.2, p. 26-37, ag/dez.2013 
 
4. Vantagens e Desvantagens da Ead 
A educação a distância do ensino superior esta revolucionando o cenário educacional 
brasileiro. O número de estudantes vem crescendo a cada ano e a aceitação dessa modalidade 
está cada vez maior, pois as instituições estão se adaptando para oferecer uma qualidade 
maior nos cursos à distância. Dentre os autores que indicam as contribuições da EAD está 
Moran (2000) que afirma: 
 
Essa modalidade de ensino permite uma eficaz combinação de estudo e trabalho, 
garantindo a permanência do aluno em seu próprio ambiente, seja ele profissional, 
cultural ou familiar. O aluno passa a ser sujeito ativo em sua formação (construção 
do conhecimento) e faz com que o processo de aprendizagem se desenvolva mesmo 
no ambiente em que se trabalha e vive, alcançando assim uma teoria e prática ligada 
à experiência e em contato direto com atividade profissional que se deseja 
aperfeiçoar (não paginado). 
 
A modalidade de educação a distância vem ganhando cada vez mais espaço devido a 
sua versatilidade, pois permite ao aluno fazer combinações de sua vida social com o seu 
constante aperfeiçoamento profissional. Entretanto essa modalidade requer muita disciplina, 
persistência, empenho e autodidatismo, pois o aluno tem que organizar sua rotina de estudos e 
estudar sozinho, sem a cobrança constante de um professor. O aluno que ingressa em um 
curso a distância assume um compromisso perante a sua formação profissional. O estudante 
deve ser atento e disciplinado, a fim de reservar um tempo adequado para seus estudos e 
participar das atividades propostas on-line. 
Ainda de acordo com Moran (2000), a educação a distância possui muitas vantagens, 
como se segue: 
 Combinação entre estudo e trabalho. 
 Permanência do aluno em seu ambiente familiar. 
 Menor custo por estudante. 
 Diversificação da população escolar. 
 Pedagogia inovadora. 
 Autonomia do aluno. 
 Materiais didáticos já incluídos no preço 
 
Realmente, a educação a distância vem possibilitando que pessoas das camadas mais 
carentes da população ou que moram muito afastadas tenham acesso ao ensino superior e que 
aos estudantes que trabalham tenham a oportunidade de estudar, realizando as atividades no 
horário que estiverem livres. 
Outro aspecto a ser analisado na educação a distânciaé a preparação do material 
didático. É necessário trabalhar o material didático para torná-lo mais atraente e eficaz. 
 
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Rev. Científica Eletrônica UNISEB, Ribeirão Preto, v.1, n.2, p. 26-37, ag/dez.2013 
 
Dentre os autores que estudam o tema, está Lobato (2009, p. 4) que afirma: 
 
Dessa forma, a EAD, por meio de diversos recursos didáticos e com apoio de uma 
organização tutorial, busca mecanismos que propiciem a aprendizagem autônoma do 
estudante. Mas, para que esse processo se legitime, vários fatores são levados em 
conta, dentre os quais, um dos mais importantes vem a ser o material didático, pois, 
na educação à distância, o material a ser usado didaticamente não se resume apenas 
na escolha de um livro-texto ou de textos avulsos. Faz-se necessário, nesse sentido, 
que o material venha a proporcionar múltiplas interações ao discente e, 
consequentemente, a aprendizagem qualitativa. 
 
Como ressalta o autor, um grande desafio para as instituições EAD é a preparação de 
um material didático que prenda a atenção dos alunos e que seja de fácil entendimento, pois o 
aluno estuda sozinho a maior parte da grade curricular do seu curso. Esse material didático 
deve ser dinâmico, pois o estudante deve ter clareza do conteúdo que está estudando. 
A maior parte das instituições EAD usa o material impresso como mídia principal, a 
internet está em segundo lugar com 63% das faculdades que a utilizam como mídia principal. 
Para solução de dúvidas a principal ferramenta é o email com 87%%, o telefone com 82%, o 
tutor presencial com 76% e o professor online com 66% (MORAN, 2000, não paginado). 
Apesar de a educação a distância ser uma modalidade que vem ganhando cada vez 
mais espaço no cenário educacional brasileiro, ela também apresenta desvantagens, tais como: 
alto custo da produção do material didático, que requer profissionais especializados, excesso 
de conteúdos teóricos, falta de uma biblioteca real aos alunos, preconceito por falta de pessoas 
mais conservadoras e desinformadas, disponibilidade de um computador com acesso a 
internet, o que nem sempre é acessível a todas as regiões e a todos os alunos e conhecimentos 
de informática e multimídia por parte dos alunos. Mas a desvantagem mais comentada pelos 
estudiosos do tema, principalmente antes do desenvolvimento da internet, está na falta de 
interatividade professor/aluno e aluno/aluno. Entre os estudiosos estão Alves e Nova (2003, p. 
5), que afirmam: 
Um dos grandes problemas desses cursos relacionava-se à quase que completa falta 
de interatividade processo de aprendizagem, devido à dificuldade dos alunos de 
trocarem experiências e dúvidas com professores e colegas, o que desestimulava e 
empobrecia todo o processo educacional. 
 
Ainda de acordo com Alves e Nova, esse problema está sendo aos poucos minimizado, 
graças à difusão das tecnologias de comunicação em rede, que vem possibilitando uma 
interatividade cada vez maior, como é destacado a seguir: “As possibilidades de acesso a 
informações e conhecimentos sistematizados, assim como as interações entre diferentes 
sujeitos educacionais ampliaram-se significativamente”. (ALVES; NOVA, 2003, p.6). 
35 
 
Rev. Científica Eletrônica UNISEB, Ribeirão Preto, v.1, n.2, p. 26-37, ag/dez.2013 
 
À medida que os meios tecnológicos evoluem, a educação a distância também evolui. 
Na mesma linha de pensamento de Alves e Nova está Hack (2011, p. 89), que diz: 
Existem formas de repensar a interatividade entre docentes e alunos, bem como 
entre alunos e alunos (como as salas de bate-papo virtual e aulas presenciais ou 
confraternizações esporádicas), que precisam ser consideradas para que o isolamento 
seja rompido. 
 
Ao mesmo tempo em que apresenta vantagens, a EAD também tem suas limitações. 
Certamente algumas delas serão superadas com a evolução constante das metodologias, outras 
permanecerão, pois são intrínsecas, do mesmo modo que o ensino presencial carrega suas 
vantagens e limitações, afinal, nenhuma modalidade de ensino é 100% positiva, todas 
apresentam dificuldades a serem vencidas. Muitas delas podem ser vencidas com incentivos 
do governo em qualificação dos estudantes, na ampliação do acesso a internet para regiões 
mais isoladas e numa melhor elaboração do material didático para os estudantes, que deve ter 
por referência pressupostos educacionais atualizados, deve considerar os conteúdos a serem 
transmitidos levando em conta a realidade social e cultural do aluno. 
 
5. A Aplicação das Novas Tecnologias em Sala de Aula 
As novas tecnologias permitem possibilidades de comunicação cada vez mais rápidas. 
Mas fica visível que o domínio dessas tecnologias representa um desafio a ser vencido, pois a 
evolução dos meios tecnológicos é muito frequente. Tal afirmação é comprovada por Peters 
(2011, p. 68) que diz: “muitos anos passarão até que alcancemos o domínio das possibilidades 
tecnológicas na EAD, e muitos empecilhos deverão ser vencidos”. 
Para quem deseja ingressar em um curso de graduação a distância, é preciso conhecer 
os meios tecnológicos. O computador e a internet e as transmissões via satélite são hoje, os 
meios mais utilizados, e os principais no processo de ensino aprendizagem dessa modalidade. 
De acordo com Hack (2011, p.106), as principais ferramentas empregadas na EAD 
são: 
Fóruns de discussão: ferramenta que permite o debate de temáticas entre os alunos. 
Cada estudante pode enviar suas opiniões e sugestões de leitura; pastas virtuais: 
permitem ao aluno visualizar apostilas, slides das aulas, textos recomendados e 
trabalhos disponibilizados pelos docentes; chats: permitem o envio de sugestões e 
dúvidas que são respondidos em tempo real pelo professor de plantão; atividades 
online. 
 
Todas essas ferramentas são grandes aliadas no processo educativo, como Hack (2011, 
p.57) considera: 
 
36 
 
Rev. Científica Eletrônica UNISEB, Ribeirão Preto, v.1, n.2, p. 26-37, ag/dez.2013 
 
A utilização do computador com o recurso tecnológico no processo educativo 
encontra força em sua flexibilidade e amplitude de recursos. A possibilidade de 
agregar múltiplas mídias e periféricos em um mesmo equipamento torna o 
computador um grande aliado do docente e do estudante da EAD. 
 
As ferramentas de interação virtual (fóruns, chats, e-mail) apresentam grandes 
vantagens, entretanto, é preciso lembrar que o contato presencial com docentes e colegas de 
classe também é uma ferramenta de aprendizagem, que estimula a cooperação e integração 
entre os mesmos. Assim, para Hack (2011, p.63), “a tecnologia deve ser um meio e não um 
fim de um processo de construção do conhecimento à distância”. 
Todas as tecnologias podem ser utilizadas, principalmente de forma combinada. O 
modelo de ensino a distância que atualmente mais atrai os alunos é o que mostra o professor 
em tempo real, a tele aula. Esse meio reforça o papel do professor e aproxima o aluno do 
docente, permitindo que dúvidas sejam tiradas ao vivo, durante as aulas. 
 
6. Considerações Finais 
Pode-se entender a educação a distância como um processo de ensino aprendizagem 
mediada pelas novas tecnologias da informação e comunicação, onde alunos e professores 
desenvolvem atividades educativas em tempos e lugares diferentes. É uma modalidade que 
está atraindo cada vez mais um número maior de estudantes, principalmente daqueles que 
moram distante ou que preferem organizar sua própria rotina de estudo. Entretanto faz-se 
necessário uma rígida disciplina de estudos e muita perseverança para vencer os desafios de 
um curso a distância. 
Toda tecnologia auxilia no processo educativo, depende da forma que o aluno a 
utiliza. Ao mesmo tempo em que facilitam a interação virtual, também podem atrapalhar o 
aprendizado se o aluno não tiver o domínio das novas tecnologias e dos recursos multimídia. 
Apesar de ainda existir preconceito, hoje ainda há muito mais compreensão de que a 
EAD é fundamentalpara o país, fato comprovado pelo número crescente de alunos que 
procuram por um curso a distância. Mas ainda é vista como uma modalidade supletiva 
destinada apenas a quem mora em regiões afastadas ou que não tem tempo para frequentar 
uma instituição presencial. 
Para que essa modalidade continue crescendo, é necessária a democratização no 
acesso a internet, a expansão desse meio para regiões mais afastadas e políticas públicas 
destinadas a qualificação dos alunos, pois para se estudar a distância é necessário 
conhecimento básico de informática. 
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Rev. Científica Eletrônica UNISEB, Ribeirão Preto, v.1, n.2, p. 26-37, ag/dez.2013 
 
Infelizmente ainda existem lugares que não têm condições de oferecer essa 
modalidade de curso por não possuir energia elétrica ou não ter acesso à internet, sendo 
necessário um aperfeiçoamento tecnológico nessas regiões, principalmente as regiões Norte e 
Nordeste (ver anexo). 
Enfim, ainda há muito que ser feito para que essa modalidade contemple todas as 
regiões do Brasil. Mas graças aos avanços dos meios tecnológicos essa realidade está cada vez 
mais próxima. 
 
Referências 
 
ALVES, L.; NOVA, C. Educação a distância: uma nova concepção de aprendizagem e 
interatividade. Futura, São Paulo, 2003, p.5-27. Disponível em: <HTTP////: 
WWW.lynn.pro.br/livros. php>.Acesso em 20/08/2012 
 
BOF, A.M. Panorama da educação a distância no ensino superior brasileiro, 2011. 
Disponível em: www.educacaoaberta.org/rea. Acesso em 01/09/2012 
 
BRASIL. Decreto 5.622, de 19 de dezembro de 2005. Diário Oficial da República 
Federativa do Brasil. Disponível em: <HTTP//WWW.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-
2005/Decreto/D5622.htm>>. Acesso em 29/08/2012. 
 
HACK. J. Introdução a educação a distância. Florianópolis: LLU/CCE/UFSC, 2011. 
 
KENSKI, V. O desafio da educação a distância no Brasil. Edufoco, 2010. Disponível em: 
<HTTP//: WWW.ufjf.br/revistaedufoco/files/2010/02/011.pdf> Acesso em 27/08/2012 
 
LOBATO, I. M. O processo interativo na educação a distância: professor, aluno e material 
didático. Revista Paidéi@, UNIMES VIRTUAL, Volume 2, número 1, jun.2009. Disponível 
em: http://revistapaideia.unimesvirtual.com.br. Acesso em 01/09/2012. 
 
MORAN, J. M. Boletim de Educação a Distância. Brasil, Ministério da Educação, Secretaria 
de Educação a distância, 2000. Disponível em HTTP://www.eca.usp.br/prof/moran. Acesso 
em 20/08/2012 
 
NUNES, I. B. Noções de educação a distância. Artigo publicado originalmente em: Revista 
Educação a Distância, nrs. 4/5. Dez/93-Abri-94, Brasília, Instituto Nacional de Educação a 
Distância, p. 7-25. Disponível em <<: HTTP://pt.scribd.com/doc/21015548/Artigo-1994-
Noções-de-educação-a -distância-Ivonio-Barros-NUNES>Acesso em 20/05/2012. 
 
PETERS,O. Didática do ensino a distância. São Leopoldo: Unisinos, 2001.Resenha por João 
Mattar. Disponível em: <HTTP//: joaomattar.com. blog/2007/03/08/didatica-do-ensino-a-
distancia.>Acesso em 29/08/2012 
 
http://www.ufjf.br/revistaedufoco/files/2010/02/011.pdf
http://www.eca.usp.br/prof/moran
http://pt.scribd.com/doc/21015548/Artigo-1994-Noções-de-educação-a%20-distância-Ivonio-Barros-NUNES
http://pt.scribd.com/doc/21015548/Artigo-1994-Noções-de-educação-a%20-distância-Ivonio-Barros-NUNES

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