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THCURSOS_CONTABILIDADE_PUBLICA_Curso_Basico_2015_Aula_4

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 CURSO EM PDF – CONTABILIDADE PÚBLICA 
CURSO BÁSICO 2015 
Prof. Alexandre Teshima 
 
 
 
AULA 4 
Conteúdo 
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 2 
2. REGIMES CONTÁBEIS ........................................................................................................... 3 
3. CONTABILIDADE PÚBLICA NA LEI 4320/64 ................................................................. 10 
a. A CONTABILIDADE E A PRESTAÇÃO DE CONTAS: ..................................................... 10 
b. OBJETIVOS DA CONTABILIDADE ..................................................................................... 10 
c. A CONTABILIDADE E O CONTROLE DOS BENS PATRIMONIAIS ............................. 11 
d. DÍVIDA FLUTUANTE E FUNDADA ..................................................................................... 12 
e. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ........................................................................................ 14 
f. AVALIAÇÃO DOS ELEMENTOS PATRIMONIAIS ............................................................ 16 
4. CONTABILIDADE PÚBLICA NA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL .................... 20 
5. NBC T 16.4 – TRANSAÇÕES NO SETOR PÚBLICO ...................................................... 24 
a. VARIAÇÕES PATRIMONIAIS .............................................................................................. 26 
6. NBC T 16.3 – PLANEJAMENTO E SEUS INSTRUMENTOS SOB O ENFOQUE 
CONTÁBIL......................................................................................................................................... 29 
7. NBC T 16.8 – CONTROLE INTERNO................................................................................. 30 
8. PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE SOB A PERSPECTIVA DO SETOR PÚBLICO ... 33 
9. QUESTÕES DE CONCURSO ................................................................................................ 41 
10. QUESTÕES DE CONCURSO – GABARITO COMENTADO ............................................ 49 
 
 
 
 
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CURSO BÁSICO 2015 
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1. INTRODUÇÃO 
 
Prezados Alunos 
Após o estudo detalhado da classificação e do processamento da execução 
da receita Pública e da despesa pública, vamos focar nesta aula os seguintes 
pontos: 
Regimes Contábeis: Com relação ao regime contábil, sempre se afirmou que a 
contabilidade pública adota o regime misto. Agora, de acordo com o novo 
posicionamento, temos dois enfoques. No enfoque orçamentário, o regime 
continua sendo misto (receita: regime de caixa; despesa: regime de 
competência). Porém, no enfoque patrimonial, as receitas e despesas devem ser 
reconhecidas pelo regime de competência. 
Contabilidade Pública na Lei 4320/64: Vamos estudar os principais pontos 
dos artigos 83 a 110 da Lei 4320/64 que tratam especificamente da 
Contabilidade Pública. 
Contabilidade Pública na Lei de Responsabilidade Fiscal: Vamos estudar 
os artigos 50 a 51 da Lei de Responsabilidade Fiscal que tratam especificamente 
da Contabilidade Pública. 
Princípios de Contabilidade Sob a Perspectiva do Setor Público: Vamos 
estudar as principais informações contidas nas Resoluções 750/93 e 1367/11. 
Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público – NBCT 
16: Nesta aula, estudaremos as seguintes normas: 
Ano Resolução Descrição 
2008 001130 NBC T 16.3 - Planej. e seus Instrumentos sob Enfoque contab. 
2008 001131 NBC T 16.4 - Transações no Setor Público. 
2008 001135 NBC T 16.8 - Controle Interno. 
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2. REGIMES CONTÁBEIS 
 
Uma função importante da Contabilidade Pública é a apuração do 
resultado do exercício financeiro (superávit ou déficit) através do confronto 
entre as receitas e despesas ocorridas no período. Entretanto, existem vários 
critérios (caixa, competência e misto) utilizados para reconhecer as receitas e 
despesas que serão consideradas na apuração do resultado do exercício. A 
doutrina contábil denomina o estudo destes critérios de “Regimes Contábeis”. 
Os regimes de reconhecimento da receita e despesa para apuração do 
resultado são: 
Regime de Caixa – As receitas e despesas devem ser reconhecidas 
(registradas) quando efetivamente recebidas e pagas. 
Regime de Competência – As receitas e despesas devem ser reconhecidas 
(registradas) quando da ocorrência do fato gerador, independente de ter sido 
recebidas ou pagas. 
Regime Misto – É o que possui características tanto do regime de caixa quanto 
de competência. 
O regime de caixa é o mais fácil de ser visualizado, pois as receitas e 
despesas são reconhecidas (consideradas para apuração do resultado) quando 
são recebidas ou pagas. O regime de competência é mais complexo, visto que o 
critério de reconhecimento é a ocorrência do fato gerador (momento da entrega 
da mercadoria ou prestação do serviço) e não o recebimento ou pagamento. Já 
no regime misto, há uma “mistura” de critérios. 
Por exemplo, se o governo prestou um serviço em 2014 e recebeu o valor 
em 2105. Pelo regime de caixa, a receita deve ser reconhecida em 2015 
(momento do recebimento) e, pelo regime de competência, a receita deve ser 
reconhecida em 2014 (momento do fato gerador – prestação do serviço). 
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No caso da despesa, por exemplo, se o governo compra e paga uma 
mercadoria em 2014 e só recebe a entrega em 2015. Pelo regime de caixa, 
despesa de 2014 (momento do pagamento); já pelo regime de competência, 
despesa de 2015 (momento do fato gerador – entrega da mercadoria). 
O estudo dos regimes contábeis no contexto da contabilidade aplicada ao 
setor público é problemático tendo em vista a existência de dois enfoques 
(orçamentário e contábil). Outro ponto que dificulta é que, recentemente, houve 
uma modificação no entendimento do critério contábil que deve ser utilizado 
para o reconhecimento das receitas e despesas no setor público. 
ALERTA: Na visão velha, o entendimento é que o regime da contabilidade 
pública é misto (orçamentário ou contábil). Na visão nova, o entendimento é 
que o regime orçamentário é misto e o regime contábil (patrimonial) é 
competência. 
 
Regime Orçamentário 
Este regime está fundamentado no art. 35 da Lei 4320/64 que assim 
dispõe: 
“Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro: 
I – as receitas nele arrecadadas; 
II – as despesas nele legalmente empenhadas.” 
 
De acordo com o referido dispositivo, pela ótica orçamentária, a receita 
deve ser reconhecida no estágio da arrecadação e a despesa no estágio do 
empenho. 
Por interpretação, a doutrina convencionou que, a receita utiliza o regime 
de caixa (arrecadação) e a despesa o regime de competência (empenho). Como 
há uma mistura de regimes (caixa e competência),concluí-se que o regime 
orçamentário é misto. 
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Momento do 
Reconhecimento 
Regime 
Regime 
Orçamentário 
Receita Arrecadação Caixa 
Misto 
Despesa Empenho Competência 
 
Regime Contábil (Patrimonial) 
Sobre o regime patrimonial, o MCASP assim dispõe: 
No entanto, há de se destacar que o art. 35 refere-se ao regime 
orçamentário e não ao regime contábil (patrimonial), pois a 
contabilidade é tratada em título específico da citada lei, no qual se 
determina que as variações patrimoniais devam ser evidenciadas, 
sejam elas independentes ou resultantes da execução orçamentária. 
A Contabilidade Aplicada ao Setor Público, assim como qualquer outro 
ramo da ciência contábil, obedece aos Princípios de Contabilidade. 
Dessa forma, aplica-se o princípio da competência em sua 
integralidade, ou seja, os efeitos das transações e outros eventos 
são reconhecidos quando ocorrem, e não quando os recursos 
financeiros são recebidos ou pagos. 
ALERTA: O MCASP deixa bem claro que o regime misto (consagrado no art. 35 
da Lei 4320) refere-se ao regime orçamentário. O regime contábil (patrimonial) 
deve seguir na integralidade o princípio da competência. 
 
Reconhecimento da Receita Pública no Regime Patrimonial 
Pelo regime patrimonial (contábil), a receita (variação patrimonial 
aumentativa) deve ser reconhecida no momento do fato gerador 
independentemente do estágio da execução orçamentária em que se encontra, 
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de forma a atender os princípios da competência e oportunidade. Sobre o 
assunto, o MCASP assim dispõe: 
Portanto, com o objetivo de evidenciar o impacto no patrimônio, deve 
haver o registro da variação patrimonial aumentativa, 
independentemente da execução orçamentária, em função do 
fato gerador, observando-se os princípios contábeis da competência 
e da oportunidade. 
Em face do exposto, podemos concluir que, no regime patrimonial, a 
receita pública pode ser reconhecida como realizada independentemente da 
ocorrência do estágio da arrecadação da receita. 
O MCASP acrescenta que, no âmbito da atividade tributária, pode-se 
utilizar o momento do lançamento tributário como referência para o seu 
reconhecimento, pois é por esse procedimento que: 
- verifica-se a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente; 
- determina-se a matéria tributável; 
- calcula-se o montante do tributo devido; e 
- identifica-se o sujeito passivo. 
 Ocorrido o fato gerador, pode-se proceder ao registro contábil do direito a 
receber em contrapartida de variação patrimonial aumentativa, o que representa 
o registro da variação patrimonial aumentativa por competência. 
Exemplificando: Vamos supor que o fato gerador de um determinado imposto 
aconteceu em junho/2015, entretanto a sua arrecadação só será efetivada em 
agosto/2015. Neste caso, o reconhecimento patrimonial da receita (variação 
patrimonial aumentativa) deverá ser registrado em junho/2015, já o 
reconhecimento orçamentário da receita deverá ser contabilizado em agosto de 
2015. 
 
 
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Reconhecimento da Despesa Pública no Regime Patrimonial 
De acordo com a ótica do regime patrimonial, a despesa (variação 
patrimonial diminutiva) deve ser reconhecida no momento do fato gerador 
independentemente do estágio em que se encontra (empenho, liquidação ou 
pagamento). Sobre o tema, o MCASP assim dispõe: 
Portanto, com o objetivo de evidenciar o impacto no patrimônio, deve 
haver o registro da variação patrimonial diminutiva em razão 
do fato gerador, observando os Princípios Contábeis da Competência 
e da Oportunidade. 
O MCASP também ressalta que, no regime patrimonial, o reconhecimento 
da despesa contábil (variação patrimonial diminutiva) pode acontecer antes, 
durante ou depois dos estágios do empenho e da liquidação da despesa. 
Sintetizando: 
Reconhecimento 
Momento do 
Reconhecimento da 
Receita 
Momento do 
Reconhecimento da 
Despesa 
Regime 
Orçamentário 
Estágio da 
Arrecadação 
Estágio do Empenho Misto 
Patrimonial 
(Contábil) 
Data da ocorrência do 
fato gerador 
independentemente 
da arrecadação da 
receita 
Data da ocorrência 
do Fato gerador 
independentemente 
do empenho ou 
liquidação da 
despesa. 
Competência 
 
 
 
 
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Exercícios de Fixação 
1 - FGV 2015 Pref. Cuiabá/MT – CONTADOR De acordo com a Lei nº 
4.320/64, pertencem a determinado exercício financeiro 
(A) as receitas e as despesas cujos fatos geradores ocorreram no exercício. (B) 
as receitas cujos fatos geradores ocorreram e as despesas pagas no exercício. 
(C) as receitas arrecadadas e as despesas legalmente empenhadas no exercício. 
(D) as receitas arrecadadas e as despesas liquidadas no exercício. 
(E) as receitas arrecadadas e as despesas pagas no exercício. 
Gabarito C 
Comentário: É o que dispõe a Lei 4320/64: 
“Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro: 
I – as receitas nele arrecadadas; 
II – as despesas nele legalmente empenhadas.” 
2. (FCC - TRT20- Anal.Jud-Administrativa – 2011) No exercício 
financeiro, de acordo com a Lei Federal no 4.320/64 (Normas Gerais de 
Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e 
balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal), 
sob o aspecto orçamentário, o reconhecimento da receita ocorre no 
momento 
(A) do Lançamento. 
(B) da Previsão. 
(C) da Arrecadação. 
(D) da Contabilização. 
(E) do Recolhimento. 
Gabarito: C 
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Comentário: O regime orçamentário está previsto no art. 35 da Lei 4320. 
Neste regime, a receita é reconhecida no momento da arrecadação. 
3 - FCC/TJUSE-Anal.Jud. Contabilidade/2009 De acordo com legislação 
em vigor, pertencem ao exercício financeiro as despesas orçamentárias 
nele legalmente 
(A) empenhadas. 
(B) fixadas. 
(C) liquidadas. 
(D) previstas. 
(E) provisionadas. 
Gabarito: A 
No regime orçamentário, a despesa é reconhecida no empenho. 
4 – Analise os itens a seguir e marque a opçãocorreta: 
I - No regime orçamentário, as receitas e despesas são contabilizadas 
pelo regime de caixa. 
II - No regime patrimonial, as receitas e despesas são contabilizadas 
pelo regime de competência. 
III - No âmbito da atividade tributária, pode-se utilizar o momento do 
lançamento como referência para o seu reconhecimento. 
Estão corretos: 
a) Somente o item I 
b) Somente os itens I e II 
c) Somente os itens II e III 
d) Somente o item III 
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e)Todos os itens. 
Gabarito: C 
 O item I está incorreto visto que a receita utiliza o regime de caixa e a 
despesa o regime de competência. 
3. CONTABILIDADE PÚBLICA NA LEI 4320/64 
 
Nesta parte da aula, vamos estudar alguns pontos importantes da Lei 
4320/64 sobre a Contabilidade Pública destacados a seguir: 
a. A CONTABILIDADE E A PRESTAÇÃO DE CONTAS: 
Art. 83. A contabilidade evidenciará perante a Fazenda Pública a 
situação de todos quantos, de qualquer modo, arrecadem receitas, 
efetuem despesas, administrem ou guardem bens a ela 
pertencentes ou confiados. 
 Art. 84. Ressalvada a competência do Tribunal de Contas ou órgão 
equivalente, a tomada de contas dos agentes responsáveis por 
bens ou dinheiros públicos será realizada ou superintendida 
pelos serviços de contabilidade. 
No setor público, todos os responsáveis por arrecadação de receita, 
realização de despesa e administração e guarda de bens estão sujeitos a 
prestação de contas conforme determina o art. 70 da CF. O julgamento das 
contas do chefe do Poder Executivo é de responsabilidade do Poder Legislativo e 
as demais contas são julgadas pelo Tribunal de Contas. A contabilidade, neste 
contexto, tem como missão produzir informações que facilitem a prestação e 
julgamento dessas contas. 
b. OBJETIVOS DA CONTABILIDADE 
 
Art. 85. Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a 
permitirem o acompanhamento da execução orçamentária, o 
conhecimento da composição patrimonial, a determinação dos 
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custos dos serviços industriais, o levantamento dos balanços 
gerais, a análise e a interpretação dos resultados econômicos e 
financeiros. 
Art. 89. A contabilidade evidenciará os fatos ligados à administração 
orçamentária, financeira, patrimonial e industrial. 
De forma sintetizada, a contabilidade aplicada ao setor público é 
executada objetivando produzir informações que facilitem a tomada de decisão 
pelo gestor público. Neste contexto, a contabilidade busca, além da elaboração e 
interpretação dos balanços, suprir o gestor de informações relacionadas à 
execução orçamentária, financeira, patrimonial e dos custos dos serviços 
industriais. 
c. A CONTABILIDADE E O CONTROLE DOS BENS 
PATRIMONIAIS 
Art. 94. Haverá registros analíticos de todos os bens de caráter 
permanente, com indicação dos elementos necessários para a 
perfeita caracterização de cada um deles e dos agentes responsáveis 
pela sua guarda e administração. 
Art. 95 A contabilidade manterá registros sintéticos dos bens 
móveis e imóveis. 
Art. 96. O levantamento geral dos bens móveis e imóveis terá por 
base o inventário analítico de cada unidade administrativa e os 
elementos da escrituração sintética na contabilidade. 
Uma função importante da contabilidade é o controle do patrimônio 
governamental. Neste contexto, é importante destacar que todos os bens 
móveis e imóveis serão escriturados de forma sintética (registrados nos livros: 
Diário e Razão) pela Contabilidade. Com relação aos bens de caráter 
permanente (prazo de vida útil superior a dois anos), além do registro sintético, 
também haverá o controle analítico (ficha com a discriminação detalhada das 
características do bem e do responsável pela sua guarda). Anualmente, as 
unidades administrativas (com base nos registros analíticos e sintéticos) 
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promovem um levantamento geral dos seus bens para fins da prestação de 
contas. 
Sintetizando: 
Registro sintético: para todos os bens móveis e imóveis, sem exceção. 
Registro analítico: só para os bens móveis e imóveis de caráter permanente 
(prazo de vida útil superior a dois anos). 
Fontes para o Levantamento Geral: 
Inventário: analítico / Escrituração: sintética. 
 
d. DÍVIDA FLUTUANTE E FUNDADA 
 
Segundo a Lei 4320/64, a dívida pública se divide em flutuante e fundada. 
DÍVIDA FLUTUANTE 
Sobre a dívida flutuante, a Lei 4320/64 assim dispõe: 
Art. 92. A dívida flutuante compreende: 
 I - os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida; 
 II - os serviços da dívida a pagar; 
 III - os depósitos; 
 IV - os débitos de tesouraria. 
Via de regra, devem ser classificadas como dívida flutuante as obrigações 
que independem de autorização orçamentária (empenho) para que sejam pagas, 
como: 
 Restos a Pagar: São despesas orçamentárias que foram empenhadas e 
não pagas no exercício anterior. São contabilizadas como dívida flutuante 
já que não precisam de um novo empenho para serem pagas no exercício 
da quitação. 
 Serviços da Dívida a Pagar: São restos a pagar com a dívida pública 
(principal e juros) que devem ser quitados no exercício. 
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 Depósitos: São valores de terceiros (retenções, consignações, cauções, 
etc.) provenientes de ingressos extraorçamentários. Estes ingressos, 
enquanto permanecer no caixa do governo, devem ser classificados como 
dívida flutuante já que sua devolução independe de autorização 
orçamentária (empenho). 
 Débitos de Tesouraria: São dívidas decorrentes de operações de crédito 
por antecipação da receita (ARO). A obrigação resultante dessa operação 
deve ser contabilizada como dívida flutuante já que a sua quitação 
independe de autorização orçamentária. 
 
DÍVIDA FUNDADA 
Com relação à Dívida Fundada, a Lei 4320, assim dispõe: 
Art. 98. A dívida fundada compreende os compromissos de 
exigibilidade superior a doze meses, contraídos para atender a 
desequilíbrio orçamentário ou financeiro de obras e serviços públicos. 
Parágrafo único. A dívida fundada será escriturada com individuação e 
especificações que permitam verificar, a qualquer momento, a posição 
dos empréstimos, bem como os respectivos serviços de amortização e 
juros. 
Para que uma dívida seja classificada como fundada, deve atender a dois 
requisitos: 
 Exigibilidade superior a 12 meses: Portanto, só as dívidas de longo 
prazopodem ser consideradas como fundada. 
 Contraídos para atender a desequilíbrio orçamentário ou 
financeiro de obras e serviços públicos: Portanto, dívidas 
decorrentes de ingressos extraorçamentários (depósitos) mesmo que 
tenham prazo de quitação superior a 12 meses não podem ser 
consideradas já que não foram contraídas para atender desequilíbrio 
econômico financeiro. 
ALERTA: Com relação à dívida fundada, a Lei de Responsabilidade Fiscal assim 
dispõe: Art. 29. Para os efeitos desta Lei Complementar, são adotadas as 
seguintes definições: 
 I - dívida pública consolidada ou fundada: montante total, apurado sem 
duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em 
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virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de 
crédito, para amortização em prazo superior a doze meses; 
 § 2o Será incluída na dívida pública consolidada da União a relativa à 
emissão de títulos de responsabilidade do Banco Central do Brasil. 
 § 3o Também integram a dívida pública consolidada as operações de 
crédito de prazo inferior a doze meses cujas receitas tenham constado do 
orçamento. 
 
e. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
 
Primeiramente é importante destacar que atualmente as demonstrações 
contábeis aplicadas ao setor público são regulamentadas pela Lei 4320/64 e 
normas do Conselho Federal de Contabilidade e da Secretaria do Tesouro 
Nacional. Neste ponto da aula, vamos apenas estudar os conceitos contidos na 
Lei 4320/64 sobre as referidas demonstrações já que as mesmas serão 
estudadas detalhadamente nas próximas aulas. 
Sobre as demonstrações contábeis, a Lei 4320/64 estabelece: 
 Art. 101. Os resultados gerais do exercício serão demonstrados 
no Balanço Orçamentário, no Balanço Financeiro, no Balanço 
Patrimonial, na Demonstração das Variações Patrimoniais... 
Sintetizando o objetivo de cada demonstração, temos: 
Demonstrações Contábeis 
Previstas na Lei 4320/64 
Objetivo 
Balanço Orçamentário 
Art. 102. O Balanço Orçamentário 
demonstrará as receitas e despesas previstas 
em confronto com as realizadas. 
Balanço Financeiro 
Art. 103. O Balanço Financeiro demonstrará 
a receita e a despesa orçamentárias bem 
como os recebimentos e os pagamentos de 
natureza extra-orçamentária, conjugados 
com os saldos em espécie provenientes do 
exercício anterior, e os que se transferem 
para o exercício seguinte. 
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Balanço Patrimonial 
Art. 105. O Balanço Patrimonial 
demonstrará: I - O Ativo Financeiro; II - O 
Ativo Permanente; III - O Passivo Financeiro; 
IV - O Passivo Permanente; V - O Saldo 
Patrimonial; VI - As Contas de Compensação. 
Demonstração das 
Variações Patrimoniais 
Art. 104. A Demonstração das Variações 
Patrimoniais evidenciará as alterações 
verificadas no patrimônio, resultantes ou 
independentes da execução orçamentária, e 
indicará o resultado patrimonial do exercício. 
 
Alerta: Importe frisar que a Lei 4320/64 não contempla no seu texto a 
Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC), a Demonstração das Mutações do 
Patrimônio Líquido (DMPL) e a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE). 
 
Segundo a Lei 4320/64, o Balanço Patrimonial demonstrará: 
Ativo Financeiro 
compreenderá os créditos e valores realizáveis 
independentemente de autorização 
orçamentária e os valores numerários. 
Ativo Permanente 
compreenderá os bens, créditos e valores, cuja 
mobilização ou alienação dependa de 
autorização legislativa. 
Passivo Financeiro 
compreenderá as dívidas fundadas e outras 
pagamento independa de autorização 
orçamentária. 
Passivo Permanente 
compreenderá as dívidas fundadas e outras 
que dependam de autorização legislativa para 
amortização ou resgate. 
Saldo Patrimonial Ativo – Passivo 
Contas de Compensação 
serão registrados os bens, valores, obrigações 
e situações não compreendidas nos parágrafos 
anteriores e que, imediata ou indiretamente, 
possam vir a afetar o patrimônio. 
 
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Alerta: De acordo com o MCASP, o quadro principal do Balanço Patrimonial, que 
deve ser adotado atualmente por todos os entes, classifica os ativos e passivos 
em circulante e não circulante. A divisão em financeiro e permanente (não 
financeiro) prevista na Lei 4320/64 é atendida num quadro complementar 
denominado de: Quadro de Ativos e Passivos Financeiros e Permanentes. 
 
Exercícios de Fixação: 
FGV 2015 – CONTADOR - Defensoria Pública do Estado do Mato Grosso 
De acordo com a Lei nº 4.320/64, o Balanço Patrimonial é formado por 
(A) Ativo Circulante, Ativo não Circulante, Passivo Circulante, Passivo não 
Circulante e Contas de Compensação. 
(B) Ativo Financeiro, Ativo não Financeiro, Passivo Financeiro, Passivo não 
Financeiro, Saldo Patrimonial e Contas de Compensação. 
(C) Ativo Financeiro, Ativo Permanente, Passivo Financeiro, Passivo Permanente 
e Patrimônio Líquido. 
(D) Ativo Financeiro, Ativo Permanente, Passivo Financeiro, Passivo Permanente, 
Saldo Patrimonial e Contas de Compensação. 
(E) Ativo Circulante, Ativo Permanente, Passivo Circulante, Passivo Permanente 
e Saldo Patrimonial. 
Gabarito D – É o que dispõe o artigo 105 da Lei 4320. 
 
f. AVALIAÇÃO DOS ELEMENTOS PATRIMONIAIS 
No setor público, as regras de avaliação dos componentes patrimoniais 
(bens, direitos e obrigações) estão definidas na Lei nº 4320/64 e Resolução CFC 
nº 1.137/08 que aprovou a NBC T 16.10. Nesta aula, vamos estudar apenas as 
regras previstas na Lei 4320/64. A NBCT 16.10 será estuda nas próximas aulas. 
 
 
 
 
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Bens Móveis e Imóveis e Bens em Almoxarifado (Estoques) 
A Lei 4320/64 assim dispõe: 
Art 106: A avaliação dos elementos patrimoniais obedecerá as normas 
seguintes: 
(..) 
II - os bens móveis e imóveis, pelo valor de aquisição ou pelo 
custo de produção ou de construção; 
III - os bens de almoxarifado, pelo preço médio ponderado das 
compras. 
§ 3º Poderão ser feitas reavaliações dos bens móveis e imóveis. 
 
Alerta: Reavaliação: a adoção do valor de mercado ou de consenso entre as 
partes para bens do ativo, quando esse for superior ao valor líquido contábil. 
De forma sintetizada, podemos visualizar as seguintes regras de avaliação 
segundo a Lei 4320: 
Componentes Patrimoniais Regras de Avaliação 
Bens Móveis e Imóveis 
valor de aquisição ou custo de 
produção/construçãoBens em Almoxarifado (Estoque) 
preço médio ponderado das compras (Custo 
Médio) 
Reavaliação de Bens Móveis e 
Imóveis 
realização facultativa 
 
Alerta: Na Administração Pública é proibido utilizar os critérios de avaliação de 
estoque (almoxarifado): PEPS (primeiro que entra, primeiro que sai) e UEPS 
(ultimo a entrar primeiro a sair). 
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Exercício de Fixação: 
Dados: 
Determinado Município apresentou a seguinte movimentação de mercadorias em 
seu almoxarifado: 
- 10 de Março – entrada de 60 grampeadores – custo unitário: R$10 
- 20 de Abril – entrada de 40 grampeadores – custo unitário: R$15 
- 25 de Maio – saída de 70 grampeadores 
Com base nos dados anteriores, calcule o valor total da saída ocorrida em 25 de 
maio? 
Resolução: 
Primeiramente é importante lembrar que a Lei 4320/64 determina que seja 
usado o preço médio ponderado das compras (custo médio): 
A - Primeiramente, deve ser calculado o custo médio das entradas: 
(60 x R$10 + 40 x R$15)/100 = R$12 (Custo Médio Unitário) 
B – Apurar o custo total multiplicando as saídas pelo custo médio unitário: 
70 x R$12 = R$840 (custo total das saídas) 
 
Débitos e Créditos 
 A Lei 4320/64 assim dispõe: 
Art 106: A avaliação dos elementos patrimoniais obedecerá as normas 
seguintes: 
I - os débitos e créditos, bem como os títulos de renda, pelo seu 
valor nominal, feita a conversão, quando em moeda estrangeira, à 
taxa de câmbio vigente na data do balanço; 
§ 1° Os valores em espécie, assim como os débitos e créditos, quando 
em moeda estrangeira, deverão figurar ao lado das 
correspondentes importâncias em moeda nacional. 
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§ 2º As variações resultantes da conversão dos débitos, créditos e 
valores em espécie serão levadas à conta patrimonial. 
 
Exercício de Fixação: 
Vamos supor que o Governo tenha realizado a seguinte operação: Aquisição de 
um bem a prazo em moeda estrangeira por $10.000 em 01/07/2015. Vamos 
supor que na data de aquisição cada dólar estava avaliado em R$3,00 e que em 
31/12/2015 (data do fechamento do Balanço Patrimonial) o dólar passou para 
R$4,00. 
Responda: 
A - Qual o valor das obrigações a pagar no dia da aquisição – 01/07/2015? 
B – Qual o valor das obrigações a pagar no dia do fechamento do Balanço – 
31/12/2015? 
C – Qual o valor da variação patrimonial ocorrida? 
 
Resposta: 
A - Neste caso, a contabilização da obrigação em 01/07/2015 deverá ser pelo 
valor nominal (valor da operação). 
- Na data da aquisição: Obrigações a Pagar: R$30.000 ($10.000 X R$3). 
(Fundamentação: Art. 106 – I - os débitos e créditos, bem como os títulos de 
renda, pelo seu valor nominal) 
B - Na data do fechamento do Balanço Patrimonial, deverá ser processado o 
ajuste da obrigação caso haja variação cambial. 
- Na data do Balanço Patrimonial, o valor das obrigações a pagar deverá ser de: 
R$40.000 ($10.000 x R$4) 
(Fundamentação: Art. 106 – I – (...) feita a conversão, quando em moeda 
estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data do balanço) 
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C - A diferença de R$10.000 (R$40.000 – R$30.000) devera ser contabilizada 
como variação patrimonial quantitativa diminutiva, já que houve um aumento do 
passivo e consequentemente uma redução da situação líquida. 
(Fundamentação: § 2º As variações resultantes da conversão dos débitos, 
créditos e valores em espécie serão levadas à conta patrimonial.) 
 
4. CONTABILIDADE PÚBLICA NA LEI DE RESPONSABILIDADE 
FISCAL 
 
Vamos destacar agora, as principais informações contidas na LRF sobre a 
Contabilidade Aplicada ao Setor Público: 
Escrituração das Contas Públicas: 
Art. 50. Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, 
a escrituração das contas públicas observará as seguintes: 
I - a disponibilidade de caixa constará de registro próprio, de modo 
que os recursos vinculados a órgão, fundo ou despesa 
obrigatória fiquem identificados e escriturados de forma 
individualizada; 
Na estrutura governamental, alguns recursos estão vinculados por lei a 
gastos específicos. A LRF, buscando dar maior transparência, determina que os 
recursos vinculados fiquem destacados em registro próprio das demais 
disponibilidades. Visando atender a este preceito, o novo Balanço Financeiro já 
descrimina as disponibilidades em vinculadas e ordinárias. 
II - a despesa e a assunção de compromisso serão registradas 
segundo o regime de competência, apurando-se, em caráter 
complementar, o resultado dos fluxos financeiros pelo regime 
de caixa; 
Na visão do aspecto patrimonial, a contabilidade pública utiliza de forma 
integral o regime de competência para o reconhecimento das receitas e 
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despesas. A LRF reforça esta visão destacando que o regime de caixa só deve 
ser utilizado de forma complementar para apuração dos fluxos financeiros. 
III - as demonstrações contábeis compreenderão, isolada e 
conjuntamente, as transações e operações de cada órgão, fundo ou 
entidade da administração direta, autárquica e fundacional, inclusive 
empresa estatal dependente; 
Hoje, por imposição da LRF, além da elaboração das demonstrações 
contábeis individuais, também é obrigatório o levantamento das Demonstrações 
Contábeis Consolidadas. 
IV - as receitas e despesas previdenciárias serão apresentadas em 
demonstrativos financeiros e orçamentários específicos; 
Visando maior controle dos recursos previdenciários, a LRF determina a 
elaboração de demonstrativos específicos evidenciando a movimentação 
orçamentária e financeira dos ingressos e desembolsos ligados a Previdência. 
V - as operações de crédito, as inscrições em Restos a Pagar e as 
demais formas de financiamento ou assunção de compromissos junto 
a terceiros, deverão ser escrituradas de modo a evidenciar o 
montante e a variação da dívida pública no período, 
detalhando, pelo menos, a natureza e o tipo de credor; 
A LRF criou várias regras relativas à dívida pública. Atualmente, a 
contabilidade é obrigada a evidenciar, pelo menos, o montante, a variação, 
natureza e tipo de credor da dívida pública. 
VI - a demonstração das variações patrimoniais dará destaque à 
origem e ao destino dos recursos provenientes da alienação de 
ativos. 
A LRF (art. 44) proíbe que os recursos decorrentes de alienação de bens e 
direitos sejam utilizados para financiar as despesas correntes. A nova DVP já é 
obrigada a destacara origem e destino dos recursos decorrentes de alienação 
de ativos, objetivando facilitar o controle da referida vedação. 
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§ 1o No caso das demonstrações conjuntas, excluir-se-ão as 
operações intragovernamentais. 
Atualmente, é obrigatória a elaboração de demonstrações conjuntas 
(consolidadas) pelos Entes. A LRF determina que as operações 
intragovernamentais (operações realizadas entre entidades da mesma esfera de 
governo) sejam excluídas para evitar a dupla contagem patrimonial na 
elaboração das demonstrações consolidadas. Em face do exposto, já existe uma 
classificação específica para identificar as receitas e despesas 
intraorçamentárias. 
§ 2o A edição de normas gerais para consolidação das contas públicas 
caberá ao órgão central de contabilidade da União, enquanto 
não implantado o conselho de que trata o art. 67. 
O art. 67 da LRF prevê a existência de um conselho de gestão fiscal, 
constituído por representantes de todos os Poderes e esferas de Governo, do 
Ministério Público e de entidades técnicas representativas da sociedade, para 
editar normas de consolidação das contas públicas. Como o referido conselho 
ainda não foi instituído, tal competência vem sendo desempenhada pela 
Secretaria do Tesouro Nacional – STN (órgão central de contabilidade da União). 
§ 3o A Administração Pública manterá sistema de custos que 
permita a avaliação e o acompanhamento da gestão 
orçamentária, financeira e patrimonial. 
A LRF obriga que a administração pública federal, estadual e municipal 
adote um sistema de custo. Recentemente, foram editadas, através da NBC T 
16.11 (aprovada pela Resolução CFC nº 1.366/11), regras básicas para 
mensuração e evidenciação dos custos no setor público. 
Consolidação das Contas: 
 Art. 51. O Poder Executivo da União promoverá, até o dia trinta 
de junho, a consolidação, nacional e por esfera de governo, das 
contas dos entes da Federação relativas ao exercício anterior, e a sua 
divulgação, inclusive por meio eletrônico de acesso público. 
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§ 1o Os Estados e os Municípios encaminharão suas contas ao Poder 
Executivo da União nos seguintes prazos: 
I - Municípios, com cópia para o Poder Executivo do respectivo Estado, 
até trinta de abril; 
II - Estados, até trinta e um de maio. 
§ 2o O descumprimento dos prazos previstos neste artigo impedirá, 
até que a situação seja regularizada, que o ente da Federação receba 
transferências voluntárias e contrate operações de crédito, 
exceto as destinadas ao refinanciamento do principal 
atualizado da dívida mobiliária. 
A LRF criou a figura do Balanço Consolidado das Contas dos Entes da 
Federação e determinou que sua elaboração é responsabilidade do Poder 
Executivo da União. Para os estados e municípios, foram estabelecidos prazos 
para o envio das informações necessárias a consolidação das contas. Os entes 
que não cumprir os prazos estabelecidos serão impedidos de receber 
transferências voluntárias e contratar operações de crédito. 
Balanço Consolidado das Contas dos Entes da Federação 
 
 
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Exercício de Fixação 
1. FGV 2015 Pref. Cuiabá/MT – CONTADOR De acordo com a Lei de 
Responsabilidade Fiscal, sobre a escrituração das contas públicas, assinale a 
afirmativa incorreta. 
(A) A disponibilidade de caixa constará de registro próprio, de modo que os 
recursos vinculados a órgão, fundo ou despesa obrigatória sejam identificados e 
escriturados de forma individualizada. 
(B) A despesa, a assunção de compromisso e o resultado dos fluxos financeiros 
serão registradas segundo o regime de caixa. 
(C) As receitas e as despesas previdenciárias serão apresentadas em 
demonstrativos financeiros e orçamentários específicos. 
(D) As operações de crédito e as inscrições em Restos a Pagar deverão ser 
escrituradas de modo a evidenciar o montante e a variação da dívida pública no 
período, detalhando, pelo menos, a natureza e o tipo de credor. 
(E) As demonstrações contábeis compreenderão, isolada e conjuntamente, as 
transações e operações de cada órgão, fundo ou entidade da administração 
direta, autárquica e fundacional. 
Gabarito B 
Comentários: A despesa deve ser registrada segundo o regime de competência 
conforme determinação do artigo 50 da LRF: 
II - a despesa e a assunção de compromisso serão registradas segundo o 
regime de competência, apurando-se, em caráter complementar, o 
resultado dos fluxos financeiros pelo regime de caixa; 
 
5. NBC T 16.4 – TRANSAÇÕES NO SETOR PÚBLICO 
 
Um das funções da Contabilidade Pública é o registro das transações que 
ocorrem no setor público. 
A NBC T 16.4, aprovada pela Resolução CFC nº 1.131/2008, assim define 
as transações do setor público: 
2. Transações no setor público: os atos e os fatos que promovem 
alterações qualitativas ou quantitativas, efetivas ou potenciais, 
no patrimônio das entidades do setor público, as quais são 
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objeto de registro contábil em estrita observância aos Princípios de 
Contabilidade e às Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao 
Setor Público. (Redação dada pela Resolução CFC n.º 1.437/13) 
De forma detalhada, as transações do setor público decorrem: 
Atos e Fatos Exemplos 
Fatos que promovem alterações 
qualitativas 
Aquisição de bens. Contratação de 
empréstimos. 
Fatos que promovem alterações 
quantitativas 
Lançamento da Receita com IPTU. 
Liquidação de despesas com prestação de 
serviços de limpeza. 
Atos potenciais Assinatura de contratos. 
 
 De acordo com suas características e os seus reflexos no patrimônio 
público, as transações no setor público podem ser classificadas nas seguintes 
naturezas: 
(a) econômico-financeira – corresponde às transações originadas de fatos 
que afetam o patrimônio público, em decorrência, ou não, da execução de 
orçamento, podendo provocar alterações qualitativas ou quantitativas, efetivas 
ou potenciais; 
Exemplos: Aquisição de bens, arrecadação de receitas, realização de despesas, 
contratação de operações de crédito. 
(b) administrativa – corresponde às transações que não afetam o 
patrimônio público, originadas de atos administrativos, com o objetivo de 
dar cumprimento às metas programadas e manter em funcionamento as 
atividades da entidade do setor público. 
Exemplo: Assinatura de contrato. 
 
Exercício de Fixação 
CESPE | CEBRASPE 2015 – FUB – CONTADORSão de natureza 
administrativa as transações originadas de fatos que afetem o patrimônio da 
UnB, mesmo que não decorram da execução do orçamento. 
Gabarito: Errado 
Comentário: As transações que afetam o patrimônio quantitativamente e 
qualitativamente são de natureza econômico-financeira. As transações que não 
afetam o patrimônio que são de natureza administrativa. 
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a. VARIAÇÕES PATRIMONIAIS 
 
 A NBC T 16.4 também traz o conceito de variações patrimoniais, assim 
dispondo: 
As variações patrimoniais são transações que promovem alterações 
nos elementos patrimoniais da entidade do setor público, 
mesmo em caráter compensatório, afetando, ou não, o seu 
resultado. 
7. As variações patrimoniais classificam-se em quantitativas e 
qualitativas. 
8. Entende-se como variações quantitativas aquelas decorrentes de 
transações no setor público que aumentam ou diminuem o 
patrimônio líquido. 
9. Entende-se como variações qualitativas aquelas decorrentes de 
transações no setor público que alteram a composição dos 
elementos patrimoniais sem afetar o patrimônio líquido. 
Sintetizando os conceitos, temos: 
Variações Patrimoniais 
Classificação Conceito Exemplos 
- Variações Qualitativas 
transações no setor público 
que alteram a composição 
dos elementos patrimoniais 
sem afetar o patrimônio 
líquido. 
Aquisição de veículos. 
Contratação de 
operações de crédito. 
- Variações Quantitativas 
transações no setor público 
que aumentam ou 
diminuem o patrimônio 
líquido. 
Lançamento da 
receita com IPTU. 
Liquidação de 
despesas com 
serviços de limpeza. 
 
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Segundo o MCASP, as variações patrimoniais quantitativas subdividem-
se em: 
a. Variações Patrimoniais Aumentativas (VPA): quando aumentam o 
patrimônio líquido (receita sob o enfoque patrimonial); 
Exemplo: Lançamento da receita com IPTU. 
b. Variações Patrimoniais Diminutivas (VPD): quando diminuem o 
patrimônio líquido (despesa sob o enfoque patrimonial). 
Exemplo: Liquidação de despesa com serviços de limpeza. 
Cuidado: As variações patrimoniais qualitativas não apresentam esta divisão. 
 
Alertas: 
1. O reconhecimento da variação patrimonial pode ocorrer em três momentos: 
para a variação patrimonial aumentativa, antes, depois ou no momento da 
arrecadação da receita orçamentária e para a variação patrimonial diminutiva, 
antes, depois ou no momento da liquidação da despesa orçamentária. 
2. Transações que envolvem valores de terceiros são aquelas em que a 
entidade do setor público responde como fiel depositária e que não afetam o seu 
patrimônio líquido. 
3. As transações que envolvem valores de terceiros devem ser 
demonstradas de forma segregada. 
 
 
Exercícios de Fixação 
1. FCC 2015 – TCM-GO Auditor de Controle Externo A compra a prazo de 
um veículo por um órgão público, de acordo com as definições contidas nas 
Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, classifica-se 
como uma 
(A) Variação Patrimonial Qualitativa. 
(B) Variação Patrimonial Quantitativa. 
(C) Mutação Patrimonial Aumentativa. 
(D) Mutação Patrimonial Qualitativa. 
(E) Superveniência Ativa. 
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Gabarito A 
Comentários: Esta transação não provoca impacto na situação líquida 
patrimonial, já que a entrada do bem no ativo é compensada pela entra de uma 
obrigação no passivo, portanto é uma variação patrimonial qualitativa. 
 
Considere que as seguintes transações tenham sido registradas pela área de 
contabilidade da UnB, durante o exercício de 2014. 
I. Compra de um veículo à vista, com entrega imediata do bem. 
II. Pagamento de obrigações decorrentes de restos a pagar inscritos em 2013. 
III. Recebimento de depósitos de terceiros passíveis de devolução. 
IV. Recebimento de bem em doação. Com base nas informações acima, julgue 
os próximos itens. 
 
2 CESPE | CEBRASPE 2015 – FUB – CONTADOR No evento II foi configurada 
uma variação patrimonial quantitativa diminutiva visto que, no momento do 
pagamento da obrigação, houve redução de valor na conta de caixa e 
equivalente de caixa da UnB. 
Gabarito: Errado. 
II. Pagamento de obrigações decorrentes de restos a pagar inscritos em 2013. 
Esta operação é uma variação patrimonial qualitativa já que a saída de dinheiro 
do caixa é compensada com a saída de uma obrigação (restos a pagar) não 
gerando assim um alteração na situação líquida patrimonial. 
 
3 CESPE | CEBRASPE 2015 – FUB – CONTADOR Ao efetuar o registro do 
evento III, o resultado patrimonial da UnB não foi afetado, pois essa transação 
representou apenas uma variação patrimonial qualitativa. 
Gabarito: Certo 
Comentários: III. Recebimento de depósitos de terceiros passíveis de devolução. 
Esta operação gerou uma variação patrimonial qualitativa já que a entrada de 
caixa é compensada com a entrada de uma obrigação já que os recursos serão 
devolvidos futuramente, não alterando assim a situação liquida patrimonial. 
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4 CESPE | CEBRASPE 2015 – FUB – CONTADOR Os eventos I e IV geraram 
uma variação patrimonial quantitativa aumentativa, uma vez que os bens 
passaram a compor o patrimônio da UnB. 
Gabarito Errado 
Comentários: I. Compra de um veículo à vista, com entrega imediata do bem. 
Este fato gerou uma variação patrimonial qualitativa já que a entrada do veículo 
no ativo é compensada com a saída de dinheiro do ativo, não aumentando assim 
a situação liquida patrimonial. 
IV. Recebimento de bem em doação. 
Este fato gerou uma variação quantitativa aumentativa, já que a entrada do 
bem no ativo não foi compensada, aumentando assim a situação liquida 
patrimonial. 
 
6. NBC T 16.3 – PLANEJAMENTO E SEUS INSTRUMENTOS 
SOB O ENFOQUE CONTÁBIL 
 
O objetivo da Contabilidade Aplicada ao Setor Público - CASP - é 
produzir informações visando à tomada de decisão dos seus principais 
usuários (Governo e Sociedade). Portanto, a CASP é uma fonte importante de 
informação para que o gestor possa realizar o seu planejamento. 
Alerta: Planejamento: o processo contínuo e dinâmico voltado à 
identificação das melhores alternativas para o alcance da missão 
institucional, incluindo a definição de objetivos, metas, meios, metodologia, 
prazos de execução, custos e responsabilidades, materializados em planos 
hierarquicamente interligados. 
A Contabilidade Aplicada ao Setor Público deve permitir a integraçãodos 
planos hierarquicamente interligados, comparando suas metas programadas 
com as realizadas, e evidenciando as diferenças relevantes por meio de 
notas explicativas. 
Alerta: Plano hierarquicamente interligado: o conjunto de documentos 
elaborados com a finalidade de materializar o planejamento por meio de 
programas e ações, compreendendo desde o nível estratégico até o nível 
operacional, bem como propiciar a avaliação e a instrumentalização do controle. 
 
A evidenciação deve contribuir para a tomada de decisão e facilitar a 
instrumentalização do controle social, de modo a permitir que se conheçam 
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o conteúdo, a execução e a avaliação do planejamento das entidades do setor 
público a partir de dois níveis de análise: 
(a) a coerência entre os planos hierarquicamente interligados nos seus 
aspectos quantitativos e qualitativos; 
(b) a aderência entre os planos hierarquicamente interligados e a sua 
implementação. 
As informações dos planos hierarquicamente interligados devem ser 
detalhadas por ano, ações, valores e metas. 
 Na avaliação da execução dos planos hierarquicamente interligados, 
devem ser evidenciadas as eventuais restrições ocorridas e o seu respectivo 
impacto. 
Alerta: Avaliação de desempenho: a ferramenta de gestão utilizada para a 
aferição de aspectos de economicidade, eficiência, eficácia e efetividade de 
programas e ações executadas por entidades do setor público. 
 
 
7. NBC T 16.8 – CONTROLE INTERNO 
 
O controle interno faz parte das atividades normais da Administração 
Pública, se subordina ao titular do órgão ou da entidade, tendo como função 
acompanhar a execução dos atos indicando, em caráter opinativo, preventivo ou 
corretivo, as ações a serem desempenhadas com vistas a atender o controle da 
execução orçamentária, financeira, contábil e patrimonial, bem como os 
controles administrativos de um modo geral. 
O comitê do AICPA publicou o SAS (Statement on Auditing Produceres) nº 
29, em outubro de 1958, subdividindo o controle interno em contábil e 
administrativo, conforme segue: 
Controle 
Interno 
Contábil 
Compreende o plano de organização e todos os procedimentos 
referentes diretamente relacionados com a salvaguarda do 
ativo e a fidedignidade dos registros financeiros. 
Geralmente compreende controles, tais como os sistemas de 
autorização e aprovação, segregação entre as tarefas relativas 
à manutenção e elaboração de relatórios e aquelas que dizem 
respeito à operação ou custodia do ativo, controles físicos 
sobre o ativo e auditoria interna. 
Controle 
Interno 
Administrativo 
Compreende o plano de organização e todos os métodos e 
procedimentos referentes principalmente à eficiência 
operacional, e à obediência às diretrizes administrativas que 
normalmente se relacionam apenas indiretamente com os 
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registros contábeis e financeiros. Incluem-se aqui controles 
como análises estatísticas, estudos de tempo e movimento, 
relatórios de desempenho, controle de qualidade. 
 
Sobre o Controle Interno o CFC assim dispõe: 
2. Controle interno sob o enfoque contábil compreende o conjunto de 
recursos, métodos, procedimentos e processos adotados pela entidade 
do setor público, com a finalidade de: 
(a) salvaguardar os ativos e assegurar a veracidade dos componentes 
patrimoniais; 
(b) dar conformidade ao registro contábil em relação ao ato correspondente; 
(c) propiciar a obtenção de informação oportuna e adequada; 
(d) estimular adesão às normas e às diretrizes fixadas; 
(e) contribuir para a promoção da eficiência operacional da entidade; 
(f) auxiliar na prevenção de práticas ineficientes e antieconômicas, erros, 
fraudes, malversação, abusos, desvios e outras inadequações. 
 
3. O controle interno deve ser exercido em todos os níveis da entidade 
do setor público, compreendendo: 
(a) a preservação do patrimônio público; 
(b) o controle da execução das ações que integram os programas; 
(c) a observância às leis, aos regulamentos e às diretrizes estabelecidas. 
 
CLASSIFICAÇÃO 
4. O controle interno é classificado nas seguintes categorias: 
(a) operacional – relacionado às ações que propiciam o alcance dos 
objetivos da entidade; 
(b) contábil – relacionado à veracidade e à fidedignidade dos registros e das 
demonstrações contábeis; 
(c) normativo – relacionado à observância da regulamentação pertinente. 
 
 
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ESTRUTURA E COMPONENTES 
5. Estrutura de controle interno compreende ambiente de controle; 
mapeamento e avaliação de riscos; procedimentos de controle; 
informação e comunicação; e monitoramento. 
 
6. O ambiente de controle deve demonstrar o grau de comprometimento 
em todos os níveis da administração com a qualidade do controle 
interno em seu conjunto. 
 
7. Mapeamento de riscos é a identificação dos eventos ou das 
condições que podem afetar a qualidade da informação contábil. 
 
8. Avaliação de riscos corresponde à análise da relevância dos riscos 
identificados, incluindo: 
(a) a avaliação da probabilidade de sua ocorrência; 
(b) a forma como serão gerenciados; 
(c) a definição das ações a serem implementadas para prevenir a sua 
ocorrência ou minimizar seu potencial; e 
(d) a resposta ao risco, indicando a decisão gerencial para mitigar os riscos, a 
partir de uma abordagem geral e estratégica, considerando as hipóteses de 
eliminação, redução, aceitação ou compartilhamento. 
 
Alerta: Riscos: ocorrências, circunstâncias ou fatos imprevisíveis que podem 
afetar a qualidade da informação contábil. 
 
10. Procedimentos de controle são medidas e ações estabelecidas para 
prevenir ou detectar os riscos inerentes ou potenciais à tempestividade, 
à fidedignidade e à precisão da informação contábil, classificando-se em: 
(a) procedimentos de prevenção – medidas que antecedem o 
processamento de um ato ou um fato, para prevenir a ocorrência de omissões, 
inadequações e intempestividade da informação contábil; 
(b) procedimentos de detecção – medidas que visem à identificação, 
concomitante ou a posteriori, de erros, omissões, inadequações e 
intempestividade da informação contábil. 
 
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11. Monitoramento compreende o acompanhamento dos pressupostos do 
controle interno, visando assegurar a sua adequação aos objetivos, ao 
ambiente, aos recursos e aos riscos. 
 
12. O sistema de informação ecomunicação da entidade do setor público 
deve identificar, armazenar e comunicar toda informação relevante, na 
forma e no período determinados, a fim de permitir a realização dos 
procedimentos estabelecidos e outras responsabilidades, orientar a tomada de 
decisão, permitir o monitoramento de ações e contribuir para a realização de 
todos os objetivos de controle interno. 
 
8. PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE SOB A PERSPECTIVA DO 
SETOR PÚBLICO 
 
Os Princípios da Contabilidade são definidos na Resolução CFC 750/93. 
 
Alerta: Importante destacar que todos os ramos da Contabilidade devem 
obedecer aos princípios da contabilidade, inclusive a Contabilidade Aplicada ao 
Setor Público. 
 
A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício da 
profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de 
Contabilidade (NBC). 
 
Alerta: Toda atividade exercida pelos contabilistas deve atender os Princípios da 
Contabilidade. Também é importante destacar que o Conselho Federal de 
Contabilidade só pode instituir normas de contabilidade que estejam de acordo 
com os referidos princípios. 
 
Na aplicação dos Princípios de Contabilidade há situações concretas, a 
essência das transações deve prevalecer sobre seus aspectos formais. 
 
Alerta: Para Contabilidade, a essência prevalece sobre a forma. 
 
 
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São princípios de contabilidade: 
Princípios Definição 
Entidade 
“afirma a necessidade da diferenciação de um Patrimônio 
particular no universo dos patrimônios existentes... 
Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou 
proprietários, no caso de sociedade ou instituição” 
Continuidade 
pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro 
e, portanto, a mensuração e a apresentação dos 
componentes do patrimônio levam em conta esta 
circunstância. 
Oportunidade 
refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos 
componentes patrimoniais para produzir informações 
íntegras e tempestivas. 
Registro pelo 
Valor Original 
determina que os componentes do patrimônio devem ser 
inicialmente registrados pelos valores originais das 
transações, expressos em moeda nacional. 
Competência 
determina que os efeitos das transações e outros eventos 
sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, 
independentemente do recebimento ou pagamento. 
Prudência 
determina a adoção do menor valor para os componentes do 
ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se 
apresentem alternativas igualmente válidas para a 
quantificação das mutações patrimoniais que alterem o 
patrimônio líquido. 
 
Alerta: O Princípio da Atualização Monetária foi extinto pela Resolução do CFC 
1282/2010. 
 
Na Contabilidade Aplicada ao Setor Público, os Princípios Contábeis são 
interpretados pela CFC nº 1.367/2011, que assim dispõe: 
INTERPRETAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE SOB A 
PERSPECTIVA DO SETOR PÚBLICO (Redação dada pela Resolução CFC nº. 
1.367/11) 
 
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O PRINCÍPIO DA ENTIDADE 
O enunciado do Princípio da Entidade 
“Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da 
Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação 
de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, 
independentemente de pertencer a uma pessoa, a um conjunto de pessoas, a 
uma sociedade ou a uma instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou 
sem fins lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o patrimônio não se 
confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou 
instituição. 
Parágrafo único. O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca 
não é verdadeira. A soma ou a agregação contábil de patrimônios autônomos 
não resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-
contábil”. 
Alerta: Perspectivas do Setor Público 
O Princípio da Entidade se afirma, para o ente público, pela autonomia e 
responsabilização do patrimônio a ele pertencente. 
A autonomia patrimonial tem origem na destinação social do patrimônio e 
a responsabilização pela obrigatoriedade da prestação de contas pelos agentes 
públicos. 
 
O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE 
O enunciado do Princípio da Continuidade 
“Art. 5º O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará 
em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos 
componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância.” (Redação dada 
pela Resolução CFC nº. 1.367/11) 
 
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Alerta: Perspectivas do Setor Público 
No âmbito da entidade pública, a continuidade está vinculada ao estrito 
cumprimento da destinação social do seu patrimônio, ou seja, a continuidade da 
entidade se dá enquanto perdurar sua finalidade. 
 
O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE 
O enunciado do Princípio da Oportunidade 
“Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração 
e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações 
íntegras e tempestivas. 
Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade na produção e na 
divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por 
isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da 
informação.” (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.367/11) 
Alerta: Perspectivas do Setor Público 
O Princípio da Oportunidade é base indispensável à integridade e à 
fidedignidade dos processos de reconhecimento, mensuração e evidenciação da 
informação contábil, dos atos e dos fatos que afetam ou possam afetar o 
patrimônio da entidade pública, observadas as Normas Brasileiras de 
Contabilidade aplicadas ao Setor Público. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 
1.367/11) 
A integridade e a fidedignidade dizem respeito à necessidade de as 
variações serem reconhecidas na sua totalidade, independentemente do 
cumprimento das formalidades legais para sua ocorrência, visando ao completo 
atendimento da essência sobre a forma. 
 
 
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O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL 
O enunciado do Princípio do Registro pelo Valor Original 
“Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os 
componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores 
originais das transações, expressos em moeda nacional”. 
§ 1º As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus 
distintose combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas: 
I – Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a 
serem pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos 
que são entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são 
registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da 
obrigação ou, em algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou 
equivalentes de caixa, os quais serão necessários para liquidar o passivo no 
curso normal das operações; e 
II – Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao patrimônio, os 
componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações 
decorrentes dos seguintes fatores: 
a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa 
ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos 
equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações 
contábeis. Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes 
de caixa, não descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na 
data ou no período das demonstrações contábeis; 
b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou 
equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma 
ordenada. Os passivos são mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de 
caixa, não descontados, que se espera seriam pagos para liquidar as 
correspondentes obrigações no curso normal das operações da Entidade; 
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c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, 
descontado do fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja 
gerado pelo item no curso normal das operações da Entidade. Os passivos são 
mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida de 
caixa que se espera seja necessário para liquidar o passivo no curso normal das 
operações da Entidade; 
d) Valor Justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um 
passivo liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma 
transação sem favorecimentos; e 
e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo 
da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o 
ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais. 
§ 2º São resultantes da adoção da atualização monetária: 
I – a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não 
representa unidade constante em termos do poder aquisitivo; 
II – para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das 
transações originais, é necessário atualizar sua expressão formal em moeda 
nacional, a fim de que permaneçam substantivamente corretos os valores dos 
componentes patrimoniais e, por consequência, o do Patrimônio Líquido; e 
III – a atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão 
somente o ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a 
aplicação de indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a variação do 
poder aquisitivo da moeda nacional em um dado período.” (Redação dada pela 
Resolução CFC nº. 1.367/11) 
Alerta: Perspectivas do Setor Público 
Nos registros dos atos e fatos contábeis será considerado o valor original 
dos componentes patrimoniais. 
Valor Original, que ao longo do tempo não se confunde com o custo 
histórico, corresponde ao valor resultante de consensos de mensuração com 
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agentes internos ou externos, com base em valores de entrada – a exemplo de 
custo histórico, custo histórico corrigido e custo corrente; ou valores de saída – 
a exemplo de valor de liquidação, valor de realização, valor presente do fluxo de 
benefício do ativo e valor justo. 
 
O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA 
O enunciado do Princípio da Competência 
“Art. 9º O Princípio da Competência determina que os efeitos das 
transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, 
independentemente do recebimento ou pagamento. 
Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade 
da confrontação de receitas e de despesas correlatas.” (Redação dada pela 
Resolução CFC nº. 1.367/11) 
Alerta: Perspectivas do Setor Público 
O Princípio da Competência aplica-se integralmente ao Setor Público. 
(Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.367/11) 
 
O PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA 
O enunciado do Princípio da Prudência 
“Art. 10 O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor 
para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se 
apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações 
patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. 
Parágrafo único. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo 
grau de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em 
certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam 
superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo 
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maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos 
componentes patrimoniais.” (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.367/11) 
Alerta: Perspectivas do Setor Público 
As estimativas de valores que afetam o patrimônio devem refletir a 
aplicação de procedimentos de mensuração que prefiram montantes, menores 
para ativos, entre alternativas igualmente válidas, e valores maiores para 
passivos. 
A prudência deve ser observada quando, existindo um ativo ou um 
passivo já escriturado por determinados valores, segundo os Princípios do Valor 
Original, surgirem possibilidades de novas mensurações. (Redação dada pela 
Resolução CFC nº. 1.367/11) 
A aplicação do Princípio da Prudência não deve levar a excessos ou a 
situações classificáveis como manipulação do resultado, ocultação de passivos, 
super ou subavaliação de ativos. Pelo contrário, em consonância com os 
Princípios Constitucionais da Administração Pública, deve constituir garantia de 
inexistência de valores fictícios, de interesses de grupos ou pessoas, 
especialmente gestores, ordenadores e controladores. 
 
Exercícios de Fixação 
 
1. FCC 2015 – TCM-GO - Auditor de Controle Externo - Área Finalística 
Contábil O princípio fundamental de contabilidade para o ente público que se 
afirma pela autonomia e responsabilização do patrimônio a ele pertencente, é o 
Princípio da 
(A) Continuidade. 
(B) Entidade. 
(C) Competência. 
(D) Publicidade. 
(E) Transparência. 
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