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11 Análise das Demonstrações Contábeis

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SISTEMA DE ENSINO
CONTABILIDADE 
GERAL E 
AVANÇADA
Análise das Demonstrações Contábeis
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Análise das Demonstrações Contábeis
CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA
Sumário
Análise das Demonstrações Contábeis ...................................................................................... 3
Introdução ........................................................................................................................................ 3
Análise Econômico-Financeira ..................................................................................................... 3
2. Análise por Quocientes ou Índices .........................................................................................15
2.1. Índices de Liquidez ..................................................................................................................16
2.2. Índices de Endividamento ..................................................................................................... 17
2.3. Índices de Rentabilidade ...................................................................................................... 65
2.4. Índices de Lucratividade ...................................................................................................... 67
2.5. Índices de Rotatividade ........................................................................................................90
2.6. Ciclo Financeiro e Ciclo Operacional ..................................................................................91
2.7. Grau de Alavancagem Financeira ....................................................................................... 92
2.8. Capital de Giro ........................................................................................................................ 92
2.9. Outros Índices (EVA e Ebtida) ............................................................................................. 110
2.10. Quadro Resumo das Fórmulas .........................................................................................114
Questões Comentadas em Aula ................................................................................................ 117
Gabarito ......................................................................................................................................... 156
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Análise das Demonstrações Contábeis
CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Introdução
Olá queridos alunos, tudo bem?
Sejam bem-vindos a mais uma aula do nosso curso.
Lembrem-se de responder mais uma vez as questões da aula passada que você errou e/
ou teve dúvida. Refaça os exercícios quantas vezes forem necessárias para você acertar, en-
tender e/ou responder mais rápido as questões. É treinando que você vai ficar muito bom na 
Contabilidade.
Hoje, vamos estudar um assunto que, quando é contemplado no edital, tem 99% de ser 
cobrado na sua prova. Estamos falando da Análise econômico-financeira ou Análise das de-
monstrações contábeis. Por isso, peço que prestem bastante atenção nesta aula.
Para facilitar a vida de vocês, antes da resolução das questões, trago um resumo detalhado 
e esquematizado dos principais pontos de cada tópico.
Qualquer dúvida e/ou esclarecimentos, estarei à disposição no Fórum. Não deixe de nos 
procurar, tirando suas dúvidas, e nos ajudando a aprimorar o nosso curso.
Como de praxe, colocamos uma lista de exercícios ao final da aula para aqueles que quei-
ram tentar resolver as questões, antes de ver os comentários. Treinar é preciso.
Conte comigo e Firmeza nos Estudo (FÉ)!
Vamos começar a nossa aula!
Um forte abraço, Feliphe Araújo.
AnálIse econômIco-FInAnceIrA
As técnicas de análise das demonstrações contábeis (Análise de Balanços ou Análise Eco-
nômico-Financeira) mais comuns são:
• Análise vertical (ou de Estrutura);
• Análise horizontal (ou de Evolução);
• Análise por índices (ou quocientes).
Análise vertical (ou de Estrutura). Na análise vertical são aplicados números índices e es-
tabelecidas relações para os elementos patrimoniais das demonstrações considerados num 
mesmo exercício. A análise vertical é realizada mediante a extração de relacionamentos percen-
tuais entre itens pertencentes à demonstração financeira de um mesmo período. Os percentu-
ais obtidos podem ser comparados entre si ao longo do tempo, ou entre diferentes empresas.
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Análise das Demonstrações Contábeis
CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA
Exemplo: a relação entre a conta caixa/ativo total.
Análise horizontal (ou de Evolução). A análise horizontal ou de evolução concentra seus 
estudos na evolução histórica do patrimônio apresentado nas demonstrações por meio de nú-
mero-índices ou da comparação das contas ao longo do tempo. Ou seja, o foco aqui é a evolu-
ção, de um ano para outro, de determinado item ou conjunto patrimonial. Na análise horizontal 
das demonstrações é necessário estabelecer uma data base (cujo índice será 100).
A análise horizontal tem mais sentido quando aliada à análise vertical, já que a relevância 
das variações ao longo do tempo depende da magnitude de cada conta na composição do 
resultado.
Exemplo: conta estoque de 2015 comparado com a conta estoque de 2016.
Itens
20X1 20X2
Valor (R$) A.H. (%) Valor (R$) A.H. (%)
Ativo
Estoques 7.000 100% 9.000 128,6%¹
1 – A.H. 20x2 = 9.000 x 100/7.000 = 128,6%
Análise por índices (ou quocientes). A análise das demonstrações contábeis por índices 
consiste na confrontação entre os diversos grupos ou contas patrimoniais e de resultado de 
forma que se estabeleça uma relação lógica que possibilite a mensuração da situação econô-
mica e financeira da empresa.
Os índices (ou indicadores) utilizados para análise das demonstrações financeiras divi-
dem-se nos seguintes grupos:
• índices de Solvência ou Liquidez (financeiros);
• índices de Endividamento (de estrutura);
• índices de Rentabilidade (econômicos);
• índices de Rotatividade (de Atividade).
É hora de praticar!
Acerca das análises horizontal e vertical, julgue os itens seguintes.
001. (CESPE/AUDITOR-FISCAL/SEFAZ-RS/2019) Os indicadores econômico-financeiros que 
podem ser obtidos por meio de análise vertical incluem o
a) retorno sobre o patrimônio líquido e a margem de lucro.
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Análise das Demonstrações Contábeis
CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA
b) giro do ativo e o índice de endividamento.
c) índice de endividamento e a margem de lucro.
d) giro de contas a receber e o giro dos estoques.
e) capital circulante próprio e o capital permanente líquido.
Na análise vertical é possível calcular coeficientes de participação relativa de um mesmo perí-
odo a partir de componentes evidenciados numa mesma demonstração contábil (BP ou DRE).
Nas alternativas nota-se que somente a letra C se encaixa nessa característica:
Índice de endividamento = P / A (passivo e ativo são evidenciados somente no BP)
Margem de lucro = Lucro Líquido / Rec. Líquida (lucro e receita são evidenciados somente na DRE)
Para os demais índices seria necessário o cruzamento entre as duas demonstrações. Ainda, 
a letra E está incorreta pois o capital circulante próprio e o capital permanente líquido não são 
coeficientes de participação relativa de uma conta no conjunto das demonstrações financei-
ras, sendo obtidos apenas pela subtração de itens dos ativos e passivos.
Letra c.
002. (CESPE/AGE/CONTABILIDADE/SE-DF/2017) Um percentual de 4% associado ao saldo 
da conta estoques de determinado exercício, em uma análise horizontal, significa que os esto-
ques em questão representam 1 /25 dos ativos totais do exercício.
Na análise vertical são aplicados números índices e estabelecidas relações para os elemen-
tos patrimoniaisdas demonstrações considerados num mesmo exercício. A análise vertical é 
realizada mediante a extração de relacionamentos percentuais entre itens pertencentes à de-
monstração financeira de um mesmo período. Os percentuais obtidos podem ser comparados 
entre si ao longo do tempo, ou entre diferentes empresas.
No balanço Patrimonial, os coeficientes são calculados em função do total do Ativo e do total 
do Passivo + PL.
Exemplo: a) Análise Vertical do Balanço Patrimonial:
Ativo 20x1 A.V. 20x2 A.V.
Ativo Circulante 37.000 74,0 45.000 77,6
Disponibilidades 13.000 26,0 17.000 29,3
Estoques 7.000 14,0 9.000 15,5
Clientes 17.000 34,0 19.000 32,8
Ativo Não Circulante 13.000 26,0 13.000 22,4
Imóveis 10.000 20,0 10.000 17,2
Marcas e Patentes 3.000 6,0 3.000 5,2
Total ativo 50.000 100,0 58.000 100,0
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Análise das Demonstrações Contábeis
CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA
Em rápido estudo desta análise vertical do balanço patrimonial, nós podemos verificar que a 
conta estoques em 20x1 corresponde a 14% do total do ativo. Todos os índices foram obtidos 
por meio da divisão do saldo da conta pelo total do grupo contas (por exemplo, disponibili-
dades divididas pelo total do ativo) e o resultado multiplicado por 100 para encontrarmos a 
porcentagem (%).
Portanto, o exemplo trazido pela questão é de análise VERTICAL e não horizontal.
Análise Vertical (A.V.) conta Estoques = 4% = 4/100 = 1/25
Errado.
003. (CESPE/AUDITOR/CONTABILIDADE/TCE-PA/2016) A participação de capitais de ter-
ceiros sobre os recursos totais de uma empresa é uma informação que pode ser obtida por 
meio da análise vertical.
A participação de capitais de terceiros sobre os recursos totais de uma empresa é obtida pela 
seguinte fórmula:
Participação de capitais de terceiros sobre os recursos totais = Passivo Exigível
 Ativo Total
Sabemos que o ativo total é igual a soma do capital de terceiros (Passivo) mais o capital 
próprio (PL).
Na análise vertical do balanço patrimonial, os coeficientes são calculados em função do total 
do Ativo e do total do Passivo + PL. Assim, é verdadeiro afirmar que: a participação de capitais 
de terceiros sobre os recursos totais de uma empresa é uma informação que pode ser obtida 
por meio da análise vertical.
Análise Vertical (A.V.) grupo passivo exigível = P/(P + PL)
P = Passivo
Certo.
004. (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/TCU/2015) A análise horizontal 
é um processo comparativo, expresso em porcentagem, que se aplica ao se relacionar uma 
conta ou grupo de contas com um valor afim ou relacionável, identificado no mesmo demons-
trativo. A análise vertical, por sua vez, é a comparação entre os valores de uma mesma conta 
ou grupo de contas em diferentes exercícios sociais.
É o inverso. Conceitos trocados. O correto seria:
A análise vertical é um processo comparativo, expresso em porcentagem, que se aplica ao se 
relacionar uma conta ou grupo de contas com um valor afim ou relacionável, identificado no 
mesmo demonstrativo.
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Análise das Demonstrações Contábeis
CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA
Exemplo: a relação entre a conta caixa/ativo total.
A análise horizontal, por sua vez, é a comparação entre os valores de uma mesma conta ou 
grupo de contas em diferentes exercícios sociais.
Exemplo: conta estoque de 2015 comparado com a conta estoque de 2016.
Errado.
005. (CESPE/AUDITOR/FISCALIZAÇÃO/TCE-PA/2016) A análise vertical efetua comparati-
vos entre os períodos de tempo, ao passo que a análise horizontal se preocupa com o compa-
rativo de itens no mesmo período de análise.
Mais uma vez a banca inverteu os conceitos.
A análise horizontal é a que efetua uma comparação entre os períodos de tempo.
Já a análise vertical é a que se preocupa com o comparativo de itens no mesmo período 
de análise.
Errado.
006. (CESPE/PERITO CRIMINAL/CIÊNCIAS CONTÁBEIS/PC-PE/2016) A seguir, são apre-
sentados informes divulgados na Internet e relacionados ao desempenho econômico-financei-
ro de algumas entidades:
• em 2015, um grande grupo empresarial do setor de entretenimento retomou a curva as-
cendente no seu lucro líquido. (Fonte: Carta Capital, março de 2016);
• no primeiro semestre de 2015, as receitas com títulos e valores mobiliários (TVM) repre-
sentaram a segunda maior fonte de ganhos dos bancos depois das receitas com as ope-
rações de crédito. (Fonte: Relatório desempenho dos bancos do 1º semestre de 2015. 
Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos – DIEESE);
• com relação ao comportamento das vendas em comparação com o período contábil 
anterior, um grupo fabricante de cerveja afirma que a Copa do Mundo e o bom tempo 
impulsionaram as vendas no primeiro semestre de 2014. (Fonte: Reuters, 20/8/2014);
• do lucro líquido de um banco nacional 40,1% vieram de operações de crédito. (Fonte: 
IstoÉ Dinheiro, 20/2/2008);
• enquanto no mundo a área de petróleo responde por cerca de 10% do faturamento de 
uma grande empresa multinacional, no Brasil, esse percentual oscila entre 20% e 30%. 
(Fonte: Valor Econômico, 21/11/2012).
Os informes acima estão fundamentados, respectivamente, nas seguintes técnicas de análise 
de demonstrações contábeis:
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Análise das Demonstrações Contábeis
CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA
a) horizontal, vertical, vertical, vertical e vertical.
b) vertical, horizontal, horizontal, horizontal e horizontal.
c) horizontal, vertical, horizontal, vertical e vertical.
d) horizontal, vertical, vertical, horizontal e horizontal.
e) vertical, horizontal, vertical, horizontal e horizontal.
Vamos analisar cada informe:
1. Como o grupo empresarial está comparando o seu lucro do período com o lucro dos perío-
dos anteriores, a análise é horizontal.
2. A comparação das receitas com títulos e valores mobiliários é feita dentro de um mesmo 
período com as receitas totais, logo, a análise é vertical.
3. “Falou” em comparação entre períodos (comparação com o período anterior), a análise é 
horizontal.
4. O informe fez uma comparação de um mesmo período, informando que do lucro líquido 
40,1% vieram de operações de crédito. Portanto, a análise é vertical.
5. Para finalizar, temos mais um exemplo de análise vertical ao comparar os percentuais das 
receitas que compõem o faturamento no Brasil e no mundo em um mesmo período.
Letra c.
007. (CESPE/AUDITOR/CONTABILIDADE/TCE-PA/2016) Além de possibilitar o estudo do 
comportamento das variáveis contábeis ao longo do tempo e a avaliação de suas tendências, 
a análise horizontal serve para embasar estimativas contábeis.
Exatamente. A análise horizontal ou de evolução concentra seus estudos na evolução histórica 
do patrimônio apresentado nas demonstrações por meio de número-índices ou da compara-
ção das contas ao longo do tempo. Ou seja, o foco aqui é a evolução, de um ano para outro, de 
determinado item ou conjunto patrimonial.
Além disso, a empresa pode avaliar com base nessa comparação quais são as estimativas de 
valores em número ou percentuais para períodos futuros daquelas contas e/ou subgrupos. 
Por isso, a análise horizontal é também chamada de análise de tendência.
Certo.
008. (CESPE/CONTADOR/MPOG/2015) Os relatórios contábeis obrigatórios — por exemplo, 
o balanço patrimonial, a demonstração do resultado do exercício e as notas explicativas — são 
essenciais para que se realizem análises horizontal, vertical e por indicadores.
Pessoal, questão bem pegadinha, mas de fácil assimilação.
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Análise das Demonstrações Contábeis
CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA
Sabemos que as demonstrações contábeis obrigatórias são relatórios essenciais para que se 
realizem análises horizontal,vertical e por indicadores.
Apesar do CPC 26 afirmar que o conjunto completo das demonstrações contábeis inclui as 
notas explicativas (o que é verdadeiro), estas notas não são demonstrações contábeis pro-
priamente ditas, mas relatórios com informações que visam complementar as demonstrações 
financeiras e esclarecer os critérios contábeis utilizados pela empresa, a composição dos sal-
dos de determinadas contas, os métodos de depreciação, os principais critérios de avaliação 
dos elementos patrimoniais etc.
Portanto, as notas explicativas são relatórios contábeis obrigatórios que são essenciais para 
que se realizem análises horizontal, vertical e por indicadores.
Exemplo, professor?
Além de servir de como fonte de informações adicionais para o completo esclarecimento das in-
formações que compõem as demonstrações contábeis, a exemplo da composição dos saldos de 
determinadas contas, que podem servir para análises horizontal, vertical e por quocientes, as notas 
explicativas podem servir de subsídios para verificar se houve mudança no método de depreciação 
e isto impactou, por exemplo, alguns índices e nas comparações entre períodos distintos.
Certo.
009. (CESPE/CONTADOR/MPOG/2015) A análise horizontal e vertical pode ser usada tanto 
para comparar o desempenho e a situação de uma empresa com o de outras empresas, ao 
longo de vários períodos, quanto para, por exemplo, analisar sua performance em um determi-
nado período de tempo.
A análise horizontal é a que efetua uma comparação entre os períodos de tempo.
Já a análise vertical é a que se preocupa com o comparativo de itens no mesmo período de 
análise. Ou seja, a análise vertical é feita em um mesmo período (ou em um mesmo ano). A 
empresa pode comparar a sua análise vertical de um período X com a de outra empresa do 
mesmo período X. Ela pode ainda comparar a sua análise vertical do período X com a do perí-
odo Y. Porém, não pode fazer a análise vertical de sua empresa com a de outras empresas, ao 
longo de vários períodos, pois este é o objetivo da análise horizontal.
Além disso, a análise da performance em um determinado período de tempo é função da aná-
lise horizontal.
Errado.
010. (CESPE/ESPECIALISTA/ANALISTA SUPERIOR/FINANÇAS/TELEBRAS/2015) A análi-
se econômico-financeira deve ser feita, em linhas gerais, considerando-se a capacidade de 
pagamento versus as obrigações passivas assumidas pela empresa.
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A assertiva está correta.
Na análise econômica financeira, os indicadores de liquidez visam medir a capacidade de pa-
gamento (folga financeira) de uma empresa, ou seja, sua habilidade em cumprir corretamente 
as obrigações passivas assumidas.
Certo.
011. (CESPE/ACE/TC-DF/2014) A análise horizontal permite identificar padrões de compor-
tamento dos indicadores de uma empresa, o que possibilita a construção de índices-padrão, 
utilizados para avaliar o desempenho futuro dessa empresa.
A primeira parte da questão está correta: “A análise horizontal permite identificar padrões de 
comportamento dos indicadores de uma empresa”.
O erro está na segunda parte.
A técnica de índices-padrão permite avaliar os índices de uma empresa em análise com aos de 
outras empresas.
Os índices-padrão são índices determinados a partir do estudo dos índices de várias empresas 
utilizando a estatística, comparando-as, por exemplo, por setor ou atividade.
Com isso, pode-se analisar qual a posição da empresa em relação ao índice-padrão definido 
para o setor que ela atua por exemplo.
Errado.
012. (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/TCU/2015) A comparação feita 
durante a análise de balanços apresenta-se de duas formas: análise temporal e análise inte-
rempresarial. Enquanto a primeira compreende a tendência apresentada pelos indicadores de 
desempenho e não limita a avaliação a resultado restrito a um único período, a segunda rela-
ciona o desempenho de uma empresa com o setor de atividade e o mercado em geral.
Meus amigos, bastava lembrar que as análises podem ser feitas entre empresas ou en-
tre períodos.
Matarazzo (2007) ressalta que a comparação é processada nas formas temporal e inte-
rempresarial.
A forma temporal analisa e estuda períodos anteriores, para compreender a tendência apre-
sentada pelos índices analisados.
A forma interempresarial relaciona o desempenho de uma empresa com o desempenho das 
demais empresas do mesmo setor de atividade.
Certo.
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013. (CESPE/CONTADOR/TCE-RO/2013) A análise horizontal, que possibilita a avaliação de 
tendência, requer, em contextos inflacionários, a indexação dos valores apresentados para 
análise. Por outro lado, a análise vertical, que possibilita a avaliação da estrutura dos relatórios 
contábeis, não demanda esse procedimento, pois lida com valores relativos.
Uma limitação da análise horizontal é que ela pode provocar distorções caso não seja levado em 
conta os efeitos da inflação, pois a relação estabelecida envolve elementos de períodos diferen-
tes. Por isso, na análise horizontal, em contextos inflacionários, é necessário fazer a indexação 
(reajustar os preços com base na inflação) dos valores passados apresentados para análise.
Em relação à análise vertical, que relaciona elementos de um mesmo período, não demanda 
esse procedimento, pois lida com valores relativos.
Certo.
Com base na tabela acima, que apresenta o balanço patrimonial da companhia hipotética ABC, 
julgue os dois itens a seguir.
014. (CESPE/AUDITOR/TCE-RN/2015) Por meio da análise horizontal, que permite a avalia-
ção de tendência, é correto concluir que as obrigações de longo prazo tiveram um crescimento, 
desconsiderando a inflação, de 100% de um ano para o outro.
Itens 2013 2014
Valor (R$) A.H. (%) Valor (R$) A.H. (%)
Passivo Não Circulante 5.000 100% 10.000 200%
Exigível a longo prazo 5.000 100% 10.000 200%
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CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA
A.H. 2014 = 10.000/5.000 = 2 = 200%
Com isso, desconsiderando a inflação, as obrigações de longo prazo tiveram um crescimento 
de 100% (200% – 100%) de um ano para o outro.
Obs.: � erroneamente, a banca colocou o valor do passivo não circulante somando as obriga-
ções de longo prazo com o montante do PL. Se considerasse essa informação, errarí-
amos a questão.
Certo.
015. (CESPE/AUDITOR/TCE-RN/2015) A análise vertical permite concluir que a representa-
tividade dos estoques nos investimentos totais da empresa foi, nos dois períodos contábeis, 
superior a 30%.
Representatividade dos estoques nos investimentos totais da empresa:
2013
Estoques / Investimentos totais = 4.500 / 17.000 = 0,2647 = 26,47%
2014
Estoques / Investimentos totais = 5.000 / 28.000 = 0,1786 = 17,86%
Portanto, nos dois períodos contábeis, a análise vertical permite concluir que a representativi-
dade dos estoques nos investimentos totais da empresa foi inferior a 30%.
Errado.
016. (CESPE/AUDITOR-FISCAL DE CONTROLE EXTERNO/TCE-SC/2016) Mudanças fre-
quentes de critérios contábeis, especialmente aqueles relativos à depreciação e estoques, não 
interferem nos resultados do cálculo nem na análise dos índices em séries temporais: os efei-
tos decorrentes dessas mudanças são diluídos e os índices são medidas adimensionais que 
variam no tempo à mesma proporção das grandezas originais.
Meus amigos, as mudanças de critérios contábeis relativas à depreciação e aos estoques in-
terferem nos resultados dos cálculos e também na análise dos índices.
Além disso, os índices para análise as demonstrações contábeis não são números adi-
mensionais.
Medidas adimensionais são números desprovidos de qualquer unidade física queo defina, 
portanto, é um número puro.
Errado.
017. (CESPE/ANALISTA SUPERIOR/AUDITORIA/TELEBRAS/2015) As duas principais ca-
racterísticas de análise de uma empresa são a comparação dos valores obtidos em determinado 
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CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA
período com aqueles levantados em períodos anteriores e o relacionamento desses valores 
com outros afins. Dessa maneira, é correto afirmar que o critério básico que norteia a análise 
de balanços é a comparação.
Exatamente isso. A análise das demonstrações contábeis consiste em uma técnica que realiza 
a decomposição, comparação e interpretação dos demonstrativos financeiros da empresa.
A banca trouxe explicações literais de Assaf Neto, conforme abaixo:
As duas principais características de uma empresa são a comparação dos valores obtidos em 
determinado período com aqueles levantados em períodos anteriores e o relacionamento des-
ses valores com outros afins. Dessa maneira, pode-se afirmar que o critério básico que norteia 
a análise de balanços é a comparação.
Certo.
018. (CESPE/ANALISTA SUPERIOR/AUDITORIA/TELEBRAS/2015) No balanço patrimonial, 
a análise horizontal procura identificar, prioritariamente, a evolução dos custos e das despesas 
em relação ao volume de vendas, e seus reflexos sobre o lucro.
Quem identifica os custos e as despesas é a demonstração do resultado do exercício e não o 
balanço patrimonial.
Portanto, o correto seria reescrever a afirmação abaixo:
Na demonstração do resultado do exercício, a análise horizontal procura identificar, prioritaria-
mente, a evolução dos custos e das despesas em relação ao volume de vendas, e seus reflexos 
sobre o lucro.
Errado.
019. (CESPE/CONTADOR/MTE/2014) O aumento da participação de um item patrimonial em 
relação ao total do grupo do qual faz parte pode ser verificada pela aplicação combinada das 
análises vertical e horizontal.
Questão certa. Vamos fazer um exemplo para entender melhor.
Análise Vertical:
Itens
20X1 20X2
Valor (R$) A.V. (%) Valor (R$) A.V. (%)
Estoques 20.000 40% 30.000 50%
Veículos 30.000 60% 30.000 50%
Ativo Total 50.000 100% 60.000 100%
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CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA
Análise Horizontal:
Itens 20X1 20X2
Valor (R$) A.H. (%) Valor (R$) A.H. (%)
Estoques 20.000 100% 30.000 150%
Veículos 30.000 100% 30.000 100%
Ativo 50.000 100% 60.000 120%
Vamos analisar a conta estoques.
O item patrimonial estoques aumentou de 20.000, em 20X1, para 30.000, em 20X2. Logo, utili-
zamos a análise horizontal.
Além disso, podemos constatar que o item estoques em relação ao seu grupo patrimonial au-
mentou de 40%, em 20X1, para 50%, em 20X2. Logo, utilizamos a análise vertical.
Com isso, o aumento da participação de um item patrimonial em relação ao total do grupo do 
qual faz parte pode ser verificada pela aplicação combinada das análises vertical e horizontal.
Certo.
020. (CESPE/PERITO CRIMINAL/PF/ÁREA 1/2013)
Os dados constantes na tabela acima foram extraídos da contabilidade de determinada empre-
sa, e fazem referência a três anos consecutivos. Com base nessas informações, julgue o item 
subsequente.
As análises horizontal e vertical das demonstrações contábeis devem ser utilizadas em con-
junto, pois, enquanto a análise horizontal realiza um comparativo temporal, a vertical realiza 
uma análise relacional entre uma conta ou grupo de contas com itens afins ou correlacioná-
veis, dentro de um mesmo exercício social. Essas duas análises apontam um crescimento do 
ativo circulante do ano 1 para o ano 3.
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CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA
Mais uma vez parecida com as duas questões anteriores.
A melhor forma de analisar o aumento de um item do patrimônio é avaliar conjuntamente dois 
tipos de análise: a horizontal, que realiza comparação temporal, e a vertical, que realiza uma 
comparação entre contas e grupos dentro de um mesmo período.
Pela análise horizontal, o Ativo Circulante passou de 35, no ano 1, para 40, no ano 3, o que oca-
sionou um crescimento de 14,28% do ano 3 em relação ao ano 1.
Pela análise vertical, podemos constatar que o item Ativo Circulante em relação ao total do 
Ativo aumentou de 35% (35/100), no ano 1, para 40% (40/100), no ano 3.
Portanto, a assertiva está correta.
Certo.
021. (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/TCU/2013) A análise horizontal 
encadeada do balanço patrimonial é efetuada por meio do cálculo das variações de cada conta 
em relação a um ano-base.
O foco da análise horizontal é a evolução, de um ano para outro, de determinado item ou con-
junto patrimonial. Na análise horizontal das demonstrações é necessário estabelecer uma 
data base (cujo índice será 100). Geralmente, a data-base é o exercício mais antigo que estiver 
em análise, a partir da qual analisaremos a variação patrimonial ao longo do tempo.
Certo.
022. (CESPE/CONTADOR/MJ/2013) Em se tratando na análise horizontal, números-índice 
inferiores a 100 indicam variação positiva no saldo de determinada rubrica contábil de um 
período-base para outro.
Se o número-índice for inferior a 100, temos que ocorreu uma variação negativa no saldo de 
determinada rubrica contábil de um período-base para outro.
Se o número-índice for superior a 100, temos que ocorreu uma variação positiva no saldo de 
determinada rubrica contábil de um período-base para outro.
Errado.
2. AnálIse por QuocIentes ou ÍndIces
Antes de iniciar as questões, trago o resumo deste assunto.
MEMORIZE BEM AS FÓRMULAS DOS ÍNDICES!
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Análise das Demonstrações Contábeis
CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA
2.1. ÍndIces de lIQuIdez
Índice de Liquidez Imediata ou Instantânea. Índice que avalia a capacidade de pagamento 
imediato das obrigações de curto prazo que uma empresa possui, utilizando apenas os recur-
sos de caixa ou equivalentes de caixa (disponibilidades).
Liquidez Imediata = Disponibilidades
 Passivo Circulante
Índice de Liquidez Seca ou Teste Ácido (Acid Test). Índice que analisa a capacidade de a 
empresa saldar suas dívidas de curto prazo (passivo circulante) com os recursos de curto pra-
zo que dispõe, porém, desconsiderados os estoques, que é um elemento patrimonial de menor 
liquidez no ativo circulante.
Liquidez Seca = Ativo Circulante - Estoques
 Passivo Circulante
Obs.: � alguns autores, nesta análise, desconsideram também as despesas antecipadas, pois, 
apesar de estarem no ativo circulante, eles não se convertem em dinheiro. De acordo 
com esses autores, a fórmula do índice de liquidez seca seria:
Liquidez Seca = Ativo Circulante – Estoques – Despesas Antecipadas
 Passivo Circulante
O CESPE já cobrou questões com o entendimento da observação.
Índice de Liquidez Corrente ou Comum. Índice que revela a capacidade de a empresa hon-
rar seus compromissos de curto prazo (passivo circulante), com os recursos de curto prazo 
que dispõe (ativo circulante).
Liquidez Corrente = Ativo Circulante
 Passivo Circulante
Índice de Liquidez Geral. Índice que avalia a capacidade de pagamento das obrigações de 
curto e longo prazo que uma empresa possui, utilizando as disponibilidades e os direitos de 
curto e longo prazo.
Liquidez Geral = Ativo Circulante + ANC Realizável a Longo Prazo
 Passivo Exigível*
* Passivo Exigível = Passivo Circulante + Passivo Não Circulante
Índice de Solvência (ou Margem de Garantia). O índice de solvência (ou margem de ga-
rantia) relaciona o ativo total com o capital de terceiros. Neste caso, o se o índice for inferior 
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a 1, teremos a situação de insolvência (passivo a descoberto). Se superior a 1, o patrimônio 
líquido será positivo e a situação da empresa será de solvência.
Índice de Solvência (IS) = Ativo Total l
 Passivo Exigível 
2.2. ÍndIces de endIvIdAmento
Os índices de endividamento analisam a estrutura do capital da companhia, por isto, são 
também chamados de índices de estrutura de capital.
Eles relacionam o capital próprio ao capital de terceiros, buscando evidenciar a dependên-
cia da entidade em relação aos recursos de terceiros.
Índice de Endividamento Total (ou Geral) ou Debt Ratio. O índice de Endividamento indica 
o percentual que o endividamento representa sobre os recursos totais. Significa também qual 
a porcentagem do ativo total que é originado dos recursos de terceiros.
Também chamado de índice de participação de capitais de terceiros em relação aos re-
cursos totais.
Endividamento Total = Passivo Exigível
 Ativo Total 
Índice de Composição do Endividamento. O índice de composição do endividamento com-
para o capital de terceiros de curto prazo com as dívidas totais, evidenciando qual percentual 
do total das dívidas são de curto prazo. Em geral, uma empresa com menor endividamento de 
curto prazo oferece menos risco aos investidores e credores.
Composição do Endividamento = Passivo Circulante
 Passivo Exigível
Grau de Endividamento. O Grau de Endividamento (ou índice de participação do capital 
de terceiros) demonstra o montante de recursos que a empresa obteve de capital de terceiros 
para cada real de capital próprio. Quanto maior o grau de endividamento, maior é a possibilida-
de de falência de uma empresa.
Grau de Endividamento = Passivo Exigível l
 Patrimônio Líquido 
Índice de Participação do Capital Próprio. Também chamado de participação do Patrimô-
nio Líquido, este índice indica qual percentual do total dos recursos aplicados (ativo total) da 
companhia está financiado pelo capital próprio.
Participação do PL = Patrimônio Líquido
 Ativo 
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Índice de Imobilização do Patrimônio Líquido (ou Capital Próprio). O índice de imobiliza-
ção do Patrimônio Líquido apresenta a parcela do capital próprio que está investida em ativos 
de baixa liquidez (ativos imobilizados, intangíveis ou investimentos). Ou seja, ativo não circu-
lante deduzido dos ativos realizáveis a longo prazo. Quanto mais a empresa investe recursos 
próprios em ativos de baixa liquidez, mais ela dependerá de capital de terceiros para financiar 
suas aplicações de curto prazo. O ideal é que a empresa utilize recursos próprios para financiar 
suas aplicações de curto praz a fim de diminuir a dependência do capital de terceiros.
Imobilização do PL = ANC (Investimentos + Intangível + Imobilizado)
 Patrimônio Líquido
Ou
Imobilização do PL = Ativo Não Circulante – AÑC Realizável a Longo Prazo
 Patrimônio Líquido
Obs.: � antigamente, os Ativos Não Circulante investimentos, intangível e imobilizado eram 
chamados conjuntamente de ativo permanente. Atualmente, alguns autores já estão 
chamando-os de ativo fixo.
Índice de Imobilização do Investimento Total (IIT). O índice de imobilização do Investimen-
to Total apresenta a parcela do ativo total que está investida em ativos de baixa liquidez (ativos 
imobilizados, intangíveis ou investimentos).
IIT = ANC (Investimentos + Intangível + Imobilizado)
 Ativo Total
Índice de Garantia do Capital de Terceiros. O índice de Garantia do Capital de Terceiros 
indica a relação existente entre os recursos próprios (ou capital próprio) e os recursos de ter-
ceiros (exigibilidade total).
Garantia do Capital Próprio ao Capital de Terceiros = Patrimônio Líquido
 Passivo Exigível
Índice Imobilização dos Recursos não Correntes (IRNC). Indica qual a percentagem dos 
Recursos não Correntes (PNC e PL) foi destinada ao Ativo Permanente. Também chamado de 
Grau de Imobilização de Capitais Permanentes.
IRNC = ANC (Investimentos + Intangível + Imobilizado)
 Passivo Não Circulante + Patrimônio Líquido
É hora de resolver questões.
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A empresa ABC S.A. figura como arrendatária em um contrato de arrendamento mercantil de 
um conjunto de máquinas pelo valor futuro de R$ 1 milhão, com opção de compra ao final do 
contrato. Os pagamentos do contrato serão feitos mensalmente durante o prazo de 10 anos. 
As máquinas são de controle da ABC S.A. e foram confeccionadas conforme as solicitações 
dessa empresa, para que as atividades comerciais da arrendatária pudessem ser realizadas. 
Com base nessa situação hipotética, julgue o item a seguir, de acordo com a legislação vigente.
023. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTABILIDADE/TJ-AM/2019) O reconhecimento 
inicial do arrendamento pela ABC S.A. gerará impacto nos seus indicadores de liquidez.
Os índices de liquidez avaliam a capacidade que uma entidade possui
para quitar suas dívidas. Eles apresentam a situação financeira de uma
empresa frente aos compromissos financeiros assumidos, ou seja, demonstram sua capaci-
dade de arcar com as obrigações assumidas, o que, em última instância, sinaliza a condição 
de sua própria continuidade.
Por exemplo:
Índice de Liquidez Geral = ILG = (AC + ARLP) / Passivo
O registro do arrendamento na arrendatária, conforme mostra o lançamento abaixo, gera au-
mento do passivo, portanto diminui a liquidez geral.
D – Máquinas (ativo - imobilizado)
C – Arrendamento a pagar (passivo)
Certo.
A tabela a seguir mostra os saldos, em valores absolutos, de todas as contas que compõem o 
balanço patrimonial de determinada empresa comercial.
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CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA
Tendo como referência a tabela mostrada, julgue os itens que se seguem, a respeito das con-
tas patrimoniais e da análise econômico-financeira da referida empresa comercial.
024. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTABILIDADE/TJ-AM/2019) O índice de liquidez 
seca é inferior a 1,0.
AC = 30 + 30 + 10 + 50 = 120
PC = 10 + 30 + 10 + 10 = 60
Liquidez Seca = (Ativo Circulante – Estoques – Despesas Antecipadas) / Passivo Circulante
Liquidez Seca = (120 – 50 – 10)/60 = 1
Errado.
025. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTABILIDADE/TJ-AM/2019) O índice de endivida-
mento geral apresenta valor inferior ao do índice de liquidez imediata.
AC = 30 + 30 + 10 + 50 = 120
ANC = Máquinas Equipamentos – Depreciação Acumulada + Marcas e Patentes – Amortiza-
ção Acumulada
ANC = 100 – 30 + 80 – 20 = 130
Ativo = AC + ANC = 120 + 130 = 250
PC = 10 + 30 + 10 + 10 = 60
PNC = Financiamento – encargos a transcorrer
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PNC = 60 – 10 = 50
PC + PNC = 60 + 50 = 110
Endividamento Geral = (PC+PNC) /Ativo = 110/250 = 0,44
Liquidez Imediata = Disponibilidade/PC = 30/60 = 0,5
Assim, Endividamento Geral < Liquidez Imediata.
Certo.
026. (CESPE/ANALISTA MINISTERIAL/ADMINISTRAÇÃO/MPC/TCE-PA/2019) O índice de 
endividamento geral utilizado na análise financeira de uma empresa representa a capacidade de
a) solvência de longo prazo da empresa e sua alavancagem financeira.
b) pagamento tempestivo das dívidas de curto prazo da empresa.
c) solvência de curto prazo da empresa.
d) liquidez da empresa.
e) gerenciamento dos ativos da empresa.
�a) Certa. O Índice de Endividamento Geral (IEG) indica o percentual que o endividamento re-
presenta sobre os recursos totais. Significa também qual a porcentagemdo ativo total que é 
originado dos recursos de terceiros.
Ele é um indicador de solvência de longo prazo, pois indica o quanto a empresa consegue 
pagar suas dívidas de longo prazo com o total de seus investimentos. Por representar o grau 
de endividamento na estrutura de capital, ou seja, o quanto o capital de terceiros é usado para 
manter as operações da empresa, o IEG também indica se a empresa está muito ou pouco 
alavancada financeiramente.
�b) Errada. O pagamento tempestivo de dívidas de curto prazo é relacionado a índices de liqui-
dez, como a liquidez corrente, seca, imediata etc.
�c) Errada. A solvência de curto prazo é relacionada a índices que indicam a capacidade da em-
presa de pagar suas dívidas de curto prazo, ou seja, índices de solvência de curto prazo. Como 
exemplo temos os índices de liquidez corrente, seca, imediata etc.
�d) Errada. A liquidez da empresa está relacionada a índices de solvência de curto prazo, e não 
ao endividamento da empresa.
�e) Errada. Os índices que representam a capacidade de gerenciamento dos ativos são o Giro 
de Estoque e Giro de Contas a Receber.
Letra a.
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CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA
A tabela a seguir apresenta as contas sintéticas do balanço patrimonial de determinada em-
presa ao final do exercício de 2018. Use-a para responder as próximas duas questões.
027. (CESPE/ANALISTA MINISTERIAL/ADMINISTRAÇÃO/MPC/TCE-PA/2019) De acordo 
com a tabela acima, o patrimônio líquido dessa empresa, em milhares de reais, é igual a
a) 100.
b) 150.
c) 200.
d) 300.
e) 330.
Ativo = caixa e equivalentes + duplicatas a receber + estoques + máquinas – depreciação + 
terrenos + marca e patentes
Ativo = 10 + 20 + 70 + 110 – 30 + 220 + 200 = 600
Passivo = dívidas de curto prazo + dívidas de longo prazo
Passivo = 100 + 200 = 300
PL = Ativo – Passivo = 600 – 300 = 300
Letra d.
028. (CESPE/ANALISTA MINISTERIAL/ADMINISTRAÇÃO/MPC/TCE-PA/2019) Ainda de 
acordo com a tabela acima, o índice de endividamento geral daquela empresa é de:
a) 10%.
b) 20%.
c) 30%.
d) 40%.
e) 50%.
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CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA
O Índice de Endividamento Geral (IEG) indica o percentual que o endividamento representa 
sobre os recursos totais. Significa também qual a porcentagem do ativo total que é originado 
dos recursos de terceiros.
Pelos cálculos da questão anterior, Ativo = 600 e Passivo = 300. Assim o IEG = 300 / 600 = 0,5.
Letra e.
029. (CESPE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/CIÊNCIAS CONTÁBEIS/TCE RO/2019) Os 
dados a seguir foram apresentados nas demonstrações contábeis de determinada empresa:
• o ativo circulante corresponde a 40% do passivo circulante;
• o índice de liquidez geral é igual a 0,6;
• o realizável a longo prazo é R$ 1.000 inferior ao exigível em longo prazo;
• o passivo circulante corresponde a R$ 25.000.
Nesse caso,
a) o índice de liquidez seca será inferior a 0,25, caso o estoque seja de R$ 2.000.
b) o índice de endividamento da empresa é superior a 160%.
c) uma captação de R$ 50.000 em longo prazo proporcionaria um aumento do índice de liqui-
dez corrente para 1,2.
d) o recebimento antecipado de clientes no valor de R$ 20.000 aumentaria o índice de liqui-
dez corrente.
e) o reconhecimento de provisão passiva de R$ 12.000 com pagamento previsto para 900 dias 
proporcionará uma redução no índice de liquidez seca.
AC (Ativo Circulante) = 40% x PC (Passivo Circulante)
PC = 25.000
AC = 0,4 x PC = 0,4 x 25.000 = 10.000
ARLP = PNC – 1.000
Liquidez Geral = ILG = (AC + ARLP) / (PC + PNC)
ILG = (10.000 + ARLP) / (25.000 + ARLP + 1.000) = 0,6  ARLP = 14.000
PNC = 14.000 + 1.000 = 15.000
�a) Errada. ILS = (AC – Estoque) / PC = (10.000 – 2.000) / 25.000 = 0,32
�O índice de liquidez seca será superior a 0,25.
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�b) Errada. O Endividamento é dado pelo Índice de Endividamento (IE):
�IE = (PC + PNC) / Ativo
�Como a questão não forneceu nenhuma informação sobre os grupos do ativo não circulante, 
exceto realizável a longo prazo, não sabemos se o IE é maior ou menor que 160%.
�c) Errada. AC aumentaria para 10.000 + 50.000 = 60.000
�ILC = AC / PC = 60.000 / 25.000 = 2,4
�d) Certa. o Índice de Liquidez Corrente (ILC) inicial é 40% (= 10.000 / 25.000). O recebimento 
antecipado de clientes aumenta o AC e o PC, portanto variando o ILC:
�D – Caixa 20.000 (AC)
�C – Adiantamento de Clientes 20.000 (PC)
�ILC = AC / PC = (10.000 + 20.000) / (25.000 + 20.000) = 66,66%
�Assim o ILC aumentou para 66%.
�e) Errada. Liquidez Seca = ILS = (AC – Estoque) / PC o aumento do PNC em 12.000 não 
altera o ILS.
Letra d.
030. (CESPE/AUDITOR-FISCAL/SEFAZ-RS/2019) A tabela a seguir, com valores em R$ mil, 
corresponde ao balanço patrimonial de determinada companhia em 31/12/2017.
Considerando-se esse balanço patrimonial e os índices de liquidez corrente, seca e geral da 
companhia em 31/12/2017, é correto afirmar que essa companhia, relativamente às obrigações 
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de curto prazo (OBC) e à capacidade de pagamento de dívidas de curto e de longo prazo 
(CPDCLP), é
a) capaz de honrar suas OBC sem depender da realização financeira dos seus estoques e, no 
que diz respeito à CPDCLP, os indicadores apontam para situação de insolvência.
b) capaz de honrar suas OBC, desde que realize financeiramente os seus estoques e, no que diz 
respeito à CPDCLP, os indicadores apontam para situação de solvência.
c) incapaz de honrar suas OBC, mas, em um cenário de longo prazo, os indicadores apontam 
para situação de solvência.
d) capaz de honrar suas dívidas de curto e de longo prazo, sem necessidade da realização 
financeira dos seus estoques.
e) incapaz de honrar suas OBC, mas sua capacidade de pagamento melhorará se forem consi-
derados na análise os realizáveis e exigíveis a longo prazo.
�a) Errada. Para honrar suas OBC sem depender da realização financeira dos seus estoques 
devemos analisar seu Índice de Liquidez Seca.
�LS = (AC – Estoque) / PC = (1.000 – 500) / 600 = 500 / 600 = 5/6
�Como LS < 1, a empresa depende da realização financeira (venda) do estoque para pagar usas 
OBC.
�Quanto à situação de solvência de suas dívidas de curto e longo prazo, devemos analisar o 
Índice de Solvência.
�IS = Ativo / Passivo = 5.000 / 1.400 = 50 / 14
�Como IS > 1, a empresa apresenta consegue liquidar todas as suas dívidas (curto e longo pra-
zo) com o seu ativo, ou seja, a empresa é solvente.
�b) Certa. Veja a explicação acima.
�c) Errada. Para honrar suas OBC, devemos analisar se a realização do ativo circulante (AC) é 
capaz de liquidar o passivo circulante (PC), situação indicada pelo Índice de Liquidez Corrente.
�LC = AC / PC = 1.000 / 600 = 10/6
�Como LC >1, a empresa consegue honrar suas OBC com os recursos de curto prazo.
�d/e) Erradas. Já vimos que a empresa consegue honrar suas OBC, mas depende da realização 
dos estoques (LS<1 e LC>1).
Letra b.
Quanto aos indicadores e métodos de análise econômico-financeira, julgue os itens a seguir.
031. (CESPE/ANALISTA GRS/CIÊNCIAS CONTÁBEIS/SLU-DF/2019) Uma empresa cujo pa-
trimônio líquido tenha grau de imobilização superior à unidade tem necessidade de financiar o 
giro de suas atividades com recursos de terceiros.
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CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA
O Índice de Imobilização do PL (IPL = A. Fixo / PL) representa quanto do PL financia o Ativo 
Fixo (intangível + investimentos + imobilizado).
Como a questãoafirma que IPL > 1, conclui-se que o PL sozinho não consegue financiar o 
Ativo Fixo, sendo necessário o uso do Passivo Exigível (recursos de terceiros) para financiar o 
restante das atividades da empresa.
Certo.
032. (CESPE/TÉCNICO TRIBUTÁRIO/SEFAZ-RS/2018) Na fiscalização dos estoques de uma 
empresa, o técnico tributário responsável recebeu apenas as seguintes informações:
• a empresa possui R$ 100 de passivo não circulante;
• a empresa possui R$ 100 de ativo não circulante (realizável a longo prazo);
• a empresa não possui despesas pagas antecipadamente.
Os índices de liquidez são os mostrados na tabela seguinte.
Nesse caso, o valor dos estoques da empresa é igual a
a) R$ 50.
b) R$ 60.
c) R$ 100.
d) R$ 140.
e) R$ 200.
ILS = (AC – Estoques) / PC
ILC = AC/PC
4 = AC / PC
AC = 4 x PC
ILG = (AC + ARLP) / (PC + PNC)
ILG = (AC + 100) / (PC + 100)
Substituindo o AC por 4 PC, temos que:
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CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA
ILG = (4 PC + 100) / (PC + 100)
O índice de liquidez geral é igual a 2.
2 = (4 PC + 100) / (PC + 100)
Fazendo as multiplicações, temos que:
4PC + 100 = 2PC + 200
2PC = 100
PC = 50
AC = 4 x 50 = 200
ILS = (AC – Estoques) / PC
2,8 = (200 – Estoques) / 50
140 = 200 – Estoques
Estoques = 60
Letra b.
033. (CESPE/AUDITOR DO ESTADO/SEFAZ-RS/2018) Com relação aos indicadores de uma 
empresa adquirente, a compra à vista de estoques junto a fornecedores
a) aumenta os índices de liquidez seca e liquidez imediata e mantém os índices de liquidez 
corrente e de liquidez geral nos patamares anteriores à ocorrência da transação.
b) reduz os índices de liquidez seca e de liquidez imediata e mantém os índices de liquidez 
corrente e de liquidez geral nos patamares anteriores à ocorrência da transação.
c) aumenta os índices de liquidez corrente e de liquidez geral e mantém os índices de liquidez 
seca e de liquidez imediata nos patamares anteriores à ocorrência da transação.
d) aumenta os índices de liquidez corrente e de liquidez seca e mantém os índices de liquidez 
geral e de liquidez imediata nos patamares anteriores à ocorrência da transação.
e) reduz os índices de liquidez seca e de liquidez imediata e aumenta os índices de liquidez 
geral e de liquidez corrente.
Vamos às fórmulas de cada índice mencionado na questão.
– Índice de Liquidez Seca (ILS) = (AC – Estoques) / PC
– Índice de Liquidez Imediata (ILI) = Disponibilidades / PC
– Índice de Liquidez Corrente (ILC) = AC / PC
– Índice de Liquidez Geral (ILG) = (AC + ANC) / (PC + PNC)
Numa compra à vista temos:
D – Estoque (Aumenta o Ativo Circulante)
C – Caixa (Diminui o Ativo Circulante)
Ou seja, é um Fato Permutativo entre elementos do Ativo Circulante.
Assim, nem o Índice de Liquidez Corrente nem o Índice de Liquidez Geral se alteram.
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CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA
Já o Índice de Liquidez Seca reduzir-se-á pelo aumento dos estoques, bem como o Índice de 
Liquidez Imediata, por causa da redução na conta Caixa (Disponibilidades).
Letra b.
034. (CESPE/AUDITOR DO ESTADO/SEFAZ-RS/2018) Se, para determinada empresa, o grau 
de imobilização de capitais permanentes apresenta valor inferior a 1,0, então
a) a participação das aplicações permanentes da empresa em seu ativo total não é relevante.
b) a empresa trabalha mais com capital de terceiros do que com capital próprio.
c) a empresa trabalha mais com recursos de curto prazo do que com recursos de longo prazo.
d) uma parcela dos recursos da empresa aplicados em investimentos de caráter permanente é 
financiada por dívidas de curto prazo.
e) os recursos permanentes da empresa são insuficientes para financiar suas aplicações de 
caráter permanente.
O CESPE chama de Grau de Imobilização de Capitais Permanentes (ou Imobilização em Recur-
sos Não Correntes) a relação entre o antigo ativo permanente (Investimentos, Imobilizado e In-
tangível) pelos recursos não correntes (Patrimônio Líquido e Passivo Não Circulante). Fórmula:
Imobilização de Recursos Permanentes = ANC(Invest.+Intangível+Imob.)
Passivo Não Circulante + Patrimônio Líquido
O Ativo Permanente é, atualmente, representado da seguinte maneira:
Ativo Permanente = Ativo Imobilizado + Investimentos + Intangível OU
Ativo Permanente = Ativo não Circulante – Realizável a Longo prazo.
Sendo o índice menor que 1, o Ativo Permanente será menor que o Capital Permanente (Patri-
mônio Líquido + Passivo Não Circulante).
No caso da questão, o Capital Permanente (Patrimônio Líquido + Passivo Não Circulante) fi-
nancia o Ativo Permanente e ainda deixa uma sobra para o capital de giro, o que torna a letra D 
incorreta (gabarito da banca), pois para estar correta o Índice deveria ser maior que 1.
Não há, portanto, gabarito correto e a banca, justamente, anulou a questão.
JUSTIFICATIVA DA BANCA: A opção apontada preliminarmente como gabarito não pode ser 
considerada correta, pois a imobilização de recursos permanentes revela a porcentagem dos 
recursos passivos a longo prazo que se encontra imobilizada em itens ativos, ou seja, aplica-
das no ativo permanente.
Gabarito preliminar: d.
Anulada.
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CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA
035. (CESPE/AUDITOR DE CONTAS PÚBLICAS/TCE-PB/2018) se, em uma empresa, 50% dos 
ativos totais são financiados por recursos de terceiros e 20% dos capitais totais utilizados são 
capitais de terceiros de longo prazo, então, nessa empresa, a porcentagem dos capitais de 
curto prazo em relação aos capitais de terceiros totais é de
a) 20%.
b) 80%.
c) 60%.
d) 50%.
e) 30%.
Os recursos de terceiros são representados pelo passivo exigível, que é a soma do passivo 
circulante (capitais de curto prazo) mais o passivo não circulante (capitais de terceiros de 
longo prazo).
O capital total à disposição da empresa é igual ao passivo exigível mais o patrimônio líquido. 
Este valor pela equação fundamental do patrimônio é igual ao ativo total.
Vamos às fórmulas com base nos dados do enunciado.
Passivo Exigível = 50% x Ativo Total --> Ativo Total = Passivo Exigível / 50%
Ativo Total = 2 x Passivo Exigível
Passivo Não Circulante = 20% x (Passivo Exigível + PL)
Passivo Não Circulante = 20% x Ativo Total
Substituindo o Ativo Total = 2 x Passivo Exigível, temos que:
Passivo Não Circulante = 20% x 2 x Passivo Exigível
Passivo Não Circulante = 40% x Passivo Exigível
Agora, vamos aplicar a seguinte equação:
Passivo Exigível = Passivo Circulante + Passivo Não Circulante
Passivo Exigível = Passivo Circulante + = 40% x Passivo Exigível
Como 1 Passivo Exigível equivale a 100% x Passivo Exigível, temos que:
100% x Passivo Exigível – 40% x Passivo Exigível = Passivo Circulante
Passivo Circulante = 60% x Passivo Exigível (capitais de terceiros totais)
Portanto, a porcentagem dos capitais de curto prazo em relação aos capitais de terceiros to-
tais é de 60%.
Letra c.
036. (CESPE/AUDITOR DE CONTAS PÚBLICAS/TCE-PB/2018) em uma empresa que apresente 
R$ 195.000 em passivos circulantes e uma composição de exigibilidades de 75%, e na qual 
a relação entre as fontes de recursos seja igual a 1,0, o montante de recursos próprios, em 
reais, será
a) superior a 244.000 e inferior a 265.000.
b) superior a 265.000.
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c) inferior a 98.000.
d) superior a 98.000 e inferior a 195.000.
e) superior a 195.000 e inferior a 244.000.
A composição de exigibilidades é o mesmo índice de composição do endividamento.
Composição do Endividamento = Passivo Circulante
 Passivo Exigível
75% = 195.000 --> Passivo Exigível = 195.000 -->
 PE 75%
Passivo Exigível= 260.000
A Relação entre as Fontes de Recursos (RFR) é mais conhecido como grau de endividamento 
ou índice de participação de capitais de terceiros.
Grau de Endividamento = Passivo Exigível l
 Patrimônio Líquido 
Se a relação entre as fontes de recursos é igual a 1, o patrimônio líquido é igual ao valor do 
passivo exigível.
Patrimônio líquido (recursos próprios) = 260.000.
Letra a.
037. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/STM/2018) Se, em uma empresa, a relação entre as 
fontes de recursos for igual a 0,7, então o endividamento geral dessa empresa será supe-
rior a 0,5.
A Relação entre as Fontes de Recursos (RFR) é mais conhecido como grau de endividamento 
ou índice de participação de capitais de terceiros.
Grau de Endividamento = Passivo Exigível l
 Patrimônio Líquido 
Para facilitar os cálculos, vamos utilizar valores absolutos para resolução.
Se a relação entre as fontes de recursos é igual a 0,7, podemos ter os seguintes dados:
PE = 70
PL = 100
RFR = 70/100 = 0,7
Agora, vamos encontrar o valor do ativo total:
Ativo = PE + PL = 70 + 100 = 170
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Por último, vamos encontrar o valor do endividamento geral:
Endividamento Geral = Passivo Exigível = 70 = 0,4118 = 41,18%
 Ativo Total 170
Com isso, a questão está errada, pois o endividamento geral é inferior a 50%.
Errado.
038. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/STM/2018) Se, em uma empresa, a relação entre imo-
bilizações e capitais próprios for igual a 1,50, e se não houver capitais de terceiros, de longo 
prazo, investidos no negócio da empresa, então a liquidez geral da empresa será inferior à uni-
dade e seu capital circulante líquido será negativo.
Primeiramente, se a razão imobilizado/capital próprio é de 1,5, então a cada 1,50 no ativo não 
circulante “permanente” (imobilizado, intangível e investimentos), tem-se 1,00 no PL.
Já que não há Passivo Não Circulante (Capital de Terceiros de Longo Prazo), o Passivo Circu-
lante financia parte do imobilizado, pois o PL é insuficiente, visto ter somente 1,00 para cada 
1,50 de imobilizado).
De tal modo, obrigatoriamente temos que o Passivo Circulante sempre será maior que o ativo 
circulante e ativo realizável a longo prazo juntos, já que, além de fazer seu financiamento, tam-
bém financiará uma parte do imobilizado.
A fórmula da liquidez geral é: AC + ARLP / PC + PNC.
Como (Ativo Circulante + ARLP) é menor que o Passivo Circulante + PNC (=0), a liquidez geral 
será inferior à unidade e, necessariamente, o capital circulante líquido (CCL) será negativo.
CCL = AC – PC
A tabela a seguir mostra a composição dos balanços patrimoniais da CIA ABC, referentes aos 
exercícios de 2016 e 2017. Os valores nas colunas 2016 e 2017 são financeiros e estão em R$ 
mil. Os valores nas colunas AH e AV referem-se a indicadores de análise de estrutura de capi-
tais e análise horizontal e análise vertical.
Certo.
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CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA
A partir das informações da tabela, julgue os itens que se seguem, acerca da aplicação dos 
indicadores de estrutura de capitais e análise vertical/horizontal.
039. (CESPE/OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA/ABIN/2018) O índice de imobilização do 
patrimônio líquido, em 2016, mostrou que a empresa investiu o equivalente a 50% dos seus 
recursos próprios no imobilizado; em 2017 esse percentual aumentou para 60%. Em consequ-
ência, para o financiamento do ativo circulante, a empresa passou a ser mais dependente de 
capitais de terceiros.
O início da assertiva está correto: “O índice de imobilização do patrimônio líquido, em 2016, 
mostrou que a empresa investiu o equivalente a 50% dos seus recursos próprios no imobilizado; 
em 2017 esse percentual aumentou para 60%”.
Imobilização do PL = (ANC – ANC RLP)/PL
Imobilização do PL 2016 = 5.000 / 10.000 = 50%
Imobilização do PL 2017 = 15.000 / 25.000 = 60%
Entretanto, a segunda parte está incorreta. Observem que a análise vertical da conta do PL 
aumentou de 2016 para 2017:
2016: 40%
2017: 58%.
Assim, ao aumentar a participação no PL de um ano para o outro, concluímos que a empresa 
passou a ser MENOS dependente do capital de terceiros (passivo).
Errado.
040. (CESPE/OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA/ABIN/2018) Os índices de composição 
do endividamento e participação do capital de terceiros mostram uma piora no perfil da dívida 
e um aumento da dependência de capital de terceiros, possibilitando uma menor liberdade de 
decisões financeiras pela empresa.
O Índice de Composição do Endividamento demonstra o que relaciona o passivo de curto pra-
zo da empresa com o passivo total. Assim:
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CE = PC/PE
2016 = 8.000/15.000 = 0,53
2017 = 8.000/18.000 = 0,44
Já o Índice de participação do capital de terceiros é a relação em porcentagem entre o capital 
de terceiros e o capital próprio. É calculado dividindo-se o Passivo Total pelo Patrimônio líquido.
PCT = PE/PL
2016 =15.000/10.000 = 1,5
2017 = 18.000/25.000 = 0,72
Com a diminuição dos índices, concluímos que houve melhora no perfil da dívida e uma dimi-
nuição da dependência de capital de terceiros, possibilitando uma maior liberdade de decisões 
financeiras pela empresa.
Errado.
041. (CESPE/OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA/ABIN/2018) Do ponto de vista estrita-
mente do risco da insolvência, quanto maior for a relação capitais de terceiros/patrimônio 
líquido, menor será a dependência do capital desses terceiros.
Quanto maior for a relação capitais de terceiros/patrimônio líquido, significa que a empresa 
necessita de mais capitais de terceiros do que de capitais próprios para se financiar.
Com isso, do ponto de vista estritamente do risco da insolvência, quanto maior for a relação ca-
pitais de terceiros/patrimônio líquido, MAIOR será a dependência do capital desses terceiros.
Errado.
042. (CESPE/OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA/ABIN/2018) O ativo total foi incrementa-
do em 72%, e esse crescimento ocorreu, principalmente, devido ao ativo permanente ter apre-
sentado expansão de 200%, sendo o mesmo financiado integralmente por capital próprio.
A análise horizontal (AH) identificou um incremento de 72% (172 – 100). Além disso, identi-
ficamos por meio da AH que o ativo permanente (são as contas do imobilizado, intangível e 
investimentos do ativo não circulante) teve expansão de 200% (300 – 100).
O Imobilizado aumentou de 5.000 para 15.000. Como houve aumento de R$ 3.000 de Passivo 
Não Circulante de 2016 para 2017, não temos como garantir que os R$ 10.000 (15.000 – 5.000) 
de incremento do imobilizado foram financiados integralmente por capital próprio.
Determinada companhia concessionária de serviço público de energia elétrica reapresentou os 
relatórios contábil-financeiros relativos ao exercício findo em 2015. Nos relatórios reapresenta-
dos, que passaram a exprimir apropriadamente o modelo de negócio de distribuição de energia 
elétrica, foram feitas apenas duas alterações.
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Em primeiro lugar, o ativo financeiro indenizável da concessão, anteriormente classificado no 
grupo caixa ou equivalentes de caixa, passou a compor o grupo não circulante, mensurado a 
valor justo. Com isso, foi feito também o respectivo ajuste do valor justo do período, o qual pas-
sou a integrar o grupo de receitas operacionais, deixando de ser classificado como resultado 
financeiro.
Errado.
A partir das informações apresentadas nessa situação hipotética e considerando que a referi-
dacompanhia está sujeita à legislação societária, composta pela Lei n. 6.404/76 e suas alte-
rações posteriores bem como por legislação complementar, julgue os itens a seguir, relativos 
aos indicadores econômico-financeiros dessa companhia.
043. (CESPE/AUDITOR/TCE-PE/2017) Considerando-se o exercício de 2014 como o índice-
-base, não foram alterados, na reapresentação dos relatórios contábil-financeiros, os números-
-índices do balanço patrimonial do exercício findo em 2015.
A análise que utiliza números-índices obtidos pela comparação entre dois períodos é a 
horizontal.
De acordo com o ICPC 01, o direito o concessionário deve reconhecer um ativo financeiro à medida 
que tem o direito contratual incondicional de receber caixa ou outro ativo financeiro da concedente 
pelos serviços de construção. Por outro lado, o concessionário deve reconhecer um ativo intangível 
à medida que recebe o direito (autorização) de cobrar os usuários dos serviços públicos, ou seja, os 
valores são condicionados à utilização do serviço pelo público.
Assim, podemos afirmar que o direito de receber dos usuários dos serviços públicos, já concedido 
pela concedente, pode ser classificado como ativo intangível, ao passo que a indenização da con-
cedente pode ser classificada como ativo financeiro, no caso, como ativo realizável a longo prazo.
A parte que concede o contrato de prestação de serviços (concedente) é um órgão público ou uma 
entidade pública, ou entidade privada para a qual foi delegado o serviço.
Segundo os dados do texto, duas alterações foram realizadas na reapresentação das demons-
trações contábeis:
Um ativo financeiro classificado como Caixa ou Equivalente de Caixa (Ativo Circulante) passou 
a compor o Ativo Não Circulante Intangível (em regra, nas concessões de serviço público de 
energia elétrica, o concessionário deve reconhecer um ativo intangível à medida que recebe o 
direito (autorização) de cobrar os usuários dos serviços públicos, ou seja, os valores são con-
dicionados à utilização do serviço pelo público).
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O ajuste do valor justo do período deixou de ser classificado como Receita Financeira, passan-
do a integrar na reapresentação o grupo de Receitas Operacionais.
Como houve transferência de uma conta do Ativo Circulante para o ANC Intangível, na reapre-
sentação dos relatórios contábil-financeiros, os números-índices do balanço patrimonial do 
exercício findo em 2015 foram alterados. Portanto, o gabarito está errado.
Exemplo prático com valores hipotéticos. Considerando que o ativo financeiro reclassificado 
tinha um valor de R$ 10, temos a seguinte composição com a reapresentação das demonstra-
ções contábeis:
Assim, confirmamos que a assertiva está errada, pois houve mudanças nos números-índices 
do balanço patrimonial reapresentado.
Errado.
044. (CESPE/AUDITOR/TCE-PE/2017) O índice que mostra a imobilização de recursos per-
manentes em 2015 apresenta valor maior que o estimado antes da reapresentação dos relató-
rios contábil-financeiros desse ano.
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CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA
De acordo com o ICPC 01, o direito o concessionário deve reconhecer um ativo financeiro à medida 
que tem o direito contratual incondicional de receber caixa ou outro ativo financeiro da concedente 
pelos serviços de construção. Por outro lado, o concessionário deve reconhecer um ativo intangível 
à medida que recebe o direito (autorização) de cobrar os usuários dos serviços públicos, ou seja, os 
valores são condicionados à utilização do serviço pelo público.
Assim, podemos afirmar que o direito de receber dos usuários dos serviços públicos, já concedido 
pela concedente, pode ser classificado como ativo intangível, ao passo que a indenização da conce-
dente pode ser classificada como ativo financeiro, no caso, como ativo realizável a longo prazo.
A parte que concede o contrato de prestação de serviços (concedente) é um órgão público ou uma 
entidade pública, ou entidade privada para a qual foi delegado o serviço.
Com isso, o ativo financeiro classificado como Caixa ou Equivalente de Caixa (Ativo Circulante) 
passou a compor o Ativo Não Circulante Intangível (em regra, nas concessões de serviço pú-
blico de energia elétrica, o concessionário deve reconhecer um ativo intangível à medida que 
recebe o direito (autorização) de cobrar os usuários dos serviços públicos, ou seja, os valores 
são condicionados à utilização do serviço pelo público).
O CESPE chama de Índice de Imobilização de Recursos Permanentes (ou Imobilização em Re-
cursos Não Correntes) a relação entre o antigo ativo permanente (Investimentos, Imobilizado e 
Intangível) pelos recursos não correntes (Patrimônio Líquido e Passivo Não Circulante). Fórmula:
Imobilização de Recursos Permanentes = ANC (Investimentos+Intangível+Imobilizado)
 Passivo Não Circulante + Patrimônio Líquido
Com a transferência do ativo financeiro para o ativo intangível, houve um aumento do numera-
dor do índice imobilização de recursos permanentes. Assim, este índice apresenta valor maior 
que o estimado antes da reapresentação dos relatórios contábil-financeiros desse ano.
Certo.
045. (CESPE/AUDITOR/TCE-PE/2017) Os percentuais calculados na análise vertical da de-
monstração do resultado do exercício de 2015 não sofreram alterações em relação aos per-
centuais calculados antes da reapresentação.
A análise vertical é realizada mediante a extração de relacionamentos percentuais entre itens 
pertencentes à demonstração financeira de um mesmo período.
Neste sentido, como houve alteração na composição da Demonstração do Resultado do Exercí-
cio impactada pela mudança de um item de Receita Financeira, o qual foi reapresentado como 
Receitas Operacionais, os percentuais calculados pela análise vertical sofreram modificações.
Errado.
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046. (CESPE/AUDITOR/TCE-PE/2017) Dos recursos totais da companhia em questão, a por-
centagem financiada por capital de terceiros em 2015 não foi afetada após a reapresentação 
dos relatórios contábil-financeiros.
Os recursos totais, que representam o ativo, não foram alterados. Além disso, o capital de ter-
ceiros, que corresponde ao Passivo (Obrigações com Terceiros), também não foi afetado após 
a reapresentação dos relatórios contábil-financeiros.
Com isso, dos recursos totais da companhia em questão, a porcentagem financiada por capital 
de terceiros em 2015 não foi afetada após a reapresentação dos relatórios contábil-financeiros.
Certo.
No final do primeiro semestre de 2017, a companhia Alfa possuía R$ 20,4 milhões em recursos 
a sua disposição e patrimônio líquido de R$ 6,8 milhões. Em relação ao endividamento dessa 
empresa, um analista financeiro apresentou o gráfico precedente.
A partir das informações e do gráfico apresentados, julgue os itens a seguir.
047. (CESPE/ANALISTA DE CONTAS PÚBLICAS/TCE-PE/2017) A análise vertical do passivo 
da companhia Alfa evidencia que a soma do percentual obtido da razão entre passivo circulan-
te e passivo total com o percentual obtido da razão entre patrimônio líquido e passivo total é 
menor que o percentual da razão entre passivo não circulante e passivo total.
De acordo com os dados da questão, temos que:
Recursos à disposição = Passivo Exigível + Patrimônio Líquido = R$ 20,4 milhões
Patrimônio Líquido (PL) = R$ 6,8 milhões
Substituindo o valor do PL, encontramos o montante do passivo:
Passivo Exigível = 20,4 milhões – 6,8 milhões = R$ 13,6 milhões
Considerando os dados do gráfico, encontramos os percentuais de endividamento da empresa 
em relação às suas obrigações com terceiros:
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Passivo Circulante / Passivo = 25%
Passivo Não Circulante / Passivo = 75%
Substituindo o valor do passivo, podemos encontrar os valores do passivo circulante e do pas-
sivo não circulante:
Passivo Circulante / 13,6 milhões = 25%
Passivo Circulante = 25% x 13,6 milhões = R$ 3,4 milhões
Passivo Não Circulante = Passivo – Passivo Circulante
Passivo Não Circulante = 13,6 milhões – 3,4 milhões = R$ 10,2 milhões
Assim, não é necessário fazer os cálculos dos percentuais.
Passivo Circulante + PL = 3,4 milhões + 6,8 milhões = R$ 10,2 milhões
Como o passivo circulante mais o PL é igual ao montante do passivo não circulante, as razões 
também serão iguais, pois os denominadores são iguais.
Portanto, o gabarito está errado.
A banca considerou o passivo total sendo a soma do passivo (obrigações com terceiros) mais 
o patrimônio líquido (capital próprio).
Análise vertical:
Itens
1º semestre 2017
Valor (R$) A.V. (%)
1. Passivo Circulante 3,4 milhões 16,67%*
2. Passivo Não Circulante 10,2 milhões 50%
3. Patrimônio Líquido 6,8 milhões 33,33%
Passivo Total (1+2+3) 20,4 milhões 100%
* PC/PT = 3,4 milhões/20,4 milhões = 16,67%
Portanto, o gabarito está errado, pois as razões possuem valores iguais, conforme cál-
culo abaixo:
(PC/PT) + (PL/PT) = 16,67% + 33,33% = 50%
PNC/PT = 50%
Errado.
048. (CESPE/ANALISTA DE CONTAS PÚBLICAS/TCE-PE/2017) Os indicadores de endivida-
mento sugerem que a companhia Alfa depende financeiramente de recursos de terceiros, pois 
somente 33,33% dos ativos são financiados por recursos próprios.
Conforme dados da questão anterior:
Ativo = Passivo Exigível + Patrimônio Líquido = R$ 20,4 milhões
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Parcela dos ativos financiados por recursos próprios:
PL/Ativo = 6,8 milhões / 20,4 milhões = 33,33%
Certo.
049. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTABILIDADE/TRE-BA/2017) Assinale a opção 
que apresenta o evento que provoca alteração na estrutura de capital de uma empresa, especi-
ficamente no que diz respeito à relação entre o capital de terceiros e o capital próprio.
a) utilização de reservas de lucro para aumento do capital social
b) venda de participações no capital de outras empresas para a aquisição de títulos públicos
c) alongamento do prazo de uma dívida contraída junto a um banco privado (do circulante para 
o exigível a longo prazo)
d) conversão de debêntures emitidas em ações de emissão própria
e) amortização de uma dívida com ações de emissão própria
Os índices de endividamento analisam a estrutura do capital da companhia, por isto, são tam-
bém chamados de índices de estrutura de capital.
Eles relacionam o capital próprio (patrimônio líquido) ao capital de terceiros (passivo exigível), 
buscando evidenciar a dependência da entidade em relação aos recursos de terceiros.
Vamos analisar cada alternativa:
�a) Errada. Utilização de reservas de lucro para aumento do capital social.
�Registro da operação:
�D – Reservas de lucro (diminui o PL)
�C – Capital social (aumenta o PL)
�O lançamento acima não altera quantitativamente o PL. Com isso, não provoca alteração na 
estrutura de capital de uma empresa.
�b) Errada. Venda de participações no capital de outras empresas para a aquisição de títulos 
públicos.
�Registro da operação:
�D – Títulos Públicos (aumenta o ativo)
�C – Participações no capital de outras empresas (diminui o ativo)
�O lançamento acima não provoca alteração na estrutura de capital de uma empresa, pois é um 
fato permutativo entre elementos do ativo.
�c) Errada. Alongamento do prazo de uma dívida contraída junto a um banco privado (do circu-
lante para o exigível a longo prazo).
�Registro da operação:
�D – Dívida de curto prazo (diminui o passivo exigível)
�C – Dívida de longo prazo (aumenta o passivo exigível)
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�O lançamento acima não altera quantitativamente o passivo exigível. Com isso, não provoca 
alteração na estrutura de capital de uma empresa.
�Observe que o enunciado não “fala” em aumento do saldo devedor decorrente do alongamento 
do prazo, logo, o valor da dívida não é alterada.
�d) Errada. De acordo com a banca. Na minha visão, correta.
�Conversão de debêntures emitidas em ações de emissão própria.
�Registro da operação:
�D – Debêntures a pagar (diminui o passivo)
�C – Capital social (aumenta o PL)
�Portanto, há alteração na estrutura de capital da empresa, pois diminui o passivo exigível e 
aumenta o PL.
�e) Certa. Amortização de uma dívida com ações de emissão própria.
Parecida com a anterior, só que agora envolve uma dívida e não debentures.
Registro da operação:
D – Dívidas (diminui o passivo)
C – Capital social (aumenta o PL)
Portanto, há alteração na estrutura de capital da empresa, pois diminui o passivo exigível e 
aumenta o PL.
Assim, entendendo que a questão tem duas alternativas corretas, solicitamos a anulação da 
questão. Elaboramos este recurso e fomos atendidos.
Justificativa para anulação:
Além da opção preliminarmente apontada como gabarito, a opção em que consta “amortiza-
ção de uma dívida com ações de emissão própria” também está correta.
Gabarito preliminar: d.
Anulada.
Com referência a análise econômico-financeira e seus indicadores típicos, julgue o item a seguir.
050. (CESPE/AGE/CONTABILIDADE/SE-DF/2017) Um índice de imobilização do patrimônio 
líquido superior a 1,00 implica, necessariamente, um índice de liquidez geral inferior a 1,00 e, 
consequentemente, a necessidade de capitais de terceiros para financiar o giro da empresa.
Questão bem inteligente.
Fórmula do Índice de Imobilização do Patrimônio Líquido:
Quanto mais a empresa investe recursos próprios em ativos de baixa liquidez (caso do ativo 
fixo), maior será o índice de imobilização do PL e a dependência de capital de terceiros para 
financiar suas aplicações de curto prazo.
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Análise das Demonstrações Contábeis
CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA
Imobilização do PL = ANC (Investimentos + Intangível + Imobilizado)
 Patrimônio Líquido
Índice de Liquidez Geral
Índice que avalia a capacidade de pagamento das obrigações de curto e longo prazo que uma 
empresa possui, utilizando as disponibilidades e os direitos de curto e longo prazo.
Liquidez Geral = Ativo Circulante + ANC Realizável a Longo Prazo
 Passivo Exigível*
Agora, vamos analisar o enunciado, sabendo que abaixo temos a representação da equação 
fundamental do patrimônio de forma detalhada.
Ativo = Passivo + PL
AC + ANC RLP + ANC INV., IMOB., INT. = PC + PNC + PL
Meus amigos, para termos um índice de imobilização maior que 1, o PL será menor do que a 
soma dos bens do ativo fixo (investimento, imobilizado e intangível).
Além disso, para compensar a equação fundamental do patrimônio, o capital de terceiros (ou 
passivo exigível) tem que ser maior do que a soma do ativo circulante com o ativo não circu-
lante realizável a longo prazo. Isso implica, necessariamente, em um índice de liquidez geral 
menor do que 1.
Se (AC + ANC RLP) < (PC + PNC), então {(AC + ANC RLP) / (PC + PNC)} < 1
Consequentemente, a empresa que está nessa situação necessita de capitais de terceiros para 
financiar o giro da empresa.
Com isso, o gabarito está certo.
Vamos fazer um exemplo com números.
Ativo Total = 2.500
ANC (Imobilizado + Intangível + Investimentos) = 1.000
PL = 800
Índice de Imobilização do PL = 1.000/800 = 1,25 (superior a 1,00)
AC + ANC RLP = 2.500 – 1.000 = 1.500
PC + PNC = 2.500 – 800 = 1.700
Calculando a liquidez geral, temos que:
Índice de Liquidez Geral = AC + ANC RLP / PC + PNC = 1.500/1.700 = 0,88
Confirmamos que o

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