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Glândula Tireoide

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Glândula Tireoide 
- Glândula endócrina; possui formato de borboleta; está localizada logo abaixo da laringe. 
- Composta pelos lobos direito e esquerdo, um em cada lado da traqueia, conectados por um istmo, anteriormente à traqueia. 
- Cerca de 50% das glândulas tireoides apresentam um pequeno terceiro lobo, chamado de lobo piramidal que se estende superiormente a partir do istmo. 
- A massa normal da tireoide é de aproximadamente 30 g. 
Grande parte da tireoide é composta por microscópicos sacos esféricos chamados de folículos da tireoide. A parede de cada folículo é constituída por células foliculares, cuja maioria se estende até o lúmen do folículo. O folículo é envolvido por uma lâmina basal. 
Quando as células foliculares estão inativas, seu formato varia de cúbico a pavimentoso, porém, sob a influencia do TSH (Hormônio tireoestimulante), passam a secretar ativamente e sua forma varia de cúbica a colunar. 
As células foliculares produzem dois hormônios: tiroxina, também chamada de tetraiodotironina (T4), pois contém 4 átomos de iodo, e tri-iodotironina (T3), que contém 3 átomos de iodo. Entre os folículos, são encontradas as células parafoliculares ou células C que produzem o hormônio calcitonina (CT) que atua na homeostasia do cálcio. 
Formação, armazenamento e liberação dos hormônios da tireoide 
- Os hormônios secretados pela tireoide podem ser armazenados em quantidades suficientes para cerca de 100 dias. 
A síntese e a secreção de T3 e T4 ocorrem da seguinte forma: 
1- Retenção de iodeto: As células foliculares da tireoide retêm íons iodeto (I-), transportando-os ativamente do sangue para o citosol. Por conta disso, em geral a glândula tireoide contém a maioria do iodeto corporal.
A Bomba de iodeto – simporte de sódio-iodeto 
A membrana basal das células tireoidianas tem a capacidade específica de bombear, ativamente, iodeto para o interior da célula. Há um cotransporte de um íon iodeto junto com dois íons sódio, através da membrana basolateral para a célula. Esse processo demanda gasto de atp que provém da ação da bomba de sódio e potássio que bombeia sódio para fora da célula. Desse modo, a baixa concentração de sódio intracelular gerando um gradiente de difusão facilitada para dentro da célula. 
O TSH estimula a ação da bomba de iodeto nas células tireoidianas.
2- Síntese de tireoglobulina: Ao mesmo tempo que retêm I-, as células foliculares também sintetizam tireoglobulina (TGB), uma grande glicoproteína produzida no retículo endoplasmático rugoso, modificada no complexo de golgi e armazenada em vesículas secretoras. As vesículas sofrem exocitose, que libera TGB para o lúmen do folículo.
3- Oxidação de iodeto: Parte dos aminoácidos na TGB consiste em tirosinas que se tornarão iodadas. Entretanto, íons iodeto com carga elétrica negativa não conseguem se ligar à tirosina até que sofram oxidação (remoção de elétrons) para iodeto: 2 I- -> I2. Na medida que os íons iodeto são oxidados, eles atravessam a membrana para o lúmen do folículo.
A oxidação do iodeto se dá pela ação da enzima peroxidase.
4- Iodação da tirosina: Conforme as moléculas de iodo (I2) se formam, elas reagem com as tirosinas integrantes das moléculas de tireoglobulina. A ligação de um átomo de iodo produz monoiodotirosina (T1) e a de dois produz di-iodotirosina (T2). A TGB com os átomos de iodo fixados é um material viscoso que se acumula e é armazenado no lúmen do folículo da tireoide, chamado de coloide. 
5- Acoplamento T1 e T2: Durante a última etapa da síntese dos hormônios da tireoide, duas moléculas de T2 se juntam para formar T4 ou uma de T1 com uma de T2 se unem para formar T3
6- Pinocitose e digestão do coloide: Gotículas de coloide penetram de novo nas células foliculares por pinocitose e se juntam aos lisossomos. Essas enzimas digestivas nos lisossomos degradam a TGB, separando moléculas de T3 e T4
7- Secreção de hormônios da tireoide: Como são lipossolúveis, T3 e T4 se difundem através da membrana plasmática para o liquido intersticial e, em seguida, para o sangue. Em geral, T4 é secretada em maior quantidade que T3, mas T3 é muitas vezes mais potente. Além disso, depois que T4 entra no corpo celular, a maioria dela é convertida a T3 por remoção de um iodo
8- Transporte no sangue: Mais de 99% de T3 e T4 se combinam a proteínas transportadoras no sangue, principalmente à globulina transportadora de tiroxina (TBG)
A tri-iodotiroxina é cerca de 4 vezes mais potente que a tiroxina, mas está presente no sangue, em menor quantidade e, persiste por tempo muito menor. 
Ações dos hormônios da tireoide 
1- Os hormônios da tireoide aumentam a taxa metabólica basal (TMB), que consiste no consumo de oxigênio em condições basais ou padrão por meio da estimulação do uso de oxigênio celular na produção de ATP. Quando a taxa metabólica basal aumenta, o metabolismo celular dos carboidratos, lipídios e proteínas se torna mais intenso. 
2- Estimula a síntese de bombas adicionais de sódio e potássio (Na+_K+ATPase), o que utiliza grandes quantidade de ATP para continuamente ejetar íons sódio (Na+) do citosol no líquido extracelular e íons potássio (K+) do liquido extracelular no citosol. Com a produção e utilização de mais ATP pelas células, mais calor é liberado e a temperatura corporal sobe -> Efeito Calorigênico.
3- Na regulação do metabolismo, os hormônios da tireoide estimulam a síntese de proteína e aumentam o uso de glicose e ácidos graxos para a produção de ATP. Além disso, intensificam a lipólise e a excreção de colesterol, reduzindo, desse modo, o nível de colesterol sanguíneo. 
4- Os hormônios da tireoide intensificam ações das catecolaminas (norepinefrina e epinefrina), pois promovem a suprarregulação dos receptores beta. Por essa razão, os sinais/sintomas do hipertireoidismo incluem frequência cardíaca aumentada, batimentos cardíacos mais fortes e pressão arterial elevada. 
5- Associado aos hormônios do crescimento e a insulina, os hormônios da tireoide aceleram o crescimento corporal, sobretudo, o crescimento dos sistemas nervoso e esquelético. A deficiência de hormônios da tireoide durante o desenvolvimento fetal ou infância causa grave retardo mental e restrição do crescimento ósseo. 
A ação dos hormônios tireoidianos tem inicio lento e longa duração. 
Após a injeção de grande quantidade de tiroxina no ser humano, praticamente não se detectam efeitos sobre o metabolismo durante 2 a 3 dias, o que demonstra seu longo período de latência, antes do início da atividade da tiroxina. Uma vez que a atividade se inicia, ela aumenta progressivamente, até atingir um máximo em 10 a 12 dias. Depois disso, declina com meia-vida de cerca de 15 dias
Os hormônios tireoidianos aumentam o número e a atividade das mitocôndrias 
O hormônio tireoidiano estimula o metabolismo dos carboidratos. Aumenta a captação de glicose, absorção no tgi, aumenta a glicólise e a gliconeogênese e eleva a secreção de insulina. 
Os hormônios tireoidianos estimulam a mobilização dos lipídios do tecido adiposo, reduzindo o acúmulo de gordura, aumentando a concentração de ácidos graxos livres no plasma. 
A redução da secreção tireoidiana aumenta as concentrações plasmáticas de colesterol, fosfolipídios e triglicerídeos provocando depósito excessivo de lipídios no fígado; 
Controle da secreção de hormônio da tireoide 
A síntese e a liberação dos hormônios da tireoide são estimuladas pelo hormônio liberador de tireotrofina (TRH) do hipotálamo e o hormônio tireoestimulante (TSH) da adeno-hipófise. 
1- Níveis reduzidos de T3 e T4 ou taxa metabólica baixa estimulam o hipotálamo a secretar TRH
2- O TRH entra nas veias porto-hipofisárias e flui para a adeno-hipófise, onde estimula os tireotrofos a secretar TSH
3- O TSH estimula praticamente todos os aspectos da atividade celular dos folículos da tireoide, inclusive captação de iodeto, síntese e secreção de hormônio e crescimento das células foliculares. 
4- As células foliculares da tireoide liberam T3 e T4 no sangue até que a taxa metabólica volte ao normal. 
5- O nível elevado de T3 inibe a liberaçãode TRH e TSH (inibição por feedback negativo). 
Calcitonina 
- Produzido pelas células parafoliculares da glândula tireoide. 
- A calcitonina diminui o nível sanguíneo de cálcio por meio da inibição da ação dos osteoclastos, células que degradam a matriz celular óssea. 
- A secreção de calcitonina é controlada por um sistema de feedback negativo 
- Quando o nível sanguíneo de calcitonina está elevado, ocorre queda da concentração sanguínea de cálcio e fosfatos, com inibição da reabsorção óssea pelos osteoclastos e aceleração da captação de cálcio e fosfatos na matriz óssea extracelular.
Hipertireoidismo 
Sintomas: alta excitabilidade; Intolerância ao calor; Redução da sudorese; Perda de peso ligeira a extrema; Graus variáveis de diarreia; Fraqueza muscular; Nervosismo ou outros transtornos psíquicos; Fadiga extrema, acompanhada de insônia; Tremor nas mãos 
 
Hipotireoidismo 
Sintomas: fadiga e sonolência extrema, provocando 12 a 14 horas de sono por dia; extrema lentidão muscular; redução da frequência cardíaca, do débito cardíaco e do volume sanguíneo; perda de peso; constipação; lentidão mental; 
Glândulas paratireoides
Encontram-se parcialmente incrustadas na face posterior dos lobos direito e esquerdo da glândula tireoide.
- Cada uma pesa 40 mg
- Microscopicamente, as glândulas paratireoides contêm 2 tipos de células epiteliais:
Células principais – produzem paratormônio (PTH)
Células oxifilicas – ajudam a identificar a paratireoide devido a sua coloração. No câncer, as células oxifilicas secretam PTH em excesso.
Paratormônio
- É o principal regulador dos níveis de cálcio (Ca2+), magnésio (Mg2+) e fosfato (HPO42-) no sangue. 
- O PTH aumenta a atividade dos osteoclastos, fazendo com que a reabsorção óssea aumente, liberando cálcio e fosfatos no sangue. 
- O PTH atua nos rins, retarda a perda de Ca2+ e Mg2+ e de HPO42- do sangue para a urina. Uma vez que mais fosfatos são perdidos na urina do que ganho nos ossos, o PTH diminui o nível de fosfato e aumenta os níveis sanguíneos de Ca2+ e Mg2+. 
- o PTH atua na promoção do calcitriol (1,25-di-hidroxivitamina D3) nos rins, que consiste na forma ativa da vitamina D. O calcitriol aumenta a taxa de absorção sanguínea de cálcio, fosfatos e magnésio no sistema digestório. 
Controle da secreção de calcitonina e paratormônio
O nível sanguíneo de cálcio controla diretamente a secreção de calcitonina e paratormônio por meio de alças de feedback negativo o que não envolvem a glândula hipófise.
1- O nível sanguíneo de íons cálcio (Ca2+) acima do normal estimula as células parafoliculares da glândula tireoide a liberarem mais calcitonina. 
2- A calcitonina inibe a atividade dos osteoclastos, diminuindo, dessa forma, o nível sanguíneo de cálcio 
3- O nível sanguíneo de íons cálcio abaixo do normal as células principais da glândula paratireoide a liberarem mais PTH. 
4- O PTH promove a reabsorção de matriz óssea extracelular, o que libera cálcio no sangue e retarda a perda de cálcio na urina elevando o nível de cálcio no sangue. 
5- O PTH estimula os rins a sintetizarem calcitriol, que consiste na forma ativa da vitamina D.
6- O calcitriol estimula a absorção mais acentuada de cálcio dos alimentos no sistema digestório, o que ajuda a aumentar o nível sanguíneo de cálcio. 
Primeiramente, o hipotireoidismo. É a doença mais comum que acomete a tireoide e ocorre quando, por algum motivo, a glândula produz uma quantidade insuficiente de seus hormônios, o T3 e o T4. A principal causa é um distúrbio autoimune, conhecido como doença de Hashimoto. Sendo autoimune, é muito frequente em pessoas com diabetes tipo 1, o qual também tem origem imunológica. Até 20-30% dos pacientes com diabetes tipo 1 podem apresentar auto-anticorpos ou disfunção tireoidiana, sendo o hipotireoidismo a forma mais comum.
Já em pacientes com diabetes tipo 2, o hipotireoidismo também é mais frequente do que em não diabéticos, principalmente na sua forma mais leve, conhecida como hipotireoidismo subclínico. Por outro lado, o hipotireoidismo pode afetar o diabetes, especialmente em quadros mais avançados e quando se apresenta em idosos, por predispor a hipoglicemias, às vezes mesmo sem o uso de insulina.
Por fim, a obesidade, por aumentar os níveis da insulina e leptina, pode levar ao aumento do TSH (hormônio controlador da função da tireóide) e levar a uma falsa impressão de hipotireoidismo nos exames laboratoriais destes pacientes. Com a perda de peso, ocorre a normalização do exame e neste caso a alteração tireoidiana é consequência e não causa do ganho de peso.

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