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Questões - Direito de Família - Noções Introdutórias de Direito de Família; Casamento; Impedimentos Matrimoniais e Causas Suspensivas; Nulidade e Anulação do Casamento; Efeitos do Casamento; Regime de

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Questões 
1. Quais os impedimentos para o casamento civil resultante do parentesco? 
Impedimentos resultantes de parentesco 
• Consanguinidade (I e IV) 
➢ Ascendentes com descentes: todos os parentes em linha reta natural ou civil; 
➢ Casamento entre irmãos; 
➢ Casamento entre tios e sobrinhos. Permissão: exame pré-nupcial (Decreto-Lei nº. 
3.200/41; Art. 2º). 
• Afinidade em linha reta (II). (Art. 1.595, §2º, CC). 
• Adoção (III e IV): razão da proibição de ordem moral → a adoção imita a família. 
2. Como deve ser provido o sustento da família na constância do casamento? 
Os cônjuges são obrigados a concorrer, na proporção de seus bens e dos rendimentos do 
trabalho, para o sustento da família e a educação dos filhos, qualquer que seja o regime 
patrimonial. 
3. Qual o seu entendimento sobre a comunhão universal de bens? 
Regime da Comunhão Universal 
• Comunicam-se todos os bens, atuais e futuros dos cônjuges e as dívidas posteriores ao 
casamento → condomínio de natureza especial (Art. 1.667, CC); 
• Convencional: adotado antes da celebração do casamento por pacto antenupcial 
mediante escritura pública; 
• Bens incomunicáveis (Art. 1.668, I a V, CC); 
• Comunicação dos frutos (Art. 1.669, CC); 
• Vedação do contrato de sociedade entre marido e mulher ou com terceiros: regimes da 
comunhão universal ou da separação obrigatória (Art. 977, CC; Art. 2.035, CC). 
4. Quem tem lidimidade para propor ou contestar a ação de divórcio? 
Somente tem legitimidade para propor ou contestar ação de divórcio os cônjuges ou seus 
representantes legais, no caso de incapacidade. 
5. Cite três efeitos da nulidade do casamento? 
Efeitos da declaração de nulidade 
➢ Retroativos (Art. 1.563, CC); 
➢ Bens dos nubentes retornam ao antigo dono; 
➢ Não se cumpre o pacto antenupcial; 
➢ Aproveita aos filhos (Art. 1.561, §2º, CC); 
➢ Será casamento putativo na existência da boa-fé de um ou de ambos os cônjuges 
→efeitos até a data de sentença (Art. 1.561, CC); 
➢ Mulher não deve se casar novamente até 10 meses após a sentença (Art. 1.523, p. 
único, parte final, CC). 
6. Aonde deve ser celebrado o casamento civil e quais a exigências legais para este ato? 
Emissão pelo oficial do registro de certidão de habilitação regular: prazo decadencial de 
90 dias para realizar o casamento (Art. 67, LRP; Art. 1.531 e 1.532, CC); 
Art. 1.533. Celebrar-se-á o casamento, no dia, hora e lugar previamente designados pela 
autoridade que houver de presidir o ato, mediante petição dos contraentes, que se mostrem 
habilitados com a certidão do art. 1.531. 
Art. 1.534. A solenidade realizar-se-á na sede do cartório, com toda publicidade, a portas 
abertas, presentes pelo menos duas testemunhas, parentes ou não dos contraentes, ou, 
querendo as partes e consentindo a autoridade celebrante, noutro edifício público ou 
particular. 
§ 1 o Quando o casamento for em edifício particular, ficará este de portas abertas durante 
o ato. 
§ 2 o Serão quatro as testemunhas na hipótese do parágrafo anterior e se algum dos 
contraentes não souber ou não puder escrever. 
7. Cite e conceitue as espécies de parentesco presentes no nosso ordenamento civil. 
Parentesco natural: decorre da consanguinidade; 
• Parentesco civil: resulta de outra origem; 
• Parentesco por afinidade: resulta do casamento e da união estável → cada cônjuge ou 
companheiro torna-se parente por afinidade dos parentes do outro (Art. 1.595, CC): 
➢ Limitação do parentesco ao segundo grau: ascendentes, descendentes e aos irmãos do 
cônjuge ou companheiro (Art. 1.595, §1º, CC); 
➢ Perpetuidade da afinidade: na linha reta a afinidade não se extingue com a dissolução 
do casamento ou da união estável (Art. 1.595, §2º, CC). 
8. O casamento celebrado em virtude de coação é nulo ou anulável? 
Vício de vontade determinado pela coação (Art. 1.558, CC) 
✓ Coação é toda ameaça ou pressão injusta para a prática de um ato ou a realização de 
um negócio; 
✓ Coação absoluta: uso de violência atual → casamento inexistente. 
Art. 1.558. É anulável o casamento em virtude de coação, quando o consentimento de um 
ou de ambos os cônjuges houver sido captado mediante fundado temor de mal 
considerável e iminente para a vida, a saúde e a honra, sua ou de seus familiares. 
9. Apresente três impedimentos matrimoniais. 
Impedimentos resultantes de parentesco (não podem casar ascendentes com descentes, 
em linha reta natural ou civil; casamento entre Irmãos, tio e sobrinho é possível, desde 
que se faça exame pré-nupcial); impedimento resultante de casamento anterior (se alguém 
encontra-se unido a outra pessoa por vínculo matrimonial válido, não poderá se casar 
novamente antes de cessado o laço anterior); impedimento decorrente de crime (pelo que 
preconiza o art. 1521, VII, não podem se casar aquele que foi condenado por homicídio 
doloso, sendo este o autor, tanto intelectual como material, com a viúva do de cujus). 
10. Qual o seu entendimento sobre o princípio da igualdade jurídica entre os filhos? 
Art. 1.596. Os filhos, havidos ou não da relação de casamento, ou por adoção, terão os 
mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias 
relativas à filiação. 
11. Dentre os efeitos do casamento, existem os efeitos pessoais como os deveres 
recíprocos entre os cônjuges, cite três desses efeitos. 
Efeitos Pessoais 
• Comunhão plena de vida com igualdade de direitos e deveres entre os consortes (Art. 
1.511, CC e Art. 1.565, CC); 
• Casamento como união exclusiva: preservação da dignidade das pessoas casadas; 
• Aquisição do estado de casados: consequências nas relações jurídicas com a prole e com 
terceiros; 
• Possibilidade de acréscimo do sobrenome (Art. 1.565, §1º, CC); 
• Direção da sociedade conjugal: colaboração entre os cônjuges (Art. 1.567, CC). 
• Deveres Recíprocos dos Cônjuges (Art. 1.566, CC) 
➢ Fidelidade recíproca; 
➢ Vida em comum, no domicílio conjugal (Art. 1.569, CC); 
➢ Mútua assistência; 
➢ Sustento, guarda e educação dos filhos; 
➢ Respeito e consideração mútuos. 
12. Qual a diferença entre habilitação e celebração do casamento? 
Habilitação: processo informativo de preenchimento dos requisitos legais no Registro 
Civil perante o oficial do registro competente: 
• Capacidade: idade mínima de 16 anos (Art. 1.517, CC); 
• Inexistência de impedimentos matrimoniais ou de causa suspensiva (Art. 1.521 e 1.523, 
CC); 
• Requerimento de habilitação: documentos necessários (Art. 1.525, CC; Art. 67 a 69, 
LRP – Lei nº 6.015/73); 
 
Celebração: 
• Emissão pelo oficial do registro de certidão de habilitação regular: prazo decadencial de 
90 dias para realizar o casamento (Art. 67, LRP; Art. 1.531 e 1.532, CC); 
• Requerimento dos nubentes à autoridade competente para realização do casamento em 
dia e hora que forem marcados (Art. 1.533, CC); 
• Local da realização e as palavras rituais (Art. 1.534 e 1.535, CC); 
• Assento no Registro Civil (Art. 1.536, CC e Art. 176, LRP); 
• Casamento nuncupativo: dispensa proclamas, habilitação e celebração (Art. 1.540 e 
1.541, CC); 
• Casamento por procuração (Art. 1.542, CC). 
13. O que você entende pelo regime final de participação nos aquestos? 
Regime da Participação Final nos Aquestos 
• Regime em que cada cônjuge, durante o casamento, mantém patrimônio próprio, mas 
na dissolução da sociedade conjugal, tem direito à metade de todos os bens adquiridos 
pelo casal a título oneroso (Art. 1.672, CC); 
• Regime híbrido: separação total durante o casamento e comunhão parcial após a sua 
dissolução; 
• Depende de pacto antenupcial; 
• Regime ideal para pessoas que exercem atividades empresárias; 
• Bens excluídos do rol dos aquestos (Art. 1.674, I a III, CC); 
• Responsabilidades pelas dívidas (Art. 1.677, 1.678 e 1.686, CC); 
• Dificuldades e complicações na liquidação dos bens. 
14. Cite três caraterísticas da ação de investigação de paternidade ou maternidade. 
Investigação de paternidade ou maternidade(Art. 1.606, CC): 
➢ Efeitos retroativos (Ex Tunc) e de natureza declaratória e imprescritível; 
➢ Direito personalíssimo, indisponível e imprescritível (Art. 1.601, CC e Art. 27, ECA); 
➢ Filho maior não pode ser reconhecido sem o seu consentimento (Art. 1.614, CC) 
➢ Maternidade (Art. 27, ECA, Lei nº. 8.069/90; Art. 1.608, CC). 
➢ Iniciativa do Ministério Público quando o termo de nascimento só constar o nome da 
mãe (Art. 2º, Lei nº. 8.560/92); 
➢ Recusa do exame de DNA → presunção de paternidade em conjunto com as demais 
provas (Art. 2º-A, Lei nº. 8.560/92). 
15. Há possibilidade da realização de casamento por procuração? Qual o prazo de 
validade da procuração e sua natureza jurídica? 
O casamento poderá ser celebrado por procuração, desde que haja instrumento público 
com poderes especiais para tanto, e a eficácia do mandato não ultrapassará 90 dias da sua 
celebração (art. 1.542, § 3.º do Código Civil de 2002). 
16. Diferencie o Princípio da Paternidade Responsável e Planejamento Familiar e o 
Princípio da Igualdade Jurídica entre os Cônjuges e os Companheiros. 
O Princípio da Paternidade Responsável e Planejamento Familiar é a pedra de toque que 
reza que o planejamento familiar é livre decisão do casal, além disso, quanto a paternidade 
responsável, que decorre da dignidade da pessoa humana, significa que a 
responsabilidade dos pais começa na concepção e se estende até que seja necessário e 
justificável o acompanhamento dos filhos, respeitando-se assim. Outrossim, é vedada 
qualquer tipo de coerção pública ou privada (Art. 1.565, §2º, CC). Já o Princípio da 
Igualdade Jurídica entre os Cônjuges e os Companheiros versa que os direitos e deveres 
são iguais para o homem e para a mulher (Art. 226, §5º, CF), e que pelo Sistema de 
cogestão, possíveis divergências serão dirimidas pelo juiz (Art. 1.567, p. único, CC). 
Ademais, a manutenção da família é provimento de acordo com as possibilidades de cada 
membro do casal. (Art. 1.568, CC). 
17. Apresente e conceitue as fases do casamento. 
Habilitação: processo informativo de preenchimento dos requisitos legais no Registro 
Civil perante o oficial do registro competente: 
• Capacidade: idade mínima de 16 anos (Art. 1.517, CC); 
• Inexistência de impedimentos matrimoniais ou de causa suspensiva (Art. 1.521 e 1.523, 
CC); 
• Requerimento de habilitação: documentos necessários (Art. 1.525, CC; Art. 67 a 69, 
LRP – Lei nº 6.015/73); 
 
Publicidade: 
• Afixação do edital pelo oficial do registro no cartório durante 15 dias e imprensa local 
→ proclamas (Art. 1.527, CC); 
• Dispensa de proclamas (Art. 1.527, p. único). 
 
Celebração: 
• Emissão pelo oficial do registro de certidão de habilitação regular: prazo decadencial de 
90 dias para realizar o casamento (Art. 67, LRP; Art. 1.531 e 1.532, CC); 
• Requerimento dos nubentes à autoridade competente para realização do casamento em 
dia e hora que forem marcados (Art. 1.533, CC); 
• Local da realização e as palavras rituais (Art. 1.534 e 1.535, CC); 
• Assento no Registro Civil (Art. 1.536, CC e Art. 176, LRP); 
• Casamento nuncupativo: dispensa proclamas, habilitação e celebração (Art. 1.540 e 
1.541, CC); 
• Casamento por procuração (Art. 1.542, CC). 
18. Cite e conceitue as três concepções da natureza jurídica do casamento. 
A teoria contratualista entende a união em casamento, como um negócio jurídico de 
direito de família, de natureza contratual, ou seja, tem a forma escrita em lei, com um rito 
solene de celebração, em que os nubentes declaram a vontade em adotar um determinado 
regime de bens, aqui prevalece a autonomia da vontade, sendo assim a declaração dos 
nubentes constituem o casamento e o juiz apenas tem a função homologatória do ato. 
 
A teoria institucionalista por adotar as normas legais, o casamento é regulado pela lei. 
Assenta-se na convicção de que o casamento é a “célula mater” da sociedade, e de 
interesse público, assim, a instituição do casamento dá-se por ação do juiz. Não cabe 
nenhuma interferência dos nubentes, salvo, para escolher o regime e exarar a sua 
declaração de vontade. 
 
Por falta de consenso doutrinário, surge a teoria eclética ou mista, nela considera-se o 
casamento um ato de complexidade que abrange as duas teorias, tanto a contratualista 
como a institucional. 
 
O Código Civil, ao que parece recepcionou a teoria contratualista, por assim declarar: “O 
casamento se realiza no momento em que o homem e a mulher manifestam, perante o 
juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo conjugal, e o juiz os declara casados.” 
19. O que seria síndrome da alienação parental? 
A este processo o psiquiatra americano Richard Gardner nominou de "síndrome de 
alienação parental": programar uma criança para que odeie o genitor sem qualquer 
justificativa. Trata-se de verdadeira campanha para desmoralizar o genitor. O filho é 
utilizado como instrumento da agressividade direcionada ao parceiro. 
Art. 2o Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica 
da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou 
pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para 
que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de 
vínculos com este. 
Parágrafo único. São formas exemplificativas de alienação parental, além dos atos assim 
declarados pelo juiz ou constatados por perícia, praticados diretamente ou com auxílio de 
terceiros: 
I - realizar campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício da 
paternidade ou maternidade; 
II - dificultar o exercício da autoridade parental; 
III - dificultar contato de criança ou adolescente com genitor; 
IV - dificultar o exercício do direito regulamentado de convivência familiar; 
V - omitir deliberadamente a genitor informações pessoais relevantes sobre a criança ou 
adolescente, inclusive escolares, médicas e alterações de endereço; 
VI - apresentar falsa denúncia contra genitor, contra familiares deste ou contra avós, para 
obstar ou dificultar a convivência deles com a criança ou adolescente; 
VII - mudar o domicílio para local distante, sem justificativa, visando a dificultar a 
convivência da criança ou adolescente com o outro genitor, com familiares deste ou com 
avós. 
Art. 4o Declarado indício de ato de alienação parental, a requerimento ou de ofício, em 
qualquer momento processual, em ação autônoma ou incidentalmente, o processo terá 
tramitação prioritária, e o juiz determinará, com urgência, ouvido o Ministério Público, 
as medidas provisórias necessárias para preservação da integridade psicológica da criança 
ou do adolescente, inclusive para assegurar sua convivência com genitor ou viabilizar a 
efetiva reaproximação entre ambos, se for o caso. 
Parágrafo único. Assegurar-se-á à criança ou adolescente e ao genitor garantia mínima 
de visitação assistida, ressalvados os casos em que há iminente risco de prejuízo à 
integridade física ou psicológica da criança ou do adolescente, atestado por profissional 
eventualmente designado pelo juiz para acompanhamento das visitas. 
Art. 6o Caracterizados atos típicos de alienação parental ou qualquer conduta que 
dificulte a convivência de criança ou adolescente com genitor, em ação autônoma ou 
incidental, o juiz poderá, cumulativamente ou não, sem prejuízo da decorrente 
responsabilidade civil ou criminal e da ampla utilização de instrumentos processuais 
aptos a inibir ou atenuar seus efeitos, segundo a gravidade do caso: 
I - declarar a ocorrência de alienação parental e advertir o alienador; 
II - ampliar o regime de convivência familiar em favor do genitor alienado; 
III - estipular multa ao alienador; 
IV - determinar acompanhamento psicológico e/ou biopsicossocial; 
V - determinar a alteração da guarda para guarda compartilhada ou sua inversão; 
VI - determinar a fixação cautelar do domicílio da criançaou adolescente; 
VII - declarar a suspensão da autoridade parental. 
Parágrafo único. Caracterizado mudança abusiva de endereço, inviabilização ou 
obstrução à convivência familiar, o juiz também poderá inverter a obrigação de levar para 
ou retirar a criança ou adolescente da residência do genitor, por ocasião das alternâncias 
dos períodos de convivência familiar. 
20. Apresente a diferenciação entre o impedimento matrimonial e a incapacidade para 
casar. 
A falta de capacidade para o casamento o torna anulável, consoante consagram os artigos 
1.550 e ss., do mesmo codex. Já o impedimento é uma inaptidão direcionada, ou seja, não 
permitindo o casamento com determinadas pessoas, consoante se extrai do rol (taxativo) 
do artigo 1.521 do prefalado diploma legal, assim, é nulo o casamento contraído por 
infringência de um impedimento, pois as hipóteses condizem com ordem pública. 
21. Qual o grau de parentesco entre um neto e um avô? E o do sobrinho com o tio? E o 
tio-avô e o sobrinho-neto? 
 
 
22. Apresente a diferenciação entre impedimentos matrimoniais e causas suspensivas do 
casamento. 
No que tange aos impedimentos matrimoniais, qualquer pessoa capaz é legitimada para 
apresentá-los, até o momento da celebração do casamento, nos termos do art. As 
oposições de causas suspensivas podem ser arguidas por pessoas legitimadas 
(ascendentes, descendentes, e colaterais em segundo grau). 
23. Apresente os modos de reconhecimento voluntario dos filhos havidos fora do 
casamento? 
Modos de reconhecimento voluntário dos filhos havidos fora do casamento (Art. 1.609, I 
a IV, CC): 
➢ Registro de nascimento; 
➢ Escritura pública ou escrito particular a ser arquivado em cartório; 
➢ Testamento; 
➢ Manifestação direta e expressa perante o juiz. 
24. Apresente três requisitos do divórcio judicial consensual. 
Divórcio extrajudicial consensual (Art. 733, CPC): 
➢ Inexistência de filhos menores ou incapazes do casal ou nascituro; 
➢ Consenso sobre todas as questões emergentes do divórcio: partilha de bens, alimentos 
e nome (Arts. 1.581 e 1.694, CC); 
➢ Escritura pública; 
➢ Assistência de advogado ou defensor público; 
➢ Dispensa da participação do Ministério Público e de testemunhas. 
25. Apresente a diferença entre o casamento nuncupativo e putativo. 
Considera-se casamento putativo (do latim puto, putare: pensar) o que foi constituído com 
infringência dos impedimentos matrimoniais, portanto nulo, ou das causas suspensivas, 
portanto anulável, quando um ou ambos os cônjuges desconheciam o fato obstativo. O 
cônjuge está de boa-fé pelo simples fato de crer na plena validade do casamento. A boa-
fé, que deve estar presente na celebração, é sempre presumida, devendo ser apreciada em 
concreto pelo juiz. A boa-fé subjetiva assume relevância para permitir a permanência dos 
efeitos do casamento declarado nulo ou anulável. A boa-fé purifica a invalidade, 
admitindo efeitos apesar desta. A putatividade cessa quando o juiz, convencido do fato 
obstativo, decreta a invalidade do casamento. 
O casamento nuncupativo, pois, é o que se realiza sem as formalidades legais da 
habilitação e da presença e declaração do celebrante, quando um dos nubentes está em 
iminente perigo de vida. São hipóteses dessa espécie de casamento as situações de guerra, 
de conflitos armados, de calamidades naturais, quando não se pode contar com a presença 
da autoridade competente. A celebração será feita diretamente pelos nubentes que 
manifestarão sua vontade em se casar, perante seis testemunhas. Essas testemunhas não 
poderão ter relação de parentesco com os nubentes, em linha reta ou até o segundo grau 
(irmãos). 
26. Cite três hipóteses de presunção de filiação. 
Art. 1.597. Presumem-se concebidos na constância do casamento os filhos: 
I - nascidos cento e oitenta dias, pelo menos, depois de estabelecida a convivência 
conjugal; 
II - nascidos nos trezentos dias subsequentes à dissolução da sociedade conjugal, por 
morte, separação judicial, nulidade e anulação do casamento; 
III - havidos por fecundação artificial homóloga, mesmo que falecido o marido; 
IV - havidos, a qualquer tempo, quando se tratar de embriões excedentários, decorrentes 
de concepção artificial homóloga; 
V - havidos por inseminação artificial heteróloga, desde que tenha prévia autorização do 
marido. 
27. Qual o seu entendimento sobre o princípio da dignidade da pessoa humana no âmbito 
do direito de família? 
No Direito de Família, o Princípio do respeito da dignidade da pessoa humana representa-
se como mecanismo de manutenção e proteção à família e proteção à integridade dos 
membros desse grupo, a partir da condição de respeito e da manutenção dos direitos de 
personalidade (VILAS-BÔAS, 2010). 
28. Diferencie o parentesco por afinidade do parentesco civil. 
O termo parente por afinidade refere-se aos parentes originados não por vínculo 
sanguíneo ou adoção, mas por vínculo matrimonial. Quando você se casa, seus sogros e 
cunhados se tornam, legalmente, seus parentes por afinidade. 
O Código Civil define o chamado “parentesco civil” ou “legal” por exclusão, incluindo 
na categoria todo parentesco que decorra de origem não consanguínea. Com base nessa 
definição, pode-se enquadrar no gênero “parentesco civil” não apenas a adoção, com ele 
tradicionalmente identificada, como também o parentesco socioafetivo. 
29. O que diferencia o parentesco de linha reta do de linha colateral? 
Os parentes em linha reta são os descendentes e os ascendentes, consanguíneos ou por 
afinidade. Já o parentesco colateral ou transversal são aqueles que possuem um 
ascendente em comum, sem descenderem um do outro. 
30. Qual o seu entendimento sobre o princípio da igualdade jurídica entre os cônjuges e 
companheiros. 
O Princípio da Igualdade Jurídica entre os Cônjuges e os Companheiros versa que os 
direitos e deveres são iguais para o homem e para a mulher (Art. 226, §5º, CF), e que pelo 
Sistema de cogestão, possíveis divergências serão dirimidas pelo juiz (Art. 1.567, p. 
único, CC). Ademais, os cônjuges são obrigados a concorrer, na proporção de seus bens 
e dos rendimentos do trabalho, para o sustento da família e a educação dos filhos, qualquer 
que seja o regime patrimonial. 
31. Como se prova o casamento civil? 
O casamento celebrado no Brasil prova-se pela certidão do registro. Em caso da falta ou 
perda do documento, serão admitidas outras provas, como depoimento de testemunhas, 
fotografias, outros documentos pessoais que comprovem o casamento. 
32. Quem são os legitimados para ajuizar ação de nulidade do casamento? 
Art. 1.549. A decretação de nulidade de casamento, pelos motivos previstos no artigo 
antecedente, pode ser promovida mediante ação direta, por qualquer interessado, ou pelo 
Ministério Público. 
33. Quais as causas de extinção de um casamento válido? 
Dissolução do casamento (§1º do Art. 1.571, CC): 
➢ Morte de um dos cônjuges; 
➢ Divórcio. 
34. Cite e conceitue as espécies de parentesco jurídico existente no nosso ordenamento 
jurídico. 
Parentesco 
Parentesco natural: decorre da consanguinidade; 
• Parentesco civil: resulta de outra origem; 
• Parentesco por afinidade: resulta do casamento e da união estável → cada cônjuge ou 
companheiro torna-se parente por afinidade dos parentes do outro (Art. 1.595, CC): 
➢ Limitação do parentesco ao segundo grau: ascendentes, descendentes e aos irmãos do 
cônjuge ou companheiro (Art. 1.595, §1º, CC); 
➢ Perpetuidade da afinidade: na linha reta a afinidade não se extingue com a dissolução 
do casamento ou da união estável (Art. 1.595, §2º, CC). 
35. Cite três requisitos do divórcio extrajudicial consensual. 
Divórcio extrajudicial consensual (Art. 733, CPC): 
➢ Inexistência de filhos menores ou incapazes do casal ou nascituro; 
➢ Consenso sobre todas as questões emergentes do divórcio: partilha de bens, alimentos 
e nome (Arts. 1.581 e 1.694, CC); 
➢ Escritura pública; 
➢ Assistência deadvogado ou defensor público; 
➢ Dispensa da participação do Ministério Público e de testemunhas. 
36. Quais os impedimentos para o casamento civil resultante de parentesco? 
Impedimentos resultantes de parentesco 
• Consanguinidade (I e IV) 
➢ Ascendentes com descentes: todos os parentes em linha reta natural ou civil; 
➢ Casamento entre irmãos; 
➢ Casamento entre tios e sobrinhos. Permissão: exame pré-nupcial (Decreto-Lei nº. 
3.200/41; Art. 2º). 
• Afinidade em linha reta (II). (Art. 1.595, §2º, CC). 
• Adoção (III e IV): razão da proibição de ordem moral → a adoção imita a família. 
37. Diferencie a guarda unilateral da guarda compartilhada. 
Art. 1.583. A guarda será unilateral ou compartilhada. (Redação dada pela Lei nº 11.698, 
de 2008). 
§ 1 o Compreende-se por guarda unilateral a atribuída a um só dos genitores ou a alguém 
que o substitua (art. 1.584, § 5 o ) e, por guarda compartilhada a responsabilização 
conjunta e o exercício de direitos e deveres do pai e da mãe que não vivam sob o mesmo 
teto, concernentes ao poder familiar dos filhos comuns. (Incluído pela Lei nº 11.698, de 
2008). 
§ 2 o Na guarda compartilhada, o tempo de convívio com os filhos deve ser dividido de 
forma equilibrada com a mãe e com o pai, sempre tendo em vista as condições fáticas e 
os interesses dos filhos. (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014) 
I - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014) 
II - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014) 
III - (revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014) 
§ 3º Na guarda compartilhada, a cidade considerada base de moradia dos filhos será 
aquela que melhor atender aos interesses dos filhos. (Redação dada pela Lei nº 13.058, 
de 2014) 
§ 4 o (VETADO) . (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008). 
§ 5º A guarda unilateral obriga o pai ou a mãe que não a detenha a supervisionar os 
interesses dos filhos, e, para possibilitar tal supervisão, qualquer dos genitores sempre 
será parte legítima para solicitar informações e/ou prestação de contas, objetivas ou 
subjetivas, em assuntos ou situações que direta ou indiretamente afetem a saúde física e 
psicológica e a educação de seus filhos. (Incluído pela Lei nº 13.058, de 2014)

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