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Resumo Ricardo Alexandre - Noções Introdutórias

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Direito Tributário 
-Ricardo Alexandre- 
 
Noções introdutórias cap I
 
O Direito tributário como ramo do direito 
público 
• No direito privado a regra é livre 
manifestação de vontade; liberdade 
contratual; igualdade entre as partes e 
principalmente a disponibilidade dos 
interesses (relação jurídica horizontal) 
 
• No direito público a regra é supremacia do 
interesse público sobre o interesse privado; e 
indisponibidade do interesse público (relação 
jurídica vertical) 
 
Atividade financeira do Estado 
 
• Com a concepção de Estado mínimo que 
tem sido adotada globalmente 
(entendimento que o papel do estado na 
sociedade deve ser o mínimo 
possível para que consiga entregar 
serviços públicos de qualidade para a 
sociedade, com maior eficiência, deixando 
 
 
apenas nas mãos de iniciativas privadas 
funções consideradas não essenciais.), 
perderam a importância as receitas 
originárias, tendo como consequência a 
concentração da arrecadação estatal 
precipuamente nas receitas derivadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Existem tributos cuja finalidade é FISCAL → 
Arrecadar, carrear recursos para os cofres 
públicos (ex. ISS; ICMS, IR, etc.) – também 
tem finalidade Extrafiscal como secundária, ex. 
Imposto de renda. 
 
• Existem a finalidade EXTRAFISCAL→ (como 
por exemplo o IOF; IE; ITR, etc.) 
 
• Finalidade PARAFISCAL→ O objetivo é 
arrecadação, mas o produto é destinado a 
ente diverso daquele que instituiu a exação. 
(ex. INSS, SESI,SESC,SENAI,SEBRAE, etc.) 
 
Art. 173. Ressalvados os casos previstos 
nesta Constituição, a exploração direta 
de atividade econômica pelo Estado só 
será permitida quando necessária aos 
imperativos da segurança nacional ou 
a relevante interesse coletivo, conforme 
definidos em lei. 
Definição de Tributo 
 
 
 
 
 
 
 
• Prestação pecuniária, em moeda ou 
cujo valor nela se possa exprimir 
➢ Pode a dação em pagamento em 
bens imóveis, pois esta prevista em 
lei (art156, XI, CTN) 
➢ Não é permitido dação em 
pagamento em bens moveis, pois 
das regras de licitação. 
➢ Permitido a compensação tributária 
(art 170 CTN) 
 
• Prestação compulsória 
➢ O dever de pagar o tributo é imposta 
pela lei, sendo irrelevante a vontade 
das partes. 
 
• Prestação que não constitui sanção de 
ato ilícito. 
➢ Diferença de tributo e multa 
➢ Se alguém obtém disponibilidade 
econômica ou jurídica de 
rendimentos, passa a ser devedor de 
imposto de renda, mesmo se esses 
rendimentos forem oriundos de ato 
ilícito, esse fato é conhecido como 
pecúnia non olet (dinheiro não 
cheira) 
➢ Tributo não pode ter caráter 
confiscatório, pois confisco só é 
válido como sanção. 
 
• Prestação instituída em lei 
➢ O tributo só pode ser criado por lei 
(complementar ou ordinária) ou ato 
normativo de igual força (medida 
provisória). 
➢ Porém existem exceções quanto à 
alteração das alíquotas: 
 
 
 
Prestação cobrada mediante atividade 
administrativa plenamente vinculada 
➢ A autoridade tributária não pode analisar se é 
conveniente, se é oportuno cobrar o tributo. 
A cobrança é feita de maneira vinculada, sem 
concessão de qualquer margem de 
discricionariedade ao administrador. 
➢ Pode haver outros significados de vinculado(a) 
no direito tributário: 
 
 
OBS: STJ- Súmula 353 – “As disposições do 
código tributário Nacional não se aplicam às 
contribuições para o FGTS” 
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária 
compulsória, em moeda ou cujo valor nela se 
possa exprimir, que não constitua sanção de 
ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante 
atividade administrativa plenamente vinculada. 
 
 
Os Tributos em Espécie 
➢ O CTN, no seu art. 5º, dispõe que os tributos 
são impostos, taxas e contribuições de 
melhoria, claramente adotando a teoria 
tripartite das espécies tributárias. 
➢ Porém o STF tem adotado a teoria da 
pentapartição, que acrescenta ao rol da 
tripartida os empréstimos compulsórios e as 
contribuições especiais. 
 
A determinação da natureza jurídica 
especifica do tributo 
➢ Nos termos do artigo 4º do CTN, a natureza 
jurídica específica do tributo é determinada 
pelo fato gerador da respectiva obrigação. 
➢ Deve-se questionar se o Estado tem q 
realizar, para validar a cobrança, alguma 
atividade especifica relativa ao sujeito passivo. 
Se for negativo, trata-se de tributo não 
vinculado, caso a resposta seja positiva, o 
tribulo é vinculado. 
➢ Portanto, imposto é, por excelência, tributo 
não vinculado, já as taxas e contribuições de 
melhoria são tributos vinculados. 
 
 
 
Os Impostos 
➢ Os impostos são, por definição, tributos não 
vinculados que incidem sobre manifestação 
de riqueza do sujeito passivo (devedor). 
➢ Ideia de Solidariedade Social 
➢ As taxas e contribuições de melhoria tem 
caráter retributivo (contraprestacional); os 
impostos, caráter contributivo. 
➢ Além de serem tributos não vinculados, os 
impostos são tributos de arrecadação não 
vinculada. 
➢ Presta-se financiamento de atividades gerais 
do Estado, remunerando os serviços 
universais, que por não gozarem de 
referibilidade (especificidade e divisibilidade), 
não podem ser custeados por taxas. 
➢ A competência para instituir impostos é 
atribuída pela CF de maneira enumerada e 
privativa a cada ente federado. 
 
 UNIÃO 
→ II (imposto sobre importação) 
→ IE (imposto sobre exportação) 
→ IR (imposto sobre renda e proveitos de 
qualquer natureza) 
→ IPI (Imposto sobre produtos 
industrializados) 
→ IOF (Imposto sobre operações 
financeiras) 
→ ITR (Imposto sobre a propriedade 
territorial rural) 
→ IGF (Imposto sobre grandes fortunas) 
 
 ESTADOS (E DF) 
→ ITCMD (imposto sobre transmissão de 
causa mortis e doação) 
→ ICMS (Imposto sobre operações relativas 
à circulação de mercadorias e sobre 
prestações de serviços de transporte 
interestadual, intermunicipal e de 
comunicação.) 
→ IPVA (imposto a propriedade de veículos 
automotores) 
 
 
 MUNICIPIOS (E DF) 
➢ IPTU (Imposto sobre propriedade predial 
e territorial urbano) 
➢ ITBI (imposto sobre transmissão 
intervivos, a qualquer título, por ato 
oneroso, bens imóveis, por natureza ou 
acessão física, e de direitos reais sobre 
imóveis) 
➢ ISS (Imposto sobre serviço) 
➢ A princípio, essas listas são exaustivas, 
entretanto a união pode instituir, 
mediante lei complementar, novos 
impostos, desde que sejam não 
cumulativos e não tenham fato gerador 
ou base de cálculo próprios dos 
discriminados na CF art. 154, I. 
(Competência tributária residual) 
 
➢ A união detém a competência de criar 
impostos extraordinários compreendidos 
ou não na sua competência tributária, em 
caso de guerra externa. (único caso de 
bitributação) 
 
Criação dos impostos 
➢ A CF não cria tributos, apenas atribui 
competência aos entes, que editam a lei 
ou ato normativo, instituindo-os 
abstratamente, ou seja, definindo seus 
fatos geradores, bases de cálculo, 
alíquotas e contribuintes. 
➢ Já os impostos, a CF exige que lei 
complementar de caráter nacional defina 
os respectivos fatos geradores, bases de 
calculo e contribuintes (art. 146, III, a.). 
➢ Porém o STF entender ser aplicável o 
exercício da competência tributaria 
quando a UNIÃO deixa de editar normas 
gerais, os Estados podem exercer a 
competência legislativa plena. 
 
Os impostos e o princípio da capacidade 
contributiva 
➢ De acordo com o art. 145§1º da CF, sempre 
que possível, os impostos terão caráter 
pessoal e serão graduados segundo a 
capacidade econômica do contribuinte. 
Imposto Real 
o Incide sobre coisas, ex. IPTU, IPVA, 
ITR, IPI, ICMS. 
Imposto Pessoal 
o Imposto de renda, por exemplo, é 
personalizado por casa pessoa. 
 
OBS: STF entende que apesar da capacidade 
contributiva ser obrigatório apenas aos impostos, não 
impede desse principio ser levado em consideração 
na criação de taxas. 
 
As Taxas 
➢ Segundo a CF, A União, estados,DF e 
municípios poderão instituir taxas em razão 
do exercício do poder de polícia ou pela 
utilização, efetiva ou potencial, de serviços 
públicos específicos e divisíveis, prestados ao 
contribuinte ou postos a sua disposição. 
 
➢ Compete a instituir as taxas, os entes que 
prestam serviços aos contribuintes. 
 
 
➢ A CF atribui a competência residual para 
instituição de taxas aos Estados. 
 
São dois os fatos que podem ensejar a 
cobrança de taxas: 
a) O exercício regular do poder de polícia, que 
legitima a cobrança de taxa de polícia. 
 
b) A utilização, efetiva ou potencial, de serviços 
públicos específicos e divisíveis, prestados ao 
contribuinte ou postos a sua disposição que 
possibilita a cobrança de taxa de serviço. 
 
Taxas de polícia 
➢ As taxas de polícia têm como fato gerador o 
exercício regular do poder de polícia 
(atividade administrativa). 
 
➢ Para que seja possível a cobrança de taxas, 
o exercício do poder de policia deve estar 
regular, ou seja, em consonância com a lei. 
Ex. Taxa de localização e funcionamento 
 
 
Taxas de serviço 
➢ 145, II da CF/88 
➢ Requisitos necessários para cobrança da taxa 
de serviço: 
✓ O serviço deve ser específico e 
divisível; 
✓ O destinatário deve utilizar efetiva ou 
potencialmente o serviço; 
✓ O serviço deve ser prestado ao 
contribuinte ou posto a sua 
disposição. 
 
➢ Serviços específicos 
✓ Quando possam ser destacados em unidades 
autônomas de intervenção, de utilidade ou de 
necessidades públicas. 
 
➢ Divisibilidade 
✓ Quando é possível ao Estado identificar os 
usuários do serviço a ser financiado com a 
taxa. 
✓ “eu te vejo e tu me vês” 
 
STF- Súmula Vinculante 41 – “O serviço de iluminação 
pública não pode ser remunerado mediante taxa” 
 *Após EC 39/2002 passou a ser possível 
instituir contribuição de iluminação, mas nunca taxa. 
 
➢ Utilização efetiva ou potencial de serviços 
públicos 
✓ A taxa pode ser cobrada mesmo 
sem a utilização efetiva do serviço 
pelo sujeito passivo. É o que a lei 
denomina de utilização potencial. 
✓ A utilização potencial só pode ser 
aplicada aos serviços definidos em lei 
como de utilização compulsória, 
quanto aos demais serviços, a 
cobrança somente é possível 
mediante utilização efetiva. 
OBS: Deve-se fornecer uma utilidade ou atender uma 
necessidade do contribuinte, não é possível, por 
exemplo, exigir taxa pela emissão da guia ou carnê 
de cobrança de tributo. 
➢ A base de cálculo das taxas 
✓ A CF proíbe que as taxas tenham base de 
cálculo própria de impostos (art. 145,§2). 
✓ CTN dispõe que taxa não pode ter base de 
cálculo ou fato gerador idênticos aos que 
correspondam a impostos (art. 77) 
 
➢ Taxas e preços públicos- Notas 
distintas 
✓ Como estudado, as taxas podem ser 
cobradas em razão do exercício do 
poder de polícia ou utilização, efetiva 
ou potencial de serviços públicos, 
ocorre que os serviços públicos 
também podem ser remunerados 
por preços públicos(tarifas). 
✓ Ambos possuem caráter 
contraprestacional, remunerando 
uma atividade prestada pelo estado. 
✓ Contudo, o regime jurídico a que 
estão submetidas as taxas é o 
tributário, tipicamente de direito 
público, enquanto as tarifas estão 
sujeitas a regime contratual de direito 
privado. 
✓ O produto da arrecadação da taxa é 
receita derivada, enquanto a receita 
oriunda de preço público é originária 
(decorrente da exploração do 
patrimônio do próprio estado) 
✓ Na taxa, a prestação pecuniária é 
compulsória, já no preço público é 
imprescindível a prévia manifestação 
de vontade do particular para que 
surja um vínculo de obrigatoriedade, 
sendo a prestação pecuniária 
facultativa. 
Taxa Tarifa 
D. Público D. privado 
Natureza tributária, não 
admitindo rescisão 
Natureza contratual, 
admitindo rescisão 
Vinculo nasce independente 
de manifestação de vontade 
(compulsório) 
Há necessidade de 
manifestação de vontade (é 
facultativo) 
Sujeito ativo é pessoa 
jurídica de direito público 
Sujeito ativo pode ser 
pessoa jurídica de direito 
privado 
Pode ser cobrada em virtude 
de utilização efetiva ou 
potencial do serviço. 
Somente pode ser cobrada 
em virtude de utilização 
efetiva do serviço. 
Receita derivada Receita originária 
Sujeita-se aos princípios 
tributários 
Não se sujeita aos princípios 
tributários. 
 
As contribuições de melhoria 
➢ Art. 145, III, CF_ Ao prever a possibilidade de 
a União, Estados, DF e municípios instituírem 
contribuições de melhoria, apenas declara 
que elas decorrem de obras públicas. 
➢ São tributos vinculados, uma vez que a 
cobrança depende de atuação especifica do 
Estado, qual seja a realização de uma obra 
pública que tenha como consequência 
incremento do valor de imóveis aos 
potenciais contribuintes. 
➢ Como a contribuição é DECORRENTE de 
obra pública, não PARA a realização da obra 
pública, não é legitima a cobrança anterior a 
realização da obrar. Excepcionalmente é 
possível a cobrança em parte da obra, desde 
que já realizada a valorização dos imóveis. 
➢ O fato gerador é a consequência da 
realização da obra. 
➢ Base de cálculo será o valor acrescido. 
STJ – É legitima a fixação de cálculo do tributo 
mediante a utilização de montante presumido de 
valorização, indicados pela adm., desde que 
facultada a apresentação, pelo sujeito passivo, de 
prova em sentido contrário. 
➢ Limite Total - O Estado não pode cobrar, a 
titulo de contribuição de melhoria, amis do 
que gastou com a obra. 
➢ Limite individual – Acréscimo de valor que da 
obra resultar para cada imóvel beneficiado. 
OBS: Esses limites não estão previstos 
expressamente na CF, mas apenas na legislação 
infraconstitucional. 
 
Requisitos para instituição e cobrança 
➢ Art. 82 CTN 
➢ Deve haver a publicação prévia dos seguintes 
elementos: 
 
a) Memorial descritivo do projeto; 
b) Orçamento do custo da obra; 
c) Determinação da parcela do custo da 
obra a ser financiada pela 
contribuição; 
d) Delimitação da zona beneficiada; 
e) Determinação do fator de absorção 
do benefício da valorização para toda 
a zona ou para cada uma das áreas 
diferenciadas, nela contida; 
 
➢ é necessária a prévia publicação, para que 
seja instituída a lei para a cobrança do 
tributo, pois caso contrário, posteriormente 
não poderia instituir a lei, tendo em vista a 
expressa vedação constitucional (CF, art.155, 
III, a) 
➢ A publicação prévia deve ser entendida 
como prévia a cobrança do tributo, e não a 
realização da obra. 
➢ O prazo para que o interessado impugne o 
edital também será estipulado pela lei local, 
não podendo, nos termos do CTN, ser 
inferior a 30 dias. 
 
O cálculo da contribuição de melhoria 
➢ É possível afirmar que o valor a ser pago 
pode ser determinado por uma simples 
“regra de três”, dividindo-se o valor a ser 
financiado entre os proprietários dos imóveis 
beneficiados proporcionalmente à valorização 
individual de cada imóvel. 
 
Empréstimos compulsórios 
➢ Art. 148 CF 
➢ São empréstimos forçados, coativos, porém 
restituíveis. 
➢ Obrigação de pagar nasce de determinação 
legal. 
➢ É considerado tributo. 
Competência, casos e forma de instituição 
➢ A competência para a criação de 
empréstimos compulsórios é exclusiva da 
união. 
➢ A instituição deve ser feita mediante lei 
complementar (art.148, caput) 
➢ Leis ordinárias e medidas provisórias não 
podem criar empréstimos compulsórios 
➢ Tributo instituído em virtude de calamidade 
pública ou guerra externa (ou sua iminência) 
seja exigido dos contribuintes de imediato, 
sem obediência aos princípios da 
anterioridade e da noventena. 
➢ Já de empréstimos de investimento público 
de caráter urgente e de relevante interesse 
nacional, não é considerado ter a mesma 
necessidade de urgência, sendo assim, 
impondo a observância tanto da anterioridade 
comum como da anterioridade nonagesimal 
 
Destinação da arrecadação. 
➢ A aplicação dos recursos provenientesde 
empréstimo compulsório será vinculada à 
despesa que fundamentou sua instituição. 
➢ Os empréstimos compulsórios são tributos 
de arrecadação vinculada. 
Restituição 
➢ Art. 15 CTN exige que a instituidora do 
empréstimo compulsório fixe o prazo e as 
condições de resgate. 
➢ A tributação não será legitima sem a 
previsão de restituição. 
➢ STF entender que a restituição do valor 
deve ser efetuada na mesma espécie em 
que recolhido. 
As contribuições especiais 
➢ Art. 149 CF 
➢ Possibilidade de a união instituir três espécies 
de contribuições, quais sejam: 
a) Contribuições sociais 
b) Contribuições de intervenção no 
domínio econômico (CIDE) 
c) Contribuições de interesse de 
categorias profissionais e 
econômicas (CONTRIBUIÇÕES 
CORPORATIVAS) 
➢ Compete exclusivamente a união a criação 
das contribuições previstas no art. 149 CF que 
versa sobre contribuições especiais. 
➢ Entretanto há exceção quanto as 
contribuições previdenciárias dos servidores 
públicos vinculados a regime próprio de 
previdência social., cuja instituição compete a 
cada ente federado. 
 
§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e 
os Municípios instituirão contribuição, 
cobrada de seus servidores, para o 
custeio, em benefício destes, do 
regime previdenciário de que trata o 
art. 40, cuja alíquota não será inferior 
à da contribuição dos servidores 
titulares de cargos efetivos da União. 
➢ As contribuições sociais e de intervenção no 
domínio econômico não incidirão sobre as 
receitas decorrentes de exportação. 
➢ Não obstante a imunidade nas operações de 
exportações, as contribuições sociais e de 
intervenção no domínio econômico incidem 
sobre a importação de produtos estrangeiros 
ou serviço. (art. 149, §2, II, CF) 
➢ O comerciante que comercializa no interior 
do país está sujeito à incidência da dupla 
PIS/COFINS, não sendo possível o Brasil 
impor ao agente estrangeiro exportador, de 
forma que criou-se PIS/COFINS – Importação 
com peso semelhante àquele que onera as 
operações internas. 
➢ A EC 39/2002 atribuiu competência para 
municípios e ao DF para instituírem 
contribuição para o custeio do serviço de 
iluminação pública. 
Classificação das contribuições especiais 
➢ Contribuições sociais 
❖ Seguridade social 
❖ Outras contribuições sociais 
❖ Contribuições sociais gerais 
➢ Contribuição de intervenção no domínio 
econômico (CIDE) 
➢ Contribuições coorporativas 
➢ Contribuições para custeio do serviço de 
iluminação pública (COSIP) 
Contribuições Sociais 
➢ São instituídas visando à obtenção de 
recursos para a atuação da união na área 
social. 
➢ Divide-se em: 
a) Contribuições de seguridade social 
b) Outras contribuições sociais 
c) Contribuições sociais gerais 
Contribuições de seguridade social. 
➢ São instituídas para o financiamento da 
seguridade social 
➢ Assegurar os direitos à saúde, previdência e 
assistência social. 
➢ O art. 149 CF autoriza a criação das seguintes 
contribuições de seguridade social: 
1) Contribuição do empregador, da 
empresa e da entidade a ela 
equiparada na forma da lei, incidentes 
sobre: 
a) A folha de salários e demais 
rendimentos do trabalho pagos 
ou creditados, a qualquer título, à 
pessoa física que lhe preste 
serviço, mesmo sem vínculo 
empregatício. 
b) A receita ou faturamento 
c) O lucro. 
2) Contribuição do trabalhador e dos 
demais segurados da previdência 
social, não incidindo sobre 
aposentadoria e pensão concedidas 
pelo regime geral de previdência 
social; 
3) Contribuição sobre a receita de 
concursos de prognósticos 
4) Contribuição do importador de bens 
ou serviços do exterior, ou de quem 
a lei a ele equiparar. 
 
➢ Para a criação dessas contribuições cujas 
fontes de financiamento constam 
expressamente na CF, não há exigência de 
lei complementar, sendo suficiente a edição 
de lei ordinária. (ou medida provisória) 
➢ No âmbito das contribuições especiais, a 
obrigatoriedade de lei complementar existe 
apenas para as contribuições sociais residuais 
(outras contribuições sociais) 
➢ Só podem ser exigidas após decorrida 90dias 
da data da publicação da lei que as instituiu ou 
a modificou. 
Outras contribuições sociais. 
➢ Art 195 §4 CF 
➢ Esse artigo permite que a união institua novas 
fontes destinadas à manutenção ou 
expansão da seguridade social, desde que 
obedecido ao disposto no art. 154, I. 
➢ Autorização para criar contribuições sociais 
residuais. 
➢ A união possui duas espécies de 
competência residual: 
a) Para instituir novos impostos 
b) Para instituir novas contribuições sociais 
de financiamento da seguridade social. 
OBS: Nota-se que é necessário lei complementar 
apenas para a criação de novas contribuições sociais, 
a criação daquelas já constante na CF, é por lei 
ordinária. 
➢ As contribuições sociais residuais também se 
submetem à anterioridade nonagesimal, ou 
seja, só poderá ser cobrada a contribuição 
após 90 dias da publicação da lei. 
Contribuições sociais gerais 
➢ Àquelas destinadas à atuação da união em 
áreas sociais que não sejam passiveis de 
enquadramento nos subsistemas da 
seguridade social (Saúde, previdência e 
assistência social) 
➢ Ex. Salário-educação, cuja arrecadação é 
constitucionalmente vinculada ao custeio da 
educação básica pública. 
➢ EX.2 Sistema S, composto pelos serviços 
sociais autônomos. 
➢ Súmula 732 
É constitucional a cobrança da contribuição 
do salário-educação, seja sob a Carta de 1969, 
seja sob a Constituição Federal de 1988, e no 
regime da Lei 9.424/1996. 
Contribuições para serviços sociais autônomos 
➢ Os serviços sociais autônomos são pessoas 
jurídicas de direito privado voltadas ao 
treinamento profissional, assistência social, 
consultoria, pesquisa e assistência técnica. 
➢ Essas entidades compõe o chamado Sistema 
S., e realizam atividades de interesse público 
➢ Composto pelos seguintes serviços: 
1- SESC 
2- SENAC 
3- SESI 
4- SENAI 
5- SEST 
6- SENAT 
7- SENAR 
8- SESCOOP 
9- SEBRAE 
 
➢ Esses serviços devem ser financiados por 
meio de contribuições dos empregadores 
incidentes sobre a folha de salários. 
➢ Exemplo clássico de PARAFISCALIDADE 
➢ STF – Sebrae tem natureza de CIDE, não de 
como contribuição social de interesse de 
categorias profissionais e econômicas. 
Contribuições de intervenção no Domínio econômico 
– CIDE 
➢ Art.149 CF/88 
➢ Competência exclusiva da união 
➢ Exercício pode se dar por meio de lei 
ordinária ou MP 
➢ Tributos extrafiscais 
➢ A intervenção ocorre pela destinação do 
produto da arrecadação a uma determinada 
atividade, que, justamente por conta desse 
“reforço orçamentário”, tem-se por 
incentivada. 
➢ Liberdade para criação do CIDE é bastante 
ampla 
Contribuições de interesse das categorias profissionais 
ou econômicas – Contribuições coorporativas 
➢ São tributos criados pela união com o 
objetivo parafiscal de obter recursos para o 
financiamento de atividades das corporações. 
➢ Parafiscal 
➢ Para concurso → As anuidades pagar aos 
conselhos de fiscalização de profissões são 
tributos da espécie “ contribuições 
coorporativas”, salvo as anuidades pagas à 
OAB, que não possuem natureza jurídica 
tributária. 
Contribuições sindicais 
➢ A CF prevê no seu art. 8º, IV, a criação de 
duas contribuições sindicais: 
a) Contribuição fixada pela assembleia -
geral, para custeio do sistema 
confederativo do respectivo sindicato. 
b) Contribuição fixada em lei, que todos 
trabalhadores devem contribuir. 
 
➢ A contribuição fixada pela assembleia geral é 
voluntária, pois só pode ser cobrada dos 
trabalhadores filiados. (não se caracteriza 
como tributo) 
➢ A contribuição fixada em lei, após a reforma 
trabalhista deixou de ostentar natureza 
tributária, pois se tornou voluntária. 
Contribuição de iluminação pública – COSIP 
➢ Sumula Vinculante 41 STF – “O serviço de 
iluminação pública não pode ser remunerado 
mediante taxa” 
➢ Os julgados acreditavam que a iluminaçãopública deveria ser remunerada pelos 
impostos, porém os prefeitos discordaram 
por achar o custo muito elevado para os 
municípios. 
➢ Para fugir das restrições do art 145, I da CF, 
foi editada a emenda constitucional 39/2002, 
que versa sobre a possibilidade dos 
municípios e DF instituir contribuições para 
serviços de iluminação pública. 
➢ Essa EC 39/2002 foi criticada pela doutrina 
pois era considerada inconstitucional, porém 
o STF não declarou inconstitucionalidade. 
Classificações doutrinárias dos tributos 
1. Quanto à discriminação das rendas por 
competência: Federais, estaduais ou 
municipais. 
➢ Se relaciona a competência de instituir um 
tributo, independente do produto da 
arrecadação estar sujeito ou não à 
repartição. EX. IPVA é do estado, mas 50% 
do valor pertence aos municípios. 
➢ Ressalta-se que a competência do DF é 
Cumulativa, pois abrange tributos estaduais e 
municipais. 
➢ A união, nos territórios, além dos tributos 
federais, acumula os estaduais (sempre) e 
municipais (quando o território não for 
dividido em municípios). 
 
2. Quanto ao exercício da competência 
impositiva: privativos, comuns e residuais. 
➢ Tributos privativos são os que a 
constituição defere determinado ente 
competência exclusiva, não podendo 
ser delegado. EX. São caso dos 
Impostos, empréstimos compulsórios, 
contribuições especiais e contribuição 
de iluminação pública. 
➢ Tributos comuns são os que a 
competência para instituição é comum 
a todos entes (ex. Taxas e 
contribuições de melhorias.) 
➢ Tributos Residuais são os novos 
impostos (art,154,I, CF) e as novas 
contribuições sociais para seguridade 
social (CF, art. 195§4), que porventura 
sejam criadas pela união. 
 
3. . Quanto à finalidade: fiscais, extrafiscais 
e parafiscais 
➢ Fiscal → finalidade arrecadatória 
➢ Extrafiscal → finalidade interventiva (ex. 
importação) 
➢ Parafiscal → Finalidade de arrecadar para 
atv. Especificas. 
 
4. Quanto a hipótese de incidência: 
vinculados e não vinculados 
 
➢ Vinculados → Cobrança depende 
de atividade estatal especifica 
relativa ao contribuinte. 
➢ Não Vinculada → Cobrança 
independe de atividade estatal 
especifica relativa ao contribuinte. 
 
5. Quanto ao destino da arrecadação: 
de arrecadação vinculada e não 
vinculada. 
➢ Vinculada → Os recursos 
arrecadados somente podem 
ser utilizados em atividades 
determinadas. Ex. Empréstimo 
compulsório e custas 
➢ Não vinculada → Os recursos 
arrecadados podem ser 
utilizados em qualquer despesa 
prevista no orçamento. Ex. 
impostos. 
 
6. Quanto a possibilidade de 
repercussão do encargo econômico-
financeiro: diretos e indiretos 
➢ Indireto → Oneram pessoa 
diferente daquela definida 
como sujeito passivo 
(permitem a repercussão) 
➢ Direto → Oneram 
diretamente a pessoa definida 
como sujeito passivo (não 
permitem repercussão) 
 
7. Quanto aos aspectos objetivos e 
subjetivos da hipótese de incidência: 
reais e pessoais. 
➢ Reais → Incidem objetivamente 
sobre coisas, desprezando 
aspectos subjetivos 
➢ Pessoais → Incidem de forma 
subjetiva, levando em 
consideração aspectos pessoais 
do sujeito passivo. 
 
8. Quanto as bases econômicas de 
incidência – A classificação do CTN 
 
➢ Sobre o comércio exterior 
→ Incidem sobre 
importações e 
exportações. 
 
➢ Sobre patrimônio e renda → Incidem 
sobre propriedade de bens móveis ou 
imóveis e sobre o produto do capital, 
do trabalho ou da combinação de 
ambos. 
 
➢ Sobre a produção e circulação → 
Incidem sobre a circulação de bens ou 
valores e sobre a produção de bens.

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