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HISTÓRIA
Curso Extensivo – E
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1. (UNESP) – “Em 1500, fazia oito anos que havia presença
europeia no Caribe: uma primeira tentativa de colonização que
ninguém na época podia imaginar que seria o prelúdio da conquista e
da ocidentalização de todo um continente e até, na realidade, uma das
primeiras etapas da globalização. A aventura das ilhas foi exemplar
para toda a América, espanhola, inglesa ou portuguesa, pois ali se
desenvolveu um roteiro que se reproduziu em várias outras regiões do
continente americano: caos e esbanjamento, incompetência e
desperdício, indiferença, massacres e epidemias. A experiência serviu
pelo menos de lição à Coroa espanhola, que tentou praticar no resto de
suas possessões americanas uma política mais racional de dominação
e de exploração dos vencidos: a instalação de uma Igreja poderosa,
dominadora e próxima dos autóctones, assim como a instalação de uma
rede administrativa densa e o envio de funcionários zelosos, que
evitaram a repetição da catástrofe antilhana.”
(Serge Gruzinski. A passagem do século: 1480-1520:
as origens da globalização, 1999. Adaptado.)
A afirmação de que os primeiros traços da presença europeia na
América foram “o prelúdio da ocidentalização” e “uma das primeiras
etapas da globalização” é correta porque a conquista do continente
americano representou 
a) a definição da superioridade militar e religiosa do Ocidente cristão
e o início da perseguição sistemática a judeus e muçulmanos.
b) a demonstração da teoria de Cristóvão Colombo sobre a esfericidade
da Terra e o fracasso dos novos instrumentos de navegação. 
c) o encerramento das relações comerciais da Europa com o Oriente
e o imediato declínio da venda das especiarias produzidas na Índia. 
d) o encontro e o choque entre culturas e o gradual deslocamento do
eixo do comércio mundial para o Oceano Atlântico.
e) o avanço da monetarização da economia e o lançamento de projetos
de regulação e controle centralizado do comércio internacional.
RESOLUÇÃO:
A alternativa contempla dois aspectos distintos da Expansão Marítimo-
Comercial Europeia e seus desdobramentos: primeiramente, o encontro
das culturas pré-colombianas com o etnocentrismo europeu, o que levou
à superposição do segundo sobre as primeiras, dentro do processo da
conquista e colonização da América; e, em segundo lugar, o
deslocamento do eixo econômico europeu para o Atlântico, deixando em
segundo plano as tradicionais rotas do Mediterrâneo. 
Resposta: D
2. (FGV) – “A colonização do Novo Mundo na época moderna
apresenta-se como peça de um sistema, instrumento da acumulação
primitiva, da época do capitalismo mercantil. Na realidade, nem toda
colonização se desenrola dentro das travas do sistema colonial, pois a
colonização inglesa na América do Norte, colônias de povoamento,
deu-se fora dos mecanismos definidores do sistema colonial
mercantilista.”
(Fernando Novais. Portugal e Brasil na crise
do antigo sistema colonial, 1989. Adaptado.)
A partir do texto, é correto afirmar que
a) coexistem, no processo de colonização na Idade Moderna, dois tipos
de colônias: as de exploração e as de povoamento, sendo estas as
mais encontradas, uma vez que se baseiam em pequena propriedade,
trabalho livre e mercado interno; além disso, o Antigo Sistema
Colonial assegurava superlucros às respectivas metrópoles.
b) dois tipos de colonização significam a coexistência de dois
processos históricos diferentes, um ligado à Idade Média e outro
ligado à Idade Moderna, com caracterís ticas semelhantes, como o
comércio triangular, a grande e a pequena propriedades, o
autogoverno e o exclusivo metropolitano.
c) a colonização de povoamento, típica do Sistema Colonial
Mercantilista, baseia-se em grande proprie dade, trabalho escravo e
produção voltada para o mercado externo, o que implica o exclusivo
metropo litano como base das relações entre metrópole e colônia.
d) os dois tipos de colonização, de exploração e de povoa mento,
explicam-se por processos diferentes: a de explo ração está ligada à
acumulação de riqueza para a metrópole moderna, com grande
propriedade e trabalho escravo, enquanto a colonização de povoa -
mento liga-se à metrópole industrializada.
e) o sentido profundo da colonização moderna é comer cial e capitalista,
pois as colônias de exploração, típicas do Antigo Sistema Colonial,
nasceram para as metró poles acumularem riqueza; e é dentro desse
processo de análise de conjunto que se torna inteligível a existência
do outro tipo, a colonização de povoamento.
RESOLUÇÃO:
A colonização de exploração, conforme o próprio nome indica, destinava-
se a explorar economicamente as colônias para promover a acumulação
primitiva de capitais nas metrópoles europeias. Foi em torno desse processo
que se definiram as normas do Pacto Colonial, tendo no exclusivo comercial
metropolitano seu elemento essencial. Quanto às colônias de povoamento,
de importância secundária no contexto econômico do período, foram
implantadas em condições distintas das primeiras, tendo em consequência
estrutura e características diferenciadas em relação ao colonialismo
mercantilista.
Resposta: E
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Sistema Colonial11
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2 –
3. (UNESP) – “Na colônia, a justiça era exercida por toda uma gama
de funcionários a serviço do rei. A violência, a coerção e a
arbitrariedade foram suas principais características. [...]
Nas regiões em que a presença da Coroa era mais distante, os
grandes proprietários de terras exerciam considerável autoridade
administrativa e judicial. No sertão, os potentados impunham seus
interesses à popula ção livre.”
(Adriana Lopez e Carlos Guilherme Mota.
História do Brasil: uma interpretação, 2008.)
Ao analisar o aparato judiciário no Brasil Colonial, o texto
a) identifica a isonomia e a impessoalidade na adminis tração da justiça
e seu embasamento no direito romano.
b) explicita a burocratização do sistema jurídico nacional e reconhece
sua eficácia no controle interno.
c) indica o descompasso entre as determinações da Coroa portuguesa
e os interesses pessoais dos governadores-gerais.
d) distingue o sistema oficial da dinâmica local e atesta o prevale -
cimento de ações autoritárias em ambas.
e) diferencia as funções do Poder Judiciário e do Poder Executivo e
caracteriza a ação autônoma e indepen dente de ambos.
RESOLUÇÃO:
Interpretação de texto, explicitando o autoritarismo administrativo do
Antigo Sistema Colonial e, nas áreas onde o poder da Coroa era pouco
sentido, o papel dos grandes senhores de terras no preenchimento do vácuo
deixado pela administração oficial.
Resposta: D
4. (UNISA) – Nas Américas Espanhola e Portuguesa, os regimes de
trabalho estavam em sintonia com os princípios mercantilistas de
acúmulo de riquezas. Sobre as relações de trabalho nas colônias
espanholas e portuguesa, é correto afirmar que
a) o regime de trabalho assalariado foi predominante, tendo em vista
que era mais rentável numa economia de mercado.
b) o regime de trabalho compulsório foi uma das características do
processo de colonização, gerando lucros a proprietários e
comerciantes.
c) o regime de trabalho escravista explorou a mão de obra africana,
que se tornou predominante e muito lucrativa.
d) vários regimes de trabalho foram criados para explorar os nativos,
que se tornaram a mão de obra mais rentável.
e) os regimes de trabalho foram caracterizados pela prestação de
serviços temporários e pelo pagamento de baixos salários.
RESOLUÇÃO:
As colônias ibéricas utilizaram o trabalho compulsório, ainda que de forma
diferenciada: na América Portuguesa foi implantada a escravidão indígena
e africana; na América Espanhola, além da escravidão africana, utili -
zada em menor escala, o trabalho compulsório indígenafoi larga mente
explorado, sob as formas da mita e da encomienda.
Resposta: B
5. (MACKENZIE-adaptado) – No Brasil do século XVI, a
sociedade tinha, no engenho, o centro de sua organização. Assinale a
alternativa que não atesta a importância do engenho no Período Colonial.
a) A grande propriedade era monocultora e também escravocrata,
voltada para o mercado externo, sendo a montagem da estrutura de
produção açucareira um empreendimento de alto custo. 
b) Os senhores de engenhos, por serem proprietários de terras e
escravos, detinham o poder político e controlavam as Câmaras
Municipais, sendo denominados de “homens bons”, estendendo tal
poder para o interior de sua família. 
c) Alguns engenhos funcionavam como unidades de produção
autossuficientes, pois além de oficinas para reparos de suas
instalações, produziam alimentos necessários à sobrevivência de
seus moradores. 
d) No engenho também havia alguns tipos de trabalhadores assala -
riados, como o feitor, o mestre de açúcar, o capelão ou padre, que
se sujeitavam ao poder e à influência do grande proprietário de
terras. 
e) Os grandes engenhos contavam com toda a infraestrutura não
apenas para atender às necessidades básicas de sobrevivência, mas
voltadas à atividade intelectual que tornava o engenho centro de
discussões comerciais.
RESOLUÇÃO:
Os engenhos foram a grande unidade produtiva durante a maior parte do
Período Colonial, possuindo um elevado grau de autossuficiência. Todavia,
até mesmo pela limitada formação de seus proprietários, não se
configuravam como centros intelectuais, nem mesmo para a realização de
“discussões comerciais”.
Resposta: E
6. (UNICAMP-Adaptado) – “Engenheiros, naturalistas, matemá -
ticos e artistas, sob o mecenato de Nassau, investigaram a natureza e
trans formaram a paisagem nordestina. Recife tornou-se uma das
cidades mais importantes da América, com modernas pontes e prédios.
Além do incentivo à arte, o governo [de Nassau] promulgou leis que
eram iguais para todos, impedindo injustiças contra os antigos
habitantes.”
(Ronald Raminelli, “Invasões Holandesas”, em Ronaldo Vainfas (dir.),
Dicionário do Brasil Colonial. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001, p. 315.)
As transformações durante o governo de Maurício de Nassau (1637-
44), em Pernambuco, são exemplos de um contexto em que
a) o mecenato e a aplicação de leis idênticas para holandeses e luso-
brasileiros eram uma continuidade do modelo renascentista,
representando um período de modernização da região.
b) a economia açucareira da região foi dinamizada, com a reativação
de engenhos e perdão de dívidas dos antigos proprietários, impul -
sionando a remodelação da cidade de Recife.
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c) foram aplicados princípios mercantilistas para a obtenção de lucros
e houve a perseguição, por parte dos holandeses calvinistas, a
judeus, cristãos-novos e católicos.
d) o trabalho dos artistas e cientistas tinha o propósito de retratar a
paisagem local e identificar a potencialidade econômica da região,
pois o açúcar estava em declínio no comércio internacional.
e) o cientificismo dominante na Europa incentivava a investigação de
territórios ainda inexplorados, com o objetivo de fornecer subsídios
para as novas teorias sobre a origem das espécies.
RESOLUÇÃO:
A administração de Maurício de Nassau (1637-44) representou um hiato
no conjunto da administração do Brasil holandês, marcada pela
intolerância para com os católicos e pelo mer cantilismo extremado,
direcionado para a acumulação capitalista. Nassau, pertencente à alta
nobreza alemã, possuía uma mentalidade com valores intelectuais
diferentes do pragmatismo burguês. Daí sua preocupação com a
modernização de Recife (ou “Mauriceia”, numa clara manifestação que
nos remete aos mecenas renascentistas), e também com as atividades
artísticas e científicas.
Resposta: A
7. (FGV) – “A estratégia da penetração para o sertão, se foi
amplamente aproveitada pelos colonos de São Paulo, nasce na prática
da conversão jesuítica. Embora por razões opostas, tanto as incursões
dos jesuítas, tímidas é verdade, não se embrenhando muito além do
núcleo piratiningano, como as entradas e bandeiras dos colonos, tinham
um mesmo objetivo: o índio.”
(Amílcar Torrão Filho, “A cidade da conversão: a catequese jesuítica e a
fundação de São Paulo de Piratininga.” Revista USP.
São Paulo, n.º 63, 2004.)
O fragmento apresenta parte das condições que originaram
a) a guerra entre a Igreja Católica, a favor da escravização dos índios,
e os colonos, defensores do trabalho livre.
b) o conflito entre colonos e religiosos pelo controle da mão de obra
indígena presente no entorno de São Paulo.
c) a leitura, com forte viés ideológico, que considerava desnecessária
a exagerada violência dos jesuítas contra os povos indígenas.
d) o isolamento econômico de São Paulo em relação ao restante da
colônia, agravado pela carência de mão de obra.
e) o fracasso das missões religiosas em São Paulo, pois coube apenas
ao Estado Português o controle direto sobre os indígenas.
RESOLUÇÃO:
Os conflitos entre colonos e jesuítas com relação aos índios ocorreram com
certa frequência no Brasil Colônia, estendendo-se de São Paulo até o
Maranhão, com os inacianos sempre se opondo à escravização dos
ameríndios. Na presente questão, o choque entre as duas partes foi
circunscrito ao “entorno” da vila de São Paulo, o que constitui uma
interpretação reducionista do problema.
Resposta: B
8. (FGV) – “Podem-se apanhar muitos fatos da vida daqueles
sertanejos dizendo que atravessaram a época do couro. De couro era a
porta das cabanas, o rude leito aplicado ao chão duro, e mais tarde a
cama para os partos; de couro todas as cordas, a borracha para carregar
água, o mocó ou alforge para levar comida, a maca para guardar roupa,
a mochila para milhar cavalo, a peia para prendê-lo em viagem, as
bainhas de faca, as broacas e surrões, a roupa de entrar no mato, os
banguês para curtume ou para apurar sal.”
(Capistrano de Abreu. Capítulos de história colonial: 1500-1800, 2000.)
O texto descreve a cultura material da pecuária, que a partir do século
XVI estendeu-se ao interior nordestino da colônia do Brasil. A criação
de gado
a) empregava predominantemente a mão de obra escrava africana e
consolidou a pequena propriedade rural às margens dos grandes
rios da região. 
b) contribuía com o complexo econômico litorâneo e funcionou em
um regime de contenção econômica de gastos devido ao aprovei -
tamento de recursos locais. 
c) transgredia os ordenamentos legais da administração metropolitana
e jamais se caracterizou como atividade econômica lucrativa. 
d) deslocava o centro dinâmico da exploração econômica da colônia
e contribuiu para o adensamento demográfico em novos territórios. 
e) favorecia o surgimento de cidades autoadministradas e revelou a
existência de jazidas de metais preciosos nas áreas recém-descobertas.
RESOLUÇÃO:
A alternativa descreve o chamado “ciclo do couro”, que teve grande
importância nas áreas do Sertão Nordestino ocupadas pela atividade
criatória. De fato, além de fornecer alimento, força motriz e meios de
transporte para a região açucareira do litoral, o aproveitamento do couro
para a produção dos mais diversos utensílios tornou a pecuária sertaneja
uma atividade lucrativa, pois dispensava a importação de objetos
destinados à vida nas áreas dedicadas à criação.
Resposta: B 
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1. “Art. 90. As nomeações dos deputados e senadores
para a Assembleia Geral, e dos membros dos
Conselhos Gerais das províncias, serão feitas por
eleições, elegendo a massa dos cidadãos ativos em assembleias
paroquiais, os eleitores de província, e estes, os representantes da nação
e província.
Art. 92. São excluídos de votar nas assembleias paroquiais: 
I. Os menores de vinte e cinco anos, nos quais se não compreendemos casados, os oficiais militares, que forem maiores de vinte e um
anos, os bacharéis formados e os clérigos de ordens sacras. 
II. Os filhos de famílias, que estiverem na companhia de seus pais,
salvo se servirem a ofícios públicos. 
III. Os criados de servir, em cuja classe não entram os guarda-livros,
e primeiros caixeiros das casas de comércio, os criados da Casa
Imperial, que não forem de galão branco, e os administradores
das fazendas rurais e fábricas. 
IV. Os religiosos e quaisquer que vivam em comunidade claustral. 
V. Os que não tiverem de renda líquida anual cem mil réis por bens
de raiz, indústria, comércio, ou emprego.”
(BRASIL. Constituição de 1824. Disponível em: www.planalto.gov.br. 
Acesso em: 4 abr. 2015. Adaptado.) 
De acordo com os artigos do dispositivo legal apre sentado, o sistema
eleitoral instituído no início do Império é marcado pelo(a) 
a) representação popular e sigilo individual. 
b) voto indireto e perfil censitário. 
c) liberdade pública e abertura política. 
d) ética partidária e supervisão estatal. 
e) caráter liberal e sistema parlamentar.
RESOLUÇÃO:
A Constituição outorgada de 1824 dividiu os votantes brasileiros em
“eleitores de paróquia” e “eleitores de província”, cabendo aos primeiros
eleger os segundos, que por sua vez escolheriam os deputados provinciais.
Essa característica fazia com que as eleições para a Câmara dos Deputados
do Império fossem realizadas em dois graus, ou seja, de maneira indireta.
Ademais, exigiam-se níveis de renda diferenciados para que o cidadão se
tornasse eleitor de paróquia ou pudesse se candidatar a eleitor de
província, deputado provincial ou senador, – o que configura um sistema
eleitoral censitário.
Resposta: B
2. (FGV) – Examine o mapa
Com base no mapa, é correto afirmar: 
a) A separação da província de Cisplatina, que posteriormente se
tornaria o Uruguai, ocorreu devido à lealdade de suas lideranças
políticas à monarquia portuguesa. 
b) Os conflitos registrados no Grão-Pará, Maranhão, Piauí e Bahia
tinham caráter republicano e revelavam o descontentamento com o
arranjo politico que estabeleceu a monarquia no Brasil. 
c) A província de Pernambuco perdeu parte de seu território, corres -
pondente à margem esquerda do Rio São Francisco, como
represália do poder central, logo após o final da Confederação do
Equador. 
d) O mapa reforça a perspectiva de que o processo de emancipação
política no Brasil foi completamente pacífico e resumiu-se às
articulações em São Paulo e Rio de Janeiro. 
e) A Confederação do Equador tinha como objetivo estabelecer uma
monarquia constitucional no Nordeste, tendo como base a província
de Pernambuco. 
RESOLUÇÃO:
Tendo a Confederação do Equador sido um movimento separatista
republicano que teve como epicentro a província de Pernambuco, o
governo de D. Pedro I, depois de derrotar a rebelião, reduziu as dimensões
do território pernambucano, em um ato de represália à sedição: a porção
mencionada na alternativa foi retirada da jurisdição de Pernambuco e
incorporada à província da Bahia. 
Resposta: C
22 Império
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3. (FATEC) – Leia o texto. 
“Em abril de 1831, Dom Pedro I abdicou ao trono do Brasil em favor
de seu filho, Dom Pedro de Alcântara, que tinha, então, cinco anos de
idade. Uma regência foi criada para governar até que Dom Pedro II,
como ficaria conhecido, atingisse a maioridade e pudesse ser coroado.”
Durante o Período Regencial, a política brasileira foi marcada 
a) pela intensificação da política expansionista do regente Feijó, que
acentuou os conflitos internacionais no Cone Sul (Guerras da
Cispla tina e do Paraguai), e pelo aumento progressivo da dívida
externa brasileira. 
b) pela fragmentação do Império, marcada pela perda de territórios
fronteiriços (Província Cisplatina, Amazônia Colombiana) nos
comba tes com as tropas de Simón Bolívar e José de San Martín. 
c) pelo pacto federativo, conduzido pelo jovem imperador, que
favoreceu as demandas dos regionalistas, concedendo autonomia
administrativa às províncias. 
d) pela promulgação da primeira Constituição do Império, que sofreu
forte resistência das elites regionais por seu caráter centralizador,
pela criação do poder Moderador e pela extensão do direito de voto
aos analfabetos. 
e) pela criação das Assembleias Legislativas Provinciais e pela eclosão
de rebeliões em diversas províncias, sendo algumas de caráter
popular (como a Cabanagem) e outras comandadas pelas elites
regionais (caso da Guerra dos Farrapos). 
RESOLUÇÃO:
Alternativa aborda dois aspectos relevantes do Período Regencial (1831-
40). Um, de caráter político-institucional, foi a promulgação do Ato
Adicional de 1834 que, além de criar as Assembleias Legislativas
Provinciais, implantou a Regência Una eleita por voto direto, criou o
Município Neutro do Rio de Janeiro e extinguiu o Conselho de Estado.
Outro, de caráter político-social, foram as numerosas rebeliões do período,
motivadas por aspirações federalistas ou expressando reivindicações de
grupos sociais aristocráticos ou populares, conforme o caso. 
Resposta: E
4. (FUVEST) – Farroupilha no Rio Grande do Sul, Sabinada na
Bahia e Balaiada no Maranhão foram algumas das lutas que ocor re -
ram no Brasil em um período caracterizado
a) pela concentração dos poderes na pessoa do imperador, o que
inviabilizou a formação de partidos políticos e a realização de
transformações na estru tu ra agrária.
b) pelo estabelecimento de uma estrutura monárquica descen tra li za -
da, na qual as províncias teriam até o direito de en ca minhar uma
solução para a questão ser vil.
c) por mudanças na organização partidária, com vistas a fortalecer o
fe de ra lismo, e por transformações na estrutura fundiária de base es -
cra vista.
d) por uma fase de transição política e econômica, cujos resultados
seriam, respectivamente, a im plantação da República e o início do
processo de industrialização.
e) pela redefinição do poder imperial e pela formação dos parti dos
políticos, sem que se alterassem as estruturas sociais e econômi cas
estabelecidas. 
RESOLUÇÃO:
O Período Regencial assistiu ao embate entre as tendências centralista e
federalista, com a primeira fazendo algumas concessões à segunda por meio
do Ato Adicional de 1834. O surgimento dos Partidos Liberal e Con -
servador (originalmente Progressista e Regressista), nessa mesma época,
estreitou as relações entre o imperador e a elite agrária, pro por cio nando a
estabilidade política que caracterizaria o Segundo Reinado até 1870.
Resposta: E
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6 –
5. (UFMG) – Acerca do Segundo Reinado, é correto afirmar que
a) a alternância dos dois principais partidos no comando do Estado
expressava o poder e a vontade política do Imperador.
b) a supressão do Conselho de Estado foi compensada com a criação
do cargo de presidente do Conselho de Ministros.
c) a eliminação do Poder Moderador, necessária para a implementação
do “parlamentarismo às avessas”, estabilizou o regime.
d) o fortalecimento das elites locais nas províncias permitiu que
fossem aprovadas leis de caráter descentralizador.
e) as correntes federalistas, que haviam sido reprimidas no Período
Regencial, finalmente chegaram ao poder.
RESOLUÇÃO:
O exercício privativo do Poder Moderador fazia de Dom Pedro II o árbitro
supremo da política brasileira. Para evitar que liberais ou conservadores
se tornassem hegemônicos, o imperador alternava-os no governo, por meio
do “parlamentarismo às avessas”.
Resposta: A
6. (FGV) – “Terra do sonho é distante/e seu nome é Brasil/ plantarei
a minha vida/ debaixo de céu anil/ Minha Itália, Alemanha/ Minha
Espanha, Portugal/ talvez nunca mais eu veja/ minha terra natal.”
(Milton Nascimento. Sonho imigrante.)
Acerca do processo de imigração para o Brasil, registrado no século
XIX, é correto afirmar:
a) O Brasil tornou-se o destino preferencialdos imigrantes europeus
graças à possibilidade de se constituírem pequenos proprietários
rurais devido à promulgação da Lei de Terras em 1850.
b) Desde a proclamação da independência do Brasil, a imigração
europeia foi estimulada pelo governo central como uma maneira de
atender às pressões inglesas pelo fim da escravidão no país.
c) O fluxo imigratório só deslanchou no Brasil após as alterações nas
leis trabalhistas que garantiram condições de trabalho análogas
àquelas oferecidas no continente europeu.
d) A partir da década de 1870, com as iniciativas do governo de São
Paulo, intensificou-se o fluxo imigratório de europeus para a
província paulista destinados, sobretudo, à produção cafeeira.
e) A modernização das atividades agrícolas brasileiras iniciou-se a
partir do declínio da produção canavieira e com o desenvolvimento
do complexo cafeeiro na região do Recôncavo Baiano e do Sul da
Bahia.
RESOLUÇÃO:
A necessidade de mão de obra imigrante para a lavoura cafeeira do Oeste
Paulista, motivada tanto pela expansão dos cafezais como pelo declínio da
escravidão, tornou-se mais premente a partir de 1870. Para estimular a
vinda de trabalhadores europeus, o governo provincial uniu esforços com
os fazendeiros interessados, e também com as autoridades italianas que
controlavam o processo emigratório de seus cidadãos. Como exemplos
dessa ação conjunta, podemos citar a construção da Hospedaria do
Imigrante, no Brás (uma iniciativa do governo da província de São Paulo)
e a criação da Sociedade Promotora da Imigração, conveniada com as
autoridades do Império, ambas em 1886.
Resposta: D
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7. (MACKENZIE) – “Na década de 1870, as relações entre o
Estado e a Igreja se tornaram tensas. A união entre trono e altar,
prevista na Constituição de 1824, representava, em si mesma, fonte
potencial
de conflito.” 
(Boris Fausto)
Identifique a causa fundamental do conflito mencionado pelo texto
acima.
a) O Estado Imperial Brasileiro reconhecia a religião católica como
oficial, mas não interferia nas questões eclesiásticas.
b) Na década de 1870, o clero passou a exigir maior autonomia ao
Estado, reivindicando a supressão do beneplácito.
c) Em decorrência do beneplácito, a proibição do papa ao ingresso de
maçons nas irmandades desencadeou um atrito entre Estado e
Igreja.
d) Pelo fato de a Maçonaria não ter nenhuma expressão na política
interna do Império, a proibição papal não provocou repercussões.
e) O Estado laico foi implantado logo após o conflito com a Igreja,
para contornar a oposição do clero ao imperador.
RESOLUÇÃO:
A Questão Religiosa (1872-74) foi a primeira crise entre o Estado Imperial
Brasileiro e a Igreja. Sua origem foi a negação do beneplácito (autorização)
ao cumprimento, no Brasil, da proibição de que maçons frequentassem as
irmandades (ou confrarias). Quando os dois bispos que haviam obedecido
à determinação papal foram condenados à prisão, o episcopado brasileiro
solidarizou-se com eles, abrindo uma crise com o governo imperial.
Resposta: C
8. (UNICENTRO) – “Apareceu a 1.º do corrente [janeiro de 1888]
em Piracicaba o primeiro número de uma folha trisemanal intitula da
O Lavrador Paulista, e consagrada aos (...) interesses negreiros das
fazendas” [interesses dos grandes proprietários de escravos]
(Diário Popular (jornal de São Paulo), 03/01/1888.) 
“O órgão escravocrata que sob este título [O Lavrador Paulista]
apareceu em Piracicaba, deu três números e morreu. O povo não esteve
para sustentar folhas de semelhante jaez” [espécie/qualidade/laia]
(Diário Popular (jornal de São Paulo), 10/01/1888.) 
Considerando o contexto histórico em que as notícias acima foram
divulgadas, assinale a alternativa que apresente uma explicação
satisfatória para a falta de apoio popular ao O Lavrador Paulista.
a) No momento em que o jornal foi publicado, a população não tinha
aderido ao abolicionismo, portanto a principal causa de sua
extinção foi o desinteresse popular pelos destinos reservados aos
negros após a Lei Áurea, assinada naquele contexto.
b) Era consenso, naquele momento, que a abolição fosse uma questão
de tempo, por isso a população não deu atenção ao jornal que
defendia os interesses escravistas da burguesia cafeeira do Oeste
paulista e sua indenização, caso a Lei Áurea fosse assinada.
c) O interesse escravista, predominante naquele momento, tentou
influenciar as populações rurais de São Paulo a não aderirem ao
abolicionismo, daí a necessidade de fundação de um jornal naquele
sentido, apesar de sua extinção alguns dias depois.
d) O abolicionismo, predominante na sociedade brasileira da época,
contava com a adesão de diversos sujeitos sociais – camadas
médias urbanas, intelectuais, políticos, jornalistas dentre outros –
assim como a ação efetiva dos negros na luta pelo fim da
escravidão.
e) É preciso levar em consideração, na análise, a situação financeira
do município citado – Piracicaba – uma vez que, afastado dos
grandes centros produtores de café, não foi possível aos seus
cidadãos o financiamento do jornal citado.
RESOLUÇÃO:
A alternativa faz um apanhado dos grupos envolvidos na campanha
abolicionista que, naquele mesmo ano de 1888, culminaria com a assinatura
da Lei Áurea. Convém acrescentar que Piracicaba era uma importante
cidade do Oeste Paulista, ainda que do chamado “Oeste Velho” (já destacado
produtor agrícola no final do século XVIII); e, por esta razão, não contava
com tantos defensores do escravismo como existiam no Vale do Paraíba.
Resposta: D
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1. (FAMERP) – Observe a charge de Storni, publicada na revista
Careta em 19.02.1927.
(Renato Lemos (org.). Uma história do Brasil 
através da caricatura: 1840-2006, 2006.)
Divulgada durante a Primeira República brasileira, a charge faz
referência a uma
a) ação corrupta que permitia o desvio de verbas públicas.
b) prática política que facilitava a continuidade do domínio
oligárquico.
c) proposição constitucional que determinava a obrigatoriedade do
voto.
d) experiência política que favorecia a soberania do voto popular.
e) lei eleitoral que visava garantir a fidelidade do eleitor.
RESOLUÇÃO:
A questão faz referência a uma prática corrente ao longo da República das
Oligarquias (1894-1930): o “voto de cabresto”, no qual o eleitor, sofrendo
alguma forma de coerção ou sendo cooptado pelo clientelismo político,
votava de acordo com a vontade do “coronel” a quem estivesse
subordinado.
Resposta: B
2. (UEL) – É preciso compreender que a vacinação é um objeto de
difícil apreensão, constituindo-se, na realidade, em um fenômeno de
grande complexidade onde se associam e se entrechocam crenças e
concepções políticas, científicas e culturais as mais variadas. A
vacinação é também, pelas implicações socioculturais e morais que
envolve, a resultante de processos históricos nos quais são tecidas
múltiplas interações e onde concorrem representações antagônicas
sobre o direito coletivo e o direito individual, sobre as relações entre
Estado, sociedade, indivíduos, empresas e países, sobre o direito à
informação, sobre a ética e principalmente sobre a vida e a morte.
(A. Porto; C. F. Ponte. Vacinas e campanhas: 
imagens de uma história a ser contada. História, Ciências, Saúde.
Manguinhos, vol. 10, Suplemento 2, p. 725-742, 2003. Adaptado.)
Sobre a Revolta da Vacina, é correto afirmar que foi
a) um movimento cuja base social eram os trabalhadores imigrantes
pobres não reconhecidos pelo Estado brasileiro como portadores
de direitos sociais e, portanto, excluídos da campanha de vacinação
em massa proposta por Oswaldo Cruz.
b) uma mobilização popular que reivindicava ao governo Rodrigues
Alves políticas de saúde pública, em particular o combate a doenças
como febre amarela, peste bubônica e varíola.
c) deflagrada em razão dos altos custos financeiros dos medicamentose das vacinas contra a varíola e a febre amarela, então acessíveis
apenas às camadas sociais médias urbanas e às elites rurais.
d) uma reação das classes populares a um conjunto de medidas
sanitárias, entre as quais uma reforma urbana (eliminação de
cortiços, construção de ruas e avenidas largas), realizada com
truculência por funcionários do governo federal.
e) uma iniciativa dos intelectuais positivistas brasileiros para os quais
aquelas medidas de saúde pública, voltadas às camadas pobres da
população, deveriam ser obrigatórias.
No Brasil, a vacina esteve no
centro de um grande embate
social no início do século XX,
denominado “Revolta da
Vacina”, ilustrado na charge
ao lado.
33 Da Proclamação à Era Vargas
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RESOLUÇÃO:
A alternativa “d” é a correta, pois desde o início de 1904 havia proposta do
governo federal, no Rio de Janeiro, de tornar a vacinação obrigatória, como
forma de combater as diversas epidemias então existentes no Estado, tais
como varíola, febre amarela, peste bubônica. Com a aprovação da Lei, em
outubro de 1904, proliferaram as manifestações de caráter popular contra
as medidas sanitárias do governo e seu caráter autoritário, que eram
acompanhadas de uma reforma urbana conduzida por Pereira Passos.
Resposta: D
3. (UNICAMP–Adaptado) – “O Rio civiliza-se! Eis a exclamação
que irrompe de todos os peitos cariocas. Temos a Avenida Central, a
Avenida Beira Mar (nossos Campos Elísios), estátuas em toda parte,
cafés e confeitarias, um assassinato por dia, um escândalo por semana,
cartomantes, médiuns, automóveis, autobus, autores dramáticos,
grandmonde, demi-monde, enfim todos os apetrechos das grandes
capitais.”
(“O Chat Noir”, em Fon-Fon!. N.° 41, 1907. Extraído de
www.objdigital.bn.br/acervo_digital/div_periodicos/fonfon/fonfon1907.)
A partir do excerto, que se refere ao período da Belle Époque no Brasil,
no início do século XX, é correto afirmar que
a) o Rio de Janeiro procurava apagar aspectos da época do Império e
impulsionar a cultura francesa, renegada por D. Pedro II.
b) a cidade expressava as contradições de um processo de transfor -
mações urbanas, sociais e políticas nas primeiras décadas da
República.
c) os costumes franceses eram elementos incorporados pela socie dade
carioca como sinônimo da modernização republicana obtida pelo
tenentismo.
d) a modernização representou um processo de exclusão cultural
patro ci nado pelo governo da França, que impunha os produtos
franceses aos brasileiros.
e) a capital federal, nas primeiras décadas do século XX, sofreu um
processo de cosmopolitização que destruiu suas verdadeiras raízes
culturais.
RESOLUÇÃO:
A questão aborda a persistência de conceitos ligados às transformações
políticas criadas pelo regime republicano brasileiro, instaurado em 1889, ou
seja, a ideia de que a República significaria o advento de uma época de
progresso e de modernidade. Na impossibilidade de estender esse processo
a todo o País, o esforço dos dirigentes republicanos concentrou-se na capital
federal, que deveria espelhar-se nas metrópoles europeias. O projeto de
embelezamento do Rio ganhou impulso com o “Quadriênio Progressista
de Rodrigues Alves” (1902-06), que saneou e reurbanizou a cidade. Deve-
se porém observar que esse progresso, responsável pela formação de uma
sociedade elitista e afrancesada, apresentou uma contrapartida social
excludente, manifestada desde a Revolta da Vacina, de 1904: a
marginalização das camadas populares e seu deslocamento para áreas com
menor visibilidade, como os morros e subúrbios.
Resposta: B
4. (MACKENZIE) – A Grande Depressão iniciada nos Estados
Unidos, em 1929 , teve consequências de caráter mundial e modificou
economias, adaptando-as às novas condições de exceção. Seus
reflexos, no Brasil, foram diversos, englobando as esferas econômicas,
sociais e políticas e, manifestou-se, entre outros aspectos
a) pela tranquilidade com que a oligarquia cafeeira nacional enfrentou
a quebra da Bolsa de Nova York, pois controlavam o governo da
República e tinham mecanismos suficientes para defender o café
perante a crise internacional.
b) pelo rompimento do acordo “café-com-leite”, entre o PRP e o PRM,
pois Minas Gerais enxergava a possibilidade de, perante a crise
econômica, superar São Paulo na liderança das exportações
nacionais.
c) pela queda na exportação de café para os Estados Unidos, nosso
maior consumidor, o que acarretou prejuízos exclusivamente para
os grandes cafeicultores nacionais.
d) pelo enfraquecimento econômico da oligarquia cafeeira, o que
contribuiu para desestruturar as bases políticas que sustentavam a
Primeira República, permitindo a vitória do movimento de 1930.
e) pela vitória do movimento tenentista, que agregando todas as
aspirações da sociedade brasileira, apresentou-se como o único
setor social capaz de superar a crise econômica e reerguer o país.
RESOLUÇÃO:
A Grande Depressão, no Brasil, atingiu duramente um setor da economia
que já se encontrava em crise de superprodução: a cafeicultura. Em
consequência, enfraqueceu politicamente a oligarquia paulista – principal
controladora daquela atividade e que não teve forças para contra-arrestar
a Revolução de 30. Esta última pôs fim à República Oligárquica e abriu ao
País novas perspectivas políticas, econômicas e sociais propiciadas pela era
Vargas. 
Resposta: D
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5. Durante a fase do Governo Provisório (1930-34), Vargas legalizou
os sindicatos, mas conseguiu manter o controle sobre eles. Uma das
medidas varguistas para viabilizar esse poder foi
a) o controle do governo federal sobre a escolha dos dirigentes
sindicais.
b) a intervenção permanente de autoridades policiais e judiciárias nos
sindicatos.
c) a subordinação dos sindicatos ao Ministério do Trabalho, Indústria
e Comércio.
d) a elaboração da CLT, que regulamentava as relações entre
empregados e patrões.
e) a nomeação de líderes sindicais para altos postos da administração
federal.
RESOLUÇÃO:
Os sindicatos somente seriam legalizados depois de registrados no
Ministério do Trabalho, o qual possuía o poder de intervir nas organizações
de trabalhadores.
Obs.: Outro recurso varguista para controlar os sindicatos foi a prática do
“peleguismo”.
Resposta: C
6. (FUVEST-Adaptado) – Com respeito à Ação Integralista no
Brasil, na década de 1930, é correto afirmar que
a) foi uma cópia fiel do fascismo italiano, inclusive nas cores
escolhidas para o uniforme usado nas manifestações públicas.
b) foi um movimento sem expressão política, pois não tinha líderes
intelectuais, nem adesão popular.
c) tinha como principais marcas o nacionalismo, o anticomunismo e
a supremacia do Estado.
d) elegeu católicos, comunistas e positivistas como antagonistas mais
significativos.
e) foi um movimento financiado pelo governo getulista, o que explica
sua sobrevivência.
RESOLUÇÃO:
No contexto da polarização ideológica ocorrida na Europa a partir da
década de 1920, surgiu no Brasil, em 1932, a Ação Integralista Brasileira.
Fundada pelo escritor Plínio Salgado, a AIB baseava-se no modelo
proporcionado pelo fascismo. Assim, as ideias anticomunistas e de Estado
totalitário, bem como o nacionalismo extremado, constituíam elementos
fundamentais do integralismo. Entretanto, como ocorreu com as diversas
variantes do fascismo na Europa, também o fascismo brasileiro apresentou
peculiari dades, como demonstra a escolha do lema “Deus, Pátria e
Família”. Observe-se ainda que os integralistas adotavam o verde como
cor emblemática, enquanto a Itália fascista usava a cor negra e a Alemanha
Nazista, a marrom.
Resposta: C
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7. (MACKENZIE) – Em 10 de novembro de 1937, Getúlio Vargas,
por meio de um pronunciamento em rede nacional de rádio, lançou um
manifesto à nação,no qual dizia que era necessário “reajustar o
organismo político às necessidades econômicas do País”. Era o início
do Estado Novo, regime político que iria vigorar, até 1945, no Brasil.
Considere as afirmativas abaixo.
I. A adoção de uma política de intervencionismo estatal, refutando
alguns princípios liberais, anteriormente aplicados na economia,
como livre mercado, possibilitaram que o Estado pudesse atuar para
impulsionar o setor da indústria de base, com a criação da
Companhia Siderúrgica Nacional, de Volta Redonda.
II. No setor petrolífero, as realizações do novo regime foram de suma
importância, pois com a criação da Petrobrás, ficou garantido o
monopólio estatal na extração de petróleo e reservas minerais,
elementos importantes no processo de industrialização.
III.A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) foi criada por Vargas,
após um acordo diplomático, entre os governos brasileiro e
estadunidense, que previa a construção de uma usina siderúrgica
capaz de fornecer aço para os aliados, durante a Segunda Guerra
Mundial e, na paz, ajudasse no desenvolvimento do Brasil.
Assinale
a) se somente a I estiver correta.
b) se somente a II estiver correta.
c) se somente a III estiver correta.
d) se somente a I e a III estiverem corretas.
e) se somente a II e a III estiverem corretas.
RESOLUÇÃO:
A proposição II é incorreta porque a política petrolífera do Estado Novo
limitou-se à criação do Conselho Nacional do Petróleo em 1938, que não
avançou no campo da exploração mineral. Quanto à Petrobras, que teria
o monopólio sobre a prospecção e a exploração do petróleo no País, sua
criação pelo próprio Vargas somente se deu em 1953 – portanto, fora do
Estado Novo.
Resposta: D
8. (PUC-SP) – “1930: Vamos deixar como está para ver como fica.
1945: Vamos deixar como está para ver como eu fico.”
(Máximas e Mínimas do Barão de Itararé. 
Rio de Janeiro: Record, 1987. p. 67.)
As frases, atribuídas pelo humorista Aparício Torelly (pseudônimo:
Barão de Itararé) a Getúlio Vargas, são, evidentemente, uma brinca -
deira com o presidente da República e com a situação em 1930 e 1945.
As alusões à posição de Vargas nos dois momentos históricos referem-
se, respectivamente, à
a) ausência de uma proposta de reformulação constitucional e à tentativa
de manter-se na Presidência em um contexto de redemocratizações.
b) aliança com a “Política do Café com Leite” e à candidatura de
Vargas à Presidência por meio do sufrágio universal direto.
c) manutenção do modelo econômico de base agroexportadora e à
política industrialista voltada para a busca da autossuficiência.
d) reiteração da proposta federalista da Primeira República e à defesa
de um Estado centralizado na pessoa do presidente da República.
e) dependência econômica em relação às grandes potências capita -
listas e à tentativa de consolidar um Estado Nacional autônomo.
RESOLUÇÃO:
Recém-empossado na chefia do Estado em 1930, Vargas suspendeu a
Constituição de 1891 e procurou retardar ao máximo a promulgação de uma
nova Carta Magna, pois assim gozaria de poderes ditatoriais. Já em 1945,
com o Estado Novo em crise, Vargas tentou permanecer no poder por meio do
“movimento queremista”; acabou, no entanto, sendo derrubado por um golpe
militar que levou o País a concluir o processo de redemocratização.
Resposta: A
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1. (UEL-Adaptado) – O processo de redemocratização, instaurado
no Brasil, em 1946, ocorreu de forma limitada durante o governo de
Eurico Gaspar Dutra, em razão da sua posição política, uma vez que o
presidente
a) alinhou-se à União Soviética, o que provocou pressões políticas e
econômicas dos Estados Unidos. 
b) cassou os mandatos dos representantes do Partido Trabalhista
Brasileiro, por ser um partido de oposição ao seu governo.
c) perseguiu os integralistas e tornou ilegal a Ação Integralista
Brasileira, prendendo, inclusive, o seu líder Plínio Salgado.
d) desenvolveu uma política econômica planificada, que provocou
insatisfação das multinacionais instaladas no país.
e) colocou o Partido Comunista do Brasil na ilegalidade, rompendo
inclusive relações diplomáticas com a URSS.
RESOLUÇÃO:
Desde o início da Guerra Fria, o Brasil alinhou-se aos Estados Unidos
contra o comunismo defendido pela União Soviética. Essa posição acabou
tendo como reflexos o fechamento do Partido Comunista do Brasil e o
rompimento de relações diplomáticas com a URSS.
Resposta: E
2. (UNESP) – A respeito do período da história política do Brasil
que se estendeu de 1951 a 1954, quando Getúlio Vargas exerceu a
presidência da República, pode-se afirmar que
a) a inflação atingiu índices mínimos, o que garantiu o apoio dos
empresários e da classe média ao governo, assim como o fim das
greves.
b) o grande partido político, a União Democrática Nacional (UDN),
sustentou a política de desenvolvimento econômico implementada
pelo governo.
c) o governo aboliu a legislação trabalhista criada e aplicada pela
ditadura varguista durante o Estado Novo.
d) o Alto Comando das Forças Armadas, em particular da Força Aérea,
manteve-se neutro face às disputas que levaram ao suicídio de
Vargas.
e) foi aprovado no Congresso o projeto de criação da Petrobras,
empresa estatal, embora fosse permitida a algumas empresas
estrangeiras a distribuição dos derivados do petróleo.
RESOLUÇÃO:
A criação da Petrobras foi a mais importante realização de Vargas em seu
segundo governo, seguindo o nacionalismo econômico que sempre o
caracterizou. A essa empresa de economia mista (sob o controle acionário
do Estado Brasileiro) caberia o monopólio da prospecção e refinação do
petróleo encontrado no País. A distribuição seria compartilhada com
algumas outras empresas e as refinarias já em funcionamento continua -
riam a existir.
Resposta: E
44 Do Populismo à Ditadura
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3. (FAMERP) – O Plano de Metas foi uma experiência sistemática
de planejamento implementada pelo governo Juscelino Kubitschek
(1956-1961). O Plano favoreceu a instalação de empresas estrangeiras
especializadas na montagem de automóveis no Brasil, fato que
a) mudou a estrutura econômica do país, devido à destruição do antigo
parque automobilístico brasileiro.
b) enfraqueceu a capacidade do Estado brasileiro em garantir os
direitos dos trabalhadores urbanos.
c) promoveu uma expansão da economia industrial com o surgimento
de fábricas de autopeças.
d) concentrou a produção em um setor econômico em prejuízo das
indústrias de produtos eletrônicos e de outros bens de consumo
duráveis.
e) permitiu a exploração de todas as etapas da produção dos veículos
pelos empresários estrangeiros.
RESOLUÇÃO:
A questão destaca um aspecto do plano de governo de Juscelino
Kubitschek, constituído por 31 metas: o desenvolvimento da indústria
automobilística no Brasil. Juntamente com a abertura de rodovias, os
projetos de hidrelétricas e a construção de Brasília, a implantação do
parque automobilístico brasileiro foi um dos pontos altos do projeto
desenvolvimentista de JK, sintetizado no célebre slogan de “Cinquenta
anos de progresso em cinco de governo”.
Resposta: C
4. (MACKENZIE) – “Juiz de Fora, Minas Gerais, 31 de março de
1964. Um general [...] põe na rua equipamentos e tropas do Exército
sob seu comando. Destino: Rio de Janeiro. Objetivo: derrubar o
governo. O golpe está desencadeado. [...]”
(R. C. Couto. História Indiscreta da Ditadura e da Abertura:
Brasil 1964-1985. 3. ed. Rio de Janeiro: Record, 1999, p. 24.)
Nas lembranças dos cinquenta anos do golpe civil-militar que instaurou
um regime autoritário no Brasil entre 1964 e 1985, deve-se levar em
consideração
a) a “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”, que reuniu
milhares de pessoas em São Paulo e no Rio de Janeiro a favor do
governo Goulart e, por isso, fortemente reprimida pelas forças
armadas.
b) a participação decisiva dos EstadosUnidos, com receio dos
vultosos empréstimos realizados pela União Soviética ao governo
brasileiro em troca da construção de uma base militar soviética no
Brasil.
c) forte instabilidade política na ocasião; o temor estadunidense e de
empresários brasileiros, considerando o país vulnerável ao
comunismo soviético; as fortes oposições internas ao governo
Goulart.
d) o apoio estudantil a João Goulart, com passeatas e organização
armada da luta contra os militares, fazendo o golpe – a princípio
agendado para 1965 – ser antecipado para evitar maiores agitações
no país.
e) o número de ações de membros do governo Goulart, que não
impediram o golpe militar e se colocaram prontamente a favor na
intervenção, por considerarem o presidente incapaz, como foi o
caso de Leonel Brizola.
RESOLUÇÃO:
A questão aborda os principais fatores para o desencadeamento do golpe
civil-militar que instaurou no País um regime autoritário, o qual se
estenderia de 1964 a 1985. Como ocorreu com outros governos populistas
latino-americanos da época, a presidência de João Goulart passava por um
processo de crescente esquerdização, sintetizada em sua proposta de
“reformas de base”. O receio de que esse processo desembocasse na
“cubanização” (mais do que a vulnerabilidade à implantação de um
“comunismo soviético”) inquietava os setores conservadores nacionais:
grupos socioeconômicos dominantes, classe média, a hierarquia da Igreja
Católica e a cúpula das Forças Armadas. Contando com um eventual
respaldo dos Estados Unidos, esses segmentos desencadearam o movimento
armado de 1964 – o primeiro de uma série que desmontaria os governos
populistas do Cone Sul.
Resposta: C
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5. (UEA) – “Para o jornalista Zuenir Ventura, o ano de 1968, no
Brasil, ‘começou com um réveillon e terminou com algo parecido a
uma ressaca – ressaca de uma geração e de uma época’. De fato, no
decorrer daqueles doze meses, houve muita esperança, agitação
cultural, efervescência estudantil, enormes manifestações de massa,
greves, pronunciamentos oposicionistas, articulações de esquerda e
ações armadas de guerrilha urbana.”
(Edgard Luiz de Barros. Os governos militares. Texto adaptado.)
Na história do Brasil, a ressaca à qual Zuenir Ventura se refere tem
relação com a
a) promulgação do Ato Institucional n-º 5 – AI-5 –, que permitia ao
presidente da República, entre outros direitos, decretar o recesso
do Congresso Nacional, assim como cassar os direitos políticos de
qualquer cidadão.
b) escolha do general João Figueiredo para suceder, na presidência da
República, o marechal Artur Costa e Silva, fato que atrasou a
abertura política, que fora prometida para começar em 1972, em
mais de uma década.
c) decretação de uma legislação que anistiava os crimes cometidos
pelas forças de repressão política, ao mesmo tempo que extinguia
todos os partidos políticos e criava o bipartidarismo, com a Arena
e o MDB.
d) imposição da Lei de Segurança Nacional, que era uma atribuição
exclusiva das casas legislativas e que atingiu todos os setores da
sociedade brasileira, em especial os magistrados e os professores
das universidades públicas.
e) outorga de uma nova Constituição, imposta pelo presidente da
República, que cancelava as eleições diretas para os governos
estaduais prometidas para 1970 e impunha, pela primeira vez, o
voto obrigatório.
RESOLUÇÃO:
Em 1968, sob a inspiração das violentas agitações estudantis que eclodiram
na Europa e em particular na França, registraram-se graves tumultos de
rua em várias capitais do País, que colocaram em risco o Movimento
Revolucionário de 1964. A conduta contrária dos líderes políticos da
oposição diante das medidas propostas pelo Executivo para conter a
evolução da crise interna fez com que o governo reforçasse o Poder
Executivo, através do AI-5.
Resposta: A
6. (UEL)
(J. R. Aguilar. FutebolI. Spray s/tela. 114 x 146 cm. 1966.)
A obra de Aguilar foi produzida no contexto da ditadura militar, que se
iniciou com o golpe de 1964 e recrudesceu a partir do Ato Institucional
nº 5 em 1968. A ditadura militar fez uso político da conquista do
tricampeonato mundial de futebol em 1970.
Quais das ações a seguir caracterizam esse período da história
brasileira?
a) O ingresso do Brasil na ONU e a participação de militares
brasileiros nas forças de paz do Oriente Médio.
b) As eleições diretas e as concessões sociais para atingir a igualdade
de classes.
c) A privatização das empresas estatais e a inserção do Brasil no
Comitê de Segurança da ONU.
d) O milagre econômico e o fechamento político por intermédio da
doutrina de segurança nacional.
e) A aquisição de equipamentos nucleares dos EUA e o distancia -
mento da tecnologia nuclear alemã.
RESOLUÇÃO:
A historiografia reconhece que o Golpe de 1964, assim como seu dispositivo
editado 04 anos depois, bem como a conquista do tricampeonato mundial de
futebol, correspondem ao “fechamento político” e ao “milagre econômico”.
Resposta: D
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7. (UNICAMP) – “A crise levaria o último governo da ditadura,
chefiado pelo general João Figueiredo (1979-85), a tomar medidas
drásticas. O objetivo inicial era deter a depreciação da moeda nacional,
incentivar as exportações e fazer frente ao aumento do déficit em conta-
corrente. Assim, a moeda foi desvalorizada em 30% no final de 1979.
A medida acentuou a desaceleração econômica, o descontrole
inflacionário e o desarranjo nas contas públicas. Em 1980, a inflação
batia a simbólica marca de 100% ao ano e em 1981 o país entrava em
uma recessão.”
(Gilberto Marangoni, “Anos 1980, década perdida ou
ganha?”. Revista Desafios do Desenvolvimento.
São Paulo, Ano 9, Edição 72, 2012. Adaptado.)
A partir do texto acima e de seus conhecimentos sobre a Nova
República no Brasil, assinale a alternativa correta.
a) A concentração de renda gerada pelo milagre econômico, as bolhas
especulativas no mercado financeiro brasileiro, as flutuações no
preço do petróleo e a alta internacional dos juros ao longo da década
de 1970 foram elementos decisivos para a superação da crise
econômica dos anos de 1980.
b) No Brasil dos anos de 1980, a desaceleração econômica, o
descontrole inflacionário e o desarranjo nas contas públicas foram
acompanhados pelo silenciamento dos movimentos pelas “Diretas
Já” e dos direitos civis, sendo essa década conhecida como a
“década perdida”.
c) A crise econômica que se instalou no Brasil a partir de meados dos
anos de 1970 gerou pressão sobre o governo militar do General
Figueiredo, que, em resposta, aprovou a Lei da Anistia e a Lei
Orgânica dos Partidos, incentivou o movimento grevista e garantiu
a realização de eleições de forma lenta, gradual e segura.
d) A chamada década perdida no Brasil foi marcada por grave crise
econômica, pela transição para o regime democrático, pela gradual
normalização das instituições políticas próprias da democracia, pelo
fortalecimento dos movimentos sociais e civis e pela efervescência
cultural.
RESOLUÇÃO:
Deu-se o nome de “década perdida” ao decênio iniciado em 1980, cobrindo
os governos presidenciais de João Figueiredo e José Sarney. A denominação
destaca a crise econômico-financeira e a hiperinflação que afligiram o País,
levando ao descontrole das contas públicas e ao enfraquecimento do regime
autoritário vigente desde 1964. Esse quadro levou a uma progressiva
abertura política, com a eclosão de movimentos da sociedade civil (“Diretas
Já”) e de cunho social (reorganização do movimento sindical e das
reivindicações de reforma no campo). Houve também uma importante
inovação na produção cultural, com críticas a problemas políticos e sociais
do momento. Pressionado por essas circunstâncias, o governo militar cedeu
e o País pôde passar por uma transição política cujo desfecho seria o
restabelecimento da democracia: Lei da Anistia (1979), volta dopluripartidarismo (1979), eleições diretas para governador (1982), nova
Constituição (1988) e primeira eleição presidencial direta em quase três
décadas (1989).
Resposta: D
8. (UDESC) – “(...) longe de ser o resultado necessário de uma
evolução moral da humanidade, a democracia é algo incerto e
improvável e nunca deve ser tida como garantida. É sempre uma
conquista frágil que precisa ser defendida e aprofundada. Não existe
nenhum limiar de democracia que, uma vez alcançado, possa garantir
a continuidade da sua existência.”
(Chantal Mouffe. O regresso do político, 1996.)
Sobre a experiência democrática, no Brasil, assinale a alternativa
correta.
a) A instauração da democracia, no Brasil, ocorreu com a procla -
mação da República, em 1889, uma vez que toda república é,
essencialmente, democrática.
b) O primeiro período democrático brasileiro foi experienciado entre
1930 e 1969.
c) As eleições diretas e o sufrágio universal são características da
experiência democrática contemporânea brasileira, iniciada como
processo de redemocratização, ocorrido durante a década de1980.
d) Contrariamente ao que postula a citação, uma vez instaurada a
democracia no Brasil, em 1945, esta foi sempre mantida por
todos os governos que se sucederam desde então.
e) A redemocratização do Brasil foi um processo iniciado e
consolidado, exclusivamente, por meio da vontade e da ação
popular.
RESOLUÇÃO:
A Constituição de 1988 estabeleceu as eleições diretas e garantiu o direito de
voto aos analfabetos, instituindo o sufrágio universal no Brasil. Por causa
disso, essa Carta Magna ficou conhecida como “Constituição Cidadã”.
Resposta: C
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1. (UEFS) – Leia o trecho de Odisseia, poema grego composto no
final do século VIII a.C.
“Tenho uma serva velha, muito compreensiva,
que amamentou e criou o meu pobre marido,
recebendo-o nos braços no dia em que a mãe o deu à luz.
[...]
Anda lá, ó sensata Euricleia, levanta-te agora:
lava os pés de quem tem a idade do teu amo.”
(Homero. Odisseia, 2011.)
O trecho apresenta as palavras da rainha Penélope no momento da
chegada de Ulisses ao palácio da ilha de Ítaca.
Considerando o conteúdo do trecho e a organização social na Grécia
Antiga, pode-se sustentar a 
a) predominância do poder político feminino nas cidades monárquicas. 
b) existência de relações escravistas no interior das famílias nobres. 
c) natureza pacífica das relações entre gregos e bárbaros. 
d) tendência à libertação dos escravos depois da Guerra de Troia. 
e) resistência passiva dos trabalhadores estrangeiros nos palácios dos
reis. 
RESOLUÇÃO:
A sociedade grega antiga era dividida em, basicamente, três segmentos:
cidadãos (eupátridas), metecos e escravos. Esses últimos, geralmente
obtidos como resultado de guerras, faziam trabalhos diversificados
(agricultura, construções, comércios e domésticos). A “serva”, citada no
texto, era uma escrava de uma família rica. 
Resposta: B
2. (UEPA) – Apesar das semelhanças quanto à língua e à religião
entre os gregos das diversas pólis, a Grécia do Período Clássico em
diante era um mosaico de cidades autônomas em termos políticos e
econômicos. A criação das cidades-Estado seguiu por caminhos
diferentes em função da relação entre populações autóctones e povos
estrangeiros. Particularmente, a história da fundação de Atenas e de
Esparta teve clara relação com sua organização sociopolítica, pois 
a) ocorreu em Atenas a partilha de poder administrativo entre jônios
e demais estrangeiros, enquanto em Esparta se deu a dominação
política dos dórios. 
b) o domínio jônico submeteu os povos autóctones na formação de
Atenas, enquanto os dórios partilharam o governo de Esparta com
os nativos lacedemônios.
c) Atenas tornou-se centro cosmopolita do mundo antigo, dada a
proeminência social dos estrangeiros, enquanto a elite dórica
manteve-se predominante no governo de Esparta. 
d) a formação de Atenas esteve vinculada ao trabalho agrícola das
populações camponesas, enquanto os guerreiros dóricos de Esparta
constituíram uma sociedade militarizada. 
e) Atenas formou-se com a reunião de jônios e populações locais pré-
helênicas, enquanto Esparta resultou da invasão dórica, marcada
pela submissão dos habitantes autóctones. 
RESOLUÇÃO:
Somente a proposição [E] está correta. A questão remete às diferenças entre
Atenas e Esparta em sua gênese, formação e desenvolvimento sociopolítico.
Atenas, localizada na região da Ática, foi fundada pelos jônios, e Esparta,
localizada na Península do Peloponeso, foi fundada pelos dórios. Daí as
diferenças entre estas duas importantes pólis. Atenas foi aberta, educadora,
democrática e voltada para a filosofia, enquanto Esparta foi guerreira,
militarista e aristocrática. 
Resposta: E
55 Antiguidade Clássica
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3. (UNESP–2019)
– São uma formosura os governantes que tu modelaste, como se
fosses um estatuário, ó Sócrates! [...]
– Ora pois! Concordais que não são inteiramente utopias o que
estivemos a dizer sobre a cidade e a constituição; que, embora
difíceis, eram de algum modo possíveis, mas não de outra maneira
que não seja a que dissemos, quando os governantes, um ou vários,
forem filósofos verdadeiros, que desprezem as honrarias atuais, por
as considerarem impróprias de um homem livre e destituídas de valor,
mas, por outro lado, que atribuem a máxima importância à retidão e
às honrarias que dela derivam, e consideram o mais alto e o mais
necessário dos bens a justiça, à qual servirão e farão prosperar,
organizando assim a sua cidade?
(Platão. A República, 1987.)
O texto, concluído na primeira metade do século IV a.C., caracteriza
a) a predominância das atividades econômicas rurais sobre as urbanas
e enfatiza o primado da racionalidade.
b) a organização da pólis e sustenta a existência de um governo
baseado na justiça e na sabedoria.
c) o caráter aristocrático da pólis durante o período das tiranias em
Atenas e defende o princípio da igualdade social.
d) a estruturação social da pólis e destaca a importância da
democracia, consolidada durante o período de Clístenes.
e) a importância da ação de legisladores, como Drácon e Sólon em
Atenas, e apoia a consolidação da militarização espartana.
RESOLUÇÃO:
O grande filósofo grego Platão foi um crítico da democracia e defensor da
“Sofocracia”, o governo dos sábios, dos reis filósofos vinculados ao “Mundo
das Ideias.
Resposta: B
4. “A ignorância atribuía a doença como uma punição de deuses
caprichosos, a elementos malignos ou a uma confluência negativa dos
astros. Segundo o general e historiador Tucídides, em sua História da
Guerra do Peloponeso, a doença provocou a morte de um terço de
suas tropas e um maior número de cidadãos. Como se calcula que a
população da cidade à época era de 500 mil pessoas, aproximadamente,
o custo humano atingiu algo em torno de 150 mil vítimas. Inclusive o
grande líder Péricles, que sucumbiu à doença, em 429 a.C.”
A Peste de Atenas, hoje conhecida como febre tifoide, atingiu Atenas
em 430 a.C. Sobre ela, podemos afirmar:
a) Atingiu a cidade de Esparta e provocou a derrota dela na chamada
Guerra do Peloponeso (431-404 a.C.) e demonstra o grande
conhecimento científico sobre a origem das doenças.
b) Devastou toda a Grécia e demonstrou um enorme atraso intelectual
sobre as origens das conformidades de saúde, na chamada Guerra
do Peloponeso (431-404 a.C.).
c) Atingiu Atenas durante a Guerra do Peloponeso (431-404 a.C.)
provocando uma enorme mortalidade, agravada pelos péssimos
hábitos de higiene e desconhecimento das origens das doenças.
d) Atacou Atenas que, sabedora da origem da peste, a usou como arma
biológica contra as forças persas que sitiavam a cidade. Isso se deu
devido ao racionalismo helênico,
e) A enorme ignorância sobre as causas da doençaprejudicou a defesa
de Atenas contra os ataques dos macedônios de Felipe II, que
acabaram por conquistar a cidade.
RESOLUÇÃO:
Originária da Etiópia e trazida por navios de mercadores, a doença logo se
espalhou. A febre tifoide é causada pala bactéria Salmonella typhi, que se
desenvolve nos intestinos e no sangue. A bactéria é geralmente transmitida
pelo consumo de alimentos ou água contaminados com as fezes de uma
pessoa infectada. A causa de tal peste foi descoberta por médicos e cientistas
infectologistas da Universidade de Atenas, em 2006, que identificaram o
mal como sendo o tifo, analisando restos humanos em uma cova coletiva.
A epidemia atingiu a cidade durante o cerco espartano na Guerra do
Peloponeso (431-404 a.C.).
Resposta: C
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5. (MACKENZIEN-2019) – No processo histórico da Roma
Antiga, a República, como regime político foi substituída pelo Império.
Sobre a ordem imperial, é correto afirmar que a
a) concentração dos poderes na figura do imperador tranquilizava a
classe dos patrícios e senadores que concordavam com esse tipo de
regime; de acordo com eles, tal regime seria o único capaz de
sufocar a anarquia e as rebeliões de escravos.
b) criação do império, obra elaborada pelo Primeiro e Segundo
Triunvirato, expressou o triunfo da vontade dos generais, para os
quais o regime imperial seria o tipo de governo ideal, para controlar
a crise social do final da República.
c) base do império foi sustentada pelo poder dos camponeses romanos,
nos campos, e pela plebe nos centros urbanos, principais
interessados na existência de uma ordem que lhes assegurasse o
domínio da terra e a permanência da prática do pão e circo.
d) vitória da participação popular no cerne da vida política marcou,
profundamente, o novo regime político, diferente do que ocorreu
tanto no período monárquico, quanto no período republicano.
e) crise econômica pelo qual Roma passava nos últimos anos da
República, decorrente das inúmeras derrotas militares enfrentadas
pelos romanos e os gastos despendidos para consolidar a conquista
do Mediter râneo, levaram o povo a apoiar o novo regime.
RESOLUÇÃO:
O Império foi proclamado após a ocorrência de dois Triunviratos, oriundos
da ação de generais romanos que consideravam que o Exército, responsável
direto pela expansão territorial, deveria ser o centro de poder em Roma.
Além disso, tais generais consideravam que, por conta do poder do
Exército, os problemas sociais existentes em Roma seriam sanados. O
general Otávio, vitorioso após o Segundo Triunvirato, foi o responsável
pela mudança na forma de governo em Roma.
Resposta: B
6. (UFJF-PISM-1) – Esse é um fragmento de uma obra produzida
no século I a.C.
“Os romanos apossavam-se de escravos por procedimentos
extremamente legítimos: ou compravam do Estado aqueles que fossem
vendidos “debaixo de lança” como parte do butim; ou um general
poderia permitir àqueles que fizessem prisioneiros de guerra conservá-
los, juntamente com o resto do produto do saque”.
(Dionísio de Halicarnasso. “História Antiga dos Romanos”, IV, 24. - 
Citado em CARDOSO, C. Trabalho compulsório na Antiguidade. 
Rio de Janeiro: Graal, 2003. p. 141.)
Em relação à escravidão na Roma antiga, assinale a alternativa correta:
a) Os escravos possuíam entre si uma forte identidade étnica e cultural,
pois apresentavam uma origem territorial africana única. 
b) O número de escravos diminuiu fortemente com o processo
expansionista, pois havia a prática de libertá-los em massa para que
se tornassem soldados.
c) A utilização da mão de obra escrava dos derrotados de guerra foi
ampliada com o término da prática de escravizar indivíduos livres
por dívidas.
d) Revoltas de escravos durante a crise republicana, como a liderada
por Espártaco, caracterizaram-se por serem movimentos urbanos
limitados à cidade de Roma. 
e) A escravidão foi abolida em definitivo pelo Édito Máximo do
imperador Otávio Augusto no contexto em que o cristianismo
tornou-se a religião oficial.
RESOLUÇÃO:
A partir da expansão territorial empreendida por Roma durante a
República, a prática do escravismo de guerra substituiu a prática da
escravidão por dívida e assumiu o papel de base da economia romana.
Resposta: C
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7. (UFPR-2020) – “Para assegurar a ordem entre os conquistados,
os romanos tinham de manter postos avançados e acampamentos
militares espalhados pelo território imperial. Era preciso alimentar e
armar os soldados onde estivessem.”
(FUNARI, Pedro P. A. Grécia e Roma. 
São Paulo: Editora Contexto, 2001, p. 91.)
Sobre o exército romano, no período imperial, é correto afirmar:
a) Foi decisivo nas conquistas territoriais durante o período republi -
cano, perdendo seu prestígio durante o período imperial. 
b) Permaneceu distante das atividades de manutenção das fronteiras
dos territórios. 
c) Deixou de exercer sua influência no governo após as reformas de
Augusto. 
d) Desempenhou diferentes papéis administrativos e econômicos na
manutenção do poder imperial. 
e) Era limitado em tamanho, o que se refletiu num papel político
secundário. 
RESOLUÇÃO:
O povo romano na Antiguidade era caracterizado pelo seu aspecto
militarista, belicoso, expansionista e prático. Desta forma, o exército
romano teve um papel fundamental tanto no contexto da República quanto
do Império, exercendo as mais diversas funções sociais: defesa do território,
administração, manutenção do poder imperial etc.
Resposta: D
8. (UEL-2018) – Durante o século II, o Império Romano atingiu sua
máxima extensão territorial, dominando quase toda a atual Europa, o
norte da África e partes do Oriente Médio. No final do século IV,
porém, essa unidade começaria a ser desfeita com a divisão do império
em duas porções: a ocidental, com a capital em Roma, e a oriental, com
a capital em Bizâncio. Nos séculos IV e V, a fragmentação territorial
se aprofundou ainda mais e o Império Romano do Ocidente acabou
desaparecendo para dar lugar a diversos reinos germânicos.
Quanto à desagregação e à queda do Império Romano do Ocidente,
assinale a alternativa correta.
a) O êxodo rural causado pelos ataques dos povos germânicos resultou
num crescimento desordenado das cidades, criando instabilidade e
desordem política nos centros urbanos e forçando a abdicação do
último imperador romano.   
b) O paganismo introduzido no Império Romano pelas tribos
germânicas enfraqueceu o cristianismo e causou a divisão entre
cristãos católicos e ortodoxos, encerrando o apoio da Igreja ao
imperador e consequentemente fazendo ruir o império.   
c) A língua oficial do Império Romano, o latim, ao se fundir com os
idiomas falados pelos invasores, deu origem às línguas germânicas,
dificultando a administração dos territórios que se tornaram cada
vez mais autônomos até se separarem de Roma.   
d) A disputa entre os patrícios romanos e a plebe pelas terras férteis
facilitou a invasão do império pelos “povos bárbaros”, pois o
exército romano foi obrigado a deixar as fronteiras desguarnecidas
para defender os proprietários das terras das constantes rebeliões.   
e) Com o fim das conquistas territoriais, o escravismo e a produção
entraram em declínio, somado às “invasões bárbaras” e à ascensão
do cristianismo, que aceleraram a fragmentação e queda de Roma.
RESOLUÇÃO:
Com a Pax Romana, interrompe-se a expansão territorial do Império. Uma
vez que não se conquistam novos territórios, os escravos, em geral
prisioneiros de guerra, começam a escassear, dando início a uma profunda
crise de mão de obra e de produção agrícola. As invasões das tribos
germânicas se tornam cada vez mais comuns, e a ascensão do cristianismo
choca-se com a tradição religiosa romana.
Resposta: E
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1. (FUVEST-2019) – “Os comentadoresdo texto sagrado (…)
reconhecem a submissão da mulher ao homem como um dos
momentos da divisão hierárquica que regula as relações entre Deus,
Cristo e a humanidade, encontrando ainda a origem e o fundamento
divino daquela submissão na cena primária da criação de Adão e Eva
e no seu destino antes e depois da queda.”
(CASAGRANDE, C., “A mulher sob custódia”, in: História das Mulheres,
Lisboa: Afrontamento, 1993, Sv. 2, pp. 122-123.)
O excerto refere-se à apreensão de determinadas passagens bíblicas
pela cristandade medieval, especificamente em relação à condição das
mulheres na sociedade feudal. A esse respeito, é correto afirmar:
a) As mulheres originárias da nobreza podiam ingressar nos conventos
e ministrar os sacramentos como os homens de mesma condição
social.
b) A culpabilização das mulheres pela expulsão do Paraíso Terrestre
servia de justificativa para sua subordinação social aos homens.
c) As mulheres medievais eram impedidas do exercício das atividades
políticas, ao contrário do que acontecera no mundo greco-romano.
d) As mulheres medievais eram iletradas e tinham o acesso à cultura
e às artes proibido, devido à sua condição social e natural.
e) A submissão das mulheres medievais aos homens esteve
desvinculada de normatizações acerca da sexualidade.
RESOLUÇÃO:
Como o próprio enunciado destaca, o papel da mulher na sociedade feudal
era de submissão à figura masculina. Tal lógica era amparada pela versão
bíblica do pecado original.
Resposta: B
2. (UNICAMP-2019) – “Os estudiosos muçulmanos adaptaram a
herança recebida dos povos arabizados. Entre os domínios
conquistados pelos muçulmanos estavam a Mesopotâmia e o antigo
Egito, civilizações que desde cedo observaram os fenômenos
astronômicos. O estudo dos fenômenos naturais no Crescente Fértil
possibilitou a agricultura e perdurou por milênios. Nas costas do Mar
Egeu, na região da Jônia, surgiram no século VI a.C. as primeiras
explicações dos fenômenos naturais desvinculadas dos desígnios
divinos. E as conquistas de Alexandre permitiram o início do
intercâmbio entre o conhecimento grego, de um lado, e o dos antigos
impérios egípcio, babilônico e persa, de outro. Além disso, houve
trocas científicas e culturais com os indianos. O império árabe-islâmico
foi, a partir do século VII, o herdeiro desse legado científico
multicultural, ao qual os estudiosos muçulmanos deram seus aportes ao
longo da Idade Média.”
(Beatriz Bissio, O mundo falava árabe. 
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2012, pp. 200-201. Adaptado.)
Considerando o texto acima sobre o islã medieval e seus conhe -
cimentos, assinale a alternativa correta.
a) A extensão do território sob domínio islâmico e a liberdade religiosa
e cultural implementada nessas áreas aceleraram a construção de
novos conhecimentos pautados na cosmologia ocidental.
b) A partir do século VII, o avanço dos exércitos islâmicos assegurou
a expansão do império de forma ditatorial sobre antigos núcleos
culturais da Índia até as terras gregas do Império Bizantino,
chegando à Espanha.
c) Os conhecimentos sobre os fenômenos naturais construídos por
mesopotâmicos, egípcios, macedônicos, babilônicos, persas, entre
outros povos, foram ignorados pelo islã medieval, marcado pelo
fundamentalismo religioso.
d) A difusão de saberes multiculturais foi uma das marcas do Império
árabe-islâmico, sendo ele a via de transmissão do sistema numérico
indiano para o Ocidente e de obras da filosofia greco-romana para
o Oriente.
RESOLUÇÃO:
O crescimento da civilização árabe na chamada Alta Idade Média
proporcionou uma conexão e um intercâmbio entre Ocidente e Oriente não
antes visto. Por isso, conhecimentos orientais – como o sistema numérico
indiano – chegaram ao Ocidente e conhecimentos ocidentais – como os
livros de Ptolomeu – chegaram ao Oriente por intermédio dos árabes. 
Resposta: D
66 Idade Média
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3. (MACKENZIE-2019) – “É permitido a qualquer, sem punição,
auxiliar o seu senhor, se alguém o ataca, e obedecer-lhe em todos os casos
legítimos, exceto no roubo, no assassinato e naquelas coisas que não são
consentidas a ninguém, sendo reconhecidas como infames pelas leis. O
senhor deve proceder da mesma maneira com o conselho e a ajuda; e deve
ir em auxilio do seu homem em todas as vicissitudes, sem malícia. É
permitido a todo o senhor convocar o seu homem, que deve estar à sua
direita no tribunal; e mesmo que seja residente no mais distante mansus
de quem o protege, deverá ir ao pleito se o seu senhor o convocar.”
(Pedrero-Sanchez, M. Guadalupe. História da Idade Média: textos e
testemunhos. São Paulo: Unesp, 1999, p. 95.)
O trecho acima foi extraído de um documento inglês do século XI e diz
respeito a uma típica relação feudal. A relação em evidência é a
a) vassalagem: relação recíproca entre senhores em que fica acordada
a proteção por parte do suserano e o trabalho nos campos por parte
do vassalo.
b) servidão: relação vertical entre senhores e camponeses que, uma
vez presos à terra, não podem abandonar suas obrigações nos
feudos.
c) vassalagem: relação horizontal entre senhores a qual cria uma teia
de alianças políticas e uma maior descentralização do poder.
d) servidão: relação entre senhores e servos a qual estabelece um
acordo de proteção e ajuda econômica em troca de terras para o
plantio.
e) vassalagem e servidão: relações equivalentes entre nobres e servos
em que os vassalos asseguram o trabalho nas terras senhoriais.
RESOLUÇÃO:
A relação descrita é a de suserania e vassalagem, que ligava dois senhores
feudais por um laço de fidelidade iniciado por uma doação de terra. A
relação gerava, para os vassalos, as responsabilidades descritas no texto.
Resposta: C
4. (UECE) – Durante o período medieval, a Igreja Católica, herdeira
das tradições romanas, sobressaiu como a mais poderosa instituição e
grande baluarte da cultura europeia. À medida que avançava e
convertia novos povos ao cristianismo, ampliava mais ainda seu
poderio espiritual e material, e fundia a cultura romana com a dos
povos convertidos.
No que se refere ao papel da Igreja Católica na cultura europeia
medieval, é correto afirmar que 
a) a literatura medieval era dominada pelo tema religioso imposto pela
Igreja Católica; nesse período não se escreveu sobre nada que não
estivesse no Livro Sagrado. 
b) a educação formal espalhou-se pela Europa por meio da Igreja
Católica, à qual estavam ligadas as escolas e as universidades
medievais. 
c) a filosofia escolástica nascida nas universidades católicas opunha-
se à fusão da fé cristã com o pensamento racional humanista. 
d) apesar de controlar a literatura, as artes plásticas ficaram livres de
qualquer tipo de cerceamento religioso por parte da Igreja Católica. 
RESOLUÇÃO:
No Baixo Império Romano, séculos III, IV e V, as ideias cristãs, as invasões
bárbaras e a crise interna contribuíram para o fim do Império Romano do
Ocidente no ano de 476. Esta data marca o final da Idade Antiga e o início
da Idade Média. Diante do caos político, econômico e social em que estava
mergulhada a Europa, a Igreja Católica surgiu como a única instituição capaz
de organizar a sociedade em torno das ideias cristãs atuando no processo de
conversão dos bárbaros, criando escolas, mosteiros e universidades.
Resposta: B
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5. (FGV-2018) – “Este documento, do século XIV, encontra-se nos
arquivos de Assize, na ilha de Ely, na Inglaterra: Adam Clymne foi
preso como insurgente e traidor de seu juramento e porque
traiçoeiramente com outros celebrou uma insurreição em Ely. Penetrou
na casa de Thomas Somenour onde se apossou de diversos documentos
e papéis selados. E, ainda, que o mesmo Adam no momento da
insurreição, estava andando armado e oferecendo armas, levando um
estandarte, para reunir insurgentes, ordenando que nenhum homem de
qualquer

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