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RE IVI ND ICA ND O O ES PA ÇO PÚ BL ICO NA M ET RÓ PO LE O C O L E T I V O " N A P R A C I N H A " PROBIC/821-2017 PESQUISADOR KLEBER M. PRODÍGIOS ORIENTADORA PROFª RACHEL ALMEIDA “No singular, ‘espaço público’ refere-se à esfera pública, ao domínio dos processos propriamente políticos, das relações de poder e das formas que estas assumem nas sociedades contemporâneas. Nos espaços das cidades, na mídia ou na internet, é a esfera da cidadania e da expressão política das forças sociais, inclusive daquelas que pretendem a despolitização das relações humanas. No plural, o termo ‘espaços públicos’ compreende os lugares urbanos que, em conjunto com infraestruturas e equipamentos coletivos, dão suporte à vida em comum: ruas, avenidas, praças, parques. Nessa acepção, são bens públicos, carregados de significados, palco de disputas e conflitos, mas também de festas e celebrações. Esses dois sentidos se interpenetram e, mais, não podem ser tomados fora de suas articulações ao domínio privado - o qual inclui pessoas, famílias, grupos, empresas, corporações. Limites, estrutura, forma e função desses espaços constituem partes de agenciamentos complexos e dinâmicos, que se diferenciam conforme países e culturas.” Luiz Guilherme Rivera de Castro, arquiteto e urbanista pela FAU-USP, professor e pesquisador na FAU-Mackenzie e coordenador do Grupo de Pesquisa Espaços Públicos e Urbanismo Contemporâneo. OBJETIVO GERAL Refletir sobre as formas recentes de uso coletivo dos espaços públicos de Belo Horizonte como reivindicação do próprio caráter público e político desses espaços, a partir do estudo de caso do coletivo na pracinha. Rede de parceiros e presença do coletivo Na Pracinha nas plataformas digitais. OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Compreender as mudanças de paradigmas e valores do espaço público em função do espaço-tempo; - Relatar as narrativas emergentes sobre a praça e a cidade; - Interpretar as praticas socioculturais associadas a atuação do coletivo Na Pracinha nos parques e praças de Belo Horizonte; - Interpretar as formas contemporâneas de sociabilidade mediada pelas plataformas digitais a partir do estudo de caso Na Pracinha. METODOLOGIA - Pesquisa Bibliográfica - referencial teórico (interpretação histórica + categorias sociológicas); - Pesquisa nas redes sociais - perfil do Coletivo; - Pesquisa nas publicações impressas do Coletivo - livro Beagá pra Brincar; - Pesquisa de campo - etnografia dos eventos Na Pracinha; - Entrevista com as fundadoras do coletivo; - Entrevista com os frequentadores das atividades promovidas pelo coletivo. REFERENCIAL TEÓRICO “O Declínio do Homem Público (1974)” - Richard Sennett “América Latina - fim de milênio” - Roberto Segre “Erving Goffman e a Microssociologia (2000)” - Isaac Joseph “Cultura e Esfera Pública” - Oskar Negt “Sociabilidade - um exemplo de sociologia pura ou formal" - Georg Simmel “Festa no pedaço - cultura popular e lazer na cidade” - José Guilherme Cantor Magnani “A casa e a rua” - Roberto DaMatta PESQUISA HISTÓRICA PRIMEIRA PARTE A primeira parte do trabalho buscará traçar uma interpretação histórica do conceito de publicidade bem como as mudanças de paradigma do valor do espaço público nas civilizações e sociedades ao longo do tempo. Ruínas das termas de Caracalla (220 d.C.), em Roma. As termas eram o lugar da vida cotidiana dos romanos, contemplando desde serviços recreativos e de higiene até atividades desportivas e sociais. FONTE: ArteHistoria. ESTUDO DE CASO SEGUNDA PARTE Na segunda parte, examinaremos como questões abordadas na primeira parte se relacionam aos estudos de caso, além de desenvolver reflexões intrínsecas à pesquisa de campo. Parque Rosinha Cadar – Sto Agostinho, Belo Horizonte. FONTE: napracinha.com http://napracinha.com EVENTO DO COLETIVO NA PRACINHA NO PARQUE BURLE MARX , BARREIRO. FOTO: RAMILSON NORONHA. PESQUISA DE CAMPO – 15.07.2017 PARQUE AMILCAR VIANNA MARTINS – BAIRRO CRUZEIRO PESQUISA DE CAMPO – 20.08.2017 PARQUE ROSINHA CADAR – BAIRRO STO AGOSTINHO ACHADOS PRELIMINARES DA PESQUISA - caráter itinerante da apropriação dos espaços públicos; - sentido de evento; - escala de tempo; - homogeneidade do grupo (sociabilidade entre pares); - territorialidade; - cultura digital; - consumo implícito (produtos e parceiros); - sociabilidade mediada pela criança;