Buscar

Evolução do campo da Psicologia Comunitária

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

9
Índice
1 Introdução	3
1.1 Objectivos:	3
1.2 Metodologia	3
2 Evolução do campo da Psicologia Comunitária:	4
2.1 Origens Da Psicologia Comunitária	4
3 História e o desenvolvimento da Psicologia Comunitária	5
4 Conceitos, escopo de estudo, objectivos e importância do estudo da Psicologia Comunitária	6
5 A Relação da Psicologia Comunitária com Outras Áreas de Conhecimento	9
6 Conclusão	10
7 Referências	11
1 Introdução 
O presente trabalho abordara sobre Evolução do campo da Psicologia Comunitária: onde iremos sustentar especificamente em relação as Origens Da Psicologia Comunitária História e o desenvolvimento da Psicologia Comunitária, Conceitos, escopo de estudo, objectivos e importância do estudo da Psicologia Comunitária a Relação da Psicologia Comunitária com Outras Áreas de Conhecimento
Visto que o termo Psicologia Comunitária ainda é bastante novo e amplo, sendo, por isso mesmo, de difícil conceituação. O termo em si é ambíguo e varia de acordo com o referencial teórico considerado e/ou a práxis do psicólogo que o define. A Psicologia Comunitária é um movimento dentro de um campo maior de psicologia aplicada e que se caracteriza como uma nova abordagem para se lidar com os problemas de comportamento humano.
1.1 Objectivos:
Gerais	
· Compreender a Evolução do campo da Psicologia Comunitária.
Específicos
· Verificar os Conceitos, escopo de estudo, objectivos e importância do estudo da Psicologia Comunitária;
· Descrever a Relação da Psicologia Comunitária com Outras Áreas de Conhecimento.
1.2 Metodologia
Na execução do trabalho usou-se o método bibliográfico e de consulta na internet, visto que, são métodos eficazes que permitem aos estudantes na recolha de informação, obras e autores que sustentam o tema supracitado
2 Evolução do campo da Psicologia Comunitária:
2.1 Origens Da Psicologia Comunitária
A Psicologia Comunitária surge em meados da década de 60, no decurso de um período de grandes transformações, não somente na área da Saúde Mental, mas também na sociedade em geral. Colocaram-se novas questões relacionadas com os problemas sociais, acrescidas de um ritmo de mudança acelerado e abrangente o que levou a que, metodologias até aí utilizadas para a compreensão dos fenómenos sociais, se tornassem inadequadas (ORNELAS, 1994).
Um momento decisivo para a abordagem comunitária, foram as propostas de mudança apresentadas pelo Presidente Kennedy1 ao Congresso Americano em 1963, onde defendeu a reintegração dos doentes mentais na comunidade e apelou a uma perspectiva preventiva do sofrimento humano e à promoção de uma visão positiva da Saúde Mental. Este conjunto de propostas deu origem à Lei dos Centros de Saúde Mental Comunitários, que desempenharam um papel decisivo na criação de um novo paradigma de intervenção na comunidade, (ORNELAS, 1994).
A prestação de cuidados numa base comunitária, foi inspirada conceptualmente a partir de métodos e modelos desenvolvidos com soldados durante a II Guerra Mundial, por exemplo, a ideia de que a ajuda deveria localizar-se estrategicamente no local onde as problemáticas ocorrem e proporcionada de forma tão breve, quanto possível. O sucesso alcançado na prestação de suporte estruturado durante situações de crise, representou um desafio claro à ineficácia anteriormente sentida em relação às crises desencadeadas pelas doenças mentais, (ORNELAS, 1994).
No seguimento destes resultados e, devido às condições degradadas em que funcionavam os Hospitais Psiquiátricos, advogando alguns autores que estes criavam mais problemas dos que os que resolviam (GOFFMAN, 1961), levou a que se acreditasse que muitos dos doentes mentais poderiam ser mantidos fora destas Instituições e para tal, seria relevante a criação de serviços na comunidade, (ORNELAS, 1994).
O termo Psicologia Comunitária surge em 1965, no âmbito da Conferência de Swampscott – Boston, que incidiu sobre o papel dos psicólogos no Movimento da Saúde Mental Comunitária, Nesta Conferência foram definidas três grandes prioridades: (1) Intervir a nível da Prevenção Primária; (2) intervir a nível da comunidade e (3) intervir numa perspectiva de mudança, (ORNELAS, 1994).
3 História e o desenvolvimento da Psicologia Comunitária
A Psicologia Comunitária é uma disciplina recente. Sua origem remonta, por um lado à psiquiatria social e preventiva, à dinâmica e psicoterapia de grupos, práticas "psi" que conceituavam uma origem social a seus objectos de estudo. Por outro lado, psicólogos sociais, após os decisivos acontecimentos de maio de 1968, na França e Itália, passaram a colocar em questão a neutralidade dos pesquisadores centrados no modelo empírico-analítico, dando início à assim chamada "crise"da Psicologia Social. Sob a influência da filosofia francesa e do movimento institucionalista, as práticas dos psicólogos passaram a ser criticamente avaliadas a partir de referenciais antropológicos, históricos e políticos. Embora as primeiras conceituações e práticas comunitárias em Psicologia tenham sido norte-americanas ou europeias, é na América Latina que a disciplina ganha contornos característicos (RONALD, 2003) 
WIESENFELD e SÁNCHEZ (1991) procuraram sintetizar o conjunto de condições "que teriam criado o clima apropriado para seu crescimento" (p.113), a partir dos anos 70. Em primeiro lugar estava a preocupação de um grupo de psicólogos que sentiam a necessidade de mudar o foco da Psicologia Social, que à época, segundo eles, imitava predominantemente a abordagem experimentalista norte-americana. Segundo Wiesenfeld e Sánchez considerava-se que a Psicologia Social, na América Latina, "não estava se baseando na realidade para a qual ela estava suposta de atuar, mas que o conhecimento que estava sendo importado era, de certa forma, questionável naquele contexto. Assim, a contribuição da psicologia social para a solução de problemas educacionais, de saúde, de moradia, de trabalho, entre outros, especialmente em grupos de baixa renda, passou a ser questionada por acadêmicos e pelos governos" (RONALD, 2003)
Uma segunda condição para o surgimento da Psicologia Comunitária seria o desenvolvimento de movimentos que teriam se organizado como "resposta à histórica frustração dos cidadãos que sofriam de falta de atenção e interesse da parte de agências governamentais responsáveis pela solução de seus problemas e de organizações políticas que procuravam representá-los junto aos grupos locais detentores de poder" (p.114). Tais movimentos expressariam a consciência cada vez maior das comunidades da importância do seu envolvimento no processo de tomada de decisões em problemas vitais para a transformação das condições ambientais, (RONALD, 2003)
Como uma terceira condição, para a emergência da nova disciplina, os autores ressaltam a influência do pensamento de autores como Paulo Freire e Orlando Fals Borda, introdutores da metodologia da pesquisa-acção como um procedimento "fornecido aos psicólogos sociais comunitários para promover a ideia de auto-gestão nas comunidades" (p.114). Envolvimento com problemas nacionais, questionamento de sistemas psicológicos instituídos, sensibilidade para a emergência de movimentos sociais, busca de abordagens conceituais e metodológicas alternativas. Wiesenfeld e Sánchez expõem com clareza as "raízes" da disciplina que, desde há vinte e cinco anos, direcciona as estratégias de acção dos psicólogos latino-americanos envolvidos com o desenvolvimento comunitário, (RONALD, 2003)
4 Conceitos, escopo de estudo, objectivos e importância do estudo da Psicologia Comunitária
A Psicologia compreende um conjunto de concepções relevantes para o esforço de delimitar seu campo de análise e aplicação (GÓIS, 2005, p.33). Assim, a Psicologia Comunitária se define como uma área da psicologia social que estuda a atividade do psiquismo decorrente do modo de vida do lugar/comunidade; estuda o sistema de relações e representações, identidade, níveis de consciência, identificação e pertinência dos indivíduos ao lugar/comunidade e aos grupos comunitários (CAMPOS, 1999).
A Psicologia Comunitária estuda os significados,sentidos, sentimentos individuais e colectivos do modo de vida da comunidade (GÓIS, 2005), orienta-se para a mudança social e para a construção de sujeitos críticos e afectivos, problematizadores e transformadores da realidade, utilizando-se de métodos de inserção e actuação comunitária (MONTERO, 2004).
O termo Psicologia Comunitária ainda é bastante novo e amplo, sendo, por isso mesmo, de difícil conceituação. O termo em si é ambíguo e varia de acordo com o referencial teórico considerado e/ou a práxis do psicólogo que o define.
São comuns os termos “Psicologia na Comunidade” (Bender, 1978); “Psicologia do Desenvolvimento Comunitário” (Escovar, 1979); “Saúde Mental Comunitária” (Berenger, 1982); “Psicologia Comunitária/na Comunidade” (Bonfim, 1992); etc.
GALLINDO (1981) “A Psicologia Comunitária é um movimento dentro de um campo maior de psicologia aplicada e que se caracteriza como uma nova abordagem para se lidar com os problemas de comportamento humano. Ela enfatiza mais o ambiente social do que factores intrapsíquicos como determinantes da saúde mental”.
O termo Psicologia Comunitária, portanto, inclui os estudos que se vêm realizando na Psicologia Social Aplicada às Comunidades, o Movimento de Saúde Mental Comunitário, a Psicologia do Desenvolvimento Comunitário e o Movimento de Acção Comunitária na América Latina, e outros fazeres de psicologia relacionados a comunidade. Este termo pode ser compreendido como uma visão pragmática da psicologia, que busca o desenvolvimento e a aplicação de técnicas psicológicas que sejam relevantes para a melhoria da qualidade de vida da comunidade (CAMPOS, 1999).
Escopo de estudo 
Para XIMENES e GÓIS (2010), o objecto de estudo da Psicologia Comunitária é o reflexo psíquico de modo de vida comunitário.
A Psicologia Comunitária tem como base teórica a Psicologia Social, e seu objecto de estudo consiste em entender a constituição da subjectividade dos seres humanos numa comunidade e respalda-se em práticas grupais, pois a intervenção grupal é essencial em comunidades para o desenvolvimento da consciência, no qual um indivíduo do grupo se descobre no outro, percebendo-se conjuntamente (CAMPOS, 1999).
Objectivos 
A Psicologia Comunitária está direccionada para a compreensão e potencialização da actividade comunitária. Uma análise da actividade comunitária nos possibilita perceber os modos colectivos de participação dos sujeitos no contexto de moradia (CAMPOS, 1999).
Para GÓIS (2008), esta é definida como “actividade prática e colectiva realizada por meio da cooperação e do diálogo em uma comunidade, sendo orientada por ela mesma e pelo significado (colectivo) e sentido (significado pessoal) que a própria actividade e a vida comunitária têm para os moradores”.
Para XIMENES e GÓIS (2010), o objectivo da Psicologia Comunitária é o aprofundamento da consciência e o fortalecimento de uma identidade do sujeito da comunidade como responsável e activo na transformação positiva da realidade. 
Os principais objectivos da Psicologia Comunitária são para criar novas maneiras de capacitar as pessoas dentro de suas comunidades, promover a mudança social e diversidade, promover o bem estar individual e comunitário e evitar desordem (CAMPOS, 1999).
Importância do estudo da Psicologia Comunitária
Uma característica importante da Psicologia Comunitária é o ênfase dado ao ponto de vista ecológico que é caracterizado pelo ajustamento entre os indivíduos e os seus ambientes, centralizando-se na relação entre os indivíduos que funcionam como uma comunidade, como um grupo específico que possui um sistema elaborado de relações formais e informais (ORNELAS, 1994). 
Trata-se, portanto, de uma Psicologia que busca a mudança comunitária e social, cujo psicólogo coloca-se como um facilitador de processos sociais e humanos. Nessa perspectiva, deve-se partir das condições da comunidade e dos seus potenciais, buscando-se identificar os processos psicossociais que bloqueiam ou facilitam o desenvolvimento dos seus moradores. Tem como objectivo promover o fortalecimento e desenvolvimento comunitário (GÓIS, 2005).
Outro aspecto relevante de estudo do psicólogo comunitário são “a linguagem, os sentimentos e as representações sociais do grupo” (LANE, 1981), bem como as influências das variáveis no comportamento dos indivíduos, “principalmente para o desenvolvimento e a mudança sócio-política de uma realidade social, caracterizada por relações de dominação e de exclusão social, ou o modo de viver da classe oprimida, e que se mantém mediante uma ideologia de submissão e resignação e o carácter oprimido” (GÓIS. 2005). 
Por esse prisma, o psicólogo comunitário visa desenvolver nos indivíduos uma atitude crítica em relação aos problemas sociais, ou seja, o aprofundamento da consciência e o fortalecimento de uma identidade de comunidade responsável e ativa na transformação da realidade e, consequentemente, favorecer para as reivindicações dos serviços de saúde, educação e saneamento básico nos órgãos competentes. 
GÓIS (1993) afirma que Psicologia Comunitária responde às questões psicossomáticas resultantes da vida comunitária, bem como às acções interdisciplinares de desenvolvimento comunitário e desenvolvimento local (trabalho e renda, saúde, educação, assistência social, acção política, cultural, urbanização, organização de comunidade, planejamento social, orçamento participativo, entre outros).
5 A Relação da Psicologia Comunitária com Outras Áreas de Conhecimento
A relação que a Psicologia Comunitária tem com a Psicologia Social seria de bastante interdependência visto que a Psicologia Comunitária seria a aplicação da Psicologia Social para resolução dos problemas sociais nas comunidades e a relação existente entre a psicologia comunitária e educacional também seria muito preponderante na medida que a psicologia educacional se preocupa com o processo de ensino e aprendizagem a psicologia comunitária esta assentada neste grupo geográfico de modo a velar sobre as necessidades destes indivíduos que tem um de aprendizagem de forma a criar uma promoção e mudança do comportamento no PEA (CAMPOS, 1999).
6 Conclusão 
Concluímos que muitas das teorias referenciadas e das técnicas citadas pelos psicólogos que trabalham em Psicologia Comunitária são derivadas dos referenciais teóricos da Psicologia Comunitária Por esse prisma, o psicólogo comunitário visa desenvolver nos indivíduos uma atitude crítica em relação aos problemas sociais, ou seja, o aprofundamento da consciência e o fortalecimento de uma identidade de comunidade responsável e activa na transformação da realidade e, consequentemente, favorecer para as reivindicações dos serviços de saúde, educação e saneamento básico nos órgãos competentes. 
7 Referências 
BOCK, A. M. B, FURTADO, O. TEIXEIRA, M. L. T. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. São Paulo: Ed. Saraiva: 2002. 
BOMFIM, E. M. Psicologia Comunitária no Brasil.Reflexões históricas, teóricas e práticas. Anais do III Simpósio Brasileiro de Pesquisa e Intercâmbio Científico. Águas de São Pedro, São Paulo 1990.
CAMPOS, R.H.F. (Org). Psicologia Social Comunitária. Da solidariedade à autonomia. Rio de Janeiro: Vozes, 1999. 
GÓIS, C. W. L. Psicologia Comunitária: atividade e consciência. Fortaleza: Publicações Instituto Paulo Freire de Estudos Psicossociais, (2005).
LANE, S. T. M. O que é Psicologia Social. São Paulo: Brasiliense, 1981. 
ORNELAS, J. Suporte social: Origens, conceitos e áreas de investigação. Análise Psicológica, 12 (2--3), 333-339 (1994).
XIMENES, V. M.; AMARAL, C. E. M.; REBOUÇAS JÚNIOR, F. G. Psicologia comunitária e educação popular: vivências de extensão/cooperação universitária no Ceará. Fortaleza: LC Gráfica e Editora, 2008

Continue navegando