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CURSO: PSICOLOGIA DISCIPLINA: PSICOLOGIA COMUNITÁRIA Professora: Kelly Cardoso - CRP 05/47620 e-mail: kelly.cardoso@estacio.br mailto:kelly.cardoso@estacio.br CURSO: PSICOLOGIA DISCIPLINA: PSICOLOGIA COMUNITÁRIA ORIGEM HISTÓRICA: ● 1908 - MORENO( Jacob Levy Moreno) - teatro de improvisações dramáticas com crianças ● TEATRO DA ESPONTANEIDADE - TEATRO TERAPÊUTICO ● 1935 - ALCOÓLICOS ANÔNIMOS - Troca de experiências e dificuldades CURSO: PSICOLOGIA DISCIPLINA: PSICOLOGIA COMUNITÁRIA ● 1964 - GOLPE MILITAR - Período de extrema repressão e violência ● QUESTIONAMENTO DOS PROFISSIONAIS DE PSICOLOGIA ( Tais atuação, e os papéis na conscientização e organização) ● MOVIMENTO ANTIPSIQUIATRIA - Questionamento sobre exclusão e desperdício de homens. ● SURGIMENTO DE COMUNIDADES TERAPÊUTICAS E PSICOTERAPIAS EM GRUPO CURSO: PSICOLOGIA DISCIPLINA: PSICOLOGIA COMUNITÁRIA ● 1955 - SURGE O MOVIMENTO ANTIMANICOMIAL ● PSIQUIATRIA COMUNITÁRIA - ESTADOS UNIDOS - EM PROL DA EVOLUÇÃO DA SAÚDE MENTAL. CURSO: PSICOLOGIA DISCIPLINA: PSICOLOGIA COMUNITÁRIA PROPOSTA DE INTEVENÇÃO DA PSIQUIATRIA COMUNITÁRIA: ● PREVENÇÃO PRIMÁRIA - TRATAMENTO PRÉVIO ● PREVENÇÃO SECUNDÁRIA - TRATAMENTO DURANTE ● PREVENÇÃO TERCIÁRIA - TRATAMENTO DE ADEQUAÇÃO CURSO: PSICOLOGIA DISCIPLINA: PSICOLOGIA COMUNITÁRIA PSI COMUNITÁRIA NO BRASIL: ● 2001 - REFORMA PSIQUIÁTRICA (LEI PAULO DELGADO) FOCO NA REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL - CAPS ( SERVIÇOS COMUNITÁRIOS ABERTOS) RESULTADO: EFEITOS BEM SUCEDIDOS ( FORMA DE PENSAR E CONVIVÊNCIA SOCIAL MAIS CLARA E BEM SUCEDIDA) CURSO: PSICOLOGIA DISCIPLINA: PSICOLOGIA COMUNITÁRIA PSI COMUNITÁRIA NA AMÉRICA LATINA E OUTROS PAÍSES: MEDICINA COMUNITÁRIA ● SERVIÇOS DE SAÚDE PARA AS POPULAÇÕES: CAMPONESAS E PERIFERIA URBANA. ● MÉDICOS PÉS DESCALSOS NA CHINA, INTEGRADOS COM A MEDICINA CHINESA MILENAR ● EUA - 1960 PROGRAMAS DE COMBATE A POBREZA CURSO: PSICOLOGIA DISCIPLINA: PSICOLOGIA COMUNITÁRIA ESTADOS UNIDOS ● PROJETOS DOS CENTROS COMUNITÁRIOS DE SAÚDE MENTAL PROGRAMAS DE HOSPITALIZAÇÃO PARCIAL, CONSULTAS EXTERNAS E DE EMERGÊNCIA, PREVENÇÃO DE SUICÍDIO, ALCOOLISMO, ATENDIMENTOS INFANTIS, ADOLESCENTES E OUTROS. CURSO: PSICOLOGIA DISCIPLINA: PSICOLOGIA COMUNITÁRIA ESTADOS UNIDOS AVALIAÇÃO NEGATIVA: - AVALIAÇÃO NEGATIVA POR CONTA DA PSIQUIATRIZAÇÃO DA SOCIEDADE - ESTÍMULO DE USO DE PSICOTRÓPICOS CURSO: PSICOLOGIA DISCIPLINA: PSICOLOGIA COMUNITÁRIA PSICOLOGIA NO BRASIL TOMA 3 DIREÇÕES: ● ACADÊMICA: TEÓRICA, ASSISTEMÁTICA E SEM PRÁTICA ● MOVIMENTO POPULAR: TRABALHO AUTÔNOMO,CONCRETO, FUNDO POLÍTICO PESSOAL, ESPONTÂNEO SEM SISTEMATIZAÇÃO E SEM AVALIAÇÃO. ● PROJETOS PILOTOS QUE TENTAM ENTREGAR A PSICOLOGIA COMUNITÁRIA A INSTITUIÇÕES SOCIAIS E DO ESTADO ( INICIA-SE A REALIZAÇÃO DA PSICOLOGIA COMUNITÁRIA) CURSO: PSICOLOGIA DISCIPLINA: PSICOLOGIA COMUNITÁRIA COMPREENDENDO A PSICOLOGIA COMUNITÁRIA: ● TERMO AMBÍGUO COM VARIAÇÕES TEÓRICAS CARACTERÍSTICAS: ● TRABALHOS COM SUJEITOS SOCIAIS EM CONDIÇÕES AMBIENTAIS ESPECÍFICAS ● GRUPO DE PESSOAS COM DETERMINADO GRAU DE INTERAÇÃO SOCIAL ● COMPARTILHAMENTO DE INTERESSE, SENTIMENTOS, CRENÇAS, ATITUDES, ETC. ● RESIDÊNCIA EM TERRITÓRIO ESPECÍFICO COM UM DETERMINADO GRAU DE ORGANIZAÇÃO OBJETIVO: ● MELHORAR A RELAÇÃO ENTRE OS SUJEITOS CURSO: PSICOLOGIA DISCIPLINA: PSICOLOGIA COMUNITÁRIA DESAFIOS TEÓRICOS - AMÉRICA LATINA E BRASIL: - MODELO NORTE AMERICANO: MOVIMENTO EM PROL DA SAÚDE MENTAL - INSPIRAÇÃO MULTIDISCIPLINAR - MOLDES ADAPTATIVO DA PSICOLOGIA. - O MODELO COGNITIVISTA - PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL (TAMBÉM ADAPTATIVO) - A AÇÃO COMUNITÁRIA - PSICOLOGIA DE TRANSFORMAÇÃO SOCIAL CURSO: PSICOLOGIA DISCIPLINA: PSICOLOGIA COMUNITÁRIA PROBLEMAS CONCEITUAIS - ALGUMAS DIFICULDADES - FALTA DE REFERENCIAL TEÓRICO ADEQUADO - NECESSIDADE DE ARTICULAÇÃO ENTRE TEORIA E PRÁTICA CONFLITOS: INDIVÍDUO X GRUPO SOCIAL = PSI COMUNITÁRIA - TENTATIVA DE RESOLUÇÃO DE TAL PARADOXO CURSO: PSICOLOGIA DISCIPLINA: PSICOLOGIA COMUNITÁRIA A TENTATIVA DE RESOLVER UM PARADOXO ALGUMAS CRÍTICAS: ● COMUNITARISMO:PREOCUPAÇÃO COM PROBLEMAS COMUNITÁRIOS EM DETRIMENTOS ● ACADEMICISMO: PREOCUPAÇÃO EM PROBLEMAS ACADÊMICOS ● IDEALISMO: VISÃO REFORMISTA DE ALGUNS PSICÓLOGOS ● ASSISTENCIALISMO: IDENTIFICAÇÃO COM CARIDADE CURSO: PSICOLOGIA PSICOLOGIA COMUNITÁRIA NO BRASIL - Anos 80 e 90 ● REFORMA PSIQUIÁTRICA, REFORMA SANITÁRIA, CRISE NO MERCADO DE TRABALHO - INFLUI ENTRADA DA PSICOLOGIA NO CAMPO DA SAÚDE PÚBLICA. ● CRIAÇÃO DA ABRAPSO (Associação Brasileira de Psicologia Social) - Solidificação da Psicologia Social Comunitária ● CONSOLIDAÇÃO ● CONCRETIZAÇÃO DO TERMO DO TERMO PSICOLOGIA COMUNITÁRIA (PRÁTICAS PSI) CURSO: PSICOLOGIA DISCIPLINA: PSICOLOGIA COMUNITÁRIA STATUS GARANTIDO - IMPORTÂNCIA PARA UTILIDADE PÚBLICA CURSO: PSICOLOGIA DISCIPLINA: PSICOLOGIA COMUNITÁRIA ATUALIDADE: ● PREOCUPAÇÃO COM A CIDADANIA - INTERVENÇÕES COM DIVERSOS GRUPOS SOCIAIS; ● CRESCIMENTO DE TRABALHOS INTERDISCIPLINARES - FACILITA ELO ENTRE COMUNIDADE E SEUS COLABORADORES ● REFORÇO NO PROTAGONISMO DA POPULAÇÃO - FAVORECENDO A CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTOS. CURSO: PSICOLOGIA DISCIPLINA: PSICOLOGIA COMUNITÁRIA CURSO: PSICOLOGIA DISCIPLINA: PSICOLOGIA COMUNITÁRIA A PSICOLOGIA SOCIAL CRÍTICA E A PSICOLOGIA COMUNITÁRIA ● PROBLEMATIZAÇÃO SOCIAL - A NEGAÇÃO AO MODELO MÉDICO TRADICIONAL ● CONTRAPOSIÇÃO AOS MODELOS CLÁSSICOS(PSI SOCIAL) - (Universalização, historização, descontextualização e descompromisso com problemas concretos da população) ● INDIVÍDUO ENRAIZADO CULTURALMENTE CURSO: PSICOLOGIA AUTORES DA PSICOLOGIA SOCIAL SÍLVIA LANE(Silvia Tatiana Maurer Lane) - BUSCA TRAZER A REALIDADE SOCIAL A PSICOLOGIA TRABALHO DO PSICÓLOGO: - LINGUAGEM - REPRESENTAÇÃO - RELAÇÕES GRUPAIS - EMOÇÕES E AFETOS - 1933 - 2006 - FILÓSOFA - IMPORTANTE TEÓRICA EM PSICOLOGIA SOCIAL BRASILEIRA - FUNDADORA ABRAPSO A PSICOLOGIA SOCIAL CRÍTICA E A PSICOLOGIA COMUNITÁRIA APRESENTAÇÃO DE SÍLVIA LANE - VÍDEO MARTINBARÓ (Ignácio Martin Baró) FILÓSOFO, TEÓLOGO E PSICÓLOGO - Procura responder a problemática das desigualdades, injustiças e as - desestruturas sociais. - INFLUÊNCIA PARA PSICOLOGIA COMUNITÁRIA - O CENTRO- VÍTIMAS E EXCLUÍDOS CURSO: PSICOLOGIA DISCIPLINA: PSICOLOGIA COMUNITÁRIA KURT LEWIN - PSICÓLOGO /1890 - 1947 TEORIA DE CAMPO - A NÃO SEPARAÇÃO ENTRE A AQUISIÇÃO DO CONHECIMENTO E AÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO DA REALIDADE KURT LEWIN - PSICÓLOGO TEORIA DE CAMPO CURSO: PSICOLOGIA ENRIQUE PICHON E JOSÉ BLEGER - TRABALHOS SOCIAIS - PRÁTICAS EM PSICOLOGIA SOCIAL - DESENVOLVIMENTO DE GRUPOS, INSTITUIÇÕES E COMUNIDADES CURSO: PSICOLOGIA DISCIPLINA: PSICOLOGIA COMUNITÁRIA CURSO: PSICOLOGIA DISCIPLINA: PSICOLOGIA COMUNITÁRIA JOSÉ BLEGER / 1922-1972 PSIQUIATRA ARGENTINO PSICO HIGIENE: PROMOÇÃO DE SAÚDE PSICÓLOGO COMUNITÁRIO CONTRIBUI PARA NOVAS CONSTRUÇÕES DE PROGRAMAS EM INTERVENÇÕES SOCIAIS, COM BASES EM MÉTODOS DE COLABORAÇÃO EM INVESTIGAÇÕES-AÇÃO, ASSIM PROMOVENDO EMPODERAMENTO E FACILITANDO AS MUDANÇAS SOCIAIS. AINDA CONTRIBUI PARA ESTRUTURAR E IMPLEMENTAR PROGRAMAS DE PREVENÇÃO EM QUESTÕES DE VIOLÊNCIA. EXEMPLO: VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES E/OU CRIANÇAS, ETC. PSICÓLOGO COMUNITÁRIO APOIA GRUPOS E ORGANIZAÇÕES DA COMUNIDADE PARA QUE FUNCIONEM DE FORMA MAIS EFICAZ CUMPRINDO OS OBJETIVOS A QUE SE PROPÕEM AO NÍVEL DA CULTURA, DO BEM ESTAR FÍSICO E DO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL DOS GRUPOS QUE PRETENDEM BENEFICIAR. VÍDEO PLAY BACK - PSI COMUNITÁRIA http://www.youtube.com/watch?v=cGnYyVAg80s FENÔMENOS SOCIAIS: REFLEXÃO... CURSO: PSICOLOGIA DISCIPLINA: PSICOLOGIA COMUNITÁRIA 03/03/21 Professora: Kelly Cardoso - CRP 05/47620 e-mail: kelly.cardoso@estacio.br Cel: (21) 964387181 mailto:kelly.cardoso@estacio.br FENÔMENO SOCIAL: SITUAÇÕES ENFATIZADAS, COMPORTAMENTOS, AÇÕES E OBSERVAÇÕES REALIZADAS EM DETERMINADASOCIEDADE. ACONTECIMENTOS HISTÓRICOS DE DETERMINADOS PERÍODOS. EXEMPLOS: MODA, CONJUNTO MUSICAL, PROGRAMAS DE TV O QUE PODE SER CONSIDERADO FENÔMENO SOCIAL ATUALMENTE? Quais das imagens representam uma comunidade? COMUNIDADE: principais características (na perspectiva da psicologia social) Um grupo de pessoas com determinado grau de organização. Portanto, comunidade NÃO É UM AGREGADO SOCIAL. • Repartir interesse, sentimentos, crenças, atitudes; • Residir em um território específico; e • Possuir um determinado grau de organização Comunidade é muito mais do que um espaço geográfico, físico ou social..... Comunidade: é constituída por um grupo social com certo grau de organização, que compartilha o mesmo espaço físico e psicológico, e alguns objetivos comuns derivados de crenças, valores e atitudes compartilhados e mantém um sistema de interação duradouro no tempo e no espaço. (SANCHEZ; WIESENFELD, 1983) Psicologia social comunitária Constitui uma área da psicologia social que estuda a atividade do psiquismo decorrente do modo de vida da comunidade. A PSICOLOGIA COMUNITÁRIA, UM CARÁTER INTERDISCIPLINAR VOLTADA PRINCIPALMENTE PARA O DESENVOLVIMENTO E A MUDANÇA SÓCIO-POLÍTICA DE UMA REALIDADE PSICOSSOCIAL CARACTERIZADA POR RELAÇÕES DE DOMINAÇÃO E DE EXCLUSÃO SOCIAL. (MARTIM-BARÓ, 1989) GRANDES MODELOS EM PSICOLOGIA COMUNITÁRIA: - DESENVOLVIMENTO HUMANO - MOVIMENTO SOCIAL VISÃO POSITIVA DA COMUNIDADE E DAS PESSOAS ● RECONHECIMENTO DA CAPACIDADE DO INDIVÍDUO E DA PRÓPRIA COMUNIDADE DE SEREM RESPONSÁVEIS E COMPETENTES NAS CONSTRUÇÕES DE SUAS VIDAS. ● PROCESSOS DE FACILITAÇÃO SOCIAL BASEADOS NA AÇÃO LOCAL E NA CONSCIENTIZAÇÃO Função do psicólogo social comunitário •O psicólogo não atua como um profissional que, por deter um saber específico, toma as iniciativas para a solução dos problemas enfrentados pelo grupo-cliente. •O psicólogo atua como um ANALISTA FACILITADOR que, a partir de um saber específico, pretende contribuir para a melhoria da qualidade de vida da comunidade. PREMISSAS BÁSICAS: Primeira premissa: •Todos os grupos comunitários possuem um saber-fazer, que a priori não pode ser considerado nem melhor, nem pior do que o conhecimento construído nas Universidades. • Ao compartilhar saberes com o grupo, o psicólogo contribui com novos saberes para este grupo que, por sua vez, também contribui com a produção de saberes no âmbito da psicologia. SEGUNDA PREMISSA BÁSICA: A problematização é mais importante do que a solução •O trabalho comunitário deve incluir, além do diálogo e da partilha de saberes, a garantia da autogestão das próprias comunidades. •A autogestão é básica para que existam relações efetivamente democráticas, pautadas na participação de todos os envolvidos. •Assim, o psicólogo comunitário privilegia, antes de tudo a problematização. •Com a problematização poderão emergir questões que, no cotidiano, tendem a ser naturalizadas. A problematização, portanto, abre possibilidades de sentido, ações e modos de vida antes impensáveis Inserção do Psicólogo na comunidade: um pequeno recorte A inserção do psicólogo na comunidade pode ser orientada por diferentes motivos: Militância Curiosidade Assistencialismo/filantropia Compromisso social direcionado para mudanças nas condições concretas de vida. Os fatores citados foram elencados no sentido histórico (tempo cronológico), contudo, observa-se que atualmente, especialmente os três últimos estão presentes. Inserção do psicólogo na comunidade a) Militância (especialmente na década de 1970/80): os profissionais inseriram-se nos bairros de periferia porque consideravam importante fazer algo, colaborar para a organização e mobilização dos grupos que estavam em situação de extrema vulnerabilidade. • Múltiplas metodologias e conhecimentos pouco sistematizados: tais ferramentas eram consideradas secundária (e, especialmente, desconhecidas porque até então a Psicologia tinha um sentido elitista). Principal função: participação política. Inserção do Psicólogo na comunidade: um pequeno recorte Filantropia: fornecimento de assistência psicológica mais acessível ou gratuito → ajudar a população atendida a ter melhor adaptação à realidade vivida ou, pelo menos, para que aprenda a minimizar seus problemas e/ou sofrimentos. c) Curiosidade em conhecer “as populações desfavorecidas”. Universitários passaram a caminhar nos bairros populares fazendo entrevistas, questionários, aplicando escalas e vários outros instrumentos importados de outros contextos e modelos. • A inserção acontece com uma preocupação da ordem da “curiosidade científica”. Inserção do Psicólogo na comunidade: um pequeno recorte Inserção orientada pelo compromisso de que o trabalho deve possibilitar mudança das condições vividas cotidianamente pela população, ao mesmo tempo em que esta população é quem estabelece os caminhos e aponta as suas necessidades prementes. → Psicólogo: facilitador de mudanças/transformações. • Essa inserção somente ocorre quando os grupos se comprometem com a possibilidade de mudança social e construção de conhecimentos que possibilitem a construção de relações comunitárias. • Relações comunitárias: todos têm voz porque são reconhecidos em sua singularidade e, para tanto, torna-se imprescindível a valorização das diferenças, da cogestão e da corresponsabilização. AÇÕES EM PSC: ● REALIDADE SOCIAL E HISTÓRICA DOS SUJEITOS ● DESENVOLVIMENTO CRÍTICO E AUTÔNOMO DOS SUJEITOS ● CONTRIBUIÇÃO NA FORMAÇÃO DE IDENTIDADE INDIVIDUAL E SOCIAL ● DESPERTAR PARA MUDANÇA SOCIAL ● BUSCAR MELHORAS NAS CONDIÇÕES DE VIDA E BEM ESTAR DOS INDIVÍDUOS E DA COMUNIDADE EXEMPLO DE AÇÃO EM PC http://www.youtube.com/watch?v=z-tjHXazx4U QUATRO PILARES EM PSICOLOGIA SOCIAL COMUNITÁRIA: ➢ EMPODERAMENTO, CIDADANIA, LUTA PELA POBREZA E SAÚDE MENTAL EMPODERAMENTO: - CONSISTE EM IDENTIFICAR, FACILITAR OU CRIAR CONTEXTO EM QUE AS PESSOAS ISOLADAS OU SILENCIADAS POSSAM SER COMPREENDIDAS, TER VOZ E INFLUÊNCIA SOBRE DECISÕES QUE LHES SÃO PERTINENTE ( RAPPORT,1992) - ATRIBUIR PODER AOS INDIVÍDUOS, DE FORMA A SEREM AUTÔNOMOS E CONSEGUIREM POR SI SÓ RESOLVEREM E MINIMIZAREM OS SEUS PROBLEMAS, ATRAVÉS DA TROCA E PARTILHA DE CONHECIMENTOS. EMPODERAMENTO: CIDADANIA ESTÁ FORTEMENTE LIGADA A DEMOCRACIA, CONCEBENDO OS INDIVÍDUOS COM DIREITOS E DEVERES. - IMPLICA RESPEITO E LIBERDADE ENTRE AS PESSOAS - CUMPRIR COM OBRIGAÇÕES - RECLAMAR DE DIREITOS PRÓPRIOS - PROMOVER QUALIDADE DE VIDA SEM PREJUDICAR OUTRAS PESSOAS LUTA PELA POBREZA: ULTRAPASSAR A POBREZA TORNA-SE ESSENCIAL PARA O DESENVOLVIMENTO SAUDÁVEL HUMANO - A POBREZA É RESULTADO DE GRAVES DESIGUALDADES SOCIAIS - INFLUI NO DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS E APTIDÕES INDIVIDUAIS E COLETIVAS SAÚDE MENTAL ESTADO DE EQUILÍBRIO ENTRE A PESSOA E A SOCIEDADE (FAMÍLIA, COMUNIDADE, ESCOLA E TRABALHO) COM SAÚDE MENTAL - PRODUTIVIDADE, QUALIDADE DE VIDA E BEM ESTAR VALENDO NOTA PARA COMPLEMENTAR A AV1: ➢ REDAÇÃO - (Qual deveria ser nossa expectativa com relação à intervenção do psicólogo social na equipe referida no texto abaixo?) (CFP, 2012) Um psicólogo social, chamado por um gestor municipal para contribuir com a retirada de pessoas que moram em área de risco (morro com perigo de deslizamento em período de chuvas intensas), apresentou-se a uma equipe da defesa civil. •A população em risco recusava-se a sair de suas moradias, definidas como precárias e com alto risco de desmoronamento, temendo que ela pudesse ser invadida quando desocupadas. ➢ REDAÇÃO SOBRE OS 4 PILARES EM PSC ● 1 LAUDA PARA CADA QUESTÃO ENTREGAR NO E-MAIL: kelly.cardoso@estacio.br Textos indicados: FREITAS, Maria de Fátima Q. de Freitas. Psicologia na comunidade, psicologia da comunidade e psicologia (social) comunitária - práticas da psicologia em comunidade nas décadas de 60 a 90, no Brasil. (disponível no SAVA). GONCALVES, Mariana Alves, PORTUGAL, FranciscoTeixeira. Alguns apontamentos sobre a trajetória da Psicologia social comunitária no Brasil. Psicol. cienc. prof. [online]. 2012, vol.32, 2020-08-21], pp.138-153. Material de apoio: Textos 1 e 2 (SAVA). Psicologia Comunitária: alguns conceitos e dinâmicas TERAPIA COMUNITÁRIA OU TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA Uma perspectiva psicossocial com ênfase no empoderamento psicológico Terapia Comunitária: uma invenção brasileira ● Origem da Terapia Comunitária (TC): desenvolvida pelo psiquiatra e antropólogo Adalberto Barreto, no ano de 1987 na Favela de Pirambu /Fortaleza/Ceará. Ela surgiu na referida Favela em resposta a dois eixos de necessidade: ▪Atendimento a milhares de pessoas com problemas emocionais e psíquicos; ▪Adequação das propostas acadêmicas de promoção a saúde às reais carências apresentadas por aquela comunidade. ✔Em 2008, foi oficialmente incorporada pelo Ministério da Saúde como uma estratégia de promoção da saúde e de prevenção do adoecimento, para os serviços da rede primária, sobretudo, para a Estratégia Saúde da Família (ESF) Terapia Comunitária Integrativa: Objetivos ●A TC é um espaço comunitário que tem como característica central a partilha e a escuta de experiências e histórias de vida, onde todos são corresponsáveis tanto pela escuta, como por buscar soluções. ●Ao ter como propósito promover a atenção primária em saúde mental, funciona como fomentadora de cidadania, de redes sociais solidárias e da identidade cultural das comunidades em situação de vulnerabilidade, através de equipes institucionais públicas, privadas ou trabalho voluntário. ● Focaliza questões amplas de sofrimento na vida cotidiana: desemprego, abandono, solidão, abuso substâncias químicas, entre outras possibilidades. ●As pessoas são atendidas coletivamente e ouvidas por todos os participantes. POR QUE TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA? ● TERAPIA = acolher, ser caloroso, cuidar, servir, atender. ● COMUNITÁRIA - Comum + unidade: pessoas que tem algo em comum → sofrimentos, busca de soluções, apoio recíproco na partilha de experiências e na superação de suas dificuldades. ● INTEGRATIVA (e Sistêmica): inclui, reconhece e valoriza a diversidade cultural, o saber fazer e as competências das pessoas e comunidades. Sistêmica: Pessoas inseridas em rede relacional capaz de autorregulação, protagonismo e crescimento. ● Fundamentos teóricos: A TC encontra-se alicerçada em cinco eixos teóricos, são eles o pensamento sistêmico, a teoria da comunicação, a antropologia cultural, a pedagogia de Paulo Freire e a resiliência. Metodologia: ● Funções do grupo: partilhar problemas e superações. Criar rede solidária de proteção nas crises. Promover a inserção social. Cuidar do sofrimento. Encaminhar patologias para os especialistas. Importante: ●É pressuposto que as pessoas que estão em situações de vulnerabilidade e vivendo problemas os mais variados demonstram, ao mesmo tempo, riqueza nas possibilidades de soluções. ● Entende-se que os profissionais de saúde, educação e áreas sociais devem ser um instrumento catalisador das soluções emergentes da própria comunidade. Por conseguinte, a riqueza das práticas populares de cuidados com a saúde é valorizada e incorporada pela TC, consoante com compreensão mais próxima dos aspectos culturais envolvidos no processo saúde doença. Cidadania significa participação na construção da sociedade. Cidadania significa protagonismo. ●Protagonismo: é sempre algo mediado por outras pessoas. Como compreender essa dinâmica? ● Vamos pensar em um teatro com atores e diretores. Vamos pensar em um teatro com atores e diretores .... ●O trabalho de direção é fundamental para auxiliar a construção das personagens representadas pelos atores. ● Nesse processo de construção, os atores são capazes de modificar o enredo da história inicial, criando novas possibilidades para a atuação da direção e dos personagens representados. ●Por exemplo: o figurante torna-se protagonista. ATORES E DIRETORES: PROCESSOS GRUPAIS ●os atores podem ser profissionais habilitados, no entanto, se a direção não estiver atenta ou simplesmente não considerar as potencialidades dos atores/ atrizes, o desenvolvimento de cada personagem ficará limitado. ●atores e diretores apresentam competências para construir uma obra de sucesso, contudo, se as condições estruturais do teatro forem precárias, é possível que tais competências/potencialidades fiquem encobertas. PENSANDO NO TEATRO DA VIDA ..... PARA CADA CENÁRIO SOCIAL UM PAPEL SOCIAL DIFERENTE!! PROTAGONISMO SOCIAL Atores = cidadãos. Diretores = gestores de políticas públicas e empresários. Teatro = circunstâncias e contextos de vida-> família, espaços de habitação, organizações de trabalho, escola, condições sociais, econômicas, políticas, culturais, espaço físico e psicossocial, oportunidades/obstáculos que o país/cidade/bairro oferece para o exercício da cidadania. SOU FIGURANTE OU PROTAGONISTA DA MINHA HISTÓRIA E DA HISTÓRIA DO MEU GRUPO? ●Lembre que não basta ser protagonista de sua história. ●O “seu” protagonismo implica no protagonismo do seu grupo de referência. No cotidiano temos pelo menos quatro possibilidades de ação (GUARESCHI, 1999) ●Agir fazendo algo acontecer (FAZER). ●Agir para que nada aconteça (IMPEDIR). ●Agir sem colocar nenhum ato para que algo aconteça (PERMITIR). ●Agir sem colocar nenhum ato e com isso nada aconteça (OMITIR-SE). Isto significa que: O exercício da cidadania demanda uma prática do FAZER (agir fazendo algo acontecer). ATIVIDADE E CONSCIÊNCIA ●Mas, para fazer algo acontecer é fundamental ter consciência do QUÊ e do PORQUÊ fazemos, pensamos e sentimos. ●Para tanto é fundamental: assumir uma postura de “desconfiança”, inquietação e curiosidade a respeito de todas as situações (incluindo aquelas, usualmente, consideradas sem importância e que pautam o nosso cotidiano). Atividade sem consciência = ser figurante da própria história e da história do seu grupo. “Desconfiar” na realidade implica em compreender que: Essa realidade é historicamente e socialmente construída (e foi naturalizada) Cidadania, consciência, atividade, protagonismo e psicologia comunitária Psicologia Comunitária: formas de pensar e fazer psicologia voltada para a facilitação da conscientização dos grupos com quem trabalha. POR QUE? PARA QUE? -> Para que eles assumam progressivamente seu papel de protagonistas de sua própria história, conscientes dos determinantes sociopolíticos de sua situação e ativos na busca de soluções para os problemas enfrentados. PILARES DA PSICOLOGIA COMUNITÁRIA Teóricos, Metodológicos e de Valores ●Em termos teóricos: o conhecimento se produz na interação entre o profissional e os sujeitos da investigação. ●Em termos de metodologia: utiliza a metodologia da pesquisa participante. Pesquisador e os sujeitos da pesquisa trabalham juntos em todo o processo. PILARES DA PSICOLOGIA COMUNITÁRIA Teóricos, Metodológicos e de Valores ●Em termos de valores: enfatiza-se a ética da solidariedade, os direitos humanos e a busca da melhoria da população. ●Compromisso ético político: ●Ético: no sentido de estabelecer condições apropriadas da cidadania e da igualdade entre os pares. ●Político: ao questionar todas as formas de opressão e de dominação . Na perspectiva da Psicologia Comunitária sofrimento psicológico é denominado de sofrimento ético-político ●O sofrimento ético-político abrange as múltiplas situações que mutilam a vida de diferentes formas. ●Retrata a vivência cotidiana das questões sociais, dominantes em cada época histórica, especialmente a dor que surge da situação social de ser tratado como inferior, subalterno, sem valor, apêndice inútil da sociedade ou algo descartável. Sofrimento ético-político ●O sofrimento ético-político revela “a vivência cotidiana da desigualdade social, da negação imposta socialmente às possibilidadesda maioria apropriar-se da produção material, cultural e social de sua época, de se movimentar no espaço público e expressar desejo e afeto”. (SAWAIA,1999,p. 104). ●Revela: o processo de silenciamento do outro. O não direito de ter voz! Sobre os Direitos humanos -> algumas verdades e mentiras.... Qual é o segredo para o seu sucesso? Direitos humanos? O que é isso? ●A expressão direitos humanos é polissêmica. ●Existem aspectos convergentes no sentido da defesa dos direitos e da dignidade das pessoas. ●No entanto, os argumentos e posicionamentos são divergentes porque estão fundamentados em diferentes concepções acerca do que é o ser humano. Concepções sobre o que são direitos como os “direitos humanos” -> Com base no referencial de Guareschi (2004, 2003) são identificadas três concepções: ●Liberal capitalista. ●Coletivista totalitária ● Solidária comunitária. CONCEPÇÃO LIBERAL CAPITALISTA: sustenta que as características de cada pessoa determinam situações de sucesso ou de fracasso. Meritocracia. Concepção coletivista totalitária: o ser humano é apenas um componente de algo maior. O grupo é o que importa. Aqui se descarta a capacidade de escolha individual. Desvaloriza-se e dificulta-se o direito de cada um de exercer seu poder nas decisões e ações possíveis de transformação da realidade social. Concepção solidária comunitária: possível vivenciar a interação com o outro, numa via de mão dupla. - Há lugar para o reconhecimento do outro, resgatando o sentido de que o ser humano é a soma total de suas relações. - São defendidas práticas voltadas para o interesses da maioria da população, porém reconhecendo cada cidadão. Três questões para reflexão..... -Com qual concepção de direitos humanos você está identificado? -Você é protagonista ou mero figurante da sua vida? - A psicologia comunitária defende todo e qualquer movimento social? - Historicamente, quando nós psicólogos discutimos violência buscamos no indivíduo ou no ambiente os fatores que a explicam, mas não discutimos que processos sociais a explicam razoavelmente. Assim, cabe indagar: Será que ao adotar essa dinâmica desconsideramos (e, dessa forma, potencializamos) o sofrimento ético-político? Indicações de Textos (leitura complementar) ●MENDONÇA, Valquíria Lúcia Melo de. Produção de subjetividade e exercício de cidadania: efeitos da prática em psicologia comunitária. Pesquisa e práticas psicossociais, 2(1), São João del-Rei, mar-abr., 2007. ●XIMENES, Verônica Morais; PAULA, Luana Rêgo Colares de; BARROS, João Paulo Pereira. Psicologia comunitária e política de assistência social: diálogos sobre atuações em comunidades. Psicol. cienc. prof., Brasília , v. 29, n. 4, p. 686-699, 2009 .
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