Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Semiologia Geral | Stephany Galvão VOLUME SISTÓLICO X FREQUÊNCIA CARDIACA DEFINIÇÃO: São todas aquelas medidas que conferem vida ao ser humano, que se pode medir, quantificar e avaliar, quer seja utilizando o próprio corpo para fazer essa aferição, quer seja utilizando algum material/instrumento; Evidenciam o funcionamento e as funções corporais relacionados com a manutenção da vida; São 5 principais: Pressão arterial, Pulso, Temperatura corpórea, Respiração e Oximetria; PRESSÃO ARTERIAL É a força exercida pelo sangue sobre a parede dos vasos; Sofre variações contínuas, ou seja, a PA pode mudar em diversas condições, a depender: da posição da pessoa, atividades físicas, situações clinicas e psicológicas, etc; É um parâmetro fisiológico indispensável na investigação diagnóstica; Fatores determinantes para quantificar a PA: PA = DC X RP Onde: PA= Pressão arterial; DC= Débito cardíaco (força e quantidade de sangue bombeado) RP = Resistência periférica (tamanho e flexibilidade das artérias) DÉBITO CARDÍACO: Interfere na PAS (Pressão Arterial Sistólica) Capacidade contrátil do miocárdio e com retorno venoso; RESISTÊNCIA PERIFÉRICA: Interfere na PAD (Pressão Arterial Diastólica); Vasocontratilidade da rede arteriolar; Regulação do SNS; Influência humoral: angiotensina, catecolaminas, prostaglandinas; Ou seja, os fatores determinantes da PA giram em torno dessas duas variáveis: o débito cardíaco e a resistência periférica, como por exemplo: Elasticidade da parede dos grandes vasos (grande capacidade de distensibilidade); Volemia (quantidade de sangue dentro do vaso); Viscosidade sanguínea (influência pequena): Anemias – diminuição da viscosidade (por diminuição das cel sanguíneas) Hipotensão Policitemia – aumento da viscosidade (por aumento das cel sanguíneas) Hipertensão AVALIAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL: Equipamentos: Esfigmomanômetro e estetoscópio Técnica de aferição: Preparo do paciente: 2 Semiologia Geral | Stephany Galvão Explicar o procedimento, não conversar durante a medida; Repouso de 5min. Posição: sentada, deitada ou em pé; Se sentada, pernas descruzadas, pés apoiados no chão, dorso recostado na cadeira e relaxado; Braço na altura do coração (4ºEspaço Intercostal), ligeiramente flexionado, palma da mão p/cima; Evitar: bexiga cheia, exercícios físicos (60min antes), cigarro (30min antes), ingestão de alimentos, álcool, café; Posições: - POSIÇÃO DEITADA: MEMBROS INFERIORES Decúbito ventral ou dorsal; perna ao nível do coração; Artérias poplítea e pediosa; - POSIÇÃO DEITADA: MEMBROS SUPERIORES Braço ao nível do coração, com abertura 45 graus; - POSIÇÃO EM PÉ: Braço ao nível do coração; Abertura de 45 graus; Artéria cubital ou braquial; Aparelho: Calibrado Manômetro perpendicular ao plano visual Tamanho de braçadeira adequada ao paciente: Procedimento: Obter circunferência aproximadamente no meio do braço; Selecionar o manguito de tamanho adequado ao braço; Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3cm acima da fossa cubital; Centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria braquial; MÉTODO PALPATÓRIO 1. Palpar a artéria radial; 2. Insuflar o manguito até o desaparecimento do pulso (estimativa da PA sistólica); 3. Insuflar mais 30 a 40mmHg; 4. Posteriormente desinsuflar até o reaparecimento do pulso que corresponderá a PA sistólica; MÉTODO AUSCULTATÓRIO 1. Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar a campânula ou o diafragma do estetoscópio sem compressão excessiva; 2. Inflar rapidamente, de 10 em 10mmHg, até ultrapassar 20-30 da PAS estimada pelo método palpatório; 3. Deflação lenta (2 a 4mmHg por segundo); Determinar a pressão: SISTÓLICA: ausculta do 1º som - Aparecimento do primeiro som (fase I de Korotkoff); DIASTÓLICA: quando o som torna-se menor ou desaparece - Desaparecimento do som (fase V de Korotkoff). Após a fase 5, pode realizar a deflação mais rápida e completa, ate zerar; 3 Semiologia Geral | Stephany Galvão Erros comuns: Colocação do manguito sobre a roupa do paciente; Posição inadequada do manguito e do receptor; Inadequação do manguito a circunferência do braço; Não calibração do esfigmomanômetro; CLASSIFICAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL: De acordo com a VII Diretirz sobre HAS da SBC; Para adultos maiores de 18 anos; Quando a PAS e PAD situam-se em categorias diferentes, a maior deve ser utilizada para a classificação da PA; Considera-se hipertensão sistólica isolada se PAS ≥ 140mmHg e PAD < 90mmHg, devendo a mesma ser classificada em estágios 1, 2 e 3; PULSO Onda de pressão dependente da PA; Percebida como uma expansão da parede arterial síncrona com o batimento cardíaco; Contração e expansão alternada de uma artéria; VERIFICAÇÃO: Paciente sentado ou deitado, confortável, com o braço apoiado; Contar os batimentos em 1min; OBS: não deve-se fazer os truques de otimizar esse tempo, como por ex contar os batimentos por 10 segundos e multiplicar por 6; pois há alterações que so da pra perceber durante todo o tempo percorrido! LOCAIS PARA VERIFICAÇÃO: Artéria radial e carótidas; Outras: braquial, femoral, pediosa, tibial posterior, temporal, poplítea; ATENÇÃO! Olhar dois pulsos simultaneamente serve para analisar a qualidade desse pulso: se está rítmico, se há sincronia, se está cheio, se está forte ou fraco, etc; Exceto carotídeo (por ser o fluxo central, não se pode fechar essa circulação); FREQUÊNCIA: No adulto, o ideal é 60-100 bpm; < 60bpm= bradisfigmia ou bradicardia >100bpm= taquisfigmia ou taquicardia AMPLITUDE: Aumentada (mais cheio, forte); Diminuída (fraco, ralo); RITMO: É a sequencia de pulsações: Regular: intervalos iguais; Irregular: intervalos desiguais, ora mais longos, ora mais curtos= arritmia TEMPERATURA Centro termorregulador no hipotálamo; Termômetro – graduado em Celsius (°C); Locais de aferição: o Axilar o Oral o Retal o Timpânica 4 Semiologia Geral | Stephany Galvão TEMPERATURA ORAL: 36-37,4°C O termômetro sob a língua, no canto do lábio; Contraindicação: crianças, idosos, pacientes graves, inconscientes, psiquiátricos, portadores de alterações orofaríngeas, após fumar e após ingestão de alimentos quentes ou gelados; Necessita de termômetros individuais; TEMPERATURA AXILAR: 35,5 – 37 °C – (média 36 - 36,5 °C) Mais utilizada no Brasil; Necessária higiene da axila e do termômetro; Descer a colunade mercúrio até o ponto mais baixo; Colocar o termômetro na axila, mantendo-o com o braço bem encostado ao tórax; Manter por 5min; VALORES DE TEMPERATURA: Valores normais: o Axilar: 35,5 – 37 °C (média 36 - 36,5 °C) o Oral: 36 – 37,4 °C o Retal: 36 – 37,5 °C Alterações: o Elevação = hipertermia, febre o Diminuição = hipotermia ATENÇÃO: Hipertermia X Febre? Febre é ocasionada por um agente infeccioso, enquanto que a hipertermia não necessariamente; TEMPERATURA CORPORAL ACIMA DA FAIXA DE NORMALIDADE: Distúrbios no próprio cérebro ou por substâncias tóxicas (pirogênicas); Infecções, lesões teciduais, processos inflamatórios e neoplasias; SÍNDROME FEBRIL: o Astenia o Inapetência o Cefaleia o Sudorese e calafrios o Náuseas, vômitos o Confusão mental e convulsões Não é uma doença em si, é um quadro que acompanha febre e outros sintomas: pode ser causado por diversos agentes, por ex: COVID-19, dengue, etc; RESPIRAÇÃO: É o processo pelo qual um organismo vivo troca O2 e CO2 com o seu meio ambiente; Verificação da frequência respiratória: o Não deixar o paciente perceber que estão sendo contados os movimentos (cria técnicas, como por ex: finge que está checando o pulso); o Contagem pelo período de 1min; Frequência: o 16 a 20 incursões por minuto (irpm); Alterações: o Taquipnéia: respiração rápida, FR > 20irpm o Bradipnéia: respiração lenta, FR <16irpm o Dispneia: desconforto respiratório (sensação de cansaço) o Ortopneia: obriga paciente a ficar sentado (dispneia surge quando o paciente se deita) o Apneia: ausência de respiração OXIMETRIA DE PULSO: Mede indiretamente a quantidade de oxigênio no sangue do paciente (saturação de O2). Aferição: o No dedo ou lóbulo da orelha o Taxa normal - 95 a 100% o <95% = paciente está dessaturando! o Paciente com anemia pode dar um resultado abaixo do normal; OBS: enquanto que a oximetria vê a oxigenação do paciente de forma Indireta, a gasometria vê de forma Direta; 5 Semiologia Geral | Stephany Galvão SINAIS VITAIS NORMAIS: PULSO = 80bpm, normoesfígmico PA = 110X80mmHg (normotenso) T = 36,5°C (afebril) FR = 16irpm (eupneico) Sat.O2 = 96% (normal)
Compartilhar