Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
MATERIAL DIDÁTICO MORFOLOGIA, BOTÂNICA E ZOOLOGIA U N I V E R S I DA D E CANDIDO MENDES CREDENCIADA JUNTO AO MEC PELA PORTARIA Nº 1.282 DO DIA 26/10/2010 Impressão e Editoração 0800 283 8380 www.ucamprominas.com.br Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 2 SUMÁRIO UNIDADE 1 - INTRODUÇÃO À MORFOLOGIA ........................................................................................... 3 UNIDADE 2 - INTRODUÇÃO À ZOOLOGIA ............................................................................................... 17 UNIDADE 3 - INTRODUÇÃO À BOTÂNICA ................................................................................................ 62 REFERÊNCIAS .................................................................................................................................................. 88 Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 3 UNIDADE 1 - INTRODUÇÃO À MORFOLOGIA Morfologia é o estudo da forma dos seres vivos. Este estudo pode ser dividido em: Anatomia (visão macroscópica) e Histologia (visão microscópica). É uma ferramenta fundamental para a identificação e classificação das espécies. Nos próximos capítulos poderemos acompanhar as divisões e classificações animais e vegetais, destacando então sua morfologia (anatomia e histologia). 1.1 Os Seres Vivos Em biologia e ecologia, um organismo é um ser vivo. Uma extensão polêmica deste conceito afirma que a própria Terra é um organismo vivo. Chama-se a esta hipótese a Hipótese Gaia. A origem da vida e as relações entre as suas maiores linhagens são controversas. Dois grandes grupos podem ser identificados, os procariontes - que não apresentam um verdadeiro núcleo celular - e os eucariontes, em que o DNA se encontra organizado em cromossomos dentro do núcleo celular. Os procariontes são geralmente agrupados em dois domínios, chamados Bacteria e Archaea. De acordo com a teoria endossimbiótica as plantas teriam adquirido duas organelas das suas células, nomeadamente a mitocôndria e os cloroplastos, de bactérias endossimbióticas. Características comuns a muitos organismos incluem: movimento, alimentação, respiração, crescimento, reprodução, sensação (sensibilidade a estímulos externos). No entanto, estes não são universais. Muitos organismos são incapazes de movimento independente, e não respondem diretamente ao seu ambiente. Os microrganismos, como as bactérias, podem não ter respiração, usando, em vez disso, caminhos químicos alternativos. 1.2 Sistemática A sistemática é a ciência dedicada a inventariar e descrever a biodiversidade e compreender as relações filogenéticas entre os organismos. Inclui a taxonomia (ciência da descoberta, descrição e classificação das espécies e grupo de espécies, com suas normas e princípios) e também a filogenia (relações evolutivas entre os Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 4 organismos). Em geral, diz-se que compreende a classificação dos diversos organismos vivos. Em biologia, os sistematas são os cientistas que classificam as espécies em outros táxons a fim de definir o modo como eles se relacionam evolutivamente. O objetivo da classificação dos seres vivos, chamada taxonomia, foi inicialmente o de organizar as plantas e animais conhecidos em categorias que pudessem ser referidas. Posteriormente a classificação passou a respeitar as relações evolutivas entre organismos, organização mais natural do que a baseada apenas em características externas. Para isso se utilizam também características ecológicas, fisiológicas, e todas as outras que estiverem disponíveis para os táxons em questão. É a esse conjunto de investigações a respeito dos táxons que se dá o nome de Sistemática. Nos últimos anos têm sido tentadas classificações baseadas na semelhança entre genomas, com grandes avanços em algumas áreas, especialmente quando se juntam a essas informações aquelas oriundas dos outros campos da Biologia. A classificação dos seres vivos é parte da sistemática, ciência que estuda as relações entre organismos, e que inclui a coleta, preservação e estudo de espécimes, e a análise dos dados vindos de várias áreas de pesquisa biológica. Nomenclatura é a atribuição de nomes (nome científico) a organismos e às categorias nas quais são classificados. O nome científico é aceito em todas as línguas, e cada nome aplica-se apenas a uma espécie. Há duas organizações internacionais que determinam as regras de nomenclatura, uma para zoologia e outra para botânica. Segundo as regras, o primeiro nome publicado (a partir do trabalho de Linnaeus) é o correto, a menos que a espécie seja reclassificada, por exemplo, em outro gênero. A reclassificação tem ocorrido com certa frequência desde o século XX. O Código Internacional de Nomenclatura Zoológica preconiza que neste caso mantém-se a referência a quem primeiro descreveu a espécie, com o ano da descrição, entre parênteses, e não inclui o nome de quem reclassificou. Esta norma internacional decorre, entre outras coisas, do fato de ser ainda nova a abordagem genética da taxonomia, sujeita a revisão devido a novas pesquisas científicas, ou simplesmente a definição de novos Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 5 parâmetros para a delimitação de um táxon, que podem ser morfológicos, ecológicos, comportamentais etc. O primeiro sistema de classificação foi o de Aristóteles no século IV a.C., que ordenou os animais pelo tipo de reprodução e por terem ou não sangue vermelho. O seu discípulo Teofrasto classificou as plantas por seu uso e forma de cultivo. Nos séculos XVII e XVIII os botânicos e zoólogos começaram a delinear o atual sistema de categorias, ainda baseados em características anatômicas superficiais. No entanto, como a ancestralidade comum pode ser a causa de tais semelhanças, este sistema demonstrou aproximar-se da natureza, e continua sendo a base da classificação atual. Linnaeus fez o primeiro trabalho extenso de categorização, em 1758, criando a hierarquia atual. A partir de Darwin a evolução passou a ser considerada como paradigma central da Biologia, e com isso evidências da paleontologia sobre formas ancestrais, e da embriologia sobre semelhanças nos primeiros estágios de vida. No século XX, a genética e a fisiologia tornaram-se importantes na classificação, como o uso recente da genética molecular na comparação de códigos genéticos. Programas de computador específicos são usados na análise matemática dos dados. Em fevereiro de 2005 Edward Osborne Wilson, professor aposentado da Universidade de Harvard, onde cunhou o termo biodiversidade e participou da fundação da sóciobiologia, ao defender um "projeto genoma" da biodiversidade da Terra, propôs a criação de uma base de dados digital com fotos detalhadas de todas as espécies vivas e a finalização do projeto Árvore da vida. Em contraposição a uma sistemática baseada na biologia celular e molecular, Wilson vê a necessidade da sistemática descritiva para preservar a biodiversidade. Do ponto devista econômico, defendem Wilson, Peter Raven e Dan Brooks, a sistemática pode trazer conhecimentos úteis na biotecnologia, e na contenção de doenças emergentes. Mais da metade das espécies do planeta é parasita, e a maioria delas ainda é desconhecida. Tradicionalmente os seres vivos eram divididos em dois reinos: Plantas e Animais. Como muitos seres simples não cabem nesta divisão, em 1866 Ernst Heinrich Haeckel propôs a categoria Protista, incluindo algas, fungos, protozoários e bactérias, No século XX a classificação mais aceita passou a ter cinco reinos: Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 6 Protista (protozoários e algumas algas), Monera (bactérias procariontes, e cianobactérias ou algas azuis), Fungos, Plantas e Animais. Recentemente a análise genética levou a propor o grupo Archaea para as Archaebacterias, e mais dois grupos: as outras bactérias e os eucariontes (organismos que têm núcleo celular: fungos, plantas e animais). No entanto, estudos recentes (Cavalier-Smith 1998, 2004) passaram a aceitar o sistema de seis reinos (Bacteria, Protista, Animalia, Fungi, Plantae e Chromista). O reino Chromista engloba alguns grupos de algas como as Phaeophyta, Chrysophyta e Bacillariophyta (Diatomáceas) que possuem cloroplasto com quatro membranas, localizado no lúmen do retículo endoplasmático rugoso e originado de uma simbiose secundária. Considerando-se os organismos fotossintetizantes envolvidos nesta nova divisão dos reinos, uma das principais características definidoras das linhagens evolutivas é justamente a origem do cloroplasto: Cianobactérias: sem cloroplasto, pigmento difuso no citoplasma Plantas: simbiose primária (Protista + cianobactéria), cloroplasto com duas membranas. Protistas (Euglenas e Dinoflagelados): simbiose secundária ou terciária (Protista + planta), cloroplasto com 3 membranas Cromistas: simbiose secundária (Protista + Planta), cloroplasto com 4 membranas. Os reinos são divididos num sistema hierárquico de categorias chamadas táxons. Cada táxon inclui os que o sucedem. Tradicionalmente são eles: Domínio (mais recente), Reino, Filo (ou divisão, em botânica), Classe, Ordem, Família, Gênero, Espécie. Há categorias intermediárias, incluídas quando é necessário fazer distinções. Assim, por exemplo, em botânica, além de divisão, que equivale ao filo no reino animal, existem também série e seção. Uma sequência hierárquica mais completa seria: Reino, Filo, Subfilo, Superclasse, Classe, Infraclasse, Coorte, Superordem, Ordem, Subordem, Infra-ordem, Superfamília, Família, Subfamília, Tribo, Subtribo, Gênero, Subgênero, Espécie, Subespécie. Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 7 Hoje em dia o táxon mais claro é a espécie: populações de indivíduos geneticamente semelhantes que potencialmente cruzam entre si em condições naturais (definição mais difundida de espécie), o que não significa que o conceito de espécie esteja bem esclarecido por esse enunciado, pois ele não abrange, por exemplo, organismos que fazem apenas reprodução assexuada. Mecanismos de especiação, como isolamento geográfico, podem levar uma espécie a originar outra. Nos casos excepcionais de cruzamento interespecífico, praticamente em todos os casos, os descendentes são estéreis. Quando as populações de uma espécie são muito diferentes morfologicamente, são chamadas subespécies, raças ou variedades. O gênero inclui espécies relacionadas, reconhecidas popularmente como aparentadas, como o cão e o lobo. 1.3 A Classificação Biológica A expressão classificação científica ou classificação biológica designa o modo como os biólogos agrupam e categorizam as espécies de seres vivos, extintas e atuais. A classificação científica moderna tem as suas raízes no sistema de Carolus Linnaeus, que agrupou as espécies de acordo com as características morfológicas por elas partilhadas. Estes agrupamentos foram subsequentemente alterados múltiplas vezes para melhorar a consistência entre a classificação e o princípio darwiniano da ascendência comum. O advento da sistemática molecular, que utiliza a análise do genoma e os métodos da biologia molecular, levou a profundas revisões da classificação de múltiplas espécies e é provável que as alterações taxonômicas continuem a ocorrer à medida que se caminha para um sistema de classificação presente na semelhança genética e molecular em detrimento dos critérios morfológicos. A classificação científica pertence à ciência da taxonomia ou sistemática biológica. Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 8 A classificação das espécies não obedece a critérios rigidamente formais. Caso fosse aplicado aos primatas o mesmo critério científico usado para classificar os coleópteros, dos quais há mais de 300 mil espécies catalogadas, o ser humano (Homo sapiens) faria parte do gênero Pan, o mesmo gênero dos chimpanzés (Pan troglodytes) e dos bonobos (Pan paniscus). Assim a classificação biológica é um sistema organizativo que se rege por um conjunto de regras unificadoras e de critérios que se pretendem universais, mas que, dada a magnitude do conjunto dos seres vivos e a sua inerente diversidade, são necessariamente adaptados a cada um dos ramos da biologia. Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 9 Tradicionalmente, a classificação de plantas e de animais seguiu critérios diferenciados, hoje fixos no Código Internacional de Nomenclatura Botânica e no Código Internacional de Nomenclatura Zoológica, respectivamente, refletindo a história das comunidades científicas associadas. Outras áreas, como a micologia (que segue a norma botânica), a bacteriologia e a virologia, seguiram caminhos intermédios, adotando muitos dos procedimentos usados nas áreas consideradas mais próximas. Nos últimos tempos, com o advento das técnicas moleculares e dos estudos cladísticos, as regras tendem apara a unificação, levando a uma rápida mutação dos sistemas classificativos e alterando profundamente a estrutura classificativa tradicional. A classificação científica é, por isso, um campo em rápida mutação, com frequentes e profundas alterações, em muitos casos quebrando conceitos há muito sedimentados. Nesta matéria, mais importante do que conhecer a classificação de qualquer espécie, importa antes conhecer a forma como o sistema se organiza. Até porque aquilo que é hoje uma classificação aceita em pouco tempo pode ser outra bem diferente. Enquanto Carolus Linnaeus classificava as espécies de seres vivos tendo como objetivo principal facilitar a identificação e criar uma forma de arquivo nos herbários e nas coleções zoológicas que permitisse localizar facilmente um exemplar, nos modernos sistemas taxonômicos aplicados à biologia procura-se antes de mais nada fazer refletir o princípio Darwiniano de ancestralidade comum. Isto significa que se pretende agrupar as espécies por proximidade filogenética, isto é relacionar as espécies pela sua proximidade genética, a qual reflete o grau de comunalidade de ancestrais. Desde a década de 1960 que se vem fortalecendo a tendência para utilizar estruturas taxonômicas baseadas nos conceitos dacladística, hoje designadas por taxonomia cladística, distribuindo os taxa numa árvore evolucionária. Se um táxon inclui todos os descendentes de uma forma ancestral, é designado um táxon monofilético. Quando o inverso acontece, o táxon é designado parafilético. Os taxa que incluem diversas formas ancestrais são designados por polifiléticos. Idealmente Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 10 todos os taxa deveriam ser monofiléticos, pois assim refletiriam a ancestralidade comum das espécies que integrem. Um novo tipo de nomenclatura, batizado como Phylocode, está em desenvolvimento, tendo como objetivo criar uma estrutura de clades em vez de uma estrutura de taxa. Em caso de implementação generalizada não é clara a forma de coexistência entre esse sistema e o atual. O conceito de domínio como táxon de topo é de introdução recente. O chamado Sistema dos Três Domínios foi introduzido em 1990, mas apenas recentemente ganhou aceitação generalizada. Apesar de hoje a maioria dos biólogos aceitarem a sua validade, a utilização do sistema dos cinco reinos ainda domina. Uma das principais características do sistema dominial é a separação dos reinos Archaea e Bacteria, ambos anteriormente parte do reino Monera. Alguns cientistas, mesmo sem aceitar os domínios, admitem Archaea como um sexto reino. Os taxa mais elevados, em especial os intermédios, têm sofrido ultimamente profundas e frequentes alterações, resultado da descoberta de novas relações entre os grupos e as espécies. Por exemplo, a tradicional classificação dos primatas (classe Mammalia — subclasse Theria — infraclasse Eutheria — ordem Primates) está posta em causa por novas classificações, como, por exemplo, a de McKenna & Bell (classe Mammalia — subclasse Theriformes — infraclasse Holotheria — ordem Primates). Estas alterações resultam essencialmente da existência de um pequeno número de taxa em cada nível, sendo neles necessário acomodar um registro fóssil muito ramificado. A tendência para privilegiar a constituição de grupos monofiléticos em detrimento dos parafiléticos levará, seguramente, a sucessivas alterações da estrutura classificativa, com especial foco nas classes e ordens. A progressiva introdução de conceitos cladísticos também terá um impacto profundo e conduzirá à reformulação de muitos dos atuais agrupamentos. Sufixos dos taxa Taxa acima do nível do gênero recebem em geral nomes derivados do gênero mais representativo neles incluído ou daquele que, por razões históricas ou outras, é mais conhecido. Os sufixos utilizados na construção desses nomes dependem do Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 11 Reino e, por vezes, do Filo e Classe, seguindo um padrão pré-estabelecido. O quadro seguinte apresenta as regras de construção de sufixos mais comumente aceites: Taxon Plantas Algas Fungos Animais Bactérias Divisão/Filo -phyta -mycota Subdivisão/Subfilo -phytina -mycotina Classe -opsida -phyceae -mycetes -ia Subclasse -idae -phycidae -mycetidae -idae Superordem -anae Ordem -ales -ales Subordem -ineae -ineae Infraordem -aria Superfamília -acea -oidea Família -aceae -idae -aceae Subfamília -oideae -inae -oideae Tribo/Infrafamília -eae -ini -eae Subtribo -inae -ina -inae Note-se que em botânica e micologia, os nomes dos taxa de família para baixo são baseados no nome de um gênero, por vezes referido como o gênero-tipo, ao qual é acrescentado um sufixo padronizado. Por exemplo, o gênero Rosa é o gênero-tipo a partir do qual a família Rosacea recebe o seu nome (Rosa + -aceae). Os nomes dos taxa acima de família podem ser formados a partir do nome da família, com o sufixo adequado, ou ser descritivos de uma ou mais características marcantes do grupo. No caso dos animais, apenas existem sufixos padronizados até ao nível da superfamília. A formação de um nome com base na designação de um gênero não é tão simples quanto possa parecer, já que a língua latina tem declinações irregulares. Por exemplo, os nomes baseados em homo têm como base o genitivo da palavra, ou seja, hominis, pelo que humanos pertencem aos Hominidae (hominídeos) e não aos Homidae (que, obviamente, nem existem). Classificação infra-específica Embora a espécie seja considerado o nível de classificação mais baixo, existe por vezes necessidade de recorrer a classificações infra-específicas para acomodar http://pt.wikipedia.org/wiki/Plantae http://pt.wikipedia.org/wiki/Alga http://pt.wikipedia.org/wiki/Fungo http://pt.wikipedia.org/wiki/Animalia http://pt.wikipedia.org/wiki/Bact%C3%A9ria Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 12 a biodiversidade reconhecida ou para descrever certos traços fenotípicos, nomeadamente os de interesse econômico entre as espécies domesticadas. Os animais podem ser classificados em subespécies (por exemplo, Homo sapiens sapiens, para os humanos modernos), ou morfos ou formas (como por exemplo, Corvus corax varius morpha leucophaeus, uma forma característica de corvo). As plantas podem ser classificadas em subespécies (por exemplo, Pisum sativum subsp. sativum, a ervilha-de-cheiro), ou variedades (por exemplo, Pisum sativum Var. macrocarpon, uma variedade de ervilha). As plantas cultivadas podem ser identificadas por cultivares, cada um deles correspondente a um determinado fenótipo (por exemplo, Pisum sativum Var. macrocarpon 'Snowbird', o cultivar Snowbird de ervilha). As bactérias podem ser classificadas por estirpe (por exemplo, Escherichia coli O157:H7, uma estirpe de E. coli que pode causar intoxicação alimentar). 1.4 Nomenclatura Binomial Nomenclatura binomial, nomenclatura binominal ou nomenclatura binária, designa nas ciências biológicas o conjunto de normas que regulam a atribuição de nomes científicos às espécies de seres vivos. Chama-se binominal porque o nome de cada espécie é formado por duas palavras, o nome do gênero e o restritivo específico, normalmente um adjetivo que qualifica gênero. A utilização do sistema de nomenclatura binomial é um dos pilares da classificação científica dos seres vivos sendo regulada pelos códigos específicos da nomenclatura botânica, zoológica e bacteriológica. Foi primeiramente proposta pelo naturalista suíço Gaspard Bauhin, no século XVII, e formalizada por Carlos de Linnaeus no século seguinte. Os nomes utilizados são em latim, ou numa versão latinizada da palavra ou palavras que se pretende utilizar. O nome genérico e o epíteto específico devem sempre ser escritos em tipo itálico, ou na sua indisponibilidade ser sublinhados, sendo sempre que possível seguidos pelo autor ou autores da descrição (em geral referido como a autoridade). Embora no âmbito do esforço de unificação da nomenclatura biológica os conceitos tenham sido fundidos, tendo hoje o mesmo significado, tradicionalmente no campo da zoologia o conceito é referido como nomenclatura Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 13 binominal, enquanto no campo da botânica, da micologia e da bacteriologia o conceito é geralmente apelidado nomenclatura binária ou, por vezes, nomenclatura binomial. A nomenclatura binomial é o método formale o único universalmente aceito para a atribuição do nome científico a espécies (com exceção dos vírus). Como o termo "binomial" sugere, o nome científico de uma espécie é formado pela combinação de dois termos: o nome do gênero e o descritor específico. Apesar de alguns pormenores diferirem consoante o campo da biologia em que a espécie se insere, os traços determinantes do sistema são comuns e universalmente adotados: As espécies são identificadas por um binome, isto é um nome composto por dois nomes: um nome genérico e um descritor específico. Nenhum outro táxon pode ter nomes compostos por mais de uma palavra. As subespécies têm um nome composto por três nomes, ou seja, um trinome, colocados pela seguinte ordem: nome genérico, descritor específico e descritor subespecífico. Todos os taxa hierarquicamente superiores à espécie tem nomes compostos por uma única palavra, ou seja, um "nome uninominal". Os nomes científicos devem ser sempre escritos em itálico, como em Homo sapiens. Quando manuscritos, ou quando não esteja disponível a opção de escrita em itálico, devem ser sempre sublinhados. O primeiro termo, o nome genérico é sempre escrito começando por uma maiúscula, enquanto o descritor específico (em zoologia, o nome específico, em botânica o epíteto específico) nunca começa por uma maiúscula, mesmo quando seja derivado de um nome próprio ou de uma designação geográfica. Por exemplo, Canis lupus ou Anthus hodgsoni. Note-se que esta convenção é recente: Carolus Linnaeus usava sempre maiúscula no descritor específico e até princípios do século XX era prática comum capitalizar o descritor específico se este derivasse de um nome próprio. Apesar de incorreto pelos padrões atuais, e inaceitável em contexto científico, a utilização de descritores específicos com maiúscula é relativamente comum em literatura não científica, particularmente quando reproduza fontes desatualizadas. Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 14 Em textos acadêmicos e científicos, a primeira referência a um táxon, nomeadamente a uma espécie, é seguida do sobrenome do cientista que primeiro validamente o publicou (na zoologia) ou da sua abreviatura padrão (botânica e micologia). Se a espécie teve a sua posição taxonômica alterada por inclusão em gênero diferente do original, o sobrenome ou a abreviatura padrão do autor original e a data de publicação original são fornecidos em parêntesis antes da indicação de quem publicou o novo nome. Por exemplo, Amaranthus retroflexus L. ou Passer domesticus (Linnaeus, 1758) – o último foi originalmente descrito como uma espécie do gênero Fringilla, daí o parêntesis. Quando usado em conjunção com o nome vernáculo da espécie, o nome científico normalmente aparece imediatamente a seguir no texto, incluído em parêntesis. Por exemplo, "A população do pardal doméstico (Passer domesticus) está a decrescer na Europa." O nome científico deve ser sempre usado por extenso na sua primeira ocorrência no texto e sempre que diversas espécies do mesmo gênero estiverem a ser discutidas no mesmo documento. Nos usos subsequentes, as referências podem ser abreviadas à inicial do gênero, seguida de um ponto e do nome específico completo. Por exemplo, após a primeira referência, Canis lupus pode ser referido como C. lupus. Em alguns casos, em literatura não científica, a abreviatura é mais conhecida do que o nome completo da espécie: — a bactéria Escherichia coli é frequentemente referida simplesmente por E. coli; o Tyrannosaurus rex é provavelmente mais conhecido por T. rex. A abreviatura "sp." (zoologia) ou "spec." (botânica) é usada quando o nome da espécie não pode ou não interessa ser explicitado. A abreviatura "spp." (plural) indica "várias espécies". Por exemplo: "Canis sp." significa "uma espécie do gênero Canis". Facilmente confundível com a anterior são as abreviaturas "ssp." (zoologia) e "subsp." (botânica), que indicam uma subespécie não especificada (veja trinome, nome ternário). As abreviaturas "sspp." ou "subspp." indicam "um numero não especificado de subespécies". A abreviatura "cf." é utilizada quando a identificação da espécie requer confirmação por ser incerta ou estiver a ser citada através de uma referência Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 15 secundária não verificável. Por exemplo, Corvus cf. corax indica "um pássaro similar ao corvo-comum, mas não identificado com segurança como sendo da espécie". Em micologia tradicionalmente é utilizado o mesmo sistema de nomenclatura da botânica. A nomenclatura binomial é também referida como Sistema de classificação binomial ou como sistema lineano. As principais vantagens da nomenclatura binomial derivam essencialmente da sua economia descritiva, do seu uso generalizado e da estabilidade de nomes que é por ele favorecida: Todas as espécies podem ser identificadas, sem risco de ambiguidade, por apenas duas palavras. O mesmo nome é de uso universal, independente da língua de trabalho, evitando erros e problemas de tradução. Apesar da estabilidade dos nomes estarem longe de ser uma regra absoluta, os procedimentos estabelecidos em relação à renomeação de espécies favorecem fortemente a estabilidade. Por exemplo, quando uma espécie é transferida para um gênero diferente, o que não é incomum face aos avanços da ciência, sempre que possível o descritor específico é mantido. O mesmo acontece quando uma espécie é desqualificada como independente e é integrada noutra pré-existente, situação em que o descritor é mantido ao nível subespecífico. Apesar das regras existentes terem como objetivo garantir que cada nome é único e que não há ambiguidades na nomenclatura, na prática algumas espécies têm vários nomes científicos em circulação na literatura, o uso de cada um deles dependendo da opinião taxonômica do autor do texto. Daí que a sinonímia biológica seja um campo de grande complexidade, sendo frequente o aparecimento de espécies com longas listas de sinônimos. A mais importante fonte de instabilidade no sistema binomial é a ressurreição de nomes esquecidos, mas para os quais se podem reclamar validamente prioridade na publicação. Neste caso, contudo, nos códigos de nomenclatura estão previstas normas de conservação de nomes que permitem a manutenção, pelo menos em certos casos, do nome de uso mais comum. Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 16 Os nomes do gênero e do descritor específico podem derivar de qualquer palavra ou provir de qualquer fonte, tendo apenas como exigência o serem latinizados. Em geral são palavras latinas, mas muitas delas são derivadas de palavras do grego antigo, de nomes de regiões ou lugares, do nome de pessoas (de preferência naturalistas) ou de uma palavra numa língua vernácula. Na prática, os taxonomistas têm criado nomes a partir de uma imensa variedade de fontes de inspiração, incluindo, ao que se dizem alguns casos em que se pretendeu ser jocoso ou criar trocadilhos. Contudo, os nomes são sempre tratados gramaticalmente como se fossem uma frase latina. Por essa razão, o nome científico da espécie é frequentemente referido como o "nome latino" da espécie, apesar da expressão não colher a aprovação de taxonomistas e de filologista, os quais tendem a favorecer a designação, mais neutra, de "nome científico".O nome do gênero deve obrigatoriamente ser único dentro de cada reino. Os descritores específicos são frequentemente repetidos e são, obrigatoriamente, um modificador adjetivo do nome do gênero, devendo com ele concordar gramaticalmente. Os nomes das famílias são frequentemente derivados de um gênero particularmente representativo que a integre. Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 17 UNIDADE 2 - INTRODUÇÃO À ZOOLOGIA A zoologia (proveniente do grego zoon "animal", e -logos "estudo") é a ciência que estuda os animais. 2.1 O Reino Protista O Reino Protista é um dos reinos biológicos comumente reconhecidos, inclui os seres unicelulares eucariontes, como é o caso dos protozoários e das algas unicelulares e pluricelulares que não possuem tecidos verdadeiros, como é o caso das algas multicelulares. Alguns são organismos unicelulares, com 0,01 a 0,5 mm de tamanho, muito pequenos para serem vistos sem um microscópio, outros são enormes, como certas algas castanhas, com mais de 30 metros de comprimento. Protistas são onipresentes em todos os ambientes aquáticos e terrestres, comumente sobrevivendo períodos secos na forma de vida latente; alguns são parasitas importantes. Os protistas apresentam-se nas seguintes formas: Formas aquáticas, anteriormente classificadas no Reino Plantae - as algas; Organismos amebóides semelhantes aos fungos - os mixomicetes e oomicetes; Formas unicelulares - os protozoários, geralmente divididos pela morfologia e locomoção em: Flagelados (Ex. Euglena); Amebóides (Ex. Ameba); Apicomplexa (parasitas); e Ciliados (Ex. Paramecio). Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 18 Thomas Cavalier-Smith divide o reino em dois subreinos: Sarcomastigota e Biciliata. Em sistemas de classificação mais antigos, os protozoários foram considerados um filo do reino Animalia - Protozoa -, e as algas unicelulares e os mixomicetes foram colocados dentro de plantas. Muitas formas foram colocadas em ambos os reinos e pesquisadas por zoólogos e botânicos. Eventualmente o reino Protista foi criado para colocar estas formas, com as classes de Protozoários referidas acima sendo promovidas a filos. Exceto pelos ciliados e oomicetes todos estes grupos são polifiléticos e frequentemente sobrepostos. Para, além disso, os protistas em si aparentam ser parafiléticos aos outros reinos eucarióticos. Tentativas mais recentes foram feitas para dividir os protistas em grupos mais genuínos baseados na ultra-estrutura, química e características genéticas. Em novos sistemas de classificação estes são frequentemente tratados como reinos separados. Thomas Cavalier-Smith propôs o reino Chromista para incluir grupos como as algas pardas, as diatomáceas e os oomicetes. Entretanto, há ainda muitas linhas diferentes de protistas cujas relações não são compreendidas. Muitos cientistas consideram agora os vários clades de Protista como subgrupos diretos dos Eukaryotes, com a admissão de que não conhecemos ainda o suficiente sobre eles para arranjá-los em uma hierarquia. Estes vários clades são listados em nossa árvore evolucionária. 2.2 O Reino Animalia O reino Animalia, Reino Animal ou Reino Metazoa é composto por seres vivos multicelulares cujas células formem tecidos biológicos, com capacidade de responder ao ambiente que os envolve ou, por outras palavras, pelos animais. Ao contrário das plantas, os animais são heterotróficos, ou seja, buscam no meio onde vivem seu alimento, como plantas e outros animais para sobreviverem. A maioria dos animais possui um plano corporal que se determina à medida que se tornam maduros, e, exceto em animais que metamorfoseiam, esse plano corporal é estabelecido desde cedo em sua ontogenia quando embriões. Os Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 19 gametas, na maioria dos casos, quando constituem a linhagem germinativa, são produzidos em órgãos externos, cujas células, com exceção das esponjas, não participam da reprodução. Coloquialmente, o termo "animal" é frequentemente utilizado para referir-se a todos os animais diferentes dos humanos e raramente para referir-se a animais não classificados como Metazoários. Animais são eucariontes, e divergiram do mesmo grupo dos protozoários flagelados que deram origem aos fungos e aos coanoflagelados. Estes últimos são especialmente próximos por possuírem células com "colarinhos" aparecendo somente entre eles e as esponjas, e raramente em certas outras formas de animais. Em todos estes grupos, as células móveis, geralmente os gametas, possuem um único flagelo posterior com ultra-estrutura similar. Os animais adultos são tipicamente diplóides, produzindo pequenos espermatozóides móveis e grandes ovos imóveis. Em todas as formas o zigoto fertilizado divide-se (clivagem) para formar uma esfera oca chamada blástula, que então sofre rearranjo e diferenciação. As blástulas são provavelmente representativas do tipo de colônia de onde os animais evoluíram; formas similares ocorrem entre os flagelados, como os Volvox. A distinção mais notável dos animais é a forma como as células seguram-se juntas. Ao invés de simplesmente ficarem grudadas juntas, ou seguradas em um local por pequenas paredes, as células animais são conectadas por junções septadas, compostas basicamente por proteínas elásticas (colágeno é característico) que cria a matriz extracelular. Algumas vezes esta matriz é calcificada para formar conchas, ossos ou espículas, porém de outro modo é razoavelmente flexível e pode servir como uma estrutura por onde as células podem mover-se e reorganizar-se. Exceto por uns poucos traços fósseis questionáveis, as primeiras formas que talvez representem animais aparecem nos registros fósseis por volta do Pré- Cambriano. São chamadas Biota Vendiana e são muito difíceis de relacionar com as formas recentes. Virtualmente todos os filos restantes fazem uma aparição mais ou menos simultânea durante o período Cambriano. Este efeito radioativo massivo Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 20 pode ter surgido devido a uma mudança climática ou uma inovação genética e é tão inesperada que é geralmente chamada de Explosão Cambriana. As esponjas (Porifera) separaram-se dos outros animais muito cedo e são muito diferentes. Esponjas são sésseis e geralmente alimentam-se retirando as partículas nutritivas da água que entra através de poros espalhados por todo o corpo, que é suportado por um esqueleto formado por espículas. As células são diferenciadas, porém, não estão organizadas em grupos distintos. Existem também três filos "problemáticos" - os Rhombozoa, Orthonectida, e Placozoa - e possuem uma posição incerta em relação aos outros animais. Quando eles foram inicialmente descobertos, os Protozoa foram considerados como um filo animal ou um subreino, porém, como eles são geralmente não-relacionados e mais similares às plantas do que animais, um novo reino, o Protista foi criado para abrigá- los. Independentemente disso, todos os animais pertencem a um grupo monofilético chamado Metazoa (ou Eumetazoa quando o nome Metazoa é usadopara todos os animais), caracterizado por uma câmara digestiva e camadas separadas de células que diferenciam-se em vários tecidos. Características distintivas dos metazoários incluem um sistema nervoso e músculos. Os Metazoa mais simples apresentam simetria radial - por esta razão, são classificados como Radiata (em contraposição com os Bilateria, que têm simetria bilateral). Para além disso, estes animais são diblásticos, isto é, possuem dois folhetos embrionários. A camada exterior (ectoderme) corresponde a superfície da blástula e a camada interior (endoderme) é formada por células que migram para o interior. Ela então se invagina para formar uma cavidade digestiva com uma única abertura, (o arquêntero). Esta forma é chamada gástrula (ou plânula quando ela é livre-natante). Os Cnidaria e os Ctenophora (águas vivas, anêmonas, corais, etc.) são os principais filos diblásticos. Os Myxozoa, um grupo de parasitas microscópicos, têm sido considerados cnidários reduzidos, porém, podem ser derivados dos Bilateria. As formas restantes compreendem um grupo chamado Bilateria, uma vez que eles apresentam simetria bilateral (ao menos um algum grau), e são triblásticos. A Blástula invagina sem se preencher previamente, então o endoderma é apenas seu Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 21 forro interior, a parte interna é preenchida para formar o terceiro folheto embrionário entre eles (mesoderme). Os animais mais simples dentre estes são os Platyhelminthes (vermes achatados, como a tênia), que podem ser parafiléticos ao filo mais alto. A vasta maioria dos filos triblásticos forma um grupo chamado Protostomia. Todos os animais destes filos possuem um trato digestivo completo (incluindo uma boca e um ânus), com a boca se desenvolvendo do arquêntero e o ânus surgindo depois. A mesoderme surge como nos Platyhelminthes (vermes achatados, como a planária), de uma célula simples, e então se divide para formar uma massa em cada lado do corpo. Geralmente há uma cavidade ao redor do intestino, chamada celoma, surgindo como uma divisão do mesoderma, ou ao menos uma versão reduzida disso (por exemplo, um pseudoceloma, onde a divisão ocorre entre o mesoderma e o endoderma, comum em formas microscópicas). Alguns dos principais filos protostômios são unidos pela presença de larva trocófora, que é distinguida por um padrão especial de cílios. Estes criam um grupo chamado Trochozoa, compreendendo os seguintes: Filo Nemertea (ribbon worms) Filo Mollusca (caracóis, lulas, etc.) Filo Sipuncula Filo Annelida (vermes segmentados - minhoca) Tradicionalmente o Arthropoda - o maior filo animal incluindo insetos, aranhas, caranguejos e semelhantes - e dois pequenos filos proximamente relacionados a eles, o Onychophora e Tardigrada, têm sido considerados relativamente próximos aos anelídeos por causa de seu plano de segmentação corporal (a hipótese dos Articulata). Esta relação está em dúvida, e parece que eles, ao invés disso, pertençam a várias minhocas pseudocelomadas - os Nematoda, Nematomorpha (minhocas cabelo-de-cavalo), Kinorhyncha, Loricifera, e Priapulida - que compartilham entre si ecdise (muda do exoesqueleto e muitas outras características. Este grupo é conhecido como Ecdysozoa. Existem vários pseudocelomados protostomados que são difíceis de serem classificados devido aos seus pequenos tamanhos e estruturas reduzidas. Os Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 22 Rotifera e Acanthocephala são extremamente relacionados entre si e provavelmente pertencem proximamente aos Trochozoa. Outros grupos incluem os Gastrotricha, Gnathostomulida, Entoprocta, e Cycliophora. O último foi descoberto apenas recentemente, e como pouca investigação foi feita nos fundos marinhos, provavelmente mais coisas serão ainda descobertas. A maioria destes foi agrupada dentro do filo Aschelminthes, junto com os Nematoda e outros, porém eles não aparentam possuir relações filogenéticas entre si. Os Brachiopoda (braquiópodes), Ectoprocta (ou Bryozoa, os briozoários) e os Phoronidas formam um grupo chamado Lophophorata, graças à presença compartilhada de um leque de cílios ao redor da boca chamado lofóforo. As relações evolucionárias destas formas não são muito claras - o grupo tem sido considerado como parte dos "deuterostomados", e talvez seja "parafilético". Eles são mais relacionados aos "Trochozoa", contudo, e os dois são frequentemente agrupados como Lophotrochozoa. Os Deuterostomados diferem dos Protostomados de várias formas. Eles também possuem um trato digestivo completo, mas neste caso o arquêntero desenvolve-se no ânus. A mesoderme e celoma não se desenvolvem da mesma forma, e sim da evaginação da endoderme, diz-se então, de origem enterocélica. E, finalmente, a clivagem dos embriões é diferente. Tudo isto sugere que as duas linhas são separadas e monofiléticas. Os deuterostomados incluem: Filo Chaetognatha Filo Echinodermata (estrelas-do-mar, ouriços-do-mar, pepinos-do-mar etc.) Filo Hemichordata Filo Chordata (vertebrados e semelhantes) Também há alguns filos animais extintos, não havendo muito conhecimento sobre sua embriologia ou estrutura interna, tornando-se assim difíceis de classificar. Estes são, em sua maioria, vindos do período Cambriano, e incluem: Filo Archaeocyatha (possíveis esponjas) Filo Conulariida (possíveis cnidários) Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 23 Filo Conodonta (possíveis cordados ou relativamente próximos disso). Filo Lobopoda (possíveis artrópodes) Filo Sclerotoma (diferentes formas com escleritos) Filo Vendozoa (algumas formas do Pré-Cambriano, possivelmente nem mesmo animais) Filo Vetulicolia (possíveis deuterostômios) Desconhecido (algumas formas como Cloudina e Hyolithes) 2.3 Principais Filos 2.3.1 Filo Porifera Porifera é um filo do reino Animalia, sub-reino Parazoa, onde se enquadram os animais conhecidos como esponjas. O nome do filo vem do Latim porus "poro" e ferre "carregar". Estes organismos são primitivos, sésseis, sua grande maioria é marinha, alimentam-se por filtração, bombeando a água através das paredes do corpo e retendo as partículas de alimento nas suas células. As esponjas estão entre os animais mais simples, com tecidos parcialmente diferenciados (parazoas), porém sem músculos, sistema nervoso, nem órgãos internos. Eles são muito próximos a uma colônia celular de coanoflagelados, (o que mostra o provável salto evolutivo de unicelulares para pluricelulares), pois cada célula alimenta-se por si própria. Existem mais de 15.000 espécies modernas de esponjas conhecidas, que podem ser encontradas desde a superfície da água até mais de 8.000 metros de profundidade, e muitas outras são descobertas a cada dia. O registro fóssil data as esponjas desde a era pré-cambriana (ou Pré-Câmbrico), ou Neoproterozóico. Os Poríferos são diblásticos, ou seja, têm endoderme e ectoderme. As esponjas modernas são predominantemente marinhas. Seu hábitat varia desde a zona costeira até profundidades de mais de 6.000 metros. São encontradas no mundo inteiro, desde as águas polares até as regiões tropicais. Esponjas são mais abundantes, tanto em número de indivíduos como de espécies, nas águas mornas. Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.brou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 24 Esponjas adultas são sésseis, e vivem fixas na mesma posição. No entanto, foi observado que certas esponjas podem se mover direcionando sua circulação de água com os miócitos, numa certa direção. Um maior número de esponjas pode ser encontrado em lugares que oferecem um sedimento firme, como um fundo de rochas. Algumas esponjas são capazes de aderirem a si mesmas em fundos de sedimentos moles, usando uma base semelhante a uma raiz. Esponjas também costumam viver em águas claras e tranquilas, pois se uma onda ou a ação das correntes levanta o sedimento, os grãos tendem a tapar os poros do animal, diminuindo sua capacidade de se alimentar e sobreviver. Evidências recentes sugerem que uma nova doença, chamada em inglês de Aplysina red band syndrome (ARBS), está atacando esponjas no Caribe. No uso comum, o termo esponja é usado somente para designar os esqueletos desses animais, após o tecido desses animais terem sido removidos por maceração e lavagem. O material de que essas esponjas são compostas é a espongina. Esponjas calcárias e silicosas são ásperas demais para esse uso. Esponjas comercias são derivadas de várias espécies e vêm em vários graus, finas como lã de carneiro ou bem ásperas próprias para lavar carros . Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 25 Esponjas marinhas vêm de peixarias no Mediterrâneo e nas Índias Ocidentais. A produção de esponjas sintéticas tem diminuído muito sua pesca nos últimos anos. A estrutura de uma esponja é simples: tem a forma de um tubo ou saco, muitas vezes ramificado, com a extremidade fechada presa ao substrato. A extremidade aberta é chamada ósculo, e a cavidade interior é a esponjocele. As paredes são perfuradas por buracos microscópicos, chamados óstios, para permitir que a água flua para dentro da esponjocele trazendo oxigênio e alimento. A parede das esponjas é formada por duas camadas de células, com o interior formado pela matriz extracelular que, neste grupo, se denomina mesênquima. As esponjas possuem vários tipos de células: Pinacócitos: que são as células da epiderme exterior - são finas, e estreitamente ligadas. Coanócitos: também chamadas "células de colarinho" porque têm um flagelo rodeado por uma coroa de cílios, revestem o esponjocele e funcionam como uma espécie de sistema digestivo e sistema respiratório combinado, uma vez que os flagelos criam uma corrente que renova a água que as cobre, da qual elas retiram o oxigênio e as partículas de alimento. São muito semelhantes aos protistas coanoflagelados. São cobertos por microvilosidades. Porócitos: que são as células tubulares que revestem os poros da parede e podem contrair-se, formando uma espécie de tecido muscular. Archaeócitos (Amebócitos): que se deslocam no mesênquima, realizando muitas das funções vitais do animal, como a digestão das partículas de alimento, o transporte de nutrientes e a produção de gametas. São células totipotentes, que podem se transformar em esclerócitos, espongiócitos ou colenócitos. Esclerócitos (Amebócitos): que são as células responsáveis pela secreção das espículas de calcário ou sílica, que residem na mesogléia. Espongócitos (Amebócitos): que são as células responsáveis pela secreção da espongina (fibras semelhantes ao colágeno), que formam o "esqueleto" do animal. Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 26 Miócitos: são pinacócitos modificados, que controlam o tamanho do ósculo, a abertura dos poros e, consequentemente, o fluxo de água dentro da esponja. As espículas são espinhos de carbonato de cálcio ou sílica, que são usadas para estrutura e defesa. A mesogléia é uma matriz extracelular onde as células se estruturam. As esponjas desenvolvem-se em três padrões: Asconóide: que é o tipo mais simples - um simples tubo, com um canal central, chamado espongiocele. Muito pequeno e muito raro. A batida dos coanócitos força a água da espongiocele até os poros, através da parede do corpo da esponja. Os coanócitos estão na parede da espongiocele e filtram os nutrientes da água. Siconóide: são similares aos asconóides. Seu corpo se dobra sobre si mesmo, permitindo o crescimento do animal. Têm um corpo tubular, com um ósculo simples, mas a parede do corpo é mais complexa do que a dos asconóides e contêm linhas radiais de coanócitos. A água entra por um grande número de "óstio" dermais e então é filtrada nos canais radiais. Então o alimento é capturado pelos coanócitos. Normalmente não formam as grandes e ramificadas colônias que os asconóides fazem. Durante o seu desenvolvimento, elas passam por um estágio em que são semelhantes a asconóides. Leuconóide: o caso mais complexo, em que a parede se dobra várias vezes, formando um sistema de canais. Esse é o tipo mais comum na natureza. Carecem de espongiocele, tendo, no entanto, câmaras contendo coanócitos. O "esqueleto" das esponjas pode ser formado por espículas calcárias ou silicosas, por fibras de espongina ou por placas calcárias. Algumas esponjas, na antiguidade, eram usadas pelos gregos, por serem mais resistentes, para polir ferro e metais. Já outras eram utilizadas pelos romanos para tomar banho ou para tomar vinho. Se banhava a esponja no vinho e espremia na boca. As esponjas são o tipo mais primitivo de animal, classificados por isso no grupo parazoa, considerado um táxon paralelo ao de todos os outros animais (eumetazoa), e carecem de várias coisas que os outros animais possuem, como sistema nervoso e locomoção. Contudo, testes recentes de DNA sugerem que seu Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 27 grupo é a base dos outros grupos de animais. Elas dividem várias características com colônias de protozoários, como o Volvox, embora elas tenham um nível mais alto de especialização celular e interdependência. No entanto, se uma esponja for passada em uma peneira, ela vai se regenerar, e se várias esponjas de espécies diferentes forem colocadas juntas numa peneira, cada espécie vai se recombinar independentemente. A divisão do filo Porifera em classes é feita com base no tipo de espículas que apresentam: Classe Calcarea - espículas compactas de carbonato de cálcio (aka.: calcário). Podem ser asconóides, siconóides ou leuconóides. Classe Hexactinellida - espículas de sílica, muito raras. Somente asconóides. Classe Demospongiae - "esqueleto" de fibras de espongina com ou sem espículas de sílica. Somente leuconóides. Alguns taxonomistas sugeriam a criação de uma quarta classe, Sclerospongiae, de esponjas coralíneas, mas o consenso atual é de que as esponjas coralíneas surgiram em várias épocas e não são muito proximamente aparentadas. Junto com essa quarta classe, uma quinta foi proposta: Archaeocyatha. Esses animais tinham uma classificação vaga, mas agora o consenso é de que eles são um tipo de esponjas. Os Archaeocyatha devem pertencer a esse grupo, embora seus esqueletos sejam mais duros. Foi sugerido que as esponjas deveriam formar um grupo parafilético com relação aos outros animais. Por outro lado, elas são postas no seu próprio sub-reino, o Parazoa. Fósseis similares, conhecidos como Chancelloria não são vistos como esponjas. Umahipótese filogenética, baseada em exames de DNA, sugeriu que o filo Porifera é na verdade parafilético, e seus membros deveriam ser divididos em dois novos filos, o Calcarea e o Silicarea. Conhecem-se ainda fósseis de organismos com características de esponjas, mas diferentes das atuais, que foram agrupados na classe Sclerospongiae. No entanto, com a descoberta de espécies vivas de alguns destes grupos, concluiu-se que esta classe não é válida. São os seguintes os nomes atribuídos a estes organismos (que nem sempre são equivalentes a taxa: Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 28 Quetetídeos: eram grandes construtores de recifes formados por tubos calcários, mas recentemente descobriu-se uma espécie viva, Acanthochaetetes wellsi, que possui espículas silicosas, mas também tecidos que demonstram que faz parte das Demospongiae; Esfinctozoários: tinham uma estrutura parecida com os quetetídeos, mas possuíam espículas calcárias; recentemente descobriu-se uma espécie viva, Vaceletia crypta, incluída neste grupo, mas sem espículas e com características que sugerem que provavelmente possa ser incluída nas Demospongiae; Estromatoporóides: cresciam segregando folhas calcárias sobrepostas; algumas Demospongiae atuais apresentam um crescimento semelhante, sugerindo que os fósseis assim classificados sejam da mesma classe; Receptaculida: construíam um "esqueleto" calcário em espiral, mais parecido com algumas algas verdes coralinas atuais da classe Dasycladales (provavelmente não são esponjas). As esponjas podem reproduzir-se sexuada ou assexuadamente, conforme as condições ambientais. Quanto à reprodução sexuada a maior parte das esponjas é monóica, porém observam-se espécies dióicas. Seus gametas serão produzidos por uma diferenciação dos amebócitos e serão lançados no ambiente aquático, onde a fecundação pode ocorrer de forma externa ou interna, porém sempre o desenvolvimento se processa de forma externa do tipo indireto, pois se observa a presença de uma larva chamada de anfiblástula. Em relação a reprodução assexuada, as esponjas apresentam um alto grau de regeneração, podendo se reproduzir por meio de brotamento, regeneração ou gemulação/gemação (exclusivo das esponjas de água doce), por meio de um broto que formará uma nova esponja adulta. Elas podem se reproduzir assexuadamente pelo processo de brotamento externo ou interno. O externo ocorre quando uma esponja mãe origina um broto na parte de fora de seu corpo que pode se desligar ou continuar unida a ela. A interna acontece quando os arqueócitos coletados no mesófilo começam a formar uma nova esponja. A interna é também chamada de gemulação. Uma esponja produzida de forma assexuada tem exatamente o mesmo material genético de seu genitor. Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 29 Esponjas também podem fazer reprodução sexual externa. Embora as esponjas sejam hermafroditas, elas não fertilizam seus próprios ovos com seu próprio esperma. Todas as esponjas de certa espécie liberam seus gametas numa certa noite, geralmente na lua cheia, e fertilizam umas as outras na água, produzindo novas esponjas, diferentes de seus pais. Apesar de não serem tão abundantes, há registros tanto no "velho" como no "novo mundo". O registro fóssil de esponjas não é muito abundante, exceto em umas poucas localidades. Alguns fósseis de esponjas são encontrados no mundo todo, enquanto outros têm uma distribuição mais restrita a certas áreas. Alguns fósseis de esponjas, como a Hydnoceras e a Prismodictya, do período Devoniano, são encontrados no estado de Nova York. Nos Alpes europeus existem alguns fósseis bem preservados do período Jurássico. Na Inglaterra e na França existem alguns fósseis do Cretáceo. Uma esponja bem antiga, do período Cambriano, é a Vauxia. Existem fósseis com 1 cm e outros com mais de 1 m. Variam muito em formato, mas as mais comuns são em forma de vaso (como as Ventriculites), em forma de esfera (como as Porosphaera), de pires (Astraeospongiae), folha (Elasmostoma), galhos (Doryderma), irregulares etc. Embora 90% das esponjas atuais sejam de dermosponjas, os registros fósseis desse tipo são menos comuns que os de outros tipos, pois seus esqueletos são compostos de uma espongina relativamente frágil, que não se fossiliza muito bem. 2.3.2 Filo Cnidaria O filo Cnidaria inclui os animais aquáticos (conhecidos popularmente como celenterados ou cnidários) de que fazem parte as hidras de água doce, as medusas ou águas-vivas, que são normalmente oceânicas, e os corais e anêmonas-do-mar. O filo era também chamado Coelenterata (das palavras gregas "coela", o mesmo que "cela" ou "espaço vazio" e "enteros", "intestino"), que originalmente incluía os pentes-do-mar, atualmente considerado um filo separado, composto por animais também gelatinosos como as medusas, mas com algumas características próprias. O corpo dos cnidários é basicamente um saco formado por duas camadas de células - a epiderme, no exterior, e a gastroderme no interior - com uma massa Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 30 gelatinosa entre elas, chamada mesogléia e aberto para o exterior. Por esta razão, diz-se que os cnidários são diblásticos. Ao redor da abertura, chamada arquêntero, os celenterados ostentam uma coroa de tentáculos com células urticantes, os cnidócitos, capazes de ejetar um minúsculo espinho, o nematocisto que pode conter uma toxina ou material mucoso. Estes "aparelhos" servem não só para se defenderem dos predadores, mas também para imobilizarem uma presa, como um pequeno peixe, para se alimentarem - os cnidários são tipicamente carnívoros. Algumas células da gastroderme da cavidade central (o celêntero) segregam enzimas digestivas, enquanto que outras absorvem a matéria digerida. Na mesogléia, encontram-se dispersas células nervosas e outras com função muscular que promovem o fluxo de água para dentro e fora do animal. Os cnidários reproduzem-se sexuada e assexuadamente. A reprodução sexuada dá-se na fase medusa (com exceção dos antozoários, os corais e as anêmonas- do-mar, e hidra e algumas outras espécies que não desenvolvem nunca a fase de medusa): os machos e fêmeas libertam os produtos sexuais na água e ali se conjugam, dando origem aos zigotos. Dos ovos saem larvas pelágicas chamadas plânulas, em forma de pêra e completamente ciliadas que, quando encontram um substrato apropriado, se fixam e se transformam em pólipos. Em alguns celenterados, como os corais, a fase de pólipo é a fase definitiva. O corpo dos cnidários é basicamente um saco formado por duas camadas de células - a epiderme, no exterior, e a gastroderme no interior - com uma massa gelatinosa entre elas, chamada mesogléia e aberto para o exterior. Os pólipos reproduzem-se assexuadamente formando pequenas réplicas de si mesmos por evaginação da sua parede, chamados gomos. No caso dos corais, Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 31 estes novos pólipos constroem o seu "esqueleto" e continuam fixos, contribuindo para o crescimento da colônia. No entanto, em certos casos, os gomos começam a dividir-se em discossobrepostos, num processo conhecido por estrobilação, sendo esta também uma forma de reprodução assexuada. Estes discos libertam-se, dando origem a pequenas medusas chamadas éfiras que eventualmente crescem e se podem reproduzir sexualmente. O filo Cnidaria está dividido em quatro classes de organismos atuais e mais uma de fósseis: Anthozoa - as anêmonas-do-mar e corais verdadeiros; Scyphozoa- as verdadeiras águas-viva; Cubozoa - as medusas em forma de cubo; Hydrozoa - as hidras, algumas medusas, a garrafa-azul (caravela-portuguesa) e os corais-de-fogo; Staurozoa - as medusas que habitam regiões costeiras dos oceanos em zonas temperadas e estão fixas pelos tentáculos; Conulata - extinta. 2.3.3 Filo Platyhelminthes Platelmintos são animais do filo Platyhelminthes (do grego platy, ‘chato’, e helmins, ‘verme’), pertencente ao reino Animalia. São considerados vermes, tais como o são considerados os integrantes dos filos Nematelmintos e Anelidea. São vermes achatados dorso-ventralmente, tipo folha, devido à ausência de sistema respiratório/circulatório. Apresentam simetria bilateral. Têm como habitat ambientes muito úmidos, a água doce e o mar. Também parasitam alguns animais. O corpo é constituído por três camadas. Primeiramente, há a epiderme uni estratificada. Abaixo, há duas camadas musculares, sendo a primeira composta por músculos circulares e a segunda por músculos longitudinais. A esse conjunto dá-se o nome de tubo músculo-dermático. Tal tubo atua na proteção, locomoção e como esqueleto. Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 32 Nos platelmintos de vida livre, a epiderme apresenta cílios, relacionados com a locomoção. Já nos parasitas, há a cutícula envolvendo o tubo músculo-dermático, conferindo-lhe resistência à ação dos sucos digestivos. Alguns Platelmintos são parasitas, entretanto, existem Platelmintos de vida livre, que se alimentam de pequenos insetos e vivem em local úmido no meio ambiente. Esses vermes são triblásticos acelomados. Como consequência disso, não formam completamente alguns sistemas (respiratório, digestório). Outra consequência é a sua forma achatada. Suas células têm que ficar próximas ao meio externo (para respirar) e próximas ao intestino (para obter nutrientes). São destituídos de Sistema Respiratório e circulatório. Nas espécies de vida livre a respiração é aeróbia, sendo que as trocas são feitas por difusão através do epitélio permeável. Já nos parasitas a respiração é anaeróbia. Pela ausência do sistema circulatório, as ramificações do sistema digestivo auxiliam a distribuição do alimento. O sistema digestório possui apenas uma abertura em todo o sistema, portanto é incompleto. Constitui-se por boca, faringe e intestino ramificado que termina em fundo cego. Os cestóides não possuem sistema digestório. A digestão é extra e intracelular. São os primeiros animais com um sistema nervoso central que é formado por um anel nervoso, ligados a cordões longitudinais ou por um par de gânglios cerebróides dos quais partem filetes nervosos laterais que percorrem todo o corpo, emitindo ramificações. Isso permite uma melhor coordenação do sistema muscular, muito bem desenvolvida, o que disciplina os movimentos do animal e lhe dá mais orientação. A excreção é feita por células-flama (ou solenócitos, ou protonefrídios). Estruturas típicas dos platelmintos, as células-flama eliminam as excretas para a superfície corpórea. São amoniotélicos, isto é, secretam amônia e não uréia como nós seres humanos. Quanto à reprodução, geralmente são hermafroditas (podendo ou não fazer a autofecundação) monóicos sendo que alguns se reproduzem por partenogênese. Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 33 Nos tuberlários e trematódeos monogenéticos, o desenvolvimento é direto. Já nos digenéticos e cestóides é indireto. Os platelmintos de menor porte podem se dividir por fissão (também chamada de bipartição). As planárias sofrem fissão longitudinal, e cada metade se regenera e forma uma nova planária. Trata-se de uma forma de reprodução assexuada. Os platelmintos também podem realizar reprodução sexuada. Novamente como exemplo as planárias, elas se unem e trocam semens masculinos podendo assim fecundar. Os exemplos mais característicos de platelmintos são a tênia, a planária e o esquistossomo. Turbellaria (Turbelários) - Platelmintos de vida livre, com epitélio ciliado. Exemplo: Planária (Digesia tigrina) Trematoda (Trematódeos) - Vermes parasitas com epiderme não-ciliada e uma ou mais ventosas. Exemplo: Schistosoma sp. Cestoda (Cestódios) - Formas parasitas com corpo dividido em anéis ou proglotes. Exemplo: Taenia solium. 2.3.4 Filo Nematoda Os nematódeos ou nemátodos (Nemathelminthes) (também chamados de vermes cilíndricos) são considerados o grupo de metazoários mais abundante na biosfera, com estimativa de constituírem até 80% de todos os metazoários, com mais de 20.000 espécies já descritas, de um número estimado em mais de um milhão de espécies atuais, que incluem muitas formas parasitas de plantas e animais. Apenas os Arthropoda apresentam maior diversidade. O nome vem da palavra grega nema, que significa fio. São animais triblásticos, protostômios, pseudocelomados. Seu corpo cilíndrico, alongado e não segmentado exibe simetria bilateral. Possuem sistema digestivo completo, sistemas circulatório e respiratório ausentes; sistema excretor composto por dois canais longitudinais (renetes-formato de H); sistema nervoso parcialmente centralizado, com anel nervoso ao redor da faringe. Ecologicamente são muito bem-sucedidos, sendo tal fato demonstrado pela alta diversidade de espécies. Encontra-se em todos os habitats, terrestres, marinhos e de água doce e chegam a ser mais numerosos que os outros animais, tanto em Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 34 número de espécies, como de indivíduos. Algumas espécies são microscópicas, enquanto uma espécie, parasita do cachalote pode atingir 13 metros de comprimento. Recentemente, aclamou-se que os nematódeos são uma das três principais radiações de organismos multicelulares que têm produzido a maioria das espécies do mundo, sendo as outras radiações os insetos e os fungos. Os nematódeos de vida livre são pequenos, geralmente menores do que 2,5 mm de comprimento e têm o corpo construído no mesmo plano fundamental, um cilindro quase perfeito, nu, delgado e alongado, com aspecto filiforme, em sua maioria, ou fusiforme. O animal é essencialmente um tubo dentro de outro tubo: o tubo externo é a parede corpórea, constituída, externamente, por uma cutícula complexa e, internamente, por uma camada de músculos longitudinais. O tubo interno é o trato digestivo, que é terminal na extremidade anterior, mas subterminal posteriormente. Entre a parede e o tubo digestivo há a cavidade corpórea ou pseudoceloma, preenchida por líquido, que funciona como um "esqueleto hidrostático", além de favorecer a distribuição de nutrientes e recolher excretas, e na qual se encontram os órgãos reprodutores. A epiderme é sincicial, ou seja, formada por uma massa celular multinucleada e produz uma cutícula depositada externamente a ela. A cutícula é acelular, lisa, resistente e oferece proteção para o animal; em algumas formas, ela apresenta projeções que ajudamna locomoção. A cutícula tem de ser mudada para o animal crescer, um processo denominado ecdise - que coloca este filo no grupo dos Ecdysozoa, juntamente com os artrópodes e outros filos. Seus músculos são exclusivamente longitudinais, dispostos no sentido do comprimento do corpo. Isso faz com que a sua capacidade de locomoção seja mais limitada que a dos platelmintos. Os músculos são ativados pelas cadeias nervosas, que se encontram ao longo de todo o corpo do animal, uma na região ventral e outra na dorsal. Ao contrário de outros animais, em que os nervos se ramificam para os músculos, nos nemátodos são os músculos que se ramificam para atingirem os cordões nervosos. Estes cordões ligam-se a um anel à volta da faringe e possuem vários gânglios adicionais perto da extremidade anterior, mas sem formar um verdadeiro cérebro. Nessa região encontram-se órgãos sensoriais reduzidos. Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 35 O tubo digestivo dos nematelmintos é completo, ou seja, possui um orifício de entrada de alimentos (a boca) e outro orifício de saída de dejetos (o ânus) - são enterozoários completos. Na boca, podem ser encontradas placas cortantes semelhantes a dentes, com as quais os nematelmintos podem perfurar os tecidos de outros seres vivos. A faringe é musculosa e serve para esmagar os alimentos e também para dirigi-los para o intestino, que não possui qualquer musculatura. O alimento é completamente digerido pelas enzimas que atuam sobre ele no interior do tubo digestivo, e os nutrientes são passados para a cavidade do corpo para serem distribuídos pelas células. Muitos nematelmintos de vida livre são carnívoros e se alimentam de pequenos animais ou de corpos de animais mortos. Os parasitas intestinais recebem o alimento já parcialmente digerido pelo hospedeiro. Assim como os platelmintos, os nematelmintos são avasculares (não possuem sistema circulatório). A cavidade corporal (o pseudoceloma) contém um líquido, e a contínua movimentação desse líquido, propiciada pela contração da musculatura longitudinal do corpo, permite uma relativa distribuição de materiais entre as diferentes partes do corpo. Eles não possuem órgãos respiratórios. As trocas gasosas acontecem na superfície corporal, por difusão. Os nematelmintos de vida livre são aeróbicos e obtêm o oxigênio no meio onde vivem. Os parasitas são geralmente anaeróbicos e fazem fermentação. Dessa forma não requerem oxigênio e a maioria não elimina CO2, porque realizam a fermentação láctica, que não libera esse gás. Os resíduos metabólicos são excretados a partir do líquido que ocupa o pseudoceloma, por meio de dois tubos longitudinais ligados por um menor, transversal. A distribuição desses tubos, no corpo, dá a eles o nome de tubos em "H". Os dois ramos longitudinais do sistema se abrem em orifícios próximos da boca. A maioria das espécies são dióicas, (realizam fecundação interna), ocorrendo em algumas nítido dimorfismo sexual: normalmente os machos são menores que as fêmeas, apresentam espinhos copulatórios e possuem a cauda encurvada. Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 36 Na cópula, os machos depositam os seus espermatozóides no poro genital das fêmeas. Os machos não possuem poro genital, e a saída dos espermatozóides ocorre pelo ânus. Também são características exclusivas dos nematódeos a ausência de células ciliadas e os espermatozóides amebóides, sem flagelo, deslocando-se por pseudópodes. A fecundação acontece dentro do corpo da fêmea (fecundação interna). Depois de fecundado, o zigoto se desenvolve dentro de um ovo com a casca resistente. Muitas espécies eliminam os ovos fecundados para o ambiente, onde as primeiras divisões se processam e o ovo se torna embrionado. O ciclo evolutivo pode ser direto ou indireto, dependendo da formação de larvas por dentro ou fora dos ovos. A maioria dos nemátodos é de vida livre, habitantes de solo úmido, areia, de águas estagnadas e até mesmo do plâncton. Entre os parasitas, além daqueles que têm o homem como seu hospedeiro, há espécies que infestam outros animais ou plantas (raízes, frutos). Muitos nematódeos podem suspender os processos vitais quando as condições ambientais se tornam desfavoráveis e encistar, numa forma que é capaz de sobreviver a condições extremas de secura, calor ou frio e depois voltar à "vida" quando as condições são favoráveis. Este processo é conhecido como criptobiose e, entre os animais é encontrado apenas entre os nematódeos, os rotíferos e os tardígrados. Os nemátodos foram originalmente classificados como Nemata por Nathan Cobb, em 1919; mais tarde foram considerados do filo Aschelminthes, por Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 37 possuírem uma cavidade preenchida por líquido, que não é um verdadeiro celoma e, mais recentemente, restaurado o estatuto de filo dentro do grupo Ecdysozoa, ao qual pertencem também os Arthropoda, por se considerar terem a mesma filogenia. Apesar de não possuírem partes duras, foram encontrados fósseis de nemátodos do período Carbonífero (com mais de 280 milhões de anos), mas, uma vez que alguns grupos relacionados com eles foram encontrados em formações do período Cambriano, é provável que eles tenham aparecido no mesmo período. Têm também sido encontrados nematóides em âmbar (resina fossilizada) da era Cenozóica. 2.3.5 Filo Annelida Vulgarmente chamam-se anelídeos (Annelida - latim annelus, pequeno anel) aos vermes segmentados - com o corpo formado por "anéis" - do filo Annelida como a minhoca e a sanguessuga. Existem mais de 15.000 espécies destes animais em praticamente todos os ecossistemas, terrestres, marinhos e de água doce. Encontram-se anelídeos com tamanhos desde menos de um milímetro até mais de 3 metros. Os anelídeos são animais de corpo alongado, segmentado, triblásticos, protostômios e celomados, ou seja, com a cavidade do corpo cheia de um fluído onde o intestino e os outros órgãos se encontram suspensos. Os oligoquetas e os poliquetas possuem celomas grandes, mas, nas sanguessugas, o celoma está preenchido por tecidos e reduzido a um sistema de estreitos canais; em alguns arquianelídeos o celoma está completamente ausente. O celoma pode estar dividido numa série de compartimentos por septos. Em geral, cada compartimento corresponde a um segmento e inclui uma porção dos sistemas nervoso e circulatório, permitindo-lhes funcionar com relativa independência. Cada segmento está dividido externamente em um ou mais anéis, é coberto por uma cutícula segregada pela epiderme e, internamente, possui um fino sistema de músculos longitudinais. Estas características são parcialmente comuns aos nemátodos e aos artrópodes e, por isso, eles foram durante algum tempo colocados no mesmo grupo sistemático, o filo Articulata, mas estudos mais recentes revelaram que essas características devem ser consideradas como convergências evolutivas. Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 38 Nas minhocas (Oligochaeta), os músculos são reforçados por lamelas de colágeno; as sanguessugas (Hirudinea) têm uma camada dupla de músculos,
Compartilhar