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MATERIAL DIDÁTICO 
 
MORFOLOGIA, BOTÂNICA E ZOOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
U N I V E R S I DA D E
CANDIDO MENDES
 
CREDENCIADA JUNTO AO MEC PELA 
PORTARIA Nº 1.282 DO DIA 26/10/2010 
 
Impressão 
e 
Editoração 
 
0800 283 8380 
 
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SUMÁRIO 
UNIDADE 1 - INTRODUÇÃO À MORFOLOGIA ........................................................................................... 3 
UNIDADE 2 - INTRODUÇÃO À ZOOLOGIA ............................................................................................... 17 
UNIDADE 3 - INTRODUÇÃO À BOTÂNICA ................................................................................................ 62 
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................................. 88 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 1 - INTRODUÇÃO À MORFOLOGIA 
 
Morfologia é o estudo da forma dos seres vivos. Este estudo pode ser dividido 
em: Anatomia (visão macroscópica) e Histologia (visão microscópica). É uma 
ferramenta fundamental para a identificação e classificação das espécies. Nos 
próximos capítulos poderemos acompanhar as divisões e classificações animais e 
vegetais, destacando então sua morfologia (anatomia e histologia). 
 
1.1 Os Seres Vivos 
Em biologia e ecologia, um organismo é um ser vivo. Uma extensão polêmica 
deste conceito afirma que a própria Terra é um organismo vivo. Chama-se a esta 
hipótese a Hipótese Gaia. 
A origem da vida e as relações entre as suas maiores linhagens são 
controversas. Dois grandes grupos podem ser identificados, os procariontes - que 
não apresentam um verdadeiro núcleo celular - e os eucariontes, em que o DNA se 
encontra organizado em cromossomos dentro do núcleo celular. Os procariontes são 
geralmente agrupados em dois domínios, chamados Bacteria e Archaea. De acordo 
com a teoria endossimbiótica as plantas teriam adquirido duas organelas das suas 
células, nomeadamente a mitocôndria e os cloroplastos, de bactérias 
endossimbióticas. 
Características comuns a muitos organismos incluem: movimento, 
alimentação, respiração, crescimento, reprodução, sensação (sensibilidade a 
estímulos externos). No entanto, estes não são universais. Muitos organismos são 
incapazes de movimento independente, e não respondem diretamente ao seu 
ambiente. Os microrganismos, como as bactérias, podem não ter respiração, 
usando, em vez disso, caminhos químicos alternativos. 
 
1.2 Sistemática 
A sistemática é a ciência dedicada a inventariar e descrever a biodiversidade 
e compreender as relações filogenéticas entre os organismos. Inclui a taxonomia 
(ciência da descoberta, descrição e classificação das espécies e grupo de espécies, 
com suas normas e princípios) e também a filogenia (relações evolutivas entre os 
 
 
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organismos). Em geral, diz-se que compreende a classificação dos diversos 
organismos vivos. Em biologia, os sistematas são os cientistas que classificam as 
espécies em outros táxons a fim de definir o modo como eles se relacionam 
evolutivamente. 
O objetivo da classificação dos seres vivos, chamada taxonomia, foi 
inicialmente o de organizar as plantas e animais conhecidos em categorias que 
pudessem ser referidas. Posteriormente a classificação passou a respeitar as 
relações evolutivas entre organismos, organização mais natural do que a baseada 
apenas em características externas. Para isso se utilizam também características 
ecológicas, fisiológicas, e todas as outras que estiverem disponíveis para os táxons 
em questão. É a esse conjunto de investigações a respeito dos táxons que se dá o 
nome de Sistemática. Nos últimos anos têm sido tentadas classificações baseadas 
na semelhança entre genomas, com grandes avanços em algumas áreas, 
especialmente quando se juntam a essas informações aquelas oriundas dos outros 
campos da Biologia. 
A classificação dos seres vivos é parte da sistemática, ciência que estuda as 
relações entre organismos, e que inclui a coleta, preservação e estudo de 
espécimes, e a análise dos dados vindos de várias áreas de pesquisa biológica. 
Nomenclatura é a atribuição de nomes (nome científico) a organismos e às 
categorias nas quais são classificados. O nome científico é aceito em todas as 
línguas, e cada nome aplica-se apenas a uma espécie. 
Há duas organizações internacionais que determinam as regras de 
nomenclatura, uma para zoologia e outra para botânica. Segundo as regras, o 
primeiro nome publicado (a partir do trabalho de Linnaeus) é o correto, a menos que 
a espécie seja reclassificada, por exemplo, em outro gênero. A reclassificação tem 
ocorrido com certa frequência desde o século XX. O Código Internacional de 
Nomenclatura Zoológica preconiza que neste caso mantém-se a referência a quem 
primeiro descreveu a espécie, com o ano da descrição, entre parênteses, e não 
inclui o nome de quem reclassificou. Esta norma internacional decorre, entre outras 
coisas, do fato de ser ainda nova a abordagem genética da taxonomia, sujeita a 
revisão devido a novas pesquisas científicas, ou simplesmente a definição de novos 
 
 
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parâmetros para a delimitação de um táxon, que podem ser morfológicos, 
ecológicos, comportamentais etc. 
O primeiro sistema de classificação foi o de Aristóteles no século IV a.C., que 
ordenou os animais pelo tipo de reprodução e por terem ou não sangue vermelho. O 
seu discípulo Teofrasto classificou as plantas por seu uso e forma de cultivo. Nos 
séculos XVII e XVIII os botânicos e zoólogos começaram a delinear o atual sistema 
de categorias, ainda baseados em características anatômicas superficiais. No 
entanto, como a ancestralidade comum pode ser a causa de tais semelhanças, este 
sistema demonstrou aproximar-se da natureza, e continua sendo a base da 
classificação atual. Linnaeus fez o primeiro trabalho extenso de categorização, em 
1758, criando a hierarquia atual. 
A partir de Darwin a evolução passou a ser considerada como paradigma 
central da Biologia, e com isso evidências da paleontologia sobre formas ancestrais, 
e da embriologia sobre semelhanças nos primeiros estágios de vida. No século XX, 
a genética e a fisiologia tornaram-se importantes na classificação, como o uso 
recente da genética molecular na comparação de códigos genéticos. Programas de 
computador específicos são usados na análise matemática dos dados. 
Em fevereiro de 2005 Edward Osborne Wilson, professor aposentado da 
Universidade de Harvard, onde cunhou o termo biodiversidade e participou da 
fundação da sóciobiologia, ao defender um "projeto genoma" da biodiversidade da 
Terra, propôs a criação de uma base de dados digital com fotos detalhadas de todas 
as espécies vivas e a finalização do projeto Árvore da vida. Em contraposição a uma 
sistemática baseada na biologia celular e molecular, Wilson vê a necessidade da 
sistemática descritiva para preservar a biodiversidade. 
Do ponto devista econômico, defendem Wilson, Peter Raven e Dan Brooks, a 
sistemática pode trazer conhecimentos úteis na biotecnologia, e na contenção de 
doenças emergentes. Mais da metade das espécies do planeta é parasita, e a 
maioria delas ainda é desconhecida. 
Tradicionalmente os seres vivos eram divididos em dois reinos: Plantas e 
Animais. Como muitos seres simples não cabem nesta divisão, em 1866 Ernst 
Heinrich Haeckel propôs a categoria Protista, incluindo algas, fungos, protozoários e 
bactérias, No século XX a classificação mais aceita passou a ter cinco reinos: 
 
 
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Protista (protozoários e algumas algas), Monera (bactérias procariontes, e 
cianobactérias ou algas azuis), Fungos, Plantas e Animais. 
Recentemente a análise genética levou a propor o grupo Archaea para as 
Archaebacterias, e mais dois grupos: as outras bactérias e os eucariontes 
(organismos que têm núcleo celular: fungos, plantas e animais). 
No entanto, estudos recentes (Cavalier-Smith 1998, 2004) passaram a aceitar 
o sistema de seis reinos (Bacteria, Protista, Animalia, Fungi, Plantae e Chromista). O 
reino Chromista engloba alguns grupos de algas como as Phaeophyta, Chrysophyta 
e Bacillariophyta (Diatomáceas) que possuem cloroplasto com quatro membranas, 
localizado no lúmen do retículo endoplasmático rugoso e originado de uma simbiose 
secundária. 
Considerando-se os organismos fotossintetizantes envolvidos nesta nova 
divisão dos reinos, uma das principais características definidoras das linhagens 
evolutivas é justamente a origem do cloroplasto: 
 Cianobactérias: sem cloroplasto, pigmento difuso no citoplasma 
 Plantas: simbiose primária (Protista + cianobactéria), cloroplasto com duas 
membranas. 
 Protistas (Euglenas e Dinoflagelados): simbiose secundária ou terciária 
(Protista + planta), cloroplasto com 3 membranas 
 Cromistas: simbiose secundária (Protista + Planta), cloroplasto com 4 
membranas. 
 
Os reinos são divididos num sistema hierárquico de categorias chamadas 
táxons. Cada táxon inclui os que o sucedem. Tradicionalmente são eles: Domínio 
(mais recente), Reino, Filo (ou divisão, em botânica), Classe, Ordem, Família, 
Gênero, Espécie. 
Há categorias intermediárias, incluídas quando é necessário fazer distinções. 
Assim, por exemplo, em botânica, além de divisão, que equivale ao filo no 
reino animal, existem também série e seção. Uma sequência hierárquica mais 
completa seria: Reino, Filo, Subfilo, Superclasse, Classe, Infraclasse, Coorte, 
Superordem, Ordem, Subordem, Infra-ordem, Superfamília, Família, Subfamília, 
Tribo, Subtribo, Gênero, Subgênero, Espécie, Subespécie. 
 
 
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Hoje em dia o táxon mais claro é a espécie: populações de indivíduos 
geneticamente semelhantes que potencialmente cruzam entre si em condições 
naturais (definição mais difundida de espécie), o que não significa que o conceito de 
espécie esteja bem esclarecido por esse enunciado, pois ele não abrange, por 
exemplo, organismos que fazem apenas reprodução assexuada. Mecanismos de 
especiação, como isolamento geográfico, podem levar uma espécie a originar outra. 
Nos casos excepcionais de cruzamento interespecífico, praticamente em todos os 
casos, os descendentes são estéreis. Quando as populações de uma espécie são 
muito diferentes morfologicamente, são chamadas subespécies, raças ou 
variedades. O gênero inclui espécies relacionadas, reconhecidas popularmente 
como aparentadas, como o cão e o lobo. 
 
1.3 A Classificação Biológica 
A expressão classificação científica ou classificação biológica designa o modo 
como os biólogos agrupam e categorizam as espécies de seres vivos, extintas e 
atuais. A classificação científica moderna tem as suas raízes no sistema de Carolus 
Linnaeus, que agrupou as espécies de acordo com as características morfológicas 
por elas partilhadas. Estes agrupamentos foram subsequentemente alterados 
múltiplas vezes para melhorar a consistência entre a classificação e o princípio 
darwiniano da ascendência comum. O advento da sistemática molecular, que utiliza 
a análise do genoma e os métodos da biologia molecular, levou a profundas 
revisões da classificação de múltiplas espécies e é provável que as alterações 
taxonômicas continuem a ocorrer à medida que se caminha para um sistema de 
classificação presente na semelhança genética e molecular em detrimento dos 
critérios morfológicos. A classificação científica pertence à ciência da taxonomia ou 
sistemática biológica. 
 
 
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A classificação das espécies não obedece a critérios rigidamente formais. 
Caso fosse aplicado aos primatas o mesmo critério científico usado para classificar 
os coleópteros, dos quais há mais de 300 mil espécies catalogadas, o ser humano 
(Homo sapiens) faria parte do gênero Pan, o mesmo gênero dos chimpanzés (Pan 
troglodytes) e dos bonobos (Pan paniscus). 
Assim a classificação biológica é um sistema organizativo que se rege por um 
conjunto de regras unificadoras e de critérios que se pretendem universais, mas que, 
dada a magnitude do conjunto dos seres vivos e a sua inerente diversidade, são 
necessariamente adaptados a cada um dos ramos da biologia. 
 
 
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Tradicionalmente, a classificação de plantas e de animais seguiu critérios 
diferenciados, hoje fixos no Código Internacional de Nomenclatura Botânica e no 
Código Internacional de Nomenclatura Zoológica, respectivamente, refletindo a 
história das comunidades científicas associadas. Outras áreas, como a micologia 
(que segue a norma botânica), a bacteriologia e a virologia, seguiram caminhos 
intermédios, adotando muitos dos procedimentos usados nas áreas consideradas 
mais próximas. 
Nos últimos tempos, com o advento das técnicas moleculares e dos estudos 
cladísticos, as regras tendem apara a unificação, levando a uma rápida mutação dos 
sistemas classificativos e alterando profundamente a estrutura classificativa 
tradicional. 
A classificação científica é, por isso, um campo em rápida mutação, com 
frequentes e profundas alterações, em muitos casos quebrando conceitos há muito 
sedimentados. Nesta matéria, mais importante do que conhecer a classificação de 
qualquer espécie, importa antes conhecer a forma como o sistema se organiza. Até 
porque aquilo que é hoje uma classificação aceita em pouco tempo pode ser outra 
bem diferente. 
Enquanto Carolus Linnaeus classificava as espécies de seres vivos tendo 
como objetivo principal facilitar a identificação e criar uma forma de arquivo nos 
herbários e nas coleções zoológicas que permitisse localizar facilmente um 
exemplar, nos modernos sistemas taxonômicos aplicados à biologia procura-se 
antes de mais nada fazer refletir o princípio Darwiniano de ancestralidade comum. 
Isto significa que se pretende agrupar as espécies por proximidade filogenética, isto 
é relacionar as espécies pela sua proximidade genética, a qual reflete o grau de 
comunalidade de ancestrais. 
Desde a década de 1960 que se vem fortalecendo a tendência para utilizar 
estruturas taxonômicas baseadas nos conceitos dacladística, hoje designadas por 
taxonomia cladística, distribuindo os taxa numa árvore evolucionária. Se um táxon 
inclui todos os descendentes de uma forma ancestral, é designado um táxon 
monofilético. Quando o inverso acontece, o táxon é designado parafilético. Os taxa 
que incluem diversas formas ancestrais são designados por polifiléticos. Idealmente 
 
 
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todos os taxa deveriam ser monofiléticos, pois assim refletiriam a ancestralidade 
comum das espécies que integrem. 
Um novo tipo de nomenclatura, batizado como Phylocode, está em 
desenvolvimento, tendo como objetivo criar uma estrutura de clades em vez de uma 
estrutura de taxa. Em caso de implementação generalizada não é clara a forma de 
coexistência entre esse sistema e o atual. 
O conceito de domínio como táxon de topo é de introdução recente. O 
chamado Sistema dos Três Domínios foi introduzido em 1990, mas apenas 
recentemente ganhou aceitação generalizada. Apesar de hoje a maioria dos 
biólogos aceitarem a sua validade, a utilização do sistema dos cinco reinos ainda 
domina. Uma das principais características do sistema dominial é a separação dos 
reinos Archaea e Bacteria, ambos anteriormente parte do reino Monera. Alguns 
cientistas, mesmo sem aceitar os domínios, admitem Archaea como um sexto reino. 
Os taxa mais elevados, em especial os intermédios, têm sofrido ultimamente 
profundas e frequentes alterações, resultado da descoberta de novas relações entre 
os grupos e as espécies. Por exemplo, a tradicional classificação dos primatas 
(classe Mammalia — subclasse Theria — infraclasse Eutheria — ordem Primates) 
está posta em causa por novas classificações, como, por exemplo, a de McKenna & 
Bell (classe Mammalia — subclasse Theriformes — infraclasse Holotheria — ordem 
Primates). Estas alterações resultam essencialmente da existência de um pequeno 
número de taxa em cada nível, sendo neles necessário acomodar um registro fóssil 
muito ramificado. 
A tendência para privilegiar a constituição de grupos monofiléticos em 
detrimento dos parafiléticos levará, seguramente, a sucessivas alterações da 
estrutura classificativa, com especial foco nas classes e ordens. A progressiva 
introdução de conceitos cladísticos também terá um impacto profundo e conduzirá à 
reformulação de muitos dos atuais agrupamentos. 
 
Sufixos dos taxa 
Taxa acima do nível do gênero recebem em geral nomes derivados do gênero 
mais representativo neles incluído ou daquele que, por razões históricas ou outras, é 
mais conhecido. Os sufixos utilizados na construção desses nomes dependem do 
 
 
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Reino e, por vezes, do Filo e Classe, seguindo um padrão pré-estabelecido. O 
quadro seguinte apresenta as regras de construção de sufixos mais comumente 
aceites: 
Taxon Plantas Algas Fungos Animais Bactérias 
Divisão/Filo -phyta -mycota 
Subdivisão/Subfilo -phytina -mycotina 
Classe -opsida -phyceae -mycetes -ia 
Subclasse -idae -phycidae -mycetidae -idae 
Superordem -anae 
Ordem -ales -ales 
Subordem -ineae -ineae 
Infraordem -aria 
Superfamília -acea -oidea 
Família -aceae -idae -aceae 
Subfamília -oideae -inae -oideae 
Tribo/Infrafamília -eae -ini -eae 
Subtribo -inae -ina -inae 
 
Note-se que em botânica e micologia, os nomes dos taxa de família para 
baixo são baseados no nome de um gênero, por vezes referido como o gênero-tipo, 
ao qual é acrescentado um sufixo padronizado. Por exemplo, o gênero Rosa é o 
gênero-tipo a partir do qual a família Rosacea recebe o seu nome (Rosa + -aceae). 
Os nomes dos taxa acima de família podem ser formados a partir do nome da 
família, com o sufixo adequado, ou ser descritivos de uma ou mais características 
marcantes do grupo. No caso dos animais, apenas existem sufixos padronizados até 
ao nível da superfamília. 
A formação de um nome com base na designação de um gênero não é tão 
simples quanto possa parecer, já que a língua latina tem declinações irregulares. Por 
exemplo, os nomes baseados em homo têm como base o genitivo da palavra, ou 
seja, hominis, pelo que humanos pertencem aos Hominidae (hominídeos) e não aos 
Homidae (que, obviamente, nem existem). 
 
Classificação infra-específica 
Embora a espécie seja considerado o nível de classificação mais baixo, existe 
por vezes necessidade de recorrer a classificações infra-específicas para acomodar 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Plantae
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alga
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fungo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Animalia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bact%C3%A9ria
 
 
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a biodiversidade reconhecida ou para descrever certos traços fenotípicos, 
nomeadamente os de interesse econômico entre as espécies domesticadas. 
Os animais podem ser classificados em subespécies (por exemplo, Homo 
sapiens sapiens, para os humanos modernos), ou morfos ou formas (como por 
exemplo, Corvus corax varius morpha leucophaeus, uma forma característica de 
corvo). 
As plantas podem ser classificadas em subespécies (por exemplo, Pisum 
sativum subsp. sativum, a ervilha-de-cheiro), ou variedades (por exemplo, Pisum 
sativum Var. macrocarpon, uma variedade de ervilha). As plantas cultivadas podem 
ser identificadas por cultivares, cada um deles correspondente a um determinado 
fenótipo (por exemplo, Pisum sativum Var. macrocarpon 'Snowbird', o cultivar 
Snowbird de ervilha). 
As bactérias podem ser classificadas por estirpe (por exemplo, Escherichia 
coli O157:H7, uma estirpe de E. coli que pode causar intoxicação alimentar). 
 
1.4 Nomenclatura Binomial 
Nomenclatura binomial, nomenclatura binominal ou nomenclatura binária, 
designa nas ciências biológicas o conjunto de normas que regulam a atribuição de 
nomes científicos às espécies de seres vivos. Chama-se binominal porque o nome 
de cada espécie é formado por duas palavras, o nome do gênero e o restritivo 
específico, normalmente um adjetivo que qualifica gênero. A utilização do sistema de 
nomenclatura binomial é um dos pilares da classificação científica dos seres vivos 
sendo regulada pelos códigos específicos da nomenclatura botânica, zoológica e 
bacteriológica. Foi primeiramente proposta pelo naturalista suíço Gaspard Bauhin, 
no século XVII, e formalizada por Carlos de Linnaeus no século seguinte. Os nomes 
utilizados são em latim, ou numa versão latinizada da palavra ou palavras que se 
pretende utilizar. O nome genérico e o epíteto específico devem sempre ser escritos 
em tipo itálico, ou na sua indisponibilidade ser sublinhados, sendo sempre que 
possível seguidos pelo autor ou autores da descrição (em geral referido como a 
autoridade). Embora no âmbito do esforço de unificação da nomenclatura biológica 
os conceitos tenham sido fundidos, tendo hoje o mesmo significado, 
tradicionalmente no campo da zoologia o conceito é referido como nomenclatura 
 
 
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binominal, enquanto no campo da botânica, da micologia e da bacteriologia o 
conceito é geralmente apelidado nomenclatura binária ou, por vezes, nomenclatura 
binomial. 
A nomenclatura binomial é o método formale o único universalmente aceito 
para a atribuição do nome científico a espécies (com exceção dos vírus). Como o 
termo "binomial" sugere, o nome científico de uma espécie é formado pela 
combinação de dois termos: o nome do gênero e o descritor específico. Apesar de 
alguns pormenores diferirem consoante o campo da biologia em que a espécie se 
insere, os traços determinantes do sistema são comuns e universalmente adotados: 
As espécies são identificadas por um binome, isto é um nome composto por 
dois nomes: um nome genérico e um descritor específico. Nenhum outro táxon pode 
ter nomes compostos por mais de uma palavra. 
As subespécies têm um nome composto por três nomes, ou seja, um trinome, 
colocados pela seguinte ordem: nome genérico, descritor específico e descritor 
subespecífico. 
Todos os taxa hierarquicamente superiores à espécie tem nomes compostos 
por uma única palavra, ou seja, um "nome uninominal". 
Os nomes científicos devem ser sempre escritos em itálico, como em Homo 
sapiens. Quando manuscritos, ou quando não esteja disponível a opção de escrita 
em itálico, devem ser sempre sublinhados. 
O primeiro termo, o nome genérico é sempre escrito começando por uma 
maiúscula, enquanto o descritor específico (em zoologia, o nome específico, em 
botânica o epíteto específico) nunca começa por uma maiúscula, mesmo quando 
seja derivado de um nome próprio ou de uma designação geográfica. 
Por exemplo, Canis lupus ou Anthus hodgsoni. Note-se que esta convenção é 
recente: Carolus Linnaeus usava sempre maiúscula no descritor específico e até 
princípios do século XX era prática comum capitalizar o descritor específico se este 
derivasse de um nome próprio. Apesar de incorreto pelos padrões atuais, e 
inaceitável em contexto científico, a utilização de descritores específicos com 
maiúscula é relativamente comum em literatura não científica, particularmente 
quando reproduza fontes desatualizadas. 
 
 
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Em textos acadêmicos e científicos, a primeira referência a um táxon, 
nomeadamente a uma espécie, é seguida do sobrenome do cientista que primeiro 
validamente o publicou (na zoologia) ou da sua abreviatura padrão (botânica e 
micologia). Se a espécie teve a sua posição taxonômica alterada por inclusão em 
gênero diferente do original, o sobrenome ou a abreviatura padrão do autor original e 
a data de publicação original são fornecidos em parêntesis antes da indicação de 
quem publicou o novo nome. 
Por exemplo, Amaranthus retroflexus L. ou Passer domesticus (Linnaeus, 
1758) – o último foi originalmente descrito como uma espécie do gênero Fringilla, daí 
o parêntesis. 
Quando usado em conjunção com o nome vernáculo da espécie, o nome 
científico normalmente aparece imediatamente a seguir no texto, incluído em 
parêntesis. Por exemplo, "A população do pardal doméstico (Passer domesticus) 
está a decrescer na Europa." 
O nome científico deve ser sempre usado por extenso na sua primeira 
ocorrência no texto e sempre que diversas espécies do mesmo gênero estiverem a 
ser discutidas no mesmo documento. Nos usos subsequentes, as referências podem 
ser abreviadas à inicial do gênero, seguida de um ponto e do nome específico 
completo. Por exemplo, após a primeira referência, Canis lupus pode ser referido 
como C. lupus. Em alguns casos, em literatura não científica, a abreviatura é mais 
conhecida do que o nome completo da espécie: — a bactéria Escherichia coli é 
frequentemente referida simplesmente por E. coli; o Tyrannosaurus rex é 
provavelmente mais conhecido por T. rex. 
A abreviatura "sp." (zoologia) ou "spec." (botânica) é usada quando o nome 
da espécie não pode ou não interessa ser explicitado. A abreviatura "spp." (plural) 
indica "várias espécies". Por exemplo: "Canis sp." significa "uma espécie do gênero 
Canis". Facilmente confundível com a anterior são as abreviaturas "ssp." (zoologia) e 
"subsp." (botânica), que indicam uma subespécie não especificada (veja trinome, 
nome ternário). As abreviaturas "sspp." ou "subspp." indicam "um numero não 
especificado de subespécies". 
A abreviatura "cf." é utilizada quando a identificação da espécie requer 
confirmação por ser incerta ou estiver a ser citada através de uma referência 
 
 
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secundária não verificável. Por exemplo, Corvus cf. corax indica "um pássaro similar 
ao corvo-comum, mas não identificado com segurança como sendo da espécie". 
Em micologia tradicionalmente é utilizado o mesmo sistema de nomenclatura 
da botânica. 
A nomenclatura binomial é também referida como Sistema de classificação 
binomial ou como sistema lineano. 
As principais vantagens da nomenclatura binomial derivam essencialmente da 
sua economia descritiva, do seu uso generalizado e da estabilidade de nomes que é 
por ele favorecida: 
 Todas as espécies podem ser identificadas, sem risco de ambiguidade, por 
apenas duas palavras. 
 O mesmo nome é de uso universal, independente da língua de trabalho, 
evitando erros e problemas de tradução. 
 
Apesar da estabilidade dos nomes estarem longe de ser uma regra absoluta, 
os procedimentos estabelecidos em relação à renomeação de espécies favorecem 
fortemente a estabilidade. Por exemplo, quando uma espécie é transferida para um 
gênero diferente, o que não é incomum face aos avanços da ciência, sempre que 
possível o descritor específico é mantido. O mesmo acontece quando uma espécie é 
desqualificada como independente e é integrada noutra pré-existente, situação em 
que o descritor é mantido ao nível subespecífico. 
Apesar das regras existentes terem como objetivo garantir que cada nome é 
único e que não há ambiguidades na nomenclatura, na prática algumas espécies 
têm vários nomes científicos em circulação na literatura, o uso de cada um deles 
dependendo da opinião taxonômica do autor do texto. Daí que a sinonímia biológica 
seja um campo de grande complexidade, sendo frequente o aparecimento de 
espécies com longas listas de sinônimos. 
A mais importante fonte de instabilidade no sistema binomial é a ressurreição 
de nomes esquecidos, mas para os quais se podem reclamar validamente prioridade 
na publicação. Neste caso, contudo, nos códigos de nomenclatura estão previstas 
normas de conservação de nomes que permitem a manutenção, pelo menos em 
certos casos, do nome de uso mais comum. 
 
 
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Os nomes do gênero e do descritor específico podem derivar de qualquer 
palavra ou provir de qualquer fonte, tendo apenas como exigência o serem 
latinizados. Em geral são palavras latinas, mas muitas delas são derivadas de 
palavras do grego antigo, de nomes de regiões ou lugares, do nome de pessoas (de 
preferência naturalistas) ou de uma palavra numa língua vernácula. Na prática, os 
taxonomistas têm criado nomes a partir de uma imensa variedade de fontes de 
inspiração, incluindo, ao que se dizem alguns casos em que se pretendeu ser jocoso 
ou criar trocadilhos. 
Contudo, os nomes são sempre tratados gramaticalmente como se fossem 
uma frase latina. Por essa razão, o nome científico da espécie é frequentemente 
referido como o "nome latino" da espécie, apesar da expressão não colher a 
aprovação de taxonomistas e de filologista, os quais tendem a favorecer a 
designação, mais neutra, de "nome científico".O nome do gênero deve obrigatoriamente ser único dentro de cada reino. Os 
descritores específicos são frequentemente repetidos e são, obrigatoriamente, um 
modificador adjetivo do nome do gênero, devendo com ele concordar 
gramaticalmente. Os nomes das famílias são frequentemente derivados de um 
gênero particularmente representativo que a integre. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 2 - INTRODUÇÃO À ZOOLOGIA 
 
A zoologia (proveniente do grego zoon "animal", e -logos "estudo") é a ciência 
que estuda os animais. 
 
2.1 O Reino Protista 
O Reino Protista é um dos reinos biológicos comumente reconhecidos, inclui 
os seres unicelulares eucariontes, como é o caso dos protozoários e das algas 
unicelulares e pluricelulares que não possuem tecidos verdadeiros, como é o caso 
das algas multicelulares. Alguns são organismos unicelulares, com 0,01 a 0,5 mm de 
tamanho, muito pequenos para serem vistos sem um microscópio, outros são 
enormes, como certas algas castanhas, com mais de 30 metros de comprimento. 
Protistas são onipresentes em todos os ambientes aquáticos e terrestres, 
comumente sobrevivendo períodos secos na forma de vida latente; alguns são 
parasitas importantes. 
 
Os protistas apresentam-se nas seguintes formas: 
 Formas aquáticas, anteriormente classificadas no Reino Plantae - as algas; 
 Organismos amebóides semelhantes aos fungos - os mixomicetes e 
oomicetes; 
 Formas unicelulares - os protozoários, geralmente divididos pela morfologia e 
locomoção em: Flagelados (Ex. Euglena); Amebóides (Ex. Ameba); Apicomplexa 
(parasitas); e Ciliados (Ex. Paramecio). 
 
 
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Thomas Cavalier-Smith divide o reino em dois subreinos: Sarcomastigota e 
Biciliata. 
Em sistemas de classificação mais antigos, os protozoários foram 
considerados um filo do reino Animalia - Protozoa -, e as algas unicelulares e os 
mixomicetes foram colocados dentro de plantas. Muitas formas foram colocadas em 
ambos os reinos e pesquisadas por zoólogos e botânicos. Eventualmente o reino 
Protista foi criado para colocar estas formas, com as classes de Protozoários 
referidas acima sendo promovidas a filos. Exceto pelos ciliados e oomicetes todos 
estes grupos são polifiléticos e frequentemente sobrepostos. Para, além disso, os 
protistas em si aparentam ser parafiléticos aos outros reinos eucarióticos. 
Tentativas mais recentes foram feitas para dividir os protistas em grupos mais 
genuínos baseados na ultra-estrutura, química e características genéticas. Em 
novos sistemas de classificação estes são frequentemente tratados como reinos 
separados. Thomas Cavalier-Smith propôs o reino Chromista para incluir grupos 
como as algas pardas, as diatomáceas e os oomicetes. 
Entretanto, há ainda muitas linhas diferentes de protistas cujas relações não 
são compreendidas. Muitos cientistas consideram agora os vários clades de Protista 
como subgrupos diretos dos Eukaryotes, com a admissão de que não conhecemos 
ainda o suficiente sobre eles para arranjá-los em uma 
hierarquia. Estes vários clades são listados em nossa 
árvore evolucionária. 
 
2.2 O Reino Animalia 
O reino Animalia, Reino Animal ou Reino Metazoa 
é composto por seres vivos multicelulares cujas células 
formem tecidos biológicos, com capacidade de responder 
ao ambiente que os envolve ou, por outras palavras, 
pelos animais. Ao contrário das plantas, os animais são heterotróficos, ou seja, 
buscam no meio onde vivem seu alimento, como plantas e outros animais para 
sobreviverem. A maioria dos animais possui um plano corporal que se determina à 
medida que se tornam maduros, e, exceto em animais que metamorfoseiam, esse 
plano corporal é estabelecido desde cedo em sua ontogenia quando embriões. Os 
 
 
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gametas, na maioria dos casos, quando constituem a linhagem germinativa, são 
produzidos em órgãos externos, cujas células, com exceção das esponjas, não 
participam da reprodução. 
Coloquialmente, o termo "animal" é frequentemente utilizado para referir-se a 
todos os animais diferentes dos humanos e raramente para referir-se a animais não 
classificados como Metazoários. Animais são eucariontes, e divergiram do mesmo 
grupo dos protozoários flagelados que deram origem aos fungos e aos 
coanoflagelados. Estes últimos são especialmente próximos por possuírem células 
com "colarinhos" aparecendo somente entre eles e as esponjas, e raramente em 
certas outras formas de animais. Em todos estes grupos, as células móveis, 
geralmente os gametas, possuem um único flagelo posterior com ultra-estrutura 
similar. 
Os animais adultos são tipicamente diplóides, produzindo pequenos 
espermatozóides móveis e grandes ovos imóveis. Em todas as formas o zigoto 
fertilizado divide-se (clivagem) para formar uma esfera oca chamada blástula, que 
então sofre rearranjo e diferenciação. As blástulas são provavelmente 
representativas do tipo de colônia de onde os animais evoluíram; formas similares 
ocorrem entre os flagelados, como os Volvox. 
A distinção mais notável dos animais é a forma como as células seguram-se 
juntas. Ao invés de simplesmente ficarem grudadas juntas, ou seguradas em um 
local por pequenas paredes, as células animais são conectadas por junções 
septadas, compostas basicamente por proteínas elásticas (colágeno é 
característico) que cria a matriz extracelular. Algumas vezes esta matriz é calcificada 
para formar conchas, ossos ou espículas, porém de outro modo é razoavelmente 
flexível e pode servir como uma estrutura por onde as células podem mover-se e 
reorganizar-se. 
Exceto por uns poucos traços fósseis questionáveis, as primeiras formas que 
talvez representem animais aparecem nos registros fósseis por volta do Pré-
Cambriano. São chamadas Biota Vendiana e são muito difíceis de relacionar com as 
formas recentes. Virtualmente todos os filos restantes fazem uma aparição mais ou 
menos simultânea durante o período Cambriano. Este efeito radioativo massivo 
 
 
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pode ter surgido devido a uma mudança climática ou uma inovação genética e é tão 
inesperada que é geralmente chamada de Explosão Cambriana. 
As esponjas (Porifera) separaram-se dos outros animais muito cedo e são 
muito diferentes. Esponjas são sésseis e geralmente alimentam-se retirando as 
partículas nutritivas da água que entra através de poros espalhados por todo o 
corpo, que é suportado por um esqueleto formado por espículas. As células são 
diferenciadas, porém, não estão organizadas em grupos distintos. 
Existem também três filos "problemáticos" - os Rhombozoa, Orthonectida, e 
Placozoa - e possuem uma posição incerta em relação aos outros animais. Quando 
eles foram inicialmente descobertos, os Protozoa foram considerados como um filo 
animal ou um subreino, porém, como eles são geralmente não-relacionados e mais 
similares às plantas do que animais, um novo reino, o Protista foi criado para abrigá-
los. 
Independentemente disso, todos os animais pertencem a um grupo 
monofilético chamado Metazoa (ou Eumetazoa quando o nome Metazoa é usadopara todos os animais), caracterizado por uma câmara digestiva e camadas 
separadas de células que diferenciam-se em vários tecidos. Características 
distintivas dos metazoários incluem um sistema nervoso e músculos. 
Os Metazoa mais simples apresentam simetria radial - por esta razão, são 
classificados como Radiata (em contraposição com os Bilateria, que têm simetria 
bilateral). Para além disso, estes animais são diblásticos, isto é, possuem dois 
folhetos embrionários. A camada exterior (ectoderme) corresponde a superfície da 
blástula e a camada interior (endoderme) é formada por células que migram para o 
interior. Ela então se invagina para formar uma cavidade digestiva com uma única 
abertura, (o arquêntero). Esta forma é chamada gástrula (ou plânula quando ela é 
livre-natante). Os Cnidaria e os Ctenophora (águas vivas, anêmonas, corais, etc.) 
são os principais filos diblásticos. Os Myxozoa, um grupo de parasitas 
microscópicos, têm sido considerados cnidários reduzidos, porém, podem ser 
derivados dos Bilateria. 
As formas restantes compreendem um grupo chamado Bilateria, uma vez que 
eles apresentam simetria bilateral (ao menos um algum grau), e são triblásticos. A 
Blástula invagina sem se preencher previamente, então o endoderma é apenas seu 
 
 
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forro interior, a parte interna é preenchida para formar o terceiro folheto embrionário 
entre eles (mesoderme). Os animais mais simples dentre estes são os 
Platyhelminthes (vermes achatados, como a tênia), que podem ser parafiléticos ao 
filo mais alto. 
A vasta maioria dos filos triblásticos forma um grupo chamado Protostomia. 
Todos os animais destes filos possuem um trato digestivo completo (incluindo uma 
boca e um ânus), com a boca se desenvolvendo do arquêntero e o ânus surgindo 
depois. A mesoderme surge como nos Platyhelminthes (vermes achatados, como a 
planária), de uma célula simples, e então se divide para formar uma massa em cada 
lado do corpo. Geralmente há uma cavidade ao redor do intestino, chamada celoma, 
surgindo como uma divisão do mesoderma, ou ao menos uma versão reduzida disso 
(por exemplo, um pseudoceloma, onde a divisão ocorre entre o mesoderma e o 
endoderma, comum em formas microscópicas). 
Alguns dos principais filos protostômios são unidos pela presença de larva 
trocófora, que é distinguida por um padrão especial de cílios. Estes criam um grupo 
chamado Trochozoa, compreendendo os seguintes: 
 Filo Nemertea (ribbon worms) 
 Filo Mollusca (caracóis, lulas, etc.) 
 Filo Sipuncula 
 Filo Annelida (vermes segmentados - minhoca) 
 
Tradicionalmente o Arthropoda - o maior filo animal incluindo insetos, 
aranhas, caranguejos e semelhantes - e dois pequenos filos proximamente 
relacionados a eles, o Onychophora e Tardigrada, têm sido considerados 
relativamente próximos aos anelídeos por causa de seu plano de segmentação 
corporal (a hipótese dos Articulata). Esta relação está em dúvida, e parece que eles, 
ao invés disso, pertençam a várias minhocas pseudocelomadas - os Nematoda, 
Nematomorpha (minhocas cabelo-de-cavalo), Kinorhyncha, Loricifera, e Priapulida - 
que compartilham entre si ecdise (muda do exoesqueleto e muitas outras 
características. Este grupo é conhecido como Ecdysozoa. 
Existem vários pseudocelomados protostomados que são difíceis de serem 
classificados devido aos seus pequenos tamanhos e estruturas reduzidas. Os 
 
 
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Rotifera e Acanthocephala são extremamente relacionados entre si e provavelmente 
pertencem proximamente aos Trochozoa. Outros grupos incluem os Gastrotricha, 
Gnathostomulida, Entoprocta, e Cycliophora. O último foi descoberto apenas 
recentemente, e como pouca investigação foi feita nos fundos marinhos, 
provavelmente mais coisas serão ainda descobertas. A maioria destes foi agrupada 
dentro do filo Aschelminthes, junto com os Nematoda e outros, porém eles não 
aparentam possuir relações filogenéticas entre si. 
Os Brachiopoda (braquiópodes), Ectoprocta (ou Bryozoa, os briozoários) e os 
Phoronidas formam um grupo chamado Lophophorata, graças à presença 
compartilhada de um leque de cílios ao redor da boca chamado lofóforo. As relações 
evolucionárias destas formas não são muito claras - o grupo tem sido considerado 
como parte dos "deuterostomados", e talvez seja "parafilético". Eles são mais 
relacionados aos "Trochozoa", contudo, e os dois são frequentemente agrupados 
como Lophotrochozoa. 
Os Deuterostomados diferem dos Protostomados de várias formas. Eles 
também possuem um trato digestivo completo, mas neste caso o arquêntero 
desenvolve-se no ânus. A mesoderme e celoma não se desenvolvem da mesma 
forma, e sim da evaginação da endoderme, diz-se então, de origem enterocélica. E, 
finalmente, a clivagem dos embriões é diferente. Tudo isto sugere que as duas 
linhas são separadas e monofiléticas. Os deuterostomados incluem: 
 
 Filo Chaetognatha 
 Filo Echinodermata (estrelas-do-mar, ouriços-do-mar, pepinos-do-mar etc.) 
 Filo Hemichordata 
 Filo Chordata (vertebrados e semelhantes) 
 
Também há alguns filos animais extintos, não havendo muito conhecimento 
sobre sua embriologia ou estrutura interna, tornando-se assim difíceis de classificar. 
Estes são, em sua maioria, vindos do período Cambriano, e incluem: 
 
 Filo Archaeocyatha (possíveis esponjas) 
 Filo Conulariida (possíveis cnidários) 
 
 
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 Filo Conodonta (possíveis cordados ou relativamente próximos disso). 
 Filo Lobopoda (possíveis artrópodes) 
 Filo Sclerotoma (diferentes formas com escleritos) 
 Filo Vendozoa (algumas formas do Pré-Cambriano, possivelmente nem 
mesmo animais) 
 Filo Vetulicolia (possíveis deuterostômios) 
 Desconhecido (algumas formas como Cloudina e Hyolithes) 
 
2.3 Principais Filos 
 
2.3.1 Filo Porifera 
Porifera é um filo do reino Animalia, sub-reino Parazoa, onde se enquadram 
os animais conhecidos como esponjas. O nome do filo vem do Latim porus "poro" e 
ferre "carregar". 
Estes organismos são primitivos, sésseis, sua grande maioria é marinha, 
alimentam-se por filtração, bombeando a água através das paredes do corpo e 
retendo as partículas de alimento nas suas células. As esponjas estão entre os 
animais mais simples, com tecidos parcialmente diferenciados (parazoas), porém 
sem músculos, sistema nervoso, nem órgãos internos. Eles são muito próximos a 
uma colônia celular de coanoflagelados, (o que mostra o provável salto evolutivo de 
unicelulares para pluricelulares), pois cada célula alimenta-se por si própria. Existem 
mais de 15.000 espécies modernas de esponjas conhecidas, que podem ser 
encontradas desde a superfície da água até mais de 8.000 metros de profundidade, 
e muitas outras são descobertas a cada dia. O registro fóssil data as esponjas desde 
a era pré-cambriana (ou Pré-Câmbrico), ou Neoproterozóico. 
Os Poríferos são diblásticos, ou seja, têm endoderme e ectoderme. 
As esponjas modernas são predominantemente marinhas. Seu hábitat varia 
desde a zona costeira até profundidades de mais de 6.000 metros. São encontradas 
no mundo inteiro, desde as águas polares até as regiões tropicais. Esponjas são 
mais abundantes, tanto em número de indivíduos como de espécies, nas águas 
mornas. 
 
 
 
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Esponjas adultas são sésseis, e vivem fixas na mesma posição. No entanto, 
foi observado que certas esponjas podem se mover direcionando sua circulação de 
água com os miócitos, numa certa direção. Um maior número de esponjas pode ser 
encontrado em lugares que oferecem um sedimento firme, como um fundo de 
rochas. Algumas esponjas são capazes de aderirem a si mesmas em fundos de 
sedimentos moles, usando uma base semelhante a uma raiz. Esponjas também 
costumam viver em águas claras e tranquilas, pois se uma onda ou a ação das 
correntes levanta o sedimento, os grãos tendem a tapar os poros do animal, 
diminuindo sua capacidade de se alimentar e sobreviver. 
Evidências recentes sugerem que uma nova doença, chamada em inglês de 
Aplysina red band syndrome (ARBS), está atacando esponjas no Caribe. 
No uso comum, o termo esponja é usado somente para designar os 
esqueletos desses animais, após o tecido desses animais terem sido removidos por 
maceração e lavagem. O material de que essas esponjas são compostas é a 
espongina. Esponjas calcárias e silicosas são ásperas demais para esse uso. 
Esponjas comercias são derivadas de várias espécies e vêm em vários graus, finas 
como lã de carneiro ou bem ásperas próprias para lavar carros . 
 
 
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Esponjas marinhas vêm de peixarias no Mediterrâneo e nas Índias 
Ocidentais. A produção de esponjas sintéticas tem diminuído muito sua pesca nos 
últimos anos. 
A estrutura de uma esponja é simples: tem a forma de um tubo ou saco, 
muitas vezes ramificado, com a extremidade fechada presa ao substrato. A 
extremidade aberta é chamada ósculo, e a cavidade interior é a esponjocele. As 
paredes são perfuradas por buracos microscópicos, chamados óstios, para permitir 
que a água flua para dentro da esponjocele trazendo oxigênio e alimento. 
A parede das esponjas é formada por duas camadas de células, com o 
interior formado pela matriz extracelular que, neste grupo, se denomina 
mesênquima. 
As esponjas possuem vários tipos de células: 
 Pinacócitos: que são as células da epiderme exterior - são finas, e 
estreitamente ligadas. 
 Coanócitos: também chamadas "células de colarinho" porque têm um flagelo 
rodeado por uma coroa de cílios, revestem o esponjocele e funcionam como uma 
espécie de sistema digestivo e sistema respiratório combinado, uma vez que os 
flagelos criam uma corrente que renova a água que as cobre, da qual elas retiram o 
oxigênio e as partículas de alimento. São muito semelhantes aos protistas 
coanoflagelados. São cobertos por microvilosidades. 
 Porócitos: que são as células tubulares que revestem os poros da parede e 
podem contrair-se, formando uma espécie de tecido muscular. 
 Archaeócitos (Amebócitos): que se deslocam no mesênquima, realizando 
muitas das funções vitais do animal, como a digestão das partículas de alimento, o 
transporte de nutrientes e a produção de gametas. São células totipotentes, que 
podem se transformar em esclerócitos, espongiócitos ou colenócitos. 
 Esclerócitos (Amebócitos): que são as células responsáveis pela secreção 
das espículas de calcário ou sílica, que residem na mesogléia. 
 Espongócitos (Amebócitos): que são as células responsáveis pela secreção 
da espongina (fibras semelhantes ao colágeno), que formam o "esqueleto" do 
animal. 
 
 
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 Miócitos: são pinacócitos modificados, que controlam o tamanho do ósculo, a 
abertura dos poros e, consequentemente, o fluxo de água dentro da esponja. 
 
As espículas são espinhos de carbonato de cálcio ou sílica, que são usadas 
para estrutura e defesa. A mesogléia é uma matriz extracelular onde as células se 
estruturam. As esponjas desenvolvem-se em três padrões: 
 Asconóide: que é o tipo mais simples - um simples tubo, com um canal 
central, chamado espongiocele. Muito pequeno e muito raro. A batida dos 
coanócitos força a água da espongiocele até os poros, através da parede do corpo 
da esponja. Os coanócitos estão na parede da espongiocele e filtram os nutrientes 
da água. 
 Siconóide: são similares aos asconóides. Seu corpo se dobra sobre si 
mesmo, permitindo o crescimento do animal. Têm um corpo tubular, com um ósculo 
simples, mas a parede do corpo é mais complexa do que a dos asconóides e 
contêm linhas radiais de coanócitos. A água entra por um grande número de "óstio" 
dermais e então é filtrada nos canais radiais. Então o alimento é capturado pelos 
coanócitos. Normalmente não formam as grandes e ramificadas colônias que os 
asconóides fazem. Durante o seu desenvolvimento, elas passam por um estágio em 
que são semelhantes a asconóides. 
 Leuconóide: o caso mais complexo, em que a parede se dobra várias vezes, 
formando um sistema de canais. Esse é o tipo mais comum na natureza. Carecem 
de espongiocele, tendo, no entanto, câmaras contendo coanócitos. 
 
O "esqueleto" das esponjas pode ser formado por espículas calcárias ou 
silicosas, por fibras de espongina ou por placas calcárias. Algumas esponjas, na 
antiguidade, eram usadas pelos gregos, por serem mais resistentes, para polir ferro 
e metais. Já outras eram utilizadas pelos romanos para tomar banho ou para tomar 
vinho. Se banhava a esponja no vinho e espremia na boca. 
As esponjas são o tipo mais primitivo de animal, classificados por isso no 
grupo parazoa, considerado um táxon paralelo ao de todos os outros animais 
(eumetazoa), e carecem de várias coisas que os outros animais possuem, como 
sistema nervoso e locomoção. Contudo, testes recentes de DNA sugerem que seu 
 
 
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grupo é a base dos outros grupos de animais. Elas dividem várias características 
com colônias de protozoários, como o Volvox, embora elas tenham um nível mais 
alto de especialização celular e interdependência. No entanto, se uma esponja for 
passada em uma peneira, ela vai se regenerar, e se várias esponjas de espécies 
diferentes forem colocadas juntas numa peneira, cada espécie vai se recombinar 
independentemente. 
A divisão do filo Porifera em classes é feita com base no tipo de espículas que 
apresentam: 
 Classe Calcarea - espículas compactas de carbonato de cálcio (aka.: 
calcário). Podem ser asconóides, siconóides ou leuconóides. 
 Classe Hexactinellida - espículas de sílica, muito raras. Somente asconóides. 
 Classe Demospongiae - "esqueleto" de fibras de espongina com ou sem 
espículas de sílica. Somente leuconóides. 
 
Alguns taxonomistas sugeriam a criação de uma quarta classe, 
Sclerospongiae, de esponjas coralíneas, mas o consenso atual é de que as 
esponjas coralíneas surgiram em várias épocas e não são muito proximamente 
aparentadas. Junto com essa quarta classe, uma quinta foi proposta: 
Archaeocyatha. Esses animais tinham uma classificação vaga, mas agora o 
consenso é de que eles são um tipo de esponjas. Os Archaeocyatha devem 
pertencer a esse grupo, embora seus esqueletos sejam mais duros. Foi sugerido 
que as esponjas deveriam formar um grupo parafilético com relação aos outros 
animais. Por outro lado, elas são postas no seu próprio sub-reino, o Parazoa. 
Fósseis similares, conhecidos como Chancelloria não são vistos como esponjas. 
Umahipótese filogenética, baseada em exames de DNA, sugeriu que o filo 
Porifera é na verdade parafilético, e seus membros deveriam ser divididos em dois 
novos filos, o Calcarea e o Silicarea. Conhecem-se ainda fósseis de organismos 
com características de esponjas, mas diferentes das atuais, que foram agrupados na 
classe Sclerospongiae. No entanto, com a descoberta de espécies vivas de alguns 
destes grupos, concluiu-se que esta classe não é válida. São os seguintes os nomes 
atribuídos a estes organismos (que nem sempre são equivalentes a taxa: 
 
 
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 Quetetídeos: eram grandes construtores de recifes formados por tubos 
calcários, mas recentemente descobriu-se uma espécie viva, Acanthochaetetes 
wellsi, que possui espículas silicosas, mas também tecidos que demonstram que faz 
parte das Demospongiae; 
 Esfinctozoários: tinham uma estrutura parecida com os quetetídeos, mas 
possuíam espículas calcárias; recentemente descobriu-se uma espécie viva, 
Vaceletia crypta, incluída neste grupo, mas sem espículas e com características que 
sugerem que provavelmente possa ser incluída nas Demospongiae; 
 Estromatoporóides: cresciam segregando folhas calcárias sobrepostas; 
algumas Demospongiae atuais apresentam um crescimento semelhante, sugerindo 
que os fósseis assim classificados sejam da mesma classe; 
 Receptaculida: construíam um "esqueleto" calcário em espiral, mais parecido 
com algumas algas verdes coralinas atuais da classe Dasycladales (provavelmente 
não são esponjas). 
 
As esponjas podem reproduzir-se sexuada ou assexuadamente, conforme as 
condições ambientais. Quanto à reprodução sexuada a maior parte das esponjas é 
monóica, porém observam-se espécies dióicas. Seus gametas serão produzidos por 
uma diferenciação dos amebócitos e serão lançados no ambiente aquático, onde a 
fecundação pode ocorrer de forma externa ou interna, porém sempre o 
desenvolvimento se processa de forma externa do tipo indireto, pois se observa a 
presença de uma larva chamada de anfiblástula. Em relação a reprodução 
assexuada, as esponjas apresentam um alto grau de regeneração, podendo se 
reproduzir por meio de brotamento, regeneração ou gemulação/gemação (exclusivo 
das esponjas de água doce), por meio de um broto que formará uma nova esponja 
adulta. 
Elas podem se reproduzir assexuadamente pelo processo de brotamento 
externo ou interno. O externo ocorre quando uma esponja mãe origina um broto na 
parte de fora de seu corpo que pode se desligar ou continuar unida a ela. A interna 
acontece quando os arqueócitos coletados no mesófilo começam a formar uma nova 
esponja. A interna é também chamada de gemulação. Uma esponja produzida de 
forma assexuada tem exatamente o mesmo material genético de seu genitor. 
 
 
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Esponjas também podem fazer reprodução sexual externa. Embora as esponjas 
sejam hermafroditas, elas não fertilizam seus próprios ovos com seu próprio 
esperma. Todas as esponjas de certa espécie liberam seus gametas numa certa 
noite, geralmente na lua cheia, e fertilizam umas as outras na água, produzindo 
novas esponjas, diferentes de seus pais. 
Apesar de não serem tão abundantes, há registros tanto no "velho" como no 
"novo mundo". O registro fóssil de esponjas não é muito abundante, exceto em umas 
poucas localidades. Alguns fósseis de esponjas são encontrados no mundo todo, 
enquanto outros têm uma distribuição mais restrita a certas áreas. Alguns fósseis de 
esponjas, como a Hydnoceras e a Prismodictya, do período Devoniano, são 
encontrados no estado de Nova York. Nos Alpes europeus existem alguns fósseis 
bem preservados do período Jurássico. Na Inglaterra e na França existem alguns 
fósseis do Cretáceo. Uma esponja bem antiga, do período Cambriano, é a Vauxia. 
Existem fósseis com 1 cm e outros com mais de 1 m. Variam muito em formato, mas 
as mais comuns são em forma de vaso (como as Ventriculites), em forma de esfera 
(como as Porosphaera), de pires (Astraeospongiae), folha (Elasmostoma), galhos 
(Doryderma), irregulares etc. Embora 90% das esponjas atuais sejam de 
dermosponjas, os registros fósseis desse tipo são menos comuns que os de outros 
tipos, pois seus esqueletos são compostos de uma espongina relativamente frágil, 
que não se fossiliza muito bem. 
 
2.3.2 Filo Cnidaria 
O filo Cnidaria inclui os animais aquáticos (conhecidos popularmente como 
celenterados ou cnidários) de que fazem parte as hidras de água doce, as medusas 
ou águas-vivas, que são normalmente oceânicas, e os corais e anêmonas-do-mar. O 
filo era também chamado Coelenterata (das palavras gregas "coela", o mesmo que 
"cela" ou "espaço vazio" e "enteros", "intestino"), que originalmente incluía os 
pentes-do-mar, atualmente considerado um filo separado, composto por animais 
também gelatinosos como as medusas, mas com algumas características próprias. 
O corpo dos cnidários é basicamente um saco formado por duas camadas de 
células - a epiderme, no exterior, e a gastroderme no interior - com uma massa 
 
 
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gelatinosa entre elas, chamada mesogléia e aberto para o exterior. Por esta razão, 
diz-se que os cnidários são diblásticos. 
Ao redor da abertura, chamada arquêntero, os celenterados ostentam uma 
coroa de tentáculos com células urticantes, os cnidócitos, capazes de ejetar um 
minúsculo espinho, o nematocisto que pode conter uma toxina ou material mucoso. 
Estes "aparelhos" servem não só para se defenderem dos predadores, mas também 
para imobilizarem uma presa, como um pequeno peixe, para se alimentarem - os 
cnidários são tipicamente carnívoros. Algumas células da gastroderme da cavidade 
central (o celêntero) segregam enzimas digestivas, enquanto que outras absorvem a 
matéria digerida. Na mesogléia, encontram-se dispersas células nervosas e outras 
com função muscular que promovem o fluxo de água para dentro e fora do animal. 
Os cnidários reproduzem-se sexuada e assexuadamente. A reprodução 
sexuada dá-se na fase 
medusa (com exceção 
dos antozoários, os 
corais e as anêmonas-
do-mar, e hidra e 
algumas outras espécies 
que não desenvolvem 
nunca a fase de 
medusa): os machos e 
fêmeas libertam os 
produtos sexuais na água e ali se conjugam, dando origem aos zigotos. 
Dos ovos saem larvas pelágicas chamadas plânulas, em forma de pêra e 
completamente ciliadas que, quando encontram um substrato apropriado, se fixam e 
se transformam em pólipos. Em alguns celenterados, como os corais, a fase de 
pólipo é a fase definitiva. O corpo dos cnidários é basicamente um saco formado por 
duas camadas de células - a epiderme, no exterior, e a gastroderme no interior - 
com uma massa gelatinosa entre elas, chamada mesogléia e aberto para o exterior. 
Os pólipos reproduzem-se assexuadamente formando pequenas réplicas de 
si mesmos por evaginação da sua parede, chamados gomos. No caso dos corais, 
 
 
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estes novos pólipos constroem o seu "esqueleto" e continuam fixos, contribuindo 
para o crescimento da colônia. 
No entanto, em certos casos, os gomos começam a dividir-se em discossobrepostos, num processo conhecido por estrobilação, sendo esta também uma 
forma de reprodução assexuada. Estes discos libertam-se, dando origem a 
pequenas medusas chamadas éfiras que eventualmente crescem e se podem 
reproduzir sexualmente. 
O filo Cnidaria está dividido em quatro classes de organismos atuais e mais 
uma de fósseis: 
 Anthozoa - as anêmonas-do-mar e corais verdadeiros; 
 Scyphozoa- as verdadeiras águas-viva; 
 Cubozoa - as medusas em forma de cubo; 
 Hydrozoa - as hidras, algumas medusas, a garrafa-azul (caravela-portuguesa) 
e os corais-de-fogo; 
 Staurozoa - as medusas que habitam regiões costeiras dos oceanos em 
zonas temperadas e estão fixas pelos tentáculos; 
 Conulata - extinta. 
 
2.3.3 Filo Platyhelminthes 
Platelmintos são animais do filo Platyhelminthes (do grego platy, ‘chato’, e 
helmins, ‘verme’), pertencente ao reino Animalia. São considerados vermes, tais 
como o são considerados os integrantes dos filos Nematelmintos e Anelidea. 
São vermes achatados dorso-ventralmente, tipo folha, devido à ausência de 
sistema respiratório/circulatório. Apresentam simetria bilateral. Têm como habitat 
ambientes muito úmidos, a água doce e o mar. Também parasitam alguns animais. 
O corpo é constituído por três camadas. Primeiramente, há a epiderme uni 
estratificada. Abaixo, há duas camadas musculares, sendo a primeira composta por 
músculos circulares e a segunda por músculos longitudinais. A esse conjunto dá-se 
o nome de tubo músculo-dermático. Tal tubo atua na proteção, locomoção e como 
esqueleto. 
 
 
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Nos platelmintos de vida livre, a epiderme apresenta cílios, relacionados com 
a locomoção. Já nos parasitas, há a cutícula envolvendo o tubo músculo-dermático, 
conferindo-lhe resistência à ação dos sucos digestivos. 
Alguns Platelmintos são parasitas, entretanto, existem Platelmintos de vida 
livre, que se alimentam de pequenos insetos e vivem em local úmido no meio 
ambiente. 
Esses vermes são triblásticos acelomados. Como consequência disso, não 
formam completamente alguns sistemas (respiratório, digestório). Outra 
consequência é a sua forma achatada. Suas células têm que ficar próximas ao meio 
externo (para respirar) e próximas ao intestino (para obter nutrientes). 
São destituídos de Sistema Respiratório e circulatório. Nas espécies de vida 
livre a respiração é aeróbia, sendo que as trocas são feitas por difusão através do 
epitélio permeável. Já nos parasitas a respiração é anaeróbia. Pela ausência do 
sistema circulatório, as ramificações do sistema digestivo auxiliam a distribuição do 
alimento. 
O sistema digestório possui apenas uma abertura em todo o sistema, portanto 
é incompleto. Constitui-se por boca, faringe e intestino ramificado que termina em 
fundo cego. Os cestóides não possuem sistema digestório. A digestão é extra e 
intracelular. 
São os primeiros animais com um sistema nervoso central que é formado por 
um anel nervoso, ligados a cordões longitudinais ou por um par de gânglios 
cerebróides dos quais partem filetes nervosos laterais que percorrem todo o corpo, 
emitindo ramificações. Isso permite uma melhor 
coordenação do sistema muscular, muito bem 
desenvolvida, o que disciplina os movimentos do 
animal e lhe dá mais orientação. 
A excreção é feita por células-flama (ou 
solenócitos, ou protonefrídios). Estruturas típicas 
dos platelmintos, as células-flama eliminam as excretas para a superfície corpórea. 
São amoniotélicos, isto é, secretam amônia e não uréia como nós seres humanos. 
Quanto à reprodução, geralmente são hermafroditas (podendo ou não fazer a 
autofecundação) monóicos sendo que alguns se reproduzem por partenogênese. 
 
 
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Nos tuberlários e trematódeos monogenéticos, o desenvolvimento é direto. Já nos 
digenéticos e cestóides é indireto. Os platelmintos de menor porte podem se dividir 
por fissão (também chamada de bipartição). As planárias sofrem fissão longitudinal, 
e cada metade se regenera e forma uma nova planária. Trata-se de uma forma de 
reprodução assexuada. Os platelmintos também podem realizar reprodução 
sexuada. Novamente como exemplo as planárias, elas se unem e trocam semens 
masculinos podendo assim fecundar. 
Os exemplos mais característicos de platelmintos são a tênia, a planária e o 
esquistossomo. 
 Turbellaria (Turbelários) - Platelmintos de vida livre, com epitélio ciliado. 
Exemplo: Planária (Digesia tigrina) 
 Trematoda (Trematódeos) - Vermes parasitas com epiderme não-ciliada e 
uma ou mais ventosas. Exemplo: Schistosoma sp. 
 Cestoda (Cestódios) - Formas parasitas com corpo dividido em anéis ou 
proglotes. Exemplo: Taenia solium. 
 
2.3.4 Filo Nematoda 
Os nematódeos ou nemátodos (Nemathelminthes) (também chamados de 
vermes cilíndricos) são considerados o grupo de metazoários mais abundante na 
biosfera, com estimativa de constituírem até 80% de todos os metazoários, com 
mais de 20.000 espécies já descritas, de um número estimado em mais de um 
milhão de espécies atuais, que incluem muitas formas parasitas de plantas e 
animais. Apenas os Arthropoda apresentam maior diversidade. O nome vem da 
palavra grega nema, que significa fio. 
São animais triblásticos, protostômios, pseudocelomados. Seu corpo 
cilíndrico, alongado e não segmentado exibe simetria bilateral. Possuem sistema 
digestivo completo, sistemas circulatório e respiratório ausentes; sistema excretor 
composto por dois canais longitudinais (renetes-formato de H); sistema nervoso 
parcialmente centralizado, com anel nervoso ao redor da faringe. 
Ecologicamente são muito bem-sucedidos, sendo tal fato demonstrado pela 
alta diversidade de espécies. Encontra-se em todos os habitats, terrestres, marinhos 
e de água doce e chegam a ser mais numerosos que os outros animais, tanto em 
 
 
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número de espécies, como de indivíduos. Algumas espécies são microscópicas, 
enquanto uma espécie, parasita do cachalote pode atingir 13 metros de 
comprimento. 
Recentemente, aclamou-se que os nematódeos são uma das três principais 
radiações de organismos multicelulares que têm produzido a maioria das espécies 
do mundo, sendo as outras radiações os insetos e os fungos. 
Os nematódeos de vida livre são pequenos, geralmente menores do que 2,5 
mm de comprimento e têm o corpo construído no mesmo plano fundamental, um 
cilindro quase perfeito, nu, delgado e alongado, com aspecto filiforme, em sua 
maioria, ou fusiforme. O animal é essencialmente um tubo dentro de outro tubo: o 
tubo externo é a parede corpórea, constituída, externamente, por uma cutícula 
complexa e, internamente, por uma camada de músculos longitudinais. O tubo 
interno é o trato digestivo, que é terminal na extremidade anterior, mas subterminal 
posteriormente. Entre a parede e o tubo digestivo há a cavidade corpórea ou 
pseudoceloma, preenchida por líquido, que funciona como um "esqueleto 
hidrostático", além de favorecer a distribuição de nutrientes e recolher excretas, e na 
qual se encontram os órgãos reprodutores. 
A epiderme é sincicial, ou seja, formada por uma massa celular multinucleada 
e produz uma cutícula depositada externamente a ela. A cutícula é acelular, lisa, 
resistente e oferece proteção para o animal; em algumas formas, ela apresenta 
projeções que ajudamna locomoção. A cutícula tem de ser mudada para o animal 
crescer, um processo denominado ecdise - que coloca este filo no grupo dos 
Ecdysozoa, juntamente com os artrópodes e outros filos. 
Seus músculos são exclusivamente longitudinais, dispostos no sentido do 
comprimento do corpo. Isso faz com que a sua capacidade de locomoção seja mais 
limitada que a dos platelmintos. Os músculos são ativados pelas cadeias nervosas, 
que se encontram ao longo de todo o corpo do animal, uma na região ventral e outra 
na dorsal. Ao contrário de outros animais, em que os nervos se ramificam para os 
músculos, nos nemátodos são os músculos que se ramificam para atingirem os 
cordões nervosos. Estes cordões ligam-se a um anel à volta da faringe e possuem 
vários gânglios adicionais perto da extremidade anterior, mas sem formar um 
verdadeiro cérebro. Nessa região encontram-se órgãos sensoriais reduzidos. 
 
 
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O tubo digestivo dos nematelmintos é completo, ou seja, possui um orifício de 
entrada de alimentos (a boca) e outro orifício de saída de dejetos (o ânus) - são 
enterozoários completos. 
Na boca, podem ser encontradas placas cortantes semelhantes a dentes, 
com as quais os nematelmintos podem perfurar os tecidos de outros seres vivos. A 
faringe é musculosa e serve para esmagar os alimentos e também para dirigi-los 
para o intestino, que não possui qualquer musculatura. O alimento é completamente 
digerido pelas enzimas que atuam sobre ele no interior do tubo digestivo, e os 
nutrientes são passados para a cavidade do corpo para serem distribuídos pelas 
células. 
Muitos nematelmintos de vida livre são carnívoros e se alimentam de 
pequenos animais ou de corpos de animais mortos. Os parasitas intestinais recebem 
o alimento já parcialmente digerido pelo hospedeiro. 
Assim como os platelmintos, os nematelmintos são avasculares (não 
possuem sistema circulatório). A cavidade corporal (o pseudoceloma) contém um 
líquido, e a contínua movimentação desse líquido, propiciada pela contração da 
musculatura longitudinal do corpo, permite uma relativa distribuição de materiais 
entre as diferentes partes do corpo. 
Eles não possuem órgãos respiratórios. As trocas gasosas acontecem na 
superfície corporal, por difusão. Os nematelmintos de vida livre são aeróbicos e 
obtêm o oxigênio no meio onde vivem. Os parasitas são geralmente anaeróbicos e 
fazem fermentação. Dessa forma não requerem oxigênio e a maioria não elimina 
CO2, porque realizam a fermentação láctica, que não libera esse gás. 
Os resíduos metabólicos são excretados a partir do líquido que ocupa o 
pseudoceloma, por meio de dois tubos longitudinais ligados por um menor, 
transversal. A distribuição desses tubos, no corpo, dá a eles o nome de tubos em 
"H". Os dois ramos longitudinais do sistema se abrem em orifícios próximos da boca. 
A maioria das espécies são dióicas, (realizam fecundação interna), ocorrendo 
em algumas nítido dimorfismo sexual: normalmente os machos são menores que as 
fêmeas, apresentam espinhos copulatórios e possuem a cauda encurvada. 
 
 
 
 
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Na cópula, os machos depositam os seus espermatozóides no poro genital 
das fêmeas. Os machos não possuem poro genital, e a saída dos espermatozóides 
ocorre pelo ânus. 
Também são características exclusivas dos nematódeos a ausência de 
células ciliadas e os espermatozóides amebóides, sem flagelo, deslocando-se por 
pseudópodes. 
A fecundação acontece dentro do corpo da fêmea (fecundação interna). 
Depois de fecundado, o zigoto se desenvolve dentro de um ovo com a casca 
resistente. Muitas espécies eliminam os ovos fecundados para o ambiente, onde as 
primeiras divisões se processam e o ovo se torna embrionado. 
O ciclo evolutivo pode ser direto ou indireto, dependendo da formação de 
larvas por dentro ou fora dos ovos. 
A maioria dos nemátodos é de vida livre, habitantes de solo úmido, areia, de 
águas estagnadas e até mesmo do plâncton. Entre os parasitas, além daqueles que 
têm o homem como seu hospedeiro, há espécies que infestam outros animais ou 
plantas (raízes, frutos). 
Muitos nematódeos podem suspender os processos vitais quando as 
condições ambientais se tornam desfavoráveis e encistar, numa forma que é capaz 
de sobreviver a condições extremas de secura, calor ou frio e depois voltar à "vida" 
quando as condições são favoráveis. Este processo é conhecido como criptobiose e, 
entre os animais é encontrado apenas entre os nematódeos, os rotíferos e os 
tardígrados. 
Os nemátodos foram originalmente classificados como Nemata por Nathan 
Cobb, em 1919; mais tarde foram considerados do filo Aschelminthes, por 
 
 
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possuírem uma cavidade preenchida por líquido, que não é um verdadeiro celoma e, 
mais recentemente, restaurado o estatuto de filo dentro do grupo Ecdysozoa, ao 
qual pertencem também os Arthropoda, por se considerar terem a mesma filogenia. 
Apesar de não possuírem partes duras, foram encontrados fósseis de 
nemátodos do período Carbonífero (com mais de 280 milhões de anos), mas, uma 
vez que alguns grupos relacionados com eles foram encontrados em formações do 
período Cambriano, é provável que eles tenham aparecido no mesmo período. Têm 
também sido encontrados nematóides em âmbar (resina fossilizada) da era 
Cenozóica. 
 
2.3.5 Filo Annelida 
Vulgarmente chamam-se anelídeos (Annelida - latim annelus, pequeno anel) 
aos vermes segmentados - com o corpo formado por "anéis" - do filo Annelida como 
a minhoca e a sanguessuga. Existem mais de 15.000 espécies destes animais em 
praticamente todos os ecossistemas, terrestres, marinhos e de água doce. 
Encontram-se anelídeos com tamanhos desde menos de um milímetro até mais de 3 
metros. 
Os anelídeos são animais de corpo alongado, segmentado, triblásticos, 
protostômios e celomados, ou seja, com a cavidade do corpo cheia de um fluído 
onde o intestino e os outros órgãos se encontram suspensos. 
Os oligoquetas e os poliquetas possuem celomas grandes, mas, nas 
sanguessugas, o celoma está preenchido por tecidos e reduzido a um sistema de 
estreitos canais; em alguns arquianelídeos o celoma está completamente ausente. O 
celoma pode estar dividido numa série de compartimentos por septos. Em geral, 
cada compartimento corresponde a um segmento e inclui uma porção dos sistemas 
nervoso e circulatório, permitindo-lhes funcionar com relativa independência. 
Cada segmento está dividido externamente em um ou mais anéis, é coberto 
por uma cutícula segregada pela epiderme e, internamente, possui um fino sistema 
de músculos longitudinais. Estas características são parcialmente comuns aos 
nemátodos e aos artrópodes e, por isso, eles foram durante algum tempo colocados 
no mesmo grupo sistemático, o filo Articulata, mas estudos mais recentes revelaram 
que essas características devem ser consideradas como convergências evolutivas. 
 
 
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Nas minhocas (Oligochaeta), os músculos são reforçados por lamelas de 
colágeno; as sanguessugas (Hirudinea) têm uma camada dupla de músculos,

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