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BLOCO VÍRUS MAD II - SARAMPO, RUBÉOLA E ENTEROVIROSES - RAFAEL TORTORA - MICROBIOLOGIA - CAP 26 SARAMPO -Transmitido através das vias respiratórias VIREMIA PRIMÁRIA -Febre, mal estar, sintomas no trato respiratório superior incluindo tosse, coriza e conjuntivite, evoluindo com piora ao longo de vários dias. -Presença de fobia -Em um primeiro momento se nota a presença de lesões esbranquiçadas na mucosa bucal eritematosa. Em seguida surge exantema maculopapular e eritematoso de cor avermelhada na cabeça e se espalha até os pés persistindo até os próximos 5 dias -Exantema em face, região cervical e dorsal MANCHAS DE KOPLIK Lesões na cavidade oral incluem as manchas de Koplik, pequenas manchas vermelhas com pontos centrais azul esbranquiçados, localizadas na mucosa oral oposta aos molares. A presença das manchas de Koplik é um indicador diagnóstico de sarampo. Testes sorológicos realizados poucos dias após o surgimento da erupção podem ser utilizados para se confirmar o diagnóstico. Porque no sarampo tem linfoadenomegalia e na Rubéola não? O vírus do sarampo se replica nos tecidos linfóides. -A patogênese de sarampo e rubéola é a mesma RUBÉOLA -Os exantemas normalmente se manifestam de com coloração menos intensa. -Aparecem linfonodomegalia, ausência de manchas de Koplik, febre e coriza de baixa intensidade. GESTANTE -Gestante com resultado de sorologia para rubéola com IgM e IgG não reagente. Esse resultado sugere que a gestante não foi vacinada, nem teve contato prévio com o vírus da rubéola. A vacina não é recomendada nesse caso por se tratar de um vírus atenuado. PATOGÊNESE -Mesma do Sarampo porém menos atenuado MENINGITE DE ETIOLOGIA VIRAL No verão a maioria dos casos de meningite é de etiologia viral. Os enterovírus são principalmente de transmissão fecal oral. O vírus pode chegar ao sistema nervoso central por via hematogênica. 17 - MAD II - ARBOVIROSES - RAFAEL CÉCIO Vetores Artrópodes - doenças transmitidas por vetores, não só pelo Aedes, mas existem outros. O vírus completa o ciclo de replicação no inseto e depois injeta no humano -Os arbovírus pertencem a 3 famílias: 1-Togaviridae: Chikungunya (significa aquele que se dobra) -Só se pega uma vez -RNA fita simples sentido positivo - replicação mais rápida -Na superfície há 2 proteínas importantes E1 e E2 que serão responsáveis pela adsorção, entra em macrófago, sistema nervoso, fibroblastos, músculos, o tropismo desse vírus irá determinar os sintomas que iremos ter -Sua principal característica é a poliartralgia (dor articular), pois o tropismo do vírus é para esses locais de articulação, tendo os fibroblastos como células mais comum para essa região, células musculares (mialgia), tecido endotelial, pele, cefaleia (sistema nervoso) MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS -Doença autolimitada = fase inicial da doenca, entra na doença, se combate ela e se livra dela - fase aguda de 7 dias -Subaguda = -Crônica = a partir do 60 dias, exantemas maculopapular, o paciente pode ficar cheio dessas lesões, erupção cutânea Poliartralgia -Principal característica do vírus TROPISMO CELULAR -O principal são os fibroblastos (articulações) e células musculares (mialgia) -O vírus não tem um ciclo lítico (morte celular) e sim lisogênico , porém a saída do vírus pode gerar uma lesão que pode causar a lise ou necrose celular, gerando processo inflamatório. RESPOSTA IMUNE -A defesa imunológica inata contra o vírus intracelular é mediada principalmente NK que matam as células infectadas através de citocinas Interferons Tipo I, que bloqueiam a replicação viral dentro das células do hospedeiro -Os toll like produzem IFN-1 alfa e beta. A carga viral é muito grande, tendo uma alta replicação, infectando muitas células e consequentemente tendo a Liberação de mais IFN -IFN-1 = diminui a replicação viral, recrutar células imunológicas NK (sistema imune inato), diminuir replicação celular. A intenção é parar o mecanismo (diminuir seu metabolismo) de replicação celular parando a replicação viral -Interferons tipo I e NK (resposta imune inata) dao conta da doença, os linfócitos só começam a subir no final da doença -IFNs induzem a expressão de enzimas que bloqueiam a replicação viral -Podem ocorrer reações cruzadas, reagindo às articulações. De certo modo tem relação com a febre reumática INTERFERON -Subgrupo de citocinas originalmente denominadas por sua habilidade em interferir na infecções virais, mas que tem outras importantes funções imunomodulatórias. Interferons tipo 1 - incluem o alfa e beta, cuja principal função é prevenir a replicação viral nas células. Interferon tipo 2 - gama, ativa macrofagos e vários outros tipos celulares. É produzido por NK e linfócitos TCD8 ativadas RESPOSTAS IMUNES Th1 -IFN gama - Ativação de macrofagos e produção de IgG. Patógenos intracelulares Th2 -IL-4, IL-5, IL-13 - Ativação de mastócitos e eosinófilos, produção de IgE. Helmintos Th17 -IL-17A, IL-17F, IL-22 - Inflamação monocítica neutrofílica. Bactéria extracelular, fungos Treg -IL-10 - TGF-beta REPLICAÇÃO VIRAL -3-5 dias os sintomas começam a aparecer então o interferon aumenta combatendo o vírus. Gera células de memória -Essa doença só se pega uma vez 2-ZIKA VÍRUS -Tropismo a células do SN ainda mais em recém nascidos, o bebê não se desenvolve (microcefalia). As células em desenvolvimento tem o metabolismo mais acelerado, se tem muitos receptores e então o vírus se aproveita desse quadro para se replicar -Síndromes associadas como no Guillain Barret -RNA positivo, fita simples, envelopado -As proteínas de envelope interagem com células epiteliais TRANSMISSÃO -Vetorial e sexual -Casos sintomáticos: coriza, dor no corpo, na pele causa coceira -Esse vírus é menos virulento do que a chikungunya -Seus envelopes são menos imunorreativas, pois quando se reconhece se libera interferon, porém se libera menos. Noque determina isso é a interação que a proteína irá ter com os toll like receptor, se reconhece com mais afinidade se produz mais e se reconhece com menos se reproduz menos interferons. Algumas proteínas são mais imunorreativas e outras são menos. Além disso esse vírus se replica menos. Os patógenos mais virulentos liberam mais fatores pró inflamatórios. -Gestantes: primeiro local que ela vai e para a placenta e no bb vai para o SNC causando quadros de interrupção de desenvolvimento. O adulto associado ao quadro de imunodepressão também pode causar microcefalia -Síndrome de Guillain-Barré, síndrome neurológica que os anticorpos atacam as células de schwann -A infecção gera memória imunológica ASPECTOS CLÍNICOS 1-Assintomático 2-Sintomas congênitos 3-Sintomas leves de Gripe 4-Guillain-Barré -O curso da manifestação exantemática é curto -Resposta imune é a mesma da chicugunha porém menos intensa 3-DENGUE -Quadros leves e quadros hemorrágicos -A resposta imunológica pode piorar a situação em uma segunda infecção -Vetor: Aedes aegypti e Aedes Albopictus 4 SOROTIPOS DISTINTOS DENV-1,2,3,4 -Os anticorpos produzidos por um podem interagir com o outro QUADRO HEMORRÁGICO -Os anticorpos produzidos pela primeira infecção podem interagir na segunda infecção ADSORÇÃO -Feita pela proteína E, e a proteína M faz a fusão com o envelope viral e a membrana plasmática PATOGÊNESE -Interferon, NK e TCD8, predomínio de resposta celular -A partir do linfonodo o vírus pode cair na circulação e causar a viremia -Primeira infecção: febre, exantema e em cada tecido ele vai causar alguma lesão e isso diminui a coagulação. Como nosso sistema imune está bom a infecção é inibida antes de ocorrer algum problema. Então o paciente fica com memória imunológica com formação de anticorpos para um dos 4 sorotipos. Causa mais alteração nos vasos dos olhos e rins por serem de menor calibre. -Segunda Infecção: quando se entra em contato com um outro tipo viral, as proteínas são similares, então o IgG produzido pelo Denv 1 não é protetivo para os outros tipos. O vírus 2 tem tropismo para os mesmos tecidos, o fígado produz trombopoetina que regula a coagulação sanguínea e é perdida. Na medula esse vírus vaiinfectar o megacariócito que são células formadoras de plaquetas, as plaquetas começam a diminuir e se começa a perder capacidade de coagulação que junto com o quadro de trombopoetina se tem a dengue hemorrágica. Os próprios anticorpos podem se ligar as plaquetas também diminuído seu número, causando uma plaquetopenia, o Denv4 é o mais característico em depletar plaqueta -A fração fc do anticorpo interage com o vírus deixando ele entrar na célula. O IgG de um pode ajudar na infecção de outro -O quadro hemorrágico surge porque o sistema imune induz a infecção. -A vacina precisa ter os 4 anticorpos para os 4 sorotipos Os anticorpos produzidos contra um sorotipo de dengue se ligam aos vírus dos demais sorotipos, mas não são específicos, por isso não são totalmente neutralizantes. -Acredita-se também que a infecção dos monócitos possa mediar a rápida ativação do sistema complemento através da via clássica e, talvez, da via alternativa, o que acaba por desencadear aumento da permeabilidade vascular e defeitos na cascata de coagulação, incluindo trombo- citopenia e coagulopatia. O processo se desenvolve rapidamente e, se não for eficientemente controlado, pode levar ao choque e à morte em apenas poucas horas. TROMBOCITOPENIA -O interferon alfa impede a produção de plaquetas, porém em conjunto com o quadro de segunda infecção se torna hemorrágico COAGULAÇÃO AUMENTO DE PERMEABILIDADE 4-FEBRE AMARELA -Há dois ambientes de transmissão 1-SILVESTRE -No Brasil há apenas essa forma, o homem é infectado quando entra no ambiente do mosquito -O macaco é um reservatório da doença, ele não tem a doença -O Aedes não transmite -Haemagogus Sabethes é o transmissor O paciente desenvolveu a Febre Amarela de ciclo silvestre, cujo vetores da doença são os mosquitos do gênero Haemagogus e Sabethes. 2-URBANA -Não tem no Brasil, se tivesse seria o Aedes aegypti TRÊS FASES 1-INFECÇÃO: cefaléia, bradicardia, proteinúria, artralgia/mialgia, aumento de TGO e TGP 2-REMISSÃO 3-PERSISTÊNCIA DA INFECÇÃO -Quadros mais graves -Icterícia central: palmas das mãos, olhos PATOGÊNESE -Na hepatite se tem a morte por necrose e sem tem um quadro inflamatório maior -Na febre amarela acontece mais por apoptose Por que o comprometimento hepático diminui o nível de consciência do paciente? -Não consegue formar ureia, pois se começa a concentrar amônia. Não consegue se eliminar amônia que vai para o sistema nervoso causando um quadro de neuropatia hepática
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