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Responsabilidade Civil do Incapaz

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Informativo n° 599 do STJ: A responsabilidade civil do incapaz pela reparação dos danos é subsidiária, condicional, mitigada e 
equitativa, nos termos do art. 928 do CC. 
Subsidiária: porque apenas ocorrerá quando os seus genitores não tiverem meios para ressarcir a vítima. Condicional e mitigada: porque 
não poderá ultrapassar o limite humanitário do patrimônio mínimo do infante. Equitativa: tendo em vista que a indenização deverá ser 
equânime, sem a privação do mínimo necessário para a sobrevivência digna do incapaz. 
A responsabilidade dos pais dos filhos menores será substitutiva, exclusiva e não solidária. 
A vítima de um ato ilícito praticado por menor pode propor a ação somente contra o pai do garoto, não sendo necessário incluir o 
adolescente no polo passivo. Em ação indenizatória decorrente de ato ilícito, não há litisconsórcio necessário entre o genitor 
responsável pela reparação (art. 932, I, do CC) e o menor causador do dano. É possível, no entanto, que o autor, por sua opção e 
liberalidade, tendo em conta que os direitos ou obrigações derivem do mesmo fundamento de fato ou de direito, intente ação contra ambos 
– pai e filho –, formando-se um litisconsórcio facultativo e simples. 
Não há como afastar a responsabilização do pai do filho menor simplesmente pelo fato de que ele não estava fisicamente ao lado de seu 
filho no momento da conduta. 
STJ. 4ª Turma. REsp 1436401-MG, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 2/2/2017 (Info 599). 
O ECA leciona em seu artigo 116: 
Art. 116. Em se tratando de ato infracional com reflexos patrimoniais, a autoridade poderá determinar, se for o caso, que o adolescente 
restitua a coisa, promova o ressarcimento do dano, ou, por outra forma, compense o prejuízo da vítima. 
Enunciado 40 da I Jornada de Direito Civil: O incapaz responde pelos prejuízos que causar de maneira subsidiária ou excepcionalmente 
como devedor principal, na hipótese do ressarcimento devido pelos adolescentes que praticarem atos infracionais nos ermos do art. 116 do 
Estatuto da Criança e do Adolescente, no âmbito das medidas socioeducativas ali previstas.

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