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Biologia Tecidual


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Biologia Tecidual
Acadêmico: Eduardo Rodrigues de Souza
Professora: Aline Victor
Fortaleza
2021
Tecido Epitelial
Principais características: O tecido epitelial apresenta células poliédricas, com muito citoplasma e que se encontram justapostas, em razão da presença de junções celulares, formando aglomerados tridimensionais.
O tecido epitelial apresenta também uma pequena quantidade de matriz extracelular e não é vascularizado (com exceção de um epitélio estratificado na orelha interna). Sua irrigação ocorre por difusão a partir dos vasos presentes no tecido conjuntivo.
Constituintes: 
· Microvilos (ou microvilosidades)
São projeções do citoplasma, em forma de dedos, apresentando de 1 a 3 µm de comprimento, responsáveis pelo aumento da superfície de absorção das células. Os microvilos estão presentes em grande quantidade em células do intestino delgado e rins.
· Estereocílios
São microvilos longos e finos, imóveis, podendo chegar a 120 µm de comprimento. Podem ser ramificados, o que aumenta a superfície da célula.
· Cílios
São prolongamentos móveis (5 a 10 µm de comprimento) revestidos pela membrana plasmática e com dois microtúbulos em seu interior e nove pares ao seu redor. Microtúbulos são estruturas rígidas constituídas por proteínas que apresentam como uma de suas funções a manutenção da forma das células.
Os movimentos de flexão dos cílios são coordenados e permitem o fluxo de substâncias sobre o epitélio em uma única direção. 
· Flagelos
São prolongamentos semelhantes aos cílios, mas mais longos, apresentando cerca de 55 µm de comprimento. Diferentemente dos cílios, encontrados em grandes quantidades nas células, os flagelos geralmente são únicos. Os flagelos estão relacionados à mobilidade da célula.
Funções: 
· Revestimento e proteção da superfície do corpo, dos órgãos e cavidades corporais;
· Absorção de substâncias, como ocorre nos intestinos e rins;
· Secreção de substâncias – nas glândulas, por exemplo;
· Função sensorial, como por meio do neuroepitélio olfativo.
Classificação: 
· Tecido epitelial de revestimento
As células formam camadas que revestirão tanto a superfície do corpo como órgãos e a cavidade interna. O tecido epitelial de revestimento pode ser classificado de acordo com a quantidade de células e formas.
· De acordo com o número de células:
Simples: Constituído por uma camada de células;
Estratificado: Constituído por mais de uma camada de células.
Pseudoestratificado: Constituído por uma única camada de células de diferentes alturas, com seus núcleos ocupando diferentes posições. O fato de o núcleo ocupar diferentes posições na célula faz com que esse tecido aparente ser constituído por mais de uma camada de células.
· De acordo com a forma das células:
Pavimentoso: As células apresentam a sua largura e comprimento maiores que a altura;
Cúbico: As células apresentam a sua largura, o comprimento e a altura com as mesmas dimensões;
Prismático (colunar ou cilíndrico): As células apresentam a sua altura maior que a largura e o comprimento.
· Tecido epitelial glandular
As células do tecido epitelial glandular são especializadas na secreção de substâncias. Essas células secretoras podem ser encontradas em epitélios de revestimento, sendo chamadas de glândulas unicelulares. Essas células podem também se proliferar, invadir o tecido conjuntivo adjacente e depois se diferenciar formando as glândulas pluricelulares, conhecidas amplamente apenas por glândulas.
As glândulas podem ser classificadas em:
Glândulas exócrinas: Mantêm-se conectadas ao epitélio, formando um ducto que lança secreções para alguma cavidade ou para fora do corpo. São exemplos de glândulas exócrinas as glândulas mamárias e salivares.
Glândulas endócrinas: Não possuem conexão com o epitélio, lançando suas secreções na corrente sanguínea. São exemplos de glândulas endócrinas a tireoide e a paratireoide.
Glândulas mistas: Alguns autores consideram como glândulas mistas alguns órgãos que lançam suas secreções tanto na corrente sanguínea como em cavidades abertas. As chamadas glândulas mistas podem apresentar células que exercem tanto a função endócrina quanto a exócrina ou células diferenciadas para as duas funções. Um exemplo de glândula mista é o pâncreas. Na sua parte endócrina, secreta os hormônios insulina e glucagon e lança-os na corrente sanguínea. Já na parte exócrina, secreta o suco pancreático, que é lançado no intestino delgado
Tecido Conjuntivo propriamente dito
Características: O tecido conjuntivo propriamente dito é, dos tecidos conjuntivos, o menos diferenciado e mais genérico, preenchendo todos os espaços entre os restantes tecidos, logo presente em todos os órgãos, e abaixo da derme, estabelecendo a ligação entre todos. Permite igualmente o transporte de metabólitos e participa na defesa do organismo.
Constituintes: O principal constituinte deste tipo de tecido é a matriz extracelular rica em colágeno, fibras reticulares, fibras elásticas, glicoproteínas e integrinas. Além da matriz extracelular abundante, o tecido conjuntivo propriamente dito possui uma população bastante heterogênea de células tais como fibroblastos, fibrócitos, macrófagos, mastócitos, linfócitos, plasmócitos, adipócitos e células mesenquimais indiferenciadas.
Funções: 
· Preencher os espaços entre os órgãos e outros tecidos; 
· Suporte e apoio aos epitélios de revestimento e glandular, vasos sanguíneos, linfáticos, nervos e componentes do tecido muscular; 
· Unir os músculos esqueléticos aos ossos formando sob a forma de tendões; 
· Proteger e conter os órgãos a partir da formação de cápsulas; 
· Servir de meio de troca para restos metabólicos, nutrientes e gases; 
· Auxiliar na defesa e proteção do organismo.
Classificação: O tecido conjuntivo propriamente dito pode ser dividido em tecido conjuntivo frouxo e tecido conjuntivo denso:
· O tecido conjuntivo frouxo suporta estruturas sujeitas a pouca pressão e atrito, geralmente preenche espaços entre as células musculares e dá suporte ao tecido epitelial, é encontrado também nas papilas da derme, na hipoderme, nas membranas serosas que revestem as cavidades peritoneais e pleurais e nas glândulas.
· O tecido conjuntivo denso oferece resistência e proteção aos tecidos, é menos flexível que o tecido conjuntivo frouxo e mais resistente às tensões.
Tecido Adiposo
Características: O tecido adiposo é um tipo especial de tecido conjuntivo que apresenta como característica mais marcante a presença de células especializadas no armazenamento de lipídios. Essas células são conhecidas como adipócitos ou células adiposas.
A gordura armazenada nelas, normalmente, é encontrada em grande quantidade, provocando a movimentação do núcleo celular para uma região mais periférica. Um fato interessante sobre essas células é que são as únicas capazes de armazenar lipídios na forma de triglicerídeos, sem que nenhum dano seja causado a elas.
Constituintes: O tecido adiposo é constituído predominantemente por células adiposas, ou adipócitos, envoltas por uma lâmina basal e fibras reticulares. Os adipócitos encontram-se distribuídos de forma isolada, podendo também ser encontrados formando pequenos aglomerados pelo tecido conjuntivo frouxo ou formando grandes agregados, constituindo, assim, o tecido adiposo.
Funções: 
· Reserva energética para o corpo;
· Proteção contrachoques mecânicos;
· Atuação como isolante térmico;
· Sustentação dos órgãos internos;
· Secreção de substâncias, como a leptina;
· Preenchimento de espaços entre os tecidos.
Classificação: 
· Tecido adiposo unilocular, amarelo ou comum
Apresenta uma cor que varia entre o branco e o amarelo, estando essa coloração relacionada com a concentração de carotenos dissolvidos nas gotas de gorduras presentes em suas células.
As células desse tecido são grandes e esféricas, medindo entre 50 µm e 150 µm de diâmetro, e apresentam uma gota única de gordura, que se forma após a fusão de inúmeras gotículas, ocupando a maior parte do citoplasma da célula desenvolvida. O tecido adiposo unilocular apresentaseptos de tecido conjuntivo contendo vasos e nervos.
O acúmulo de tecido adiposo unilocular em determinadas regiões do corpo está relacionado com a dieta e idade do indivíduo. No indivíduo adulto, praticamente todo o tecido adiposo é do tipo unilocular. No recém-nascido, ele é encontrado em uma camada sob a pele (panículo adiposo) e, com o passar do tempo, desaparece em determinadas regiões e passa a acumular-se em outras. Esse processo é regulado pela ação de hormônios.
· Tecido adiposo multilocular ou pardo
Apresenta uma coloração parda devido à grande quantidade de mitocôndrias (ricas em citocromos, que lhes confere uma cor avermelhada) e vasos presente nesse tecido. Suas células são menores que as do tecido unilocular, apresentam uma forma poligonal e inúmeras gotículas de gordura em seu citoplasma. Essas células podem ser encontradas formando aglomerados compactos associados a vasos sanguíneos.
Diferentemente do tecido unilocular, o multilocular apresenta uma quantidade reduzida nos indivíduos adultos e encontra-se em regiões mais delimitadas, como a região do pescoço e o entorno dos rins. No entanto, apresenta-se em maior quantidade em fetos e recém-nascidos, bem como em animais que hibernam, sendo que nestes recebia a designação inapropriada de glândula hibernante.
Tecido Cartilaginoso:
Características: O tecido cartilaginoso é um tipo de tecido conjuntivo e, portanto, apresenta células espalhadas em um material intercelular abundante (a matriz). As cartilagens não possuem vasos sanguíneos e, por isso, sua nutrição é feita por vasos sanguíneos presentes no pericôndrio, tecido conjuntivo que envolve o tecido cartilaginoso. Vale destacar que o tecido cartilaginoso também pode receber nutrição por meio do líquido sinovial presente nas cavidades das articulações. Além de não possuir vasos sanguíneos, a cartilagem não apresenta nervos e vasos linfáticos.
Constituintes: O tecido cartilaginoso possui dois tipos celulares, os condrócitos e os condroblastos, e uma matriz. A matriz é constituída por colágeno, além de macromoléculas de proteoglicanos, ácido hialurônico e glicoproteínas. A matriz também apresenta uma grande quantidade de moléculas de água ligadas a glicosaminoglicanos, denominadas água de solvatação, atuando na absorção de choques.
· Os condroblastos são células precursoras dos condrócitos e secretoras da matriz cartilaginosa. Eles são alongados, suas membranas apresentam curtos microvilos, possuem um grande núcleo, além de um retículo endoplasmático rugoso e complexo golgiense bem desenvolvidos. Eles se originam a partir de células mesenquimáticas que se diferenciam, passando a secretar a matriz cartilaginosa. Quando essas células se encontram circundadas pela matriz, eles passam a ser chamados de condrócitos. O espaço entre a célula e a matriz é denominado lacuna.
· Os condrócitos são células arredondadas, com um núcleo ovoide, apresentam retículo endoplasmático e complexo golgiense bem desenvolvidos e poucas mitocôndrias. Além disso, suas membranas também apresentam microvilos. Em seu citoplasma, podem ser observados também acúmulo de lipídios e reserva de glicogênio. Essas células podem dividir-se e formar grupos com até oito células dentro da lacuna, denominados grupos isógenos.
Funções: O tecido cartilaginoso apresenta funções ligadas principalmente à sustentação, como conferir a sustentação de tecidos moles; revestimento das articulações, facilitando o deslizamento e absorvendo choques; constituição do esqueleto temporário de embriões; formação e crescimento de ossos longos.
Classificação: 
· Cartilagem hialina: é a cartilagem mais comum no organismo. Ela apresenta cor branco-azulada e translúcida e sua matriz é constituída principalmente por colágeno tipo II, além de ácido hialurônico, glicoproteínas e proteoglicanos. A cartilagem hialina é encontrada constituindo o esqueleto de embriões e, no adulto, é encontrada na traqueia, fossas nasais, brônquios, articulação de ossos longos e extremidade das costelas. É importante destacar a sua presença no disco epifisário, responsável pelo crescimento dos ossos longos.
· Cartilagem elástica: apresenta uma cor amarelada e é constituída por uma grande quantidade de fibras elásticas e poucas fibrilas colágenas do tipo II. A cartilagem elástica é encontrada no pavilhão auditivo, tuba auditiva, laringe e epiglote
· Cartilagem fibrosa: é constituída por fibras colágenas do tipo I, apresenta menos ácido hialurônico, proteoglicanos e glicoproteínas, além de ser a cartilagem mais resistente. Suas fibras colágenas formam feixes, e seus condrócitos apresentam-se dispostos em fileiras. Diferentemente das cartilagens anteriores, essa não apresenta pericôndrio.
Tecido Ósseo
Características: O tecido ósseo é um tecido conjuntivo especializado constituído por diversos tipos celulares e uma matriz extracelular mineralizada, denominada matriz óssea. Esse tecido é um dos principais constituintes do esqueleto humano, sendo caracterizado pela sua rigidez e dureza.
Constituintes:
· Células do tecido ósseo
· Osteócitos
Os osteócitos são células achatadas com complexo golgiense pouco desenvolvido e pouca quantidade de retículo endoplasmático rugoso. Essas células estão presentes em regiões da matriz denominadas lacunas, de onde saem pequenos canais. Essas células apresentam projeções nesses canais por meio das quais podem comunicar-se com outros osteócitos por junções comunicantes (estruturas que formam canais citoplasmáticos que possibilitam a comunicação entre as células). Quando essas células morrem, são reabsorvidas pela matriz óssea. Os osteócitos são importantes na manutenção da matriz óssea.
· Osteoblastos
Os osteoblastos encontram-se sobre as superfícies ósseas e são as células responsáveis pela síntese da matriz extracelular ou matriz óssea. Os osteoblastos maduros apresentam uma grande quantidade de mitocôndrias, além de um complexo golgiense e retículo endoplasmático rugoso bem desenvolvidos.
Essas células sintetizam colágeno tipo I, glicoproteínas, proteoglicanos, além de duas importantes proteínas não colagenosas denominadas osteocalcina e osteonectina. A osteocalcina é específica do osso e estimula a ação dos osteoblastos. A osteonectina atua na mineralização, facilitando a deposição de cálcio. Após sintetizar a matriz e ser aprisionado por ela, o osteoblasto passa a se chamar osteócito.
· Osteoclastos
Os osteoclastos são células grandes, móveis, multinucleadas (apresentam cerca de 50 núcleos) e responsáveis pelo processo de reabsorção óssea. Nesse processo, os osteoclastos alteram a configuração da superfície óssea por meio da liberação de ácidos e enzimas que digerem a matriz orgânica e dissolvem os cristais de cálcio. Esse processo é coordenado pela ação de algumas substâncias, como os hormônios calcitonina e o paratormônio.
· Matriz extracelular ou matriz óssea
A matriz extracelular é constituída por uma porção orgânica e uma inorgânica. A porção orgânica da matriz extracelular é constituída principalmente por fibras colágenas, as quais apresentam em sua constituição colágeno tipo I, proteoglicanos e glicoproteínas. Já a parte inorgânica é constituída, principalmente, por íons cálcio e fosfato, além de outras substâncias em menores quantidades, como potássio, magnésio e bicarbonato. O cálcio e o fósforo formam cristais, que, juntamente às fibras colágenas, são responsáveis pela rigidez e resistência dos ossos.
Os ossos são revestidos por endósteo, o qual é constituído normalmente por uma camada de células osteogênicas (capazes de se diferenciar em osteoblastos), e pelo periósteo, tecido conjuntivo constituído por fibras colágenas e fibroblastos.
Funções: 
· Sustentação das partes moles do corpo;
· Em parceria com os músculos, atuam nos movimentos do corpo;
· Proteção de órgãos vitais;
· Aloja e protege a medula óssea;
· Depósito de íons, como o fosfato e o cálcio.
Classificação: 
· Classificação macroscópica
· Osso compacto: não apresenta cavidades visíveis e está localizado nas regiões mais periféricas dos ossos longos,irregulares e chatos;
· Osso esponjoso: apresenta inúmeras cavidades comunicantes e está localizado na extremidade de ossos longos e nas regiões mais centrais de ossos irregulares e chatos. Nas regiões cilíndricas de ossos longos (diáfise), os ossos esponjosos delimitam uma região mais profunda, o canal medular, onde também se encontra a medula óssea.
· Classificação microscópica ou histológica
· Tecido ósseo primário, imaturo ou não lamelar: é denominado como primário, pois é o primeiro que aparece, tanto no desenvolvimento embrionário como após a recuperação de fraturas, sendo em seguida substituído pelo osso secundário. Ele apresenta fibras colágenas dispostas irregularmente, maior quantidade de osteócitos que o tecido secundário e uma menor quantidade de minerais.
· Tecido ósseo secundário, maduro ou lamelar: é caracterizado pela presença de fibras organizadas em lamelas paralelas ou dispostas de forma concêntrica em torno de canais, formando os sistemas de Havers.
Tecido Sanguíneo
Características:
· É um tecido conjuntivo especializado
· É um fluído viscoso, levemente alcalino (pH 7,4), cuja cor varia de vermelho brilhante a vermelho escuro
· Ele corresponde a ~ 7% do peso do corpo
· Volume total médio de um adulto: 5 L
· Circula por todo o corpo dentro do sistema circulatório
Constituintes: o plasma -, que corresponde à parte amorfa. Os constituintes celulares são: glóbulos vermelhos (também denominados hemácias ou eritrócitos); glóbulos brancos (também chamados de leucócitos).
· O plasma é composto principalmente de água com diversas substâncias dissolvidas, que são transportadas através dos vasos do corpo. Todas as células do sangue são originadas na medula óssea vermelha a partir das células indiferenciadas pluripotentes (células-tronco). Como consequência do processo de diferenciação celular, as células-filhas indiferenciadas assumem formas e funções especializadas.
· Plaquetas são restos celulares originados da fragmentação de células gigantes da medula óssea, conhecidas como megacariócitos. Possuem substâncias ativas no processo de coagulação sanguínea, sendo, por isso, também conhecidas como trombócitos (do grego, thrombos = coágulo), que impedem a ocorrência de hemorragias.
· Glóbulos vermelhos, hemácias ou eritrócitos (do grego, eruthrós = vermelho, e kútos = célula) são anucleados, possuem aspecto de disco bicôncavo e diâmetro de cerca de 7,2 m m. São ricos em hemoglobina, a proteína responsável pelo transporte de oxigênio, a importante função desempenhada pelas hemácias.
· Glóbulos brancos, também chamados de leucócitos (do grego, leukós = branco), são células sanguíneas envolvidas com a defesa do organismo.
Costuma-se classificar os glóbulos brancos de acordo com a presença ou ausência, em seu citoplasma, de grânulos específicos e agranulócitos, os que não contêm granulações específicas, comuns a qualquer célula.
Funções: O sangue tem como sua principal função é o transporte de gases, nutrientes, hormônios e outras substâncias. Ele é transportado por vasos sanguíneos, e a troca das substâncias com os tecidos ocorre nos capilares.
Tecido Muscular
Características: O tecido muscular é caracterizado pela presença de células alongadas, denominadas fibras musculares ou miócitos, com um citoplasma rico em filamentos proteicos, principalmente actina e miosina. A actina é uma fibra proteica do citoesqueleto e, junto a outras proteínas, forma os chamados filamentos finos.
Constituintes: 
Célula = Fibra Muscular;
Membrana Plasmática = Sarcolema;
Citoplasma = Sarcoplasma;
Retículo Endoplasmático Liso = Retículo Sarcoplasmático
Funções:
· Movimento do corpo
· Estabilização e postura
· Regulação do volume dos órgãos
· Produção de calor
Classificação: 
· Tecido muscular estriado cardíaco
Apresenta estriações e é encontrado na parede do coração. A contração desse tecido é vigorosa, rítmica e involuntária. Possui fibras alongadas, com um ou dois núcleos, os quais estão localizados mais próximos à região central. Suas fibras musculares apresentam ramificações unidas por discos intercalares.
Esses discos garantem que sinais passem de uma célula para outra, permitem que a contração cardíaca seja sincronizada e evitam que uma célula se separe da outra no momento do batimento cardíaco. Vale destacar, ainda, que as células desse tecido apresentam elevado número de mitocôndrias, uma vez que o gasto de energia para a contração é elevado.
· Tecido muscular estriado esquelético
É rico em estriações e está conectado aos nossos ossos, sendo os casos do bíceps e do tríceps. Apresenta fibras musculares longas, que podem atingir até 30 cm, cilíndricas e com vários núcleos na periferia das células. A contração desse tipo de tecido muscular é rápida e vigorosa e ocorre, geralmente, de maneira voluntária.
Nas fibras musculares, observa-se as miofibrilas, que são feixes de filamentos. Elas são formadas por quatro tipos de proteínas: a miosina, a actina, a tropomiosina e a troponina. Entre essas proteínas, a actina e a miosina são encontradas em maior quantidade.
As fibras musculares esqueléticas possuem um padrão de estriações transversais, conseguidas graças à alternância de faixas claras e escuras. Aquelas são formadas por filamentos finos (actina), enquanto estas são formadas tanto por filamentos finos quanto por filamentos grossos (miosina
· Tecido muscular não estriado ou liso
Não possui estriações, diferentemente dos demais. Suas células são longas, com um núcleo central, e apresentam formato fusiforme, ou seja, suas extremidades são mais estreitas que o seu centro. A contração desse tecido é involuntária e lenta. Ele pode ser encontrado na parede de vários órgãos, tais como bexiga, esôfago e artérias.
Tecido Nervoso
Características:
O tecido nervoso é um tecido de comunicação, capaz de receber, interpretar e responder aos estímulos. As células do tecido nervoso são altamente especializadas no processamento de informações. Os neurônios transmitem os impulsos nervosos e as células da glia atuam junto com eles.
Constituintes:
· Neurônios
Os neurônios transmitem informações através de mediadores químicos, os neurotransmissores, e de impulsos elétricos.
Podemos identificar três regiões na maioria dos neurônios, são elas:
· Corpo celular: nele se localizam o núcleo e as organelas, por exemplo, mitocôndrias.
· Axônio: é um prolongamento longo do corpo celular, geralmente único, de espessura constante. É envolvido por macroglias de dois tipos: Oligodendrócitos e Células de Schwann.
· Dendritos: são prolongamentos curtos do corpo celular, com muitas ramificações que se afinam nas pontas.
Podem ser de vários tipos e classificados da seguinte maneira:
· Segundo a forma: Neurônios Multipolares, Bipolares e Unipolares
· Segundo a função: Neurônios Sensitivos, Motores e Integradores
· Células da Glia
As células da glia, ou neuróglias, são muito mais numerosas do os neurônios. Sua função é nutrir e proteger o sistema nervoso. Além disso, ajudam na regulação das sinapses e transmissão dos impulsos elétricos.
Existem dois tipos de células gliais, a saber:
· Microglias: protegem o sistema nervoso, agindo de forma semelhante aos macrófagos.
· Macroglias: há quatro subtipos, cada uma com função específica, ajudando na transmissão dos impulsos nervosos. São elas: os astrócitos, os oligodendrócitos, os ependimócitos e as células de Schwann.
Funções: A principal função do tecido nervoso é captar e processar as informações do ambiente externo, que são percebidas por meio dos sentidos (tato, paladar, visão, audição e olfato) e do próprio metabolismo interno, como a variação da temperatura e dos níveis de diversas substâncias, entre outros aspectos.
O tecido nervoso é responsável pelo processamento dessas informações e pela elaboração de respostas que resultam em ações e na armazenagem dos dados, processo denominado memória.
Classificação: 
· Sistema nervoso central
Formado pelo encéfalo, que fica dentro da caixa craniana, e pela medula espinhal. No cérebro e cerebelo, que compõem o encéfalo,os corpos celulares dos neurônios se concentram na região mais externa (córtex) formando a substância cinzenta.
Os prolongamentos (axônios) formam a região mais interna chamada substância branca. Enquanto que na medula espinhal, a substância branca é mais externa e a cinzenta é interna
· Sistema nervoso periférico
Formado pelos nervos e gânglios. Os nervos são compostos de fibras nervosas. As fibras, por sua vez, são constituídas pelos axônios e pelas células de Schwann, que os revestem. Os gânglios são porções dilatadas dos nervos, onde se concentram corpos celulares dos neurônios.