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ERGONOMIA APLICADA A AMBIENTES DE TRABALHO

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ERGONOMIA APLICADA A ESCRITÓRIOS COMERCIAIS – PARAMETROS DE PROJETO
Camila de Oliveira Pereira ¹
Rinaldo Zanatto ²
Resumo
O estudo da ergonomia objetiva a adequação do trabalho do homem, criando um arranjo físico funcional dentro das suas limitações físicas de forma que ele execute suas tarefas de maneira confortável, segura e eficiente que resulta em melhor produtividade e rendimento dentro da empresa. A ergonomia em ambientes de trabalho ainda é relativamente nova e pouco aplicada, o que resulta em diversos casos de lesões, doenças ocupacionais, acarretando em estresse e danos psicológicos. Neste sentido, o presente artigo tem como objetivo mostrar como a ergonomia se relaciona aos postos de trabalho, não apenas aplicada à mobília, mas também como a iluminação, temperatura, ventilação, acústica e outros afetam diretamente na qualidade de espaço e quais as contribuições que ela pode proporcionar.
Palavras-chave: Ergonomia; Postos de Trabalho; Ambiente de Trabalho.
Abstract
The study of ergonomics aims at the adequacy of man's work, creating a functional physical arrangement within his physical limitations so that he performs his tasks in a comfortable, safe and efficient manner that results in better productivity and income within the company. Ergonomics in work environments is still relatively new and poorly applied, resulting in several cases of injuries, occupational diseases, resulting in stress and psychological damage. In this sense, this article aims to show how ergonomics relates to workplaces, not only applied to furniture, but also how lighting, temperature, ventilation, acoustics and others affect directly in the quality of space and what contributions she can provide.
Keywords: Ergonomics; Work stations; Desktop.
1 Justificativa
A saúde ocupacional do trabalhador reflete diretamente na sua postura diante do trabalho, Iida (2005), mostra que o arranjo físico do trabalho tem importância significativa na vida do trabalhador , seja ela adequada quando garante resultados, rendimento, saúde e bem estar físico e psicológico, ou então, posturas inadequadas, ambientes desfavoráveis que pecam em manutenção, disposição de layout e até mesmo em ventilação e temperatura que acarretam diversos problemas: doenças ocupacionais, atraso de serviço, pouco rendimento, ainda os transtornos psicológicos que podem afetar de diversas maneiras cada indivíduo, acarretando em afastamento na empresa.
Buscar novos conceitos sobre o ambiente de trabalho bem como este reflete na empresa e na vida do trabalhador, é o início da abrangência do termo ergonomia. 
No decorrer deste trabalho, serão abordados desde o nascimento da ergonomia e porque está surgiu, posteriormente como ela foi evoluindo e se adequando, se tornando na ergonomia moderna, e como os profissionais foram sensibilizados, motivados e porque tiveram que estudar e aprimorar este conceito. Consequentemente, passado o período de estudos e teorias, o termo ergonomia foi aplicado aos postos de trabalho e industrias, se desenvolvendo, criando novas vertentes e se aplicando à atualidade e aos ambientes de trabalho comerciais em especifico.
No decorrer deste trabalho, busca concluir-se que, a ergonomia não se trata de gastos adicionais a empresa, mas sim, de investimentos a longo prazo, o projeto ergonômico mostra que a empresa se preocupa não apenas com seu rendimento, mas com a qualidade de vida do seu trabalhador. Quando é aplicada a ergonomia a empresas e industrias e aos escritórios, é comprovado que o rendimento se torna maior, a qualidade dos serviços e produtos apresentados são eficazes além do bem estar humano, que motiva a cada dia o trabalhador a se esforçar.
Alcançar esses objetivos de estudo é feito a partir do embasamento teórico, este é realizado a partir de bibliografias de diversos autores sobre o tema ergonomia e a sua importância para o espaço físico e saúde de cada trabalhador.
2 Histórico: Nascimento e Evolução da Ergonomia
Conforme aborda Iida (2005), a ergonomia começou com o primeiro homem pré-histórico que optou por uma pedra no formato que melhor se adaptava ao formato e movimento de suas mãos para utiliza-la como arma de proteção e caça. Desde a antiguidade, dos tempos de produção artesanal, já havia a preocupação de moldar objetos artificiais ao corpo humano.
De acordo com Dul (1995), o surgimento da ergonomia moderna veio graças ao início da Segunda Guerra Mundial, com o efeito desta, novas tecnologias foram criadas e outras aprimoradas, no entanto, foram objetivadas apenas para cumprir e exercer tarefas, não havendo então preocupação em associar estas ao bem estar e proteção dos funcionários, consequentemente, problemas foram acarretados não apenas colocando risco a segurança física dos trabalhadores mas também houve mortes desnecessárias. Posteriormente, houve a preocupação de cautela com os funcionários, assim foram feitos diversos estudos interdisciplinares com engenheiros, psicólogos, médicos e diversos profissionais objetivando uma nova ciência que presasse pela segurança dos equipamentos, conforto e funcionalidade àqueles que estivessem o utilizando.
De acordo com Iida (2005), a ergonomia nasce em 12 de Julho de 1949 quando um grupo de pesquisadores e cientistas decidiram formular uma nova aplicação da ciência ao trabalho executado pelo homem, mas apenas em 1950 é considerada uma disciplina formal graças a fundação Ergonomics Research Society da Inglaterra onde o termo ergonomia foi consolidado.
Com objetivos claros e práticos, o termo ergonomia vem para a adaptação das funções de trabalho para àquele que irá executar, Iida (2005), afirma que a adaptação sempre ocorre no sentido do trabalho para o homem, isto porque é mais fácil habituar as máquinas às necessidades do homem, visto que se fosse ao contrário, o resultado seria maquinários pesados e difíceis de operar que acarretaria novamente em dificuldades no dia a dia do trabalhador. 
Além de funcionalidade no trabalho, exercendo o mesmo de forma rápida e correta, a ergonomia visa o conforto e bem estar, mas principalmente a segurança dos trabalhadores, acarretando em menos esforços físicos e psicológicos.
No final do século XIX, surge nas fabricas o Taylorismo, de acordo com Iida (2005), o engenheiro Frederick Winslow Taylor defendia que, os trabalhadores eram designados a tarefas e deviam cumprir estas respeitando sempre o método de execução imposto pela gerencia em tempo cronometrado, esta iniciativa não autorizava que os funcionários executassem os serviços a critérios e gostos dos mesmos, o que causou resistência de muitos em aceitar o novo conceito, já que muitas vezes eram postos a trabalhar com um novo método, diferente ao que já estavam acostumados.
O panorama do taylorismo era se basear nos movimentos corporais de alcançar, pegar, levantar e sentar entre outros, criando assim métodos que respeitassem as limitações do homem que consequentemente influenciava no tempo de cada tarefa, mas sempre levando em consideração o conforto e segurança do funcionário. O enfoque deste método, desenvolveu várias vertentes afim de que o mecanismo podia ser desenvolvido individual para cada funcionário ou de forma coletiva. Executar uma atividade seguindo um método correto estipulado pela gerencia do local com suas ferramentas adequadas e em determinado tempo é o princípio do termo Taylorismo.
3 Importância da Ergonomia nos Ambientes Corporativos
Determinar o arranjo e layout físico do ambiente afim de reduzir os esforços mecânicos e cognitivos do homem, proporcionando conforto, bem estar, segurança e eficiência no trabalho, é o objetivo do enfoque ergonômico. 
De acordo com Dul (1995), a ergonomia estuda diversos movimentos sendo o sentar, levantar, agachar, pegar, entre outros, estuda também os fatores ambientais e ruído, vibrações, iluminação, clima, informações de visão, audição e outros sentidos, o posto de trabalho ideal deve respeitar estas limitações. As ferramentas de trabalho devem estar sempre ao alcance dos movimentos corporais sem exigir esforços e movimentosrepetitivos, as informações do sistema devem estar posicionadas de forma que a percepção visual, auditiva e entendimento seja fácil, eliminando àquelas tarefas altamente reiterativas e monótonas. Quando é proporcionado não apenas o conforto físico, mas o conforto visual, auditivo e até mesmo a temperatura do local, provoca naquele que está trabalhando, um nível de conforto mental que consequentemente resulta em melhores resultados no trabalho.
Em se tratando de enfoque ergonômico, Iida (2005), determina que, o objetivo é sempre fazer a máquina, equipamentos e o ambiente para o homem a partir das suas medidas e necessidades físicas do que ao contrário, visto que, seria muito mais difícil adaptar o homem à máquina, já que os maquinários então seriam pesados e difíceis de manusear. 
Ainda o mesmo autor Iida (2005), afirma que funcionar desta forma, inicialmente, é preciso ser estudado a forma que o equipamento deve operar para o serviço, tendo em vista a sua posição e o seu tamanho. Posteriormente, são vistas as necessidades físicas e corporais para conforto do ser humano, além das limitações físicas do trabalhador, adequando então a máquina ao homem.
Figura 01: Posto de trabalho de um centro de controle operacional de uma usina nuclear
Fonte: IIDA, 2005.
4 Parâmetros de Projeto para Arquitetura de Interiores de Ambientes Corporativos
O projeto ergonômico do ambiente define várias etapas que compõem o espaço, a temperatura, iluminação, acústica, altura de móveis, conforto visual e estético, entre outras, todas essas irão influenciar diretamente em como a pessoa se relacionará com as condições impostas ao seu trabalho.
Define Slack et. al. (1999, p. 218):
O ambiente imediato no qual o trabalho acontece pode influenciar a forma como ele é executado. As condições de trabalho que são muito quentes ou frias, insuficientemente iluminadas, ou excessivamente claras, barulhentas ou irritantemente silenciosas. Todas vão influenciar a forma como o trabalho é levado avante. 
A NR-17 que é uma Norma Regulamentadora de Ergonomia estabelece parâmetros de adaptação para as condições de trabalho físicas e psicológicas dos trabalhadores proporcionando conforto, segurança, bem estar e funcionalidade. De acordo com esta mesma norma, os níveis de ruídos são medidos em dB ou decibéis, e devem ser analisados ao tempo de exposição do funcionário a determinada atividade, assim devem obedecer a NBR-10152 Norma Brasileira Regulamentadora registrada no INMETRO, sendo assim, o indicado são ruídos com níveis inferiores a 80 dB, acima disto, o trabalhador não deve ultrapassar o tempo de 4 horas de trabalho, quando se atinge 95dB o máximo de tempo de exposição é 2 horas de trabalho.
Se tratando da temperatura do ambiente, a NR-17 define novamente que o índice de temperatura efetiva deve ser entre 20°C e 23°C sendo a velocidade do ar respeitando 0,75m/s e umidade relativa do ar não ser inferior a 40%. Levando em conta que, a questão térmica varia de pessoa a pessoa tendo como fatores relevantes o sexo, a idade, peso, é indicado que o ambiente possa ser regulado pelo próprio trabalhador afim de proporcionar maior conforto e liberdade.
Já a questão da iluminação, caso esta seja incorreta pode acarretar em fadiga na vista prejudicando até mesmo o sistema nervoso acarretando possíveis acidentes de trabalho, a Norma Regulamentadora NR-17 (2007, p.03) é bem especifica, sendo que:
Em todos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada, natural ou artificial, geral ou suplementar, apropriada à natureza da atividade.
A iluminação geral deve ser uniformemente distribuída e difusa.
A iluminação geral ou suplementar deve ser projetada e instalada de forma a evitar ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos.
Os níveis mínimos de iluminamento a serem observados nos locais de trabalho são os valores de iluminâncias estabelecidos na NBR 5413, norma brasileira registrada no INMETRO.
A medição dos níveis de iluminamento previstos no subitem 17.5.3.3 deve ser feita no campo de trabalho onde se realiza a tarefa visual, utilizando-se de luxímetro com fotocélula corrigida para a sensibilidade do olho humano e em função do ângulo de incidência.
Quando não puder ser definido o campo de trabalho previsto no subitem 17.5.3.4, este será um plano horizontal a 0,75m (setenta e cinco centímetros) do piso.
Cada posto de trabalho tem a sua particularidade, assim, é necessário sempre o projeto luminotécnico, envolvendo a quantidade de luminárias levando sempre em consideração, a faixa etária dos que ali trabalham, tarefas a serem desenvolvidas, local a serem desenvolvidas, posição do ambiente, tamanho do ambiente e móveis, aproveitando a iluminação natural, caso haja, e de forma que esta agregue junto, altura de pé direito, além de cuidados como a reflexão, cor da lâmpada, posição da mesma e outros.
A adequação ergonômica geral nos postos de trabalho vem a partir da antropometria, ciência que trata especificamente das medidas do corpo humano, sendo altura, peso, tamanho de mãos e pés, larguras de coxas e quadril, e os seus ângulos de conforto ou desconforto. Iida (2005) afirma que, na posição em pé é necessário que a pessoa mantenha sua postura ereta com pés e mãos alinhados ao corpo para que não force sua coluna vertebral, enquanto que na posição sentada, deve-se apoiar a coluna vertebral ao encosto da cadeira e manter os pés juntos no chão. Quando se trata da posição da cabeça, este explica que esteja alinhada à altura da visão dos olhos.
Em regras gerais para qualquer trabalho na posição sentada, Couto (1995, p.263) aponta que os princípios ergonômicos devem ser:
A cadeira de trabalho deve ser estofada, e de preferência, com tecido que permita a transpiração.
A altura da cadeira deve ser regulável.
A dispensão antero-posterior do assento não pode ser muito comprida nem muito curta.
A borda anterior do assento deve ser arredondada.
O assento deve estar na posição horizontal.
É desejável que o assento se incline 10 a 15 graus para frente.
Toda cadeira de trabalho deve ter apoio para o dorso.
O ângulo entre o assento e o apoio dorsal deveria ser regulável, caso não seja, o assento e encosto devem estar posicionados num ângulo de 100 graus.
O apoio para o dorso deve ter uma forma que acompanhe as curvaturas da coluna, sem retificá-la, mas também sem acentuar suas curvaturas.
O apoio para o dorso deve ter regulagem de altura, este apoio pode ser tanto estreito quanto se meio tamanho; neste caso a adaptação pessoal que determina a posição.
Deve haver espaço na cadeira para acomodar as nádegas.
Quando o posto de trabalho for semicircular ou perpendicular, a cadeira deve ser giratória; e quando o trabalho exigir mobilidade, deve haver rodízios adequados.
Os pés devem estar sempre apoiados.
Deve haver espaço suficiente para as pernas debaixo da mesa ou posto de trabalho.
A mesa deve ser feita de material flexível, com bordas anterior arredondada
Deve-se ter atenção especial com outros arranjos
Iida (2005) ainda continua afirmando que modelos físicos básicos são essenciais para que não seja afetada a saúde ocupacional dos funcionários, sendo que, altura da lombar deve estar alinhada ao encosto da cadeira, a altura do cotovelo deve ficar de acordo com a altura da mesa, o espaço entre o assento e as coxas da pessoa é indispensável para conforto, conforme mostra a figura abaixo, as dimensões ideais para alcance em um posto de trabalho para as funções básicas sentadas, ou seja, alcance de objetos e ferramentas de trabalho.
Figura 02: Áreas de alcance máximo e ótimo.
Fonte: IIDA, 2005.
Em caso de trabalhos com computador, este deve estar posicionado à altura dos olhos, o alcance de pernas e braços deve ser confortável, deve haver um espaço entre a mesa e a coxa, os pés apoiados no chão além da postura adequada, como mostra a imagem abaixo.
Figura 03: Posto de trabalho com computador.
Fonte: IIDA, 2005.
5 Ergonomia Aplicada em Ambientes Corporativos
O objetivo da ergonomia é sempre melhorar a saúde dos profissionais, promovendo ambientesde trabalho adequados, seguros e funcionais, porem apenas a ergonomia não é garantia, é necessário que a empresa promova mudanças criando conceito e culturas de trabalho, orientando seus funcionários seja por palestras ou treinamentos quando necessários, a operar adequadamente suas máquinas e como executar de forma segura suas tarefas impostas, assim, a política de empresa é aliada então com a ergonomia.
Quando o ambiente é favorável a saúde do homem, colabora com suas limitações, evita esforços, fadiga, cansaço, desconforto e movimentos repetitivos que causam a monotonia, consequentemente reduz o nível de estresse e doenças, sejam elas lesões ou doenças crônicas, e a insatisfação, o que acarreta menos afastamentos dos funcionários. Quando o trabalhador se sente motivado em trabalhar de maneira segura e atenta, evita naturalmente acidentes e incidentes, causando maiores rendimentos no trabalho.
Má postura e lesões ocorridas por esforços repetitivos ou pesados, ao decorrer do tempo prejudica diretamente no rendimento e satisfação do funcionário, ele fica impossibilitado na maioria das vezes de continuar a executar tal tarefa que lhe era imposto, e consequentemente, afeta a empresa em qualidade e rendimento. Conforme aborda Dul (1995), muitas situações de trabalho e da vida cotidiana são prejudiciais à saúde, que podem ser atribuídas ao mau projeto e ao uso inadequado de equipamentos, sistemas e tarefas, podendo ser reduzidas com o auxílio da ergonomia.
De acordo com Figueiredo et. al (2005, p.98.): 
Intervenção e implementação da ergonomia nas empresas contribui para a mudança de atitudes, o que influencia na prevenção de doenças.
Implementar uma boa política de trabalho além dos equipamentos adequados a segurança, mostra que a empresa se importa com a qualidade de vida dos funcionários, apresenta menores acidentes de trabalho e funcionários mais saudáveis com menos distrações. A maior produtividade, acompanha as demandas de clientes e cumpre prazos, oferece então um serviço e produto de qualidade.
5 Conclusão
Situar o campo de segurança do trabalho com a ergonomia, é o objetivo de saúde e produtividade para os trabalhadores e a empresa, a eficácia do trabalho é garantida a partir do trabalho bem dimensionado. 
É importante salientar que a ergonomia não deve ser vista como um custo para empresa, mas como um investimento a longo prazo, mudanças no ambiente de trabalho geram melhorias de saúde, mostrando importância com a vida dos funcionários e não apenas com o seu rendimento dentro da empresa. Conceitos de ergonomia nas práticas empresariais, reduzem lesões, doenças e transtornos ocasionados por saturação e desconforto de trabalho.
Conclui-se que a ergonomia é presente não apenas ao mobiliário, mas ela se estende as condições gerais de trabalho, tais como os ruídos, temperatura, umidade, iluminação que afetam diretamente na qualidade e rendimento de cada funcionário, visto que estes prejudicam frequentemente os trabalhos mentais complexos. Através do projeto ergonômico, otimizando desempenhos do sistema e a saúde do homem, é possível realizar e facilitar execuções de tarefas de forma confortável e agradável.
O presente artigo apresentou alguns conceitos abordados pela ergonomia, sendo eles a acústica, iluminação, ventilação, temperatura e movelaria. Parâmetros como níveis de ruído e luminosidade, temperatura ambiente adequada, e demais adaptações físicas foram mostradas afim de tornar as adaptações de ambientes de trabalho às necessidades do trabalhador tornando sempre o layout eficiente e produtivo.
REFERÊNCIAS
COUTO, Hudson de Araújo. Ergonomia Aplicada ao Trabalho. Vol 1 Belo Horizonte: Ergo,1995.
DUL, Jan; WEERDMEESTER, Bernard A. Ergonomia prática. São Paulo: Edgard Blücher, 1995.
FIGUEIREDO, Fabiana e MONT’ALVÃO, Claudia. Ginástica Laboral e Ergonomia. Rio de janeiro: Sprint, 2005.
IDA, Itiro. Ergonomia; projeto e produção. 8ª.ed. São Paulo: Edgar Blücher, 2002.
Portaria n 3.214 de 8.6.1978 do Ministério do Trabalho, modificada pela Portaria n 3.751 de 23.11.1990 do Ministério do Trabalho. NORMA REGULAMENTADORA 17. NR-17. Ergonomia. 2007.
SLACK, N.; CHAMBERS, S.; HARLAND, C.; HARRISON, A.; JOHNSTON, R. Administração da Produção. São Paulo: Atlas, 1999.
¹ Arquiteta e Urbanista discente de Especialização em Arquitetura de Interiores: Projeto de Ambientes Comerciais e Residenciais. Centro Universitário Filadélfia – UNIFIL. Londrina – PR. Camila de Oliveira Pereira.
² Arquiteto e Urbanista. Orientador do curso de Especialização em Arquitetura de Interiores: Projeto de Ambientes Comerciais e Residenciais do Centro Universitário Filadélfia – UNIFIL. Londrina – PR. Rinaldo Zanatto.

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