Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Brenda Rodrigues 2º Semestre Polímeros Poli = muitos; meros = partes • Ocorre quando pequenas moléculas – monômeros – ligam-se entre sim, originando as macromoléculas ligadas por ligação covalente Obtenção de materiais poliméricos • Polimerização: reação de criação de polímeros • Não são atacados por ácidos, bases ou agentes atmosféricas • Suportam ruptura e desgaste • Possuem alta resistência elétrica e baixa densidade (entre 0,9 g/cm³ - 1,5g/cm³) • Plásticos biodegradáveis: podem ser feitos a partir do petróleo, porém, com aditivos que permitem com que sejam completamente degradados no ambiente num período de, em média, 6 meses, chegando a custar 10%-15% mais caro que o plástico comum; podem ser feitos também com amido de milho, mandioca e batata, exigindo do aumento do desmatamento na produção desses alimentos, sendo quimicamente modificadas em fábricas ou reatores biológicos • Plásticos oxibiodegradáveis: se degradam em 18 meses ao entrar em contato com o oxigênio da atmosfera, sendo produzido a partir de poliolefinas tradicionais, cadeias entrelaçadas e cruzadas de hidrocarbonetos simples com a adição de um catalisador que acelere a oxidação do polímero, fazendo com eu se quebre em moléculas menores que, diferente do polímero base, são passiveis se umedecidas (por H2O) e que ficam disponíveis para os microrganismos sob a forma de fonte de energia ou alimento – no Brasil não é regulamentada por lei o seu uso Classificação quanto a origem Polímeros naturais • Borrachas, polissacarídeos (celulose, amido, glicogênio), proteínas, ácidos nucleicos Borracha • Material orgânico obtido da árvore Hevea brasiliensis (seringueira), por incisão feita em seu caule, obtendo-se o látex o É um polímero de adição e cis oDissolvida em solvente orgânico exibe propriedades incomuns, como alta viscosidade, baixa pressão osmótica, abaixamento do ponto de congelamento desprezível, é amorfa e, em sua forma elástica tem cristalinidade e ordem o A elasticidade da borracha deve-se à flexibilidade das cadeias; no seu estado normal, as cadeias formam um emaranhado; se a deformação é grande, as cadeias individuais deslizam umas sobre as outras e a borracha perde a sua elasticidade ▪ Pode produzir poli-cis-isopreno (os dois grupos CH2 estão do mesmo lado da ligação dupla) ou poli-trans-isopreno (os dois grupos CH2 estão de lados opostos) – ou uma mistura de ambos ▪ Vulcanização: formação de ligações cruzadas através de ligações químicas; as cadeias da borracha natural podem ser interligadas com o enxofre, utilizando óxido de zinco como catalisador, evitando o seu deslizamento ▪ Fórmula empírica: C5H8 Brenda Rodrigues 2º Semestre ▪ Monômero: 2-metil-1, 3-butadieno (isopropeno) Polissacarídeos • Formados pela polimerização dos monossacarídeos (C6H12O6) Proteínas • Compostas por C, N, O, S e H, são formadas pela condensação de α-aminoácidos (composto que contêm pelo menos um grupo amino (-NH2) e um grupo carboxila (COOH)) combinados de formas diferentes, unidos através de ligações peptídicas acopladas à hidrólise do ATP quando o equilíbrio nessa reação está deslocado para a esquerda; são as proteínas estruturais, enzimas, hormônios o Qualquer uma das extremidades de um dipeptídeo pode envolver-se em uma reação de condensação com outro aminoácido para formar um tripeptideos, depois um tetrapeptídeo, etc. O produto final é um polipeptídio (polímero de aminoácidos) o Uma unidade de aminoácido é um resíduo – uma proteína tem 100 ou mais resíduos. o Estrutura básica de um α- aminoácidos: R são agrupamentos que irão originar diferentes aminoácidos; R1 e R2 representam um átomo de H ou qualquer outro grupo Polímeros sintéticos • São a ‘’cópia’’ de polímeros naturais obtidos pela junção de moléculas de monômeros, uma de cada vez, à molécula em crescimento – envolve reações de adição e condensação o Borracha sintética: obtida a partir de derivados da indústria petrolífera, como etileno, propileno e butadieno; são mais resistentes às variações de temperatura e ao ataque de produtos químicos, sendo utilizadas para a produção de mangueiras, correias e artigos para vedação Classificação quanto ao número de monômeros • Homopolímero: polímero formado por 1 único tipo de monômero • Copolímero: contém 2 ou mais monômeros diferentes Classificação quanto ao tipo de cadeia Cadeia linear (as unidades são unidas em cadeias únicas) – Ramificada na cadeia linear básica (as cadeias laterais são conectadas às principais; as ramificações dificultam as interações, originando um material macio e flexível) Ligações cruzadas (as cadeias adjacentes estão unidas através de ligações covalentes) – Reticulada (tridimensional) ou em rede (possuem muitas ligações cruzadas que formam redes tridimensionais) Classificação quanto ao método de preparação Simbologia • Para facilitar o processo de separação os plásticos reutilizáveis, foi estabelecido no Brasil, pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), na Norma NBR 13.230, um sistema de codificação de produtos plásticos que consiste em um símbolo com três setas em sequência, identificando o tipo de plástico com o qual o produto foi fabricado 1 – PET – Poli (tereftalato de etileno) – garrafas de refrigerantes, água, vinagre, detergentes. 2 – HDPE (PEAD) – Polietileno de alta densidade – recipientes de xampus, condicionadores, materiais hospitalares, tubos de distribuição de água e gás, tanques de combustíveis automotivos – rígidos e com resistência ao impacto 3 – PVC – Poli (cloreto de vinila) – forros, badejas de refeições, assoalhos. 4 – LDPE (PEBD) – Polietileno de baixa densidade – filmes, sacolas de supermercados – formados por moléculas menores, constituindo materiais mais flexíveis, Brenda Rodrigues 2º Semestre entretanto, com uma menor resistência 5 – PP – Polipropileno – tupperware, embalagens para iogurtes e água mineral. 6 – PS – Poliestireno – copos de água e de café, isopor. 7 – Outros: PC, PU, ABS Polímeros de adição • As substâncias utilizadas na polimerização são insaturadas, contendo ligações duplas e/ou triplas • Há ruptura da ligação π, formando 2 novas ligações simples, posteriormente inicio da formação das cadeias poliméricas pelos pontos reativos, e terminando com a eliminação desses pontos, encerrando a polimerização Exemplos: o Etileno (M) → polietileno (P) – utilizado (por exemplo) em recipientes para líquidos e capas de fios elétricos; o Possui propriedades cristalinas; o É um homopolímero o Quando sofre expansão provocada por gases, origina um material conhecido por isopor, que é utilizado como isolante térmico, acústico e elétrico o São resistentes a agentes químicos 1. Uma molécula iniciadora (R2) é aquecida para produzir 2 radicais 2. O radical, reativo, ataca 1 molécula de etileno e gera um novo radical 3. Este reage com outra molécula de etileno, e assim por diante 4. Rapidamente, vai sendo construída uma longa cadeia de grupos CH2. Eventualmente, este processo termina pela combinação de 2 radicais de cadeia longa para originar o polietileno 5. Unidade repetitiva do polímero: • Propileno (M) → polipropileno (P) – utilizado em invólucros para alimentos, tapetes, material de laboratório, brinquedos...; obtidos através de reações de adição que ocorrem ao acaso o Possuem alta dureza e são resistentes à tração o Identificado quando o grupo R é CH3 o Único polímero de hidrocarbonetos encontrado na natureza • Estireno → Poliestireno – utilizado em recipientes de isopor oPossui alto índice de refração, podendo ser utilizado na iluminação • Cloreto de vinila → policloreto de vinila (PVC) – evita a propagação de chamas, sendo usado como isolante elétrico, canos para água e discos, vestuários, pisos, brinquedos o Único material plástico que não é totalmente originário do petróleo (contém, em peso, 57% de cloro, um derivado do cloreto de sódio (sal de cozinha), e 43% de eteno) • Tetrafluoretileno → Politetrafluoroetileno (PTFE) teflon – utilizado em películas antiaderentes para panelas e fita vedante, além de ser isolante elétrico o Inerte, não combustível e resistente a solventes e ao calor o Apresenta baixo coeficiente de atrito • Acetato de vinila → poliacetato de vinila (PVA) – utilizado em colas, tintas, esmaltes e chicletes • Acetileno → Poliacetileno; condutor de corrente elétrica (deve à presença de duplas ligações alternadas em sua estrutura, o que permite que os elétrons fiquem deslocalizados ao longo da cadeia), possui baixa densidade, "não enferruja" e pode formar lâminas finas Polímeros de condensação • Reação entre 2 monômeros diferentes, com a eliminação de moléculas pequenas (geralmente inorgânicas, como o H2O) para formar novas ligações o Os monômeros não precisam apresentar duplas ligações, só 2 tipos diferentes de grupos funcionais Exemplos: Brenda Rodrigues 2º Semestre + • Ácido tereftálico + etilenoglicol [etanodiol] → poliéster – utilizado na produção de fitas magnéticas, recipientes de produtos de limpeza, mangueiras e de tecidos • Ácido adípico (hexanodióico – 6C) + hexametilenodiamina (1,6-hexanodiamina – 6C) → Náilon 66 (ambos os monômeros contêm 6 carbonos); Poliamidas (silicone, policarbonato...) – utilizado em brinquedos, próteses sintéticas, escudos de proteção o Apresenta elevada dureza, possui baixo coeficiente de atrito e pode ser transformado em finos filamentos Classificação quanto a organização da cadeia polimérica Amorfo – Semicristalino • Amorfo: não possuem grau de organização de suas cadeias • Semicristalino: parte das cadeias poliméricas organizam-se e formam cristais Transições térmicas • Se Tuso <Tg (temperatura de transição vítrea) ⇒ o polímero é rígido • Se Tuso > Tg ⇒ o polímero é “borrachoso” • Se Tuso >> Tg ⇒ a viscosidade do polímero diminui progressivamente até alcançar-se a temperatura de degradação o Não existem polímeros 100% cristalinos (se fossem, eles passariam diretamente do estado cristalino para o líquido viscoso). Classificação quanto a fusibilidade e/ou solubilidade • Termoplásticos: Polímeros formados por cadeias lineares e/ou ramificadas, capazes de fundirem (massa fluída) tornando possível moldá-los (aquecendo e resfriando o polímero) e podem ser solubilizados em solventes compatíveis e reprocessados (reciclagem), sem perder muitas propriedades, além de possuir massa molar elevada o Amorfos: baixa resistência química, fundem-se rápido, baixa resistência à tração e transparentes; PVC, PMMA (polimetacrilato de metila), PS (poliestireno) o Semicristalinos: translúcidos (ou opacos), boa resistência química, alta resistência a tração e alto ponto de fusão; PET (politereftalato de etileno), PE (polietileno) • Termorrígidos (ou termofixos): não são capazes de fundirem e nem serem solubilizados devido às reticulações das cadeias poliméricas (cruzadas); são estáveis a variações de temperatura, além de possuir massa molar baixa o O aquecimento do polímero acabado à altas temperaturas promove decomposição do material antes de sua fusão, dificultando sua reciclagem • Elastômeros: são as borrachas, apresentando elasticidade (devido à baixa quantidade de ligações cruzadas) e voltando a forma anterior após estiramento; borracha natural, polibutadieno, silicone Estereoisômeros de polímeros a. Polímero isotáctico: os grupos R estão todos do mesmo lado da cadeia de carbonos assimétricos o Possui ponto de fusão elevado Brenda Rodrigues 2º Semestre o Maior cristalinidade o Melhores propriedades mecânicas b. Polímero sindiotático: os grupos R estão em lados alternados da cadeia de carbonos assimétricos c. Polímero atáctico: os grupos R se dispõem ao acaso o As moléculas não se empacotam de modo regular o São elásticos, amorfos e frágeis Massa molar • Um polímero é constituído de longas cadeias de tamanho não uniforme. Nele existe uma quantidade (i) de cadeias com massas molares iguais (Mi). • Massa molar numérica média; onde xi, fração numérica do total de moléculas que possuem massa Mi (massa molar da cadeia i) • Massa molar ponderada média; wi, fração em massa do total de moléculas que possuem massa Mi (massa molar da cadeia i) Identificação preliminar de plásticos Teste do fio de cobre ou teste de Beilstein • É um teste rápido para a identificação de halogênios no polímero, principalmente a presença de cloro • Consiste no aquecimento de um fio de cobre até que se torne “rubro”, tocando imediatamente o material a ser analisado com o fio de cobre e Brenda Rodrigues 2º Semestre levando novamente à chama do Bico de Bunsen. A formação de uma chama verde, mesmo que momentânea, indicará a presença de cloro (principalmente) ou outros halogênios. o Ex: PVC, PVDC, etc. Teste de chama • Consiste na queima do material polimérico em uma chama, sendo feitas observações sobre o comportamento da chama. • Cada tipo de material apresenta comportamento específico quando queimados. o Há possibilidade de não ocorrer a queima, ou a combustão é difícil sendo extinta quando retirado da chama, ou ocorre a combustão na chama, mas não fora, ou ainda a combustão é rápida, continuando mesmo fora da chama. Além disso, é possível verificar algumas propriedades da chama, por exemplo, sua coloração, presença ou não de fuligem e o odor emanado. Com base nas características observadas é possível identificar o tipo de material polimérico que está sendo testado. Teste de Solubilidade • São analisados os polímeros e os solventes em termos dos parâmetros de solubilidade • Tem-se uma ideia da solubilidade do polímero no solvente, se o parâmetro de solubilidade do solvente é próximo ao do polímero; fazendo-se o teste, têm-se as seguintes situações quanto ao polímero o Solúvel a temperatura ambiente; insolúvel a temperatura ambiente o Solúvel a temperaturas mais elevadas; ocorre inchamento; insolúvel sem ocorrer inchamento. ▪ Os termoplásticos podem ser solúveis, insolúveis ou solúveis a elevada temperatura. ▪ Os termorrígidos são insolúveis e não apresentam inchamento, mas passíveis de serem atacados superficialmente por solventes. ▪ Em borrachas ocorre o fenômeno de inchamento o qual é inversamente proporcional à densidade de ligações cruzadas. I = insolúvel In = Inchas S = solúvel Teste de aquecimento em água. • Este método de identificação fornece apenas uma ideia do material analisado. • Consiste no aquecimento do material em água fervente. Caso haja um amolecimento do material, trata-se do de poli (etileno tereftalato). Pirólise • A análise dos produtos de pirólise pode dar uma indicação da natureza química do polímero. Um procedimento interessante é medir o pH dos gases evoluídos da pirólise. Brenda Rodrigues 2º Semestre Fluxograma Simplificado para Identificação de Polímeros
Compartilhar