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Tutoria módulo 04: CONCEPÇÃO DE SAÚDE E DOENÇA E A ORIGEM DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE CASO 07 E x posição : 1) termo desconhecido . 2) problema(s) . 3) Tempestade de ideia . 4) OBJETIVOS . OB1. Entender a relação da mutação gênica/cromossômica e o ambiente com as alterações físicas (citar fatores teratogênicos). AGENTES MUTAGÊNICOS Todo fator ou agente (químico, físico ou biológico) que aumentar a taxa de mutação esperada (mutação espontânea) é chamado de agente mutagênico. As radiações ultravioleta (UV) e os raios X , por exemplo, são agentes físicos com ação mutagênica; algumas formas virais, capazes de se integrar dentro do genoma das células hospedeiras são agentes biológicos mutagênicos. Porém, os agentes químicos correspondem a maioria dos mutagênicos. O desenvolvimento da química permitiu que vários compostos novos fossem produzidos e as novidades da química rapidamente passaram a ter ampla aplicação em todas as áreas da atividade humana, sob forma de produtos farmacêuticos, cosméticos, alimentícios, defensivos agrícolas , de higiene etc. Algumas dessas novas moléculas, porém, se revelaram altamente tóxicas para seres vivos, sendo considerados poluentes de alto risco, estando seu uso sob controle de legislação específica. Os exemplos mais conhecidos são o conservante de alimentos AF-2, o etileno dibrometo (usado para fumigar alimentos), a hicantona (droga antiesquistossomose), alguns corantes componentes de tintas para cabelo e o cloreto de vinil. O número de novos produtos químicos desenvolvidos a cada ano é muito grande e antes que um produto seja liberado para uso humano é necessário que seja investigado em relação ao potencial de mutagenicidade, pois associada com a capacidade de causar mutações está a possibilidade de causar câncer (carcinogenicidade). Relembrando que o câncer surge a partir de um somatório de mutações sobre os locos gênicos que controlam o ciclo celular, fica evidente que um produto que aumente as taxas de mutação, aumentará também a probabilidade de iniciar crescimento tumoral. Foram desenvolvidos vários métodos para investigar o efeito carcinogênico das diferentes moléculas com as quais entramos em contato. Em geral, os métodos de investigação e triagem para carcinogênicos envolvem experimentos com animais e acabam sendo pouco usados por serem caros e muito demorados. Para superar essas dificuldades , foram criados testes que avaliam apenas a mutagenicidade das substâncias, empregando microrganismos (bactérias e fungos). AGENTES TERATOGÊNICOS Qualquer fator (químico, físico, biológico ou estado de deficiência) que é capaz de interferir no desenvolvimento de embriões ou fetos, causando alterações na estrutura ou na função de órgãos e sistemas, é chamado de agente teratogênico. Os agentes teratogênicos não devem ser confundidos com mutagênicos. Por exemplo, um teratogênico bem conhecido é a talidomida, que provoca redução no desenvolvimento dos membros. Uma criança afetada por essa malformação não está “herdando” uma mutação, pois o defeito de desenvolvimento se deve a uma causa estritamente ambiental (a presença da droga durante o início da gestação). Por conseguinte, quando o indivíduo afetado pela malformação congênita se reproduzir é nulo o risco de seus filhos herdarem o fenótipo anormal. Os medicamentos usados durante a gestação sempre foram o alvo principal de investigações de efeitos teratogênicos, porém esses fatores constituem apenas uma pequena parte da exposição total a produtos químicos. Estima-se que os seres humanos entrem em contato com aproximadamente 5x106 compostos químicos e até o fim da década de 90 apenas 1.500 compostos haviam sido testados em animais e somente 30 foram comprovadamente teratogênicos. Além de ser difícil de se demonstrar efeitos teratogênicos associados a fatores químicos artificiais (produzidos por síntese em laboratórios) ou naturais (produzidos por plantas ou animais), os resultados obtidos através de experimentos com animais podem induzir a conclusões erradas. Por exemplo, se antes de ter sido comercializada, a talidomida tivesse sido testada, o número de vítimas teria sido muito maior. Alguns países não forneceram licença para comercializar o medicamento porque os teste com roedores não haviam sido realizados. O problema é que com esses testes a droga teria sido considerada segura, pois para camundongos e ratos a talidomida não é teratogênica. Os principais efeitos dos agentes teratogênicos são: morte do concepto (aborto), malformações; retardo no desenvolvimento pré-natal e deficiências funcionais (ex.: retardo mental). Influências ambientais, como a dieta ou a exposição a poluentes, podem impactar no epigenoma e alterar o fenótipo de um indivíduo (característica observável do organismo). As mudanças epigenéticas determinam se os genes estão ativos ou não e influenciam a produção de proteínas nas células, garantindo que apenas as proteínas necessárias sejam produzidas. Proteínas que promovem o crescimento ósseo, por exemplo, não são produzidas nas células dos músculos. Os padrões de modificação epigenética variam entre os indivíduos, nos diferentes tecidos de um indivíduo e até nas diferentes células. Erros no processo epigenético, como modificar o gene errado ou deixar de adicionar um composto a um gene, podem levar a uma atividade anormal do gene ou à sua inatividade, podendo causar distúrbios genéticos. Condições como câncer, distúrbios metabólicos e distúrbios degenerativos estão relacionados a erros epigenéticos. Os cientistas continuam a explorar a relação entre o genoma e os compostos químicos que o modificam. Em particular, eles estão estudando que efeito as modificações têm sobre a função do gene, a produção de proteínas e a saúde humana. Fonte: Lynn B. Jorde. Genética Médica. Grupo GEN, 2017. http://coral.ufsm.br/blg220/hide/sistemadereparo.htm#:~:text=Qualquer% 20fator%20(qu%C3%ADmico%2C%20f%C3%ADsico%2C,devem%20ser%20c onfundidos%20com%20mutag%C3%AAnicos. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1392256/ OB2. Diferenciar mutação, anomalia e síndrome, entendendo a influência do ambiente sobre as mesmas MUTAÇÃO Tanto no armazenamento, quanto na cópia da informação genética, ocorrem acidentes e erros aleatórios, alterando a sequência nucleotídica, isto é, criando mutações. Portanto, mutações são mudanças na sequência dos nucleotídeos ou no arranjo do DNA de um organismo. Em muitos locais, o termo ‘mutação’ é usado em referência a uma alteração genética que causa doença, possuindo portanto uma conotação negativa. Contudo, uma mutação não necessariamente causa alguma doença ou é patogênica, podendo ser neutra ou, até mesmo, benigna. Cerca de 99,5% do DNA de uma pessoa é semelhante ao DNA de qualquer outra pessoa mesmo que não seja da mesma família. E é o aproximadamente 0,5% que faz toda a diferença, sendo responsável pela variabilidade genética. Essas alterações incluem mudanças em um único nucleotídeo, alterações em um ou mais genes, e até mudanças no número ou estrutura dos cromossomos. As mutações são fontes extremamente importantes de variabilidade genética nas populações, pois fornecem novas informações genéticas. Se o DNA de um organismo se mantivesse sempre estável e fosse transmitido aos descendentes sempre de forma íntegra, não existiria evolução,pois nunca haveria a formação de algo novo. Por isso, a variação genética garante que cada indivíduo possua um genoma único. Anomalia Anormalidades cromossômicas são alterações genéticas causadas por vários fatores conhecidos ou desconhecidos. O material genético de uma célula é um local onde são armazenadas informações sobre todo o processo de sobrevivência (como desenvolvimento e reprodução) de um organismo. Em indivíduos da mesma espécie, todos esses indivíduos possuem um conjunto comum de cromossomos. Essa coleção é chamada de cariótipo e é identificada por seu número, forma e até mesmo tamanho. No organismo humano, 46 cromossomos ou 23 pares de cromossomos são responsáveis pelas mais diversas características de um indivíduo. Um exemplo disso são os cromossomos X e Y emparelhados. Eles são responsáveis por determinar se um indivíduo é homem ou mulher. Quando a criatura é feminina, o par de cromossomos determinado é a forma XX, e quando a criatura é masculina, o par de cromossomos é XY. Portanto, pode-se entender que o cromossomo Y determina o masculino. Algumas alterações genéticas ocorrem por desordem no número de cromossomos, outras são causadas por falhas estruturais nas sequências do DNA. Essas alterações são chamadas de anomalias cromossômicas. Alguns defeitos congênitos, como fissura labial e fissura palatina, resultam de anomalias em um ou mais genes mais a exposição a certos outros fatores, incluindo substâncias no meio ambiente (a chamada hereditariedade multifatorial). Ou seja, o gene anômalo torna o feto mais propenso a ter um defeito congênito, mas o defeito congênito não se manifesta a menos que ele seja exposto a substâncias específicas, tais como algumas drogas ou álcool. Muitos tipos de defeitos congênitos comuns, como malformações cardíacas, são herdados desta forma SÍNDROME As síndromes provocam um conjunto de sinais e sintomas que ocorrem ao mesmo tempo e que podem ter causas variadas, assemelhando-se a uma ou a várias doenças. Costuma-se denominar também de síndrome uma condição que ainda não tem uma causa bem definida. Não pare agora... 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O termo síndrome ainda é usado por uma questão histórica. . Fonte: https://blog.varsomics.com/mutacao- a-origem- d a- variacao-genetica/ SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "O que é mutação?"; , Lynn B. Jorde. Genética Médica. Grupo GEN, 2017. OB3. Compreender o mecanismo para prevenção de mutações indesejadas Entender como nossos genes funcionam é o primeiro passo para o tratamento dessas patologias. Mas enquanto buscamos a prevenção e obviamente a cura, temos também um compromisso ético em relação ao uso de testes genéticos que devem ser discutidos com os consulentes antes de serem realizados. As distrofias musculares progressivas As distrofias musculares progressivas constituem um grupo de doenças, caracterizadas por uma degeneração progressiva e irreversível da musculatura esquelética, e que tem sido objeto de muitas pesquisas. Já foram mapeados genes responsáveis por mais de 30 formas de distrofia, cuja herança pode ser autossômica dominante, autossômica recessiva e ligada ao X. Além disso, sabe-se que existem formas ainda não identificadas. Os avanços da biologia molecular na última década revolucionaram nossos conhecimentos e começam a responder perguntas fundamentais tais como: Qual é o defeito básico? O que leva os músculos a degenerar? Como explicar a heterogeneidade genética, isto é, como mutações em genes diferentes podem resultar em um mesmo fenótipo? Ou, ao contrário, como mutações em um mesmo gene podem levar a quadros clínicos diferentes? Por outro lado, a análise molecular levantou outras questões intrigantes. Por exemplo, tem- se observado em um número crescente de doenças que pacientes com a mesma mutação podem ter quadros clínicos totalmente diferentes (McNally et al., 1996; Passos-Bueno et al., 1999) ou que alguns genes autossômicos afetam mais um sexo do que o outro (Ikeuchi et al., 1996; Iughetti et al., 1996; Zatz et al., 1997; 1998). A explicação para estas observações, além de fascinante, será extremamente importante para futuros tratamentos. As distrofias de Duchenne e Becker Dentre as diferentes miopatias, a distrofia de Duchenne (DMD) de herança recessiva ligada ao cromossomo X é a mais comum, com uma incidência de 1 em cada 3.000 nascimentos de sexo masculino (Emery, 1993). Já a distrofia tipo Becker (DMB), alélica à DMD (isto é, localizada no mesmo loco que a DMD), é cerca de 10 vezes mais rara. A diferença entre essas duas formas está na idade de início e velocidade de progressão. Na DMD, os sinais clínicos iniciam-se entre 3-5 anos de idade (com quedas freqüentes, dificuldades para subir escadas, correr e levantar do chão), o confinamento à cadeira de rodas se dá até os 12 anos de idade e os afetados raramente sobrevivem após a terceira década. Já na DMB, os sintomas iniciam-se em geral na segunda década, os afetados sempre andam após os 16 anos e a velocidade de progressão é extremamente variável. Cerca de 30-50% dos pacientes com DMD têm retardo mental cujas causam ainda estão sendo investigadas (Rapaport, 1991; Rapaport et al., 1992). Pacientes com DMD e DMB têm um aumento significante (até 2.000 vezes os valores normais) da enzima creatino-quinase (CK) no soro sanguíneo que é liberada do músculo distrófico, mesmo antes do aparecimento dos sinais clínicos (Zatz et al., 1976; 2001). Entretanto, até a década de 1980, não se tinha idéia acerca do mecanismo molecular que causava estas distrofias e nem se a forma grave de Duchenne e a variante mais leve de Becker eram causadas por um único gene ou dois independentes. Hoje sabe-se que as mutações que causam DMD ou DMB são deleções no gene da distrofina em cerca de 60% dos casos, duplicações em 5-6% dos casos e mutações de ponto (em uma única base ou nucleotídeo do DNA) nos casos restantes (Koenig et al., 1989; Lindlöf et al., 1989). A diferença entre a DMD e a DMB depende da manutenção ou não do quadro de leitura do RNA mensageiro (RNAm). Na DMB, a deleção é em fase, isto é, o quadro de leitura do RNAm é mantido e tem-se como resultado uma proteín a quantitativamente reduzida ou deletada internamente, mas em parte funcional. Já na DMD, a deleção é fora de fase, isto é, o quadro de leitura do RNAm não é mantido, tem-se uma proteína severamente truncada e que é rapidamente destruída pela célula (Monaco et al., 1988). FONTE: https://www.scielo.br/j/csc/a/QPDCC7QbHmDDpgGS8rNtBFH/?lang=pt https://blog.varsomics.com/mutacao-a-origem-da-variacao-genetica/ https://blog.varsomics.com/mutacao-a-origem-da-variacao-genetica/ https://www.scielo.br/j/csc/a/QPDCC7QbHmDDpgGS8rNtBFH/?lang=pt
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