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Desenvolvimento embrionário e gametogênese

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Tutoria módulo 04: CONCEPÇÃO DE SAÚDE E DOENÇA E A ORIGEM DO SISTEMA ÚNICO 
DE SAÚDE 
CASO 01 - Da Clivagem á gastrulação 
E x posição : gravidez - 
 
1) termo desconhecido . 
 
A) Hormônio BHCG - BhCG, refere-se ao hormônio gonadotrofina 
coriônica humana. Sua dosagem sanguínea é amplamente 
utilizada como teste de gravidez, pois esse é um hormônio 
produzido pelas células do embrião. 
Cerca de seis dias após a fecundação do óvulo pelo espermatozoide, 
o embrião em formação chega à parede do útero e se aloja nela. A 
partir desse momento, o hormônio hCG produzido pelo trofoblasto 
consegue alcançar a corrente sanguínea da mãe, o que possibilita 
sua detecção por exames laboratoriais ultrassensíveis. 
 
Conforme o embrião e a placenta se desenvolvem, mais hCG é 
produzido e lançado na circulação materna. Nas primeiras 
semanas de gestação, os níveis de hCG dobram a cada 2 ou 3 dias. 
Se nos primeiros 30 dias de gravidez o ritmo de elevação da 
gonadotrofina coriônica humana estiver inesperadamente pouco 
elevado, é possível que haja algo de errado na gestação, como 
inviabilidade fetal ou gravidez ectópica. 
 
Fo ntes : https://www.mdsaude.com/gravidez/exame -beta-hcg/ 
 https://www.minhavida.com.br/saude/tudo-sobre/21074-beta-hcg 
 
 
2) problema(s) . 
Da pré fecundação ao desenvolvimento do zigoto 
 
3) Tempestade de ideia . 
A) Tempestade de ideias: 
B) -Gravidez nas trompas (Óvulo não consegue chegar 
no útero e acaba se 
C) desenvolvendo nas trompas uterinas) 
D) -Fases do Desenvolvimento: 
E) ● Segmentação ou clivagem - Aumenta o tamanho 
das células 
F) ● Gastrulação - Forma a mórula 
G) ● Organogênese - 
H) - Glândulas sexuais do homem produzem o semem para 
dar energia aos 
I) espermatozoides 
J) -Dificuldade masculina 
K) -Até formar o feto o espermatozoide forma o zigoto 
L) - Os hormônios influenciam no processo da 
fecundação 
M) - Para ocorrer a fecundação a mulher deve estar no 
período fértil da mulher 
N) - Menopausa - A mulher para de produzir óvulos 
O) - Processo de Fertilização - Ocorre quando o esperma 
encontra o óvulo 
P) -Mórula, gástrula, blástula - Fases do 
desenvolvimento 
Q) - Tubo digestivo - Se forma na primeira fase do 
desenvolvimento embrionário 
R) -Folhetos embrionários 
S) -Caso o óvulo não seja fecundado vai ocorrer a 
descamação que dá origem a 
T) menstruação 
U) - EspermatoGONIA, espermatocito I e II pra depois ser 
espermatozoide 
V) - O óvulo antes de ser óvulo é ovogônia e ovócito 
W) - Meiose - Forma os ovócitos 
X) - Gêmeos - univitelinos ou gêmeos idênticos (mesma 
placentas) e bivitelinos 
Y) (placentas diferentes) . 
Z) - Em inseminações artificiais é mais comum ocorrer 
a gravidez de gêmeos 
 
4) OBJETIVOS . 
 
OB1. Entender o processo de gametogênese (Ovulogênese e 
espermatogênese) 
A gametogênese, formação dos gametas, é o processo de 
formação e desenvolvimento das células germinativas especializadas, 
os gametas (ovócitos/espermatozoides) a partir de células precursoras 
bipotentes. Esse processo, que envolve os cromossomos e o citoplasma 
dos gametas, prepara essas células para a fecundação. Durante a 
gametogênese, o número de cromossomos é reduzido pela metade e a 
forma das células é alterada. A maturação dos gametas é chamada de 
espermatogênese no sexo masculino e de oogênese no sexo feminino. O 
ritmo dos eventos durante a meiose difere nos dois sexos. 
A meiose: 
 • Possibilita a constância do número cromossômico de 
geração a geração pela redução do número cromossômico de diploide 
para haploide, produzindo, assim, gametas haploides. 
• Permite o arranjo aleatório dos cromossomos materno e 
paterno entre os gametas. 
https://www.mdsaude.com/gravidez/exame-beta-hcg/
https://www.minhavida.com.br/saude/tudo-sobre/21074-beta-hcg
• Reposiciona os segmentos dos cromossomos materno e 
paterno, por meio de cruzamento de segmentos cromossômicos, que 
“embaralham” os genes, produzindo a recombinação do material 
genético. 
a) ESPERMATOGÊNESE 
espermatogênese é a sequência de eventos pelos quais as 
espermatogônias (células germinativas primordiais) são transformadas em 
espermatozoides maduros; esse processo começa na puberdade . As espermatogônias 
permanecem quiescentes nos túbulos seminíferos dos testículos durante os 
períodos fetal e pós-natal. Elas aumentam em número durante a puberdade. Após 
várias divisões mitóticas, as espermatogônias crescem e sofrem modificações. 
As espermatogônias são transformadas em espermatócitos primários, 
as maiores células germinativas nos túbulos seminíferos dos testículos. Cada 
espermatócito primário sofre, em seguida, uma divisão reducional – a primeira 
divisão meiótica – para formar dois espermatócitos secundários haploides, que 
possuem aproximadamente metade do tamanho do espermatócito primário. Em 
seguida, os espermatócitos secundários sofrem a segunda divisão meiótica para 
formar quatro espermátides haploides, que são aproximadamente a metade do 
tamanho dos espermatócitos secundários . As espermátides (células em estágio 
avançado de desenvolvimento) são transformadas gradualmente em quatro 
espermatozoides maduros pelo processo conhecido como espermiogênese. O processo 
completo, incluindo a espermiogênese, demora cerca de dois meses para acontecer. 
Quando a espermiogênese é completada, os espermatozoides entram na luz dos 
túbulos seminíferos. 
Os e s permatozoides maduros são células ativamente móveis, que nadam 
livremente, constituídos por uma cabeça e uma cauda. O colo do espermatozoide é 
a junção entre a cabeça e a cauda. A cabeça do espermatozoide forma a maior parte 
dele e, é onde se localiza o núcleo. Os dois terços anteriores da cabeça são cobertos 
pelo a crossoma, uma organela sacular em forma de capuz que contém várias 
enzimas. Quando liberadas, as enzimas facilitam a dispersão das células 
foliculares da corona radiata e a penetração do espermatozoide na zona 
p e lúcida durante a fecundação. 
B) Ovulogênese/Oogênese 
 
A oogênese é a sequência de eventos pelos quais as oogônias (células 
germinativas primordiais) são transformadas em oócitos maduros. Todas as 
oogônias se desenvolvem em oócitos primários antes do nascimento; nenhuma 
oogônia de desenvolve após o nascimento. A oogênese continua até a 
menopausa, que é a interrupção permanente do ciclo menstrual 
M aturação Pré-natal dos Oócitos 
Durante a vida fetal inicial, as oogônias proliferam 
por m itose (duplicação das células), um tipo especial de divisão celular. 
As oogônias (células sexuais primordiais) crescem e se tornam os oócitos 
p rimários antes do nascimento. Assim que o oócito primário se forma, células do 
tecido conjuntivo o circundam e formam uma única camada 
de cé lulas achatadas, as células f olicular. O oócito primário circundado por essa 
camada de células foliculares, constitui o folículo primário. Conforme o oócito 
primário cresce durante a puberdade, as células foliculares se tornam cúbicas e 
depois cilíndricas, formando, assim, o folículo primário. 
O oócito primário é logo envolvido por um material glicoproteico ace lular e 
amorfo, a zona pelúcida. A microscopia eletrônica de varredura da superfície da 
zona pelúcida revela um aspecto regular de trama com fenestrações intrincadas. 
Os oócitos primários iniciam a primeira divisão meiótica antes do nascimento, 
mas o término da p rófase não ocorre até a adolescência (começando com a 
puberdade). As células foliculares que envolvem o oócito primário secretam uma 
substância, conhecida como inibidor d a m aturação d o oócito, que mantém 
estacionadoo processo meiótico do oócito. 
 
Ma turação Pós-natal dos Oócitos 
Esta etapa se inicia na puberdade, quando geralmente um folículo ovariano 
amadurece a cada mês e ocorre a ovu lação (liberação do oócito do folículo 
ovariano), exceto quando contraceptivos orais são utilizados. A longa duração 
da primeira divisão meiótica (até 45 anos) pode ser responsável, em parte, pela 
alta frequência de e rros m eióticos, tais como a não disjunção (falha na 
separação das cromátides irmãs de um cromossomo), que ocorre com o aumento da 
idade materna. Os oócitos p rimários na prófase suspensa (dictióteno) são 
vulneráveis aos agentes ambientais como a radiação. Quando um folículo 
madura, o oócito primário aumenta de tamanho e, imediatamente, antes da 
ovulação, completa a primeira divisão meiótica para dar origem ao oócito 
s e cundário e ao primeiro corpo polar. Diferentemente do estágio correspondente 
na espermatogênese, a divisão do citoplasma é desigual. O oócito secundário 
recebe quase todo o citoplasma e o primeiro corpo polar recebe muito pouco. O corpo 
polar é uma célula minúscula destinada à degeneração. 
Na ovulação, o núcleo do oócito secundário inicia a segunda divisão 
meiótica, mas ela progride somente até a metáfase, quando a divisão é 
interrompida. Se um espermatozoide penetra o oócito secundário, a segunda 
divisão meiótica é completada, e a maior parte do citoplasma é novamente 
mantida em uma célula: o oócito fecundado. A outra célula, o segundo corpo 
p olar, também é formada e irá se degenerar. Assim que os corpos polares são 
expelidos, a maturação do oócito está completa. 
 
 
A um embrião com idade de fertilização de 6 semanas é atribuída uma idade 
menstrual de 8 semanas, e a duração típica da gravidez é de 38 semanas de idade de 
fertilização e 40 semanas de idade menstrual . Devido a razões clínicas válidas, 
os obstetras subdividem a gravidez em três trimestres iguais, enquanto os 
embriologistas dividem a gravidez em períodos desiguais que correspondem aos 
principais eventos do desenvolvimento. 
0-3 semanas — Desenvolvimento inicial (clivagem, gastrulação) 
4-8 semanas — Período de organogênese embrionária 
9-38 semanas — Período fetal 
 
FONTE: MOORE, Keith L.; TORCHIA, Mark G.; PERSAUD, T.V.N. Embriologia clínica. Rio 
de Janeiro: Elsevier, 2016 
CARLSON, Bruce M. Embriologia humana e biologia do desenvolvimento. 5. ed. Rio 
de Janeiro: Elsevier, 2014. 
 
OB2. Explicar o processo de fecundação e suas etapas (clivagem, 
gastrulação e organogênese) 
 
FE RTILIZAÇÃO – É uma série de processos, esses processos iniciam quando 
os espermatozoides começam a penetrar a corona radiata que reveste o 
ovócito e termina com o entrelaçamento dos cromossomos maternos e 
paternos após o espermatozoide entrar no ovócito. 
• Estimula o oócito a completar a segunda divisão meiótica. 
• Restaura o número diploide normal de cromossomos (46) no zigoto. 
 • Resulta na variação da espécie humana por meio da mistura de 
cromossomos paternos e maternos. 
• Determina o sexo cromossômico do embrião. 
 • Causa a ativação metabólica da oótide (oócito quase maduro) e 
inicia a clivagem do zigoto. 
 
 
A sequência de eventos na penetração dos revestimentos e da 
membrana plasmática do ovócito. A e B, Penetração da corona 
radiata. C e D Adesão à zona pelúcida, a reação acrossômica e a 
penetração da zona. E e F, Ligação à membrana plasmática e 
entrada no ovócito. 
 
a) P en etração da Corona Radiata 
Quando os espermatozoides encontram primeiro o ovócito ovulado na parte 
de ampola da tuba uterina, eles são confrontados pela corona radiata. A corona 
radiata é uma camada altamente celular, com uma matriz intercelular formada 
por proteínas e uma alta concentração de carboidratos, especialmente ácido 
hialurônico. Acredita-se que a hialuronidase que emana da cabeça do 
espermatozoide tenha um papel importante na penetração da corona radiata, mas 
os movimentos ativos de natação dos espermatozoides também são importantes. 
b) A d esão e Penetração da Zona Pelúcida 
A zona pelúcida, que é de 13 μm de espessura em humanos, consiste 
principalmente em quatro glicoproteínas — ZP1 a ZP4. As ZP2 e ZP3 se combinam para 
formar unidades básicas que polimerizam em filamentos longos. Após ter 
penetrado a corona radiata, os espermatozoides se ligam firmemente à zona 
pelúcida por meio da membrana plasmática da cabeça do espermatozoide. As 
moléculas na superfície da cabeça dos espermatozoides são locais de ligação 
específica para os receptores ZP3 dos espermatozoides na zona pelúcida. Na ligação 
à zona pelúcida, os espermatozoides de mamíferos sofrem a reação acrossômica. A 
essência da reação acrossômica é a fusão de partes da membrana acrossômica 
externa com a membrana plasmática sobrejacente e eliminação das partes 
fundidas sob a forma de pequenas vesículas. A reação acrossômica em mamíferos 
é estimulada pela molécula ZP3. 
 
c) Li gação e Fusão dos Espermatozoides e do Ovócito 
 Em duas etapas distintas, o espermatozoide primeiro se liga e em seguida se funde com a 
membrana plasmática do ovócito. As moléculas da membrana plasmática da cabeça do espermatozoide, 
principalmente as proteínas dos espermatozoides chamadas f e rtilinas e ciritestina, que se ligam às 
moléculas de α6 in tegrina e da proteína C D 9 na superfície do ovócito. Após a fusão inicial, os 
conteúdos do espermatozoide (a cabeça, a peça intermediária e geralmente a cauda) mergulham no 
ovócito. Se a mitocôndria do pai entrar o lisossomo da mãe destrói, ficando apenas a mitocôndria 
maternal. Apenas um espermatozoide funde a membrana. 
d) Pre venção da Polispermia 
O bloqueio rápido à polispermia, que tem sido bem estudado em ouriços-do-
mar, consiste em uma rápida despolarização elétrica da membrana plasmática do 
ovócito. Os produtos de secreção dos grânulos corticais se difundem nos poros da 
zona pelúcida e hidrolisam as moléculas dos receptores de espermatozoides (ZP3 nos 
ratos) na zona. Essa reação, chamada de reação zonal, essencialmente elimina a 
capacidade dos espermatozoides aderirem e penetrarem na zona. A reação zonal foi 
observada em ovócitos humanos que foram submetidos à fertilização in vitro. 
Além das mudanças na zona pelúcida, alterações nas moléculas dos receptores de 
espermatozoides na membrana plasmática do ovócito humano provocam, no 
próprio ovócito, que ele se torne refratário à penetração por outros 
espermatozoides. 
 
Fertilização in vitro e Transferência de Embriões 
 
A fertilização in vitro (FIV) de oócitos e a transferência dos zigotos em 
clivagem para o útero têm oferecido uma oportunidade a muitas mulheres estéreis 
(p. ex., devido a obstrução da tuba uterina) de dar à luz. Em 1978, Robert G. Edwards 
e Patrick Steptoe desenvolveram a FIV, um dos procedimentos mais 
revolucionários da história da reprodução humana. 
 
 
 
À medida que o zigoto passa ao longo da tuba uterina em direção ao útero, 
sofre clivagens (uma série de divisões mitóticas) em várias células 
menores, os blastômeros. Aproximadamente três dias após a fecundação, 
uma esfera de 12 ou mais blastômeros (a mórula) entra no útero. 
• Uma cavidade se forma na mórula, convertendo-a em blastocisto, que é 
formado pelo embrioblasto, pela cavidade blastocística e pelo trofoblasto. 
O trofoblasto encapsula o embrioblasto e a cavidade blastocística e depois 
irá formar estruturas extraembrionárias e a porção embrionária da 
placenta. 
• Quatro a 5 dias após a fecundação, a zona pelúcida desaparece e o trofoblasto 
adjacente ao embrioblasto se adere ao epitélio endometrial. 
• O trofoblasto do polo embrionário se diferencia em duas camadas, uma 
externa, o sinciciotrofoblasto e outra interna, o citotrofoblasto. O 
sinciciotrofoblasto invade o epitélio endometrial e o tecido conjuntivo 
adjacente. Concomitantemente, forma-se uma camada cuboidal de 
hipoblasto na superfície inferior do embrioblasto. Ao final da primeira 
semana, o blastocisto está superficialmente implantado no endométrio.FONTE: MOORE, Keith L.; TORCHIA, Mark G.; PERSAUD, T.V.N. Embriologia clínica. Rio 
de Janeiro: Elsevier, 2016 
CARLSON, Bruce M. Embriologia humana e biologia do desenvolvimento. 5. ed. Rio 
de Janeiro: Elsevier, 2014. 
 
Resumo 
 A ovulação é estimulada por um pico de LH e FSH no sangue. A expulsão do 
ovócito a partir do folículo graafiano envolve edema local, isquemia e 
quebra de colágeno, com uma possível contribuição da pressão do líquido e 
da atividade do músculo liso no rompimento da parede folicular. 
 O ovócito ovulado é varrido para a tuba uterina e transportado através 
dela pela ação ciliar e pelas contrações do músculo liso enquanto espera a 
fertilização por um espermatozoide. 
 O transporte dos espermatozoides no trato reprodutivo masculino envolve 
uma saída lenta dos túbulos seminíferos, maturação no epidídimo e 
rápida expulsão na ejaculação, onde os espermatozoides se juntam às 
secreções da próstata e das vesículas seminais para formar o sêmen. 
 No trato reprodutivo feminino, o transporte dos espermatozoides envolve 
a entrada no canal cervical da vagina, passagem pelo muco cervical e 
transporte através do útero e nas tubas uterinas, onde ocorre a 
capacitação. O encontro do ovócito e do espermatozoide tipicamente ocorre 
no terço superior da tuba uterina. 
 O processo de fertilização consiste em vários eventos sequenciais: 
1. Penetração da corona radiata 
2. Adesão à zona pelúcida 
3. Reação acrossômica e penetração da zona pelúcida 
4. Ligação e fusão do espermatozoide e do ovócito 
5. Prevenção da polispermia 
6. Ativação metabólica do ovócito 
7. Descondensação do núcleo do espermatozoide 
8. Conclusão da meiose no ovócito 
9. Desenvolvimento e fusão dos pró-núcleos masculino e feminino 
 A adesão do espermatozoide à zona pelúcida é mediada pela proteína ZP 3, que 
também estimula a reação acrossômica. 
 A reação acrossômica envolve a fusão da membrana acrossômica externa à 
membrana plasmática do espermatozoide e a fragmentação das membranas 
fundidas, assim levando à liberação das enzimas acrossômicas. Uma das 
enzimas acrossômicas, a acrosina, é uma serina proteinase, que d igere os 
componentes da zona pelúcida e auxilia a penetração dos espermatozoides 
natatórios através da zona. 
 Após a fusão do espermatozoide à membrana do ovócito, uma rápida 
despolarização elétrica produz o primeiro bloqueio à polispermia no 
ovócito. Isso é seguido por uma onda de Ca++ que provoca nos grânulos 
corticais a liberação do seu conteúdo no espaço perivitelino e por último 
inativa os receptores de espermatozoides na zona pelúcida. 
 A penetração do espermatozoide estimula uma rápida intensificação da 
respiração e do metabolismo do ovócito. 
 No interior do ovócito, o material nuclear do espermatozoide descondensa 
e forma o pró-núcleo masculino. Ao mesmo tempo, o ovócito completa a 
segunda divisão meiótica, e o material nuclear remanescente torna-se 
envolvido por uma membrana, para formar o pró-núcleo feminino. 
 Após a replicação do DNA, os pró-núcleos masculino e feminino se juntam, 
e os seus cromossomos tornam-se organizados para uma divisão mitótica. 
A fertilização é concluída, e o óvulo fertilizado é corretamente chamado 
de zigoto. 
 O tratamento de infertilidade através da fertilização in vitro e da 
transferência de embrião é um processo de múltiplos estágios que envolvem 
a estimulação da produção de gametas por fármacos como citrato de 
clomifeno, obtenção de óvulos por meio de técnicas de laparoscopia na 
mulher, armazenamento dos gametas por congelamento, realização da 
fertilização in vitro e da cultura dos embriões, preservação do embrião, e a 
transferência do embrião para a mulher.

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