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Teoria Psicanalítica Clássica de Freud Na mente nada acontece por acaso, cada evento psíquico é determinado por aqueles que o precederam. Existem elos ocultos que ligam esses eventos mentais a outros que ocorreram antes. Há uma continuidade nos pensamentos e sentimentos, mesmo que não estejamos conscientes disso. Ou seja, nada surge do nada; nenhum pensamento, sentimento ou lembrança acontece isoladamente ou por acaso. Determinismo Psíquico Níveis de Consciência Consciente É a parte da mente que lida com todas as informações das quais estamos cientes em um dado momento. Ele agrega as informações as quais dirigimos a nossa atenção de forma intencional em um dado momento. Pré-Consciente É uma porção do inconsciente que facilmente se torna consciente. Quando um conteúdo do inconsciente passa para o pré-consciente, ele pode ser mais facilmente puxado para o consciente. Inconsciente É onde ocorrem os processos mentais que nunca foram conscientes, e que não podem ser acessados pelo mesmo. É onde as informações que foram excluídas do Consciente e que não podem ser lembradas, pois foram reprimidas ou censuradas ficam guardadas. É aqui também que se encontram, em sua maior parte, os elos mentais dos nossos pensamentos e sentimentos, tal como diz o Determinismo Psíquico. O que está no inconsciente pode influenciar a vida mental de uma pessoa de forma indireta, podendo jamais ser percebido. Também conhecido como impulso ou instinto. Pulsão São pressões ou necessidades que surgem do nosso inconsciente e que nos dirigem a um determinado fim. Toda pulsão tem uma Fonte, uma Finalidade, uma Pressão e um Objeto. Pulsões são necessidades psíquicas e ao mesmo tempo orgânica, estando na fronteira entre o mental e o físico. Elas foram organizadas por Freud em dois tipos básicos: A Fonte é a necessidade A Finalidade é a de reduzir a necessidade A Pressão é a quantidade de energia que é empregada para reduzir a necessidade O Objeto é tudo o que se faz para satisfazer a necessidade. Pulsão de Vida Pulsão de Morte É toda demanda interna que nos leva a buscar o prazer, criar e realizar. Sua fonte de energia é a libido, ou desejo. É possível distribuir diferentes níveis de libido para diferentes projetos, porém, quanto maior o interesse em um determinado projeto, mais libido é investido nele. É toda demanda interna que nos conduz a buscar o isolamento, estagnação e atos de destruição e morte. Também possui uma fonte de energia específica, porém ela não possui nome. É possível que em situações ruins, a energia de libido possa ser retirada de atividades prazerosas e aplicada de forma extrema na situação ruim, tornando as prazerosas desinteressantes. Essas pulsões existem em todos nós em um conflito permanente e não resolvido, sendo a maior parte dos nossos pensamentos e ações resultado de uma combinação dessas duas pulsões. Freud observou que nossa psique tem como principal meta preservar ou recuperar certo nível de equilíbrio interno, que lhe permita minimizar o desprazer e maximizar o prazer. Esta tarefa é feita pelo relacionamento entre o ID, Ego e Superego A Estrutura da Personalidade ID É a estrutura original da personalidade, por isso é caótico, desorganizado e sem forma Todo seu conteúdo é inconsciente É onde nossos instintos e nossa herança animal ficam guardados pois são incompatíveis com a sociedade É a fonte de energia das pulsões Ego Se desenvolve a partir de ID a medida que o bebê vai tomando consciência de sua própria identidade Tem a função de atender e ao mesmo tempo aplacar as exigências do ID, para preservar a saúde, sanidade e segurança da psique Lógico e racional Intermediário do mundo interno com o externo Busca constantemente a liberação de toda energia, tensão e excitação, procurando a auto satisfação sem inibições Não tolera frustrações, desconsiderando os limites da realidade É incapaz de lidar com a realidade Lógica, valores e ética não se aplicam aqui. Utiliza energia extraída do ID Se esforça pelo prazer e tenta evitar o desprazer, considerando as limitações e as oportunidades da realidade externa Controla as exigências do ID e avalia como, quando e se elas devem ser satisfeitas. Funciona segundo o princípio da realidade, separando o desejo da fantasia Superego Surge a partir do Ego Tem a função de atuar como um juiz das ações e pensamentos do ego É onde estão os códigos de conduta aprendidos no convívio social, as inibições e os ideais Em crianças, desenvolve seguindo o modelo de superego dos pais, sendo derivado de julgamentos, valores e contradições defendidos durante a criação Contém os ideais pelos quais lutamos Age no sentido de proibir ou limitar certos pensamentos e atitudes Uma de suas características é a capacidade de auto-observação, pois age independente das pressões do ID e do Ego que a seu modo também busca o prazer Gera sentimento de orgulho e amor próprio por nossos bons comportamentos Também gera sentimentos de culpa e inferioridade por comportamentos que desaprova e pensamentos que considera impróprios Pode atuar de maneira severa e inflexível, fazendo julgamentos de tudo ou nada, em busca da perfeição Também pode se desenvolver no sentido de compreensão e flexibilidade, aprendendo a perdoar a si mesmo ou aos outros ao perceber um mal entendido Para Freud, o Ego é uma estrutura fraca e submissa do ID, do Superego e da realidade. Por isso para Freud, o propósito da psicanálise é fortalecer o Ego, para torná-lo mais independente, ampliar sua capacidade de percepção e saber lidar melhor com as exigências que recaem sobre ele.
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