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Histologi�
● Tecid� �se�
É um tipo de tecido conjuntivo especializado, formado por células e matriz
extracelular calcificada(matriz óssea). Origina-se no mesoderma.
Funçõe�: Alojamento e proteção da medula óssea, depósito de cálcio, fosfato e
outros íons, constituinte principal do esqueleto, protege órgãos vitais, sistema de
alavancas para os músculos esqueléticos, suporte para tecidos moles, absorve
toxinas e metais pesados para minimizar o efeito nos outros órgãos
Característica�: Cavidades na matriz (lacunas) ocupadas pelos osteócitos;
inervado e vascularizado
�p� d� estud�: Descalcificação (preserva células e matriz orgânicas), a parte
mineral é removida com solução de ácido diluído (ácido nítrico 5%); desgaste
(preserva estrutura da matriz mineralizada)
Célula� d� tecid� �se�: As células do tecido ósseo pertencem a duas linhagens
distintas e equilibradas.
1. Células da linhagem osteoblástica: São formadas pelos osteoblastos e
osteócitos, que são derivadas de células osteoprogenitoras de origem
mesenquimal;
2. Células da linhagem osteoclástica: São os osteoclastos, originados de
monócitos produzidos na medula hematopoética.
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Osteoblast�
São células que sempre estão nas superfícies ósseas, lado a lado, enfileiradas em
um arranjo que lembra um epitélio simples, mas não o seja. Quando em intensa
atividade sintética, os osteoblastos são cubóides, com citoplasma muito basófilo.
Em contrapartida, em estado pouco ativo, tornam-se achatados, e a sua basofilia
citoplasmática é pouco intensa.
Os osteoblastos são as células que sintetizam a parte orgânica da matriz óssea
(colágeno tipo I, proteoglicanos e glicoproteínas) e fatores que influenciam a função
de outras células ósseas. Tem capacidade de concentrar fosfato de cálcio e
participa da mineralização da matriz.
Após sintetizar matriz extracelular, o osteoblasto fica aprisionado na matriz
orgânica recém-sintetizada que o circunda e passa a ser chamado de osteócito.
A matriz, então, deposita-se ao redor do corpo da célula e de seus prolongamentos
e passa por deposição de cálcio, formando as lacunas que contêm os osteócitos e
os canalículos.
A matriz óssea recém-formada, adjacente aos osteoblastos ativos e ainda não
calcificada, recebe o nome de osteóide.
Osteócit�
Células maduras no interior da matriz extracelular, ocupando as lacunas das quais
partem canalículos (canais que ligam essas células para nutrir; deixando passar
íons de um osteócito para outro). É sempre 1 osteócito para cada lacuna. O núcleo
é achatado, tem pouco retículo endoplasmático rugoso, complexo de Golgi pouco
desenvolvido e com núcleo com cromatina condensada.
Sua função é manter a matriz extracelular. Quando essas células morrem, elas
são absorvidas pelos osteoclastos e o osso está comprometido.
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Osteoclast�
Derivadas de células progenitoras, células móveis, multinucleadas, gigantes,
extensamente ramificadas, citoplasma granuloso e pouco basófilo nos jovens e
acidófilos nos maduros. Os osteoclastos são formados por precursores
mononucleares da medula óssea combinados com o tecido ósseo. As áreas de
reabsorção de tecido ósseo têm porções dilatadas dos osteoclastos colocadas em
depressões da matriz escavada pela atividade dos osteoclasto e conhecidas como
lacunas de Howship.
Matr� �se�:
a)Parte orgânica: Fibras e substância fundamental amorfa
b)Sais e água: Composta com 20% de matéria orgânica, 15% de água e 65% de
mineral.
Parte inorgânica: Tem cerca de 65% do peso seco do osso. Os íons mais
encontrados são o fosfato e o cálcio. Mas se encontra também: bicarbonato,
magnésio, potássio, sódio e citrato.
Parte orgânica: 95% é colágeno tipo I, proteoglicanos e glicoproteínas.
OBS: Tecidos com colágeno I sem glicoproteínas não se calcificam).
-A união da parte inorgânica e orgânica (hidroxiapatita + colágeno) oferece
dureza e resistência ao osso. Os ossos sem minerais oferecem ossos flexíveis
mas com forma intacta, porém os ossos com minerais, mas sem colágeno,
oferecem ossos quebradiços com forma intacta.
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Peri�te� � end�te�: Recobrem a superfície externa e interna dos ossos,
respectivamente, com células osteogênicas e tecido conjuntivo (que formam esse
tecido)
Função: nutrição e fornecimento de novos osteoblastos.
A camada mais externa do periósteo contém principalmente fibras colágenas e
fibroblastos. Possui destaque as fibras de Sharpey, que são feixes de fibras
colágenas do periósteo que penetram o tecido ósseo e prendem firmemente o
periósteo ao osso.
A camada interna do periósteo, justaposta ao tecido ósseo, é mais celularizada e
apresenta células osteoprogenitoras, morfologicamente semelhantes aos
fibroblastos. Essas células se multiplicam por mitose e se diferenciam em
osteoblastos, desempenhando papel importante no crescimento dos ossos.
O endósteo reveste as superfícies internas do osso e geralmente é constituído por
uma delgada camada de células osteogênicas achatadas, que revestem as
cavidades do osso esponjoso, por exemplo. Além de fornecer novos osteoblastos
para o crescimento, remodelação e recuperação do osso após traumas mecânicos,
o endósteo e, principalmente, o periósteo são importantes para a nutrição do
tecido ósseo em função da existência de vasos sanguíneos em seu interior.
Tip� d� tecid� �se�: Primário e secundário. Osso é formado por partes
compactas e esponjosas (com muitas cavidades intercomunicantes).
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Osso longo: A epífise apresenta osso esponjoso com uma camada de osso
compacto; e a diáfise é quase toda compacta, com parte profunda esponjosa,
delimitando o canal medular. As cavidades do osso esponjoso e o canal medular
são ocupadas pela medula óssea. No recém-nascido tem cor vermelha (pois tem
alto teor de hemácia, ela produz células do sangue – medula óssea hematógena).
Com a idade, o tecido adiposo invade e fica amarela – medula óssea amarela.
Tecid� �se� primári�/imatur�: Aparece primeiro no desenvolvimento
embrionário e na reparação de fraturas. É temporário, é substituído pelo
secundário Nos adultos, está na sutura do crânio, alvéolos dentais e algumas
inserções do tendão. Tem fibras colágenas em várias direções; pouco
mineralizado; mais osteócitos do que o secundário. O tecido primário é sempre
o primeiro a ser formado, tanto no desenvolvimento embrionário como na reparação
das fraturas. É um tecido temporário e substituído por tecido secundário. No tecido
ósseo não-lamelar, as fibras colágenas se dispõem irregularmente, sem orientação
definida.
Tecid� �se� secundári�/lamelar/madur�: Fibras colágenas organizadas de
forma paralela ou concêntrica(ao redor de um vaso, originando o sistema de
Havers). Os osteócitos estão entre as lamelas ou dentro delas. Para separar
lamelas têm as substâncias cementantes (matriz extracelular mineralizada com
baixo colágeno). Sistema de Havers: Canais de Havers são uma série de tubos
estreitos dentro dos ossos por onde passam vasos sanguíneos e células nervosas.
São formados por lamelas concêntricas de fibras colágenas. São encontrados na
região mais compacta do osso da diáfise óssea (meio de ossos longos). Formado
por 4 a 20 lamelas ósseas concêntricas. Quanto mais o canal é jovem, mais largo
ele é. No tecido ósseo secundário ou lamelar, essas fibras se organizam em
lamelas, que se arranjam em uma disposição muito ordenada. Além disso, no adulto
é muito pouco encontrado, persistindo apenas próximo às suturas dos ossos do
crânio, nos alvéolos dentários e em alguns pontos de inserção de tendões.
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Ossificaçã� intramembran��:
-Forma-se no interior da membrana conjuntiva, é essa ossificação forma o osso
frontal, parietal e parte do osso occipital, temporal e maxilares.
-Nos ossos curtos essa ossificação faz eles crescerem e nos longos fazem esses
alargar.
-O local da membrana conjuntiva, onde a ossificação começa chama-se centro de
ossificação primária: crescem radialmente.
-Células mesenquimais se diferenciam, formam os osteoblastos sintetizam os
osteóide que mineraliza e englobam os osteoblastos formando os osteócitos.
Grupos de formação ósseasurgem juntos e se encontram, formando traves ósseas,
dando origem à camada esponjosa.
-As cavidades são penetradas por vasos sanguíneos e células mesenquimatosas
indiferenciadas, que formará medula óssea. As superfícies internas e externas
são formadas por reabsorção, formando o osso compacto.
-Ao parar de diferenciar a membrana conjuntiva interna e externa, estas ganham
o nome de endósteo e periósteo respectivamente.
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Ossificaçã� endocondra�:
-Ocorre através da cartilagem hialina, forma ossos curtos e longos.
-A cartilagem sofre modificações: hipertrofia dos condrócitos até sua morte por
apoptose, redução da matriz cartilaginosa em finos tabiques, mineralização (onde
ocorre a morte celular)
-Onde existiam os condrócitos, surgem vasos e células osteogênicas, vindo do
tecido conjuntivo adjacente, diferenciando-se em osteoblastos, que depositarão a
matriz óssea.
-Nos ossos longos: no início temos um molde de cartilagem, o pericôndrio da
diáfise forma um colar ósseo, que é feito através da ossificação intramembranosa,
após isso, as células cartilaginosas envolvidas pelo colar (parte média da diáfise),
hipertrofiam, morrem e mineralizam-se, ocorre a invasão de vasos do periósteo e
por células osteogênicas também, formando osteoblastos. Estes fazem a matriz
óssea, que logo se mineraliza e forma tecido ósseo primário.
-É um crescimento longitudinal, rápido e ocupa toda diáfise.
1 zona de repouso; 2 condrócitos organizados em série; 3 zona hipertrófica
(células grandes e nucleadas);4 zona calcificada, esta por sua vez é uma “zona de
transição”, onde observa-se condrócitos sem núcleo e o início de ossificação; 5
zona de ossificação.
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Cartilage� d� conjugaçã�
1)Zona de repouso: na qual existe cartilagem hialina sem nenhuma presença de
alteração morfológica;
2)Zona de cartilagem seriada/proliferação: os condrócitos dividem-se
rapidamente e formam fileiras ou colunas paralelas de células achatadas e
empilhadas no eixo longitudinal do osso(colunas de células achatadas, pilhas de
moedas);
3)Zona de cartilagem hipertrófica: os condrócitos estão bem volumosos, possuem
depósitos citoplasmáticos de glicogênio e lipídios. Os condrócitos morrem por
apoptose;
4)Zona de cartilagem calcificada: ocorre a mineralização da matriz
cartilaginosa(dos tabiques) e termina a apoptose dos condrócitos;
5)Zona de ossificação: aparece tecido ósseo. Capilares sanguíneos e células
osteoprogenitoras originadas do periósteo invadem as cavidades deixadas pelos
condrócitos mortos. As células osteoprogenitoras se diferenciam em osteoblastos,
que por sua vez, depositam matriz óssea sobre os restos de matriz cartilaginosa.
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● Tecid� muscular
-É o tecido responsável pelos movimentos corporais, é constituído por células
alongadas (actina e miosina) e sua origem é mesodérmica.
-Dividido em três tipos, o estriado esquelético que é responsável por tracionar os
ossos nos movimentos voluntários, o liso está presente dentro de órgãos como no
intestino por exemplo, e o estriado cardíaco que aparece no coração.
-As células dos tecidos musculares são alongadas e recebem o nome de fibras
musculares. Quando um músculo é estimulado a se contrair, os filamentos de actina
deslizam entre os filamentos de miosina, e a célula diminui em tamanho,
caracterizando a contração.
Funçõe� d� tecid� muscular
● Movimento do corpo: depende do funcionamento integrado de ossos,
articulações e músculo esquelético;
● Movimento de substâncias dentro do corpo: sangue, alimentos, etc;
● Estabilização das posições do corpo e regulação do volume dos órgãos: os
músculos do pescoço parcialmente contraídos mantém a cabeça ereta;
contrações sustentadas dos músculos lisos impedem o refluxo do conteúdo
de um órgão oco;
● Produção de calor: Quando o músculo esquelético se contrai para realizar
trabalho, um subproduto é o calor.
Nomenclatur� d� tecid� muscular
● Fibra : célula muscular.
● Sarcoplasma: citoplasma.
● Sarcolema: membrana plasmática.
● Miofibrilas: fibrilas contráteis (actina e miosina).
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Múscul� estriad� esquelétic�
-Formado por feixes de células muito longas, cilíndricas, multinucleadas, essas
células são denominadas fibras musculares.
-Nas fibras musculares esqueléticas os núcleos se localizam na periferia das
fibras, este tecido possui atividade rápida, forte, descontínua e voluntária.
-As fibras musculares são envolvidas por bainhas de tecido conjuntivo (epimísio,
perimísio e endomísio) que mantêm as fibras musculares unidas, permitindo que a
força de contração gerada por cada fibra individualmente atue sobre o músculo
inteiro.
Epimísi�: recobre o músculo inteiro.
Perimísi�: envolve os feixes de fibras.
Endomísi�: envolve cada fibra muscular.
A fibra muscular apresenta miofibrilas, e essas miofibrilas do músculo estriado
possuem filamentos finos e grossos onde estão localizadas quatro proteínas:
miosina, actina, troponina e tropomiosina, que são responsáveis pela grande
capacidade de contração e distensão dessas células. As proteínas estão
organizadas em estruturas denominadas de sarcômeros. A contração muscular
depende da disponibilidade de íons cálcio e o músculo relaxa quando o teor desse
íon se reduz.
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Múscul� estriad� cardíac�
-É constituído por células alongadas e ramificadas que se anastomossam
irregularmente. Possuem estrias transversais, como as fibras esqueléticas, mas
possuem apenas um ou dois núcleos centralizados.
-Tecido de contração rápida, forte, contínua e involuntária.
-A disposição das fibras em feixes é irregular, podendo no mesmo campo
microscópico encontrar-se feixes cortados longitudinal, transversal ou obliquamente.
-As células musculares são unidas entre si através das suas extremidades por meio
de junções especializadas, os discos intercalares, cuja função é dar uma
propagação rápida e sincronizada às contrações do músculo cardíaco.
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Múscul� lis�
São células longas, mais espessas no centro e afilando-se nas extremidades
com um único núcleo central.
-É um tecido de contração fraca, lenta e involuntária.
-Células musculares lisas são revestidas por lâmina basal e mantidas juntas por
uma rede muito delicada de fibras reticulares. Essas fibras amarram as fibras
musculares lisas umas às outras, de maneira que a contração simultânea de apenas
algumas ou de muitas células se transforme na contração do músculo inteiro.
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Contraçã� muscular
-As miofibrilas dos músculos estriados contêm quatro proteínas principais:
miosina, actina, tropomiosina e troponina.
-Os filamentos grossos são formados de miosina e actina, tropomiosina e troponina
são encontradas nos filamentos finos.
-O estímulo para contração muscular é um impulso nervoso através de um nervo. A
contração da fibra muscular é regulada pelo sistema nervoso. A área de “contato
sináptico” entre a extremidade da membrana do axônio e a membrana da fibra
muscular é a placa motora, onde são liberados mediadores químicos
(neurotransmissores) pelos neurônios.
-O impulso nervoso propaga-se pela membrana das fibras musculares
(sarcolema) e atinge o retículo sarcoplasmático, liberando o Ca no citosol.
-O Ca atua sobre a troponina, mudando a configuração das três unidades de
troponina e deixando exposto o sítio de ligação da actina com a miosina, ocorrendo
a interação das cabeças da miosina com a actina, iniciando a contração
muscular.
-Assim que cessa o estímulo, o Ca é imediatamente rebombeado para o interior do
retículo sarcoplasmático, cessando a contração.
-A actina e a miosina são cadeias proteicas que se deslizam para encurtar e
alongar a fibra muscular, podendo diminuir cerca de 2/3 do seu comprimento, ou até
mesmo à metade. O período de recuperação do músculo esquelético é tão curto
que o músculo pode responder a um 2°estímulo quando ainda perdura a contração
correspondente ao 1º.
Regeneraçã� d� tecid� muscular
-No adulto os três tipos de tecido muscular exibem diferenças na regeneração.
-O músculo cardíaco não se regenera. Nas lesões do coração (enfarte), as partes
destruídas são invadidas por fibroblastos, que produzem fibras colágenas,formando
uma cicatriz.
-Embora os núcleos das fibras esqueléticas não se dividam, tem uma pequena
capacidade de reconstituição. Admite-se que as células satélites sejam
responsáveis pela regeneração, visualizadas somente ao ME, consideradas
mioblastos inativos. Estas células também são importantes na hipertrofia, quando se
fundem com as fibras musculares preexistentes.
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-O músculo liso é capaz de uma regeneração mais eficiente. Ocorrendo lesão as
fibras musculares lisas que permanecem viáveis entram em mitose e reparam o
tecido. Na parede dos vasos sanguíneos há participação dos pericitos, que se
multiplicam por mitose originando novas células musculares lisas, ocorrendo a
regeneração.
● Tecid� sanguíne�
O sangue (originado pelo tecido hematopoiético) é um tecido altamente
especializado, formado por alguns tipos de células, que compõem a parte figurada,
dispersas num meio líquido(o plasma) que corresponde à parte amorfa. Os
constituintes celulares são: glóbulos vermelhos (também denominados hemácias ou
eritrócitos); glóbulos brancos (também chamados de leucócitos).
O plasma é composto principalmente de água com diversas substâncias dissolvidas,
que são transportadas através dos vasos do corpo.
Todas as células do sangue são originadas na medula óssea vermelha a partir
das células indiferenciadas pluripotentes (células-tronco). Como consequência
do processo de diferenciação celular, as células-filhas indiferenciadas assumem
formas e funções especializadas.
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Plaqueta�
Plaquetas são restos celulares originados da fragmentação de células gigantes da
medula óssea(megacariócitos). Possuem substâncias ativas no processo de
coagulação sanguínea, sendo, por isso, também conhecidas como trombócitos (do
grego, thrombos = coágulo), que impedem a ocorrência de hemorragias.
Glóbul� vermelh�
Glóbulos vermelhos, hemácias ou eritrócitos são anucleados, possuem
aspecto de disco bicôncavo e diâmetro de cerca de 7,2 mm. São ricos em
hemoglobina, a proteína responsável pelo transporte de oxigênio, a importante
função desempenhada pelas hemácias.
Glóbul� branc�
Glóbulos brancos/ leucócitos (do grego, leukós = branco), são células sanguíneas
envolvidas com a defesa do organismo.
Essa atividade pode ser exercida por fagocitose ou por meio da produção de
proteínas de defesa, os anticorpos.
Costuma-se classificar os glóbulos brancos de acordo com a presença ou ausência,
em seu citoplasma, de grânulos específicos e agranulócitos, os que não contêm
granulações específicas, comuns a qualquer célula.
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Granulócit�
Neutrófil� – Núcleos constituídos por dois a cinco lóbulos e possuem dois tipos
de grânulos no citoplasma: grânulos específicos e azurófilos. Apresentam a
capacidade de sair do interior de vasos sanguíneos intactos (diapedese) e invadir
tecidos para defender nosso organismo. São responsáveis por fagocitar organismos
invasores, como bactérias, sendo importantes para a resposta inata.
E�inófil� – São células que apresentam grânulos que se coram ao utilizar eosina
e um núcleo com dois lobos(bilobado) conectados por um filamento.
Apresentam como principal função fagocitar o complexo antígeno-anticorpo. Essas
células aumentam quando o paciente apresenta reações alérgicas ou infecções
parasitárias.
Basófil� – São células que apresentam grânulos maiores que os dos neutrófilos
e eosinófilos e núcleo grande e de formato irregular que lembra a letra “S”. Sua
função é liberar histamina e heparina, funcionando, respectivamente, em respostas
alérgicas e evitando a coagulação do sangue.
Agranulócit�
Linfócit� – São pequenos e apresentam um grande núcleo circular e importante
papel na resposta imune. Essas células podem ser classificadas em dois tipos
principais: linfócitos B e linfócitos T.
Linfócit� B – Essas células originam-se e terminam sua maturação ainda
na medula. Quando sofrem ativação, diferenciam-se em plasmócitos, que
possuem como principal função a produção de anticorpos.
Linfócit� T – Os linfócitos T recebem esse nome por completarem sua
maturação no timo. Esse grupo de células diferenciam-se em duas classes:
CD8+, ou citotóxicas, e as CD4+, ou auxiliares. O primeiro grupo mata as
células infectadas, enquanto o CD4+ relaciona-se com a ativação dos
linfócitos B e macrófagos.
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Monócit� – São células grandes que possuem um único núcleo com formato
de rim. Essas células realizam diapedese e caem no tecido conjuntivo, onde se
desenvolvem em macrófagos, células de alto poder fagocitário.
O sangue é produzido na medula óssea, localizada nas cavidades dos ossos
esponjosos e também no canal medular dos ossos longos.
Doença� qu� afeta� � sangu�
● Anemia: quando há uma redução da quantidade de hemoglobina no sangue.
A anemia pode ser desencadeada, por exemplo, por carência de ferro na
alimentação e hemorragias. O indivíduo anêmico apresenta, entre outros
sintomas, fraqueza, cansaço, falta de ar e tonturas.
● Anemia Falciforme: quando se observa uma alteração nas hemácias, as
quais apresentam uma forma de foice. Essa alteração pode desencadear a
formação de coágulos que levam à obstrução dos vasos sanguíneos, o que
pode gerar danos em certos órgãos. Na anemia falciforme, o indivíduo pode
apresentar dores e fadiga.
● Hemofilia: é um problema genético, ligado ao cromossomo X, que provoca
alterações na coagulação do sangue. Isso significa que pessoas com esse
problema podem apresentar excessivo sangramento diante de uma lesão. O
tratamento da hemofilia geralmente se baseia na reposição do fator de
coagulação que não está presente no paciente.
● Leucemia: é um tipo de câncer que afeta os glóbulos brancos e
caracteriza-se pela produção de células anormais. Existem, de acordo com o
Instituto Nacional de Câncer (Inca), mais de 12 tipos diferentes de leucemia.
O tratamento da leucemia é variado e pode incluir quimioterapia, radioterapia
e também transplante de medula óssea.
● Tecid� nerv��
-O sistema nervoso é o principal regulador de nossas funções, exercendo controle
sobre quase todas as atividades ou eventos que ocorrem a cada momento no nosso
corpo. Tal controle é feito através da transmissão de impulsos que percorrem os
diversos circuitos neuronais e liberação de mediadores químicos através das
numerosas terminações encontradas nas células.
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/esqueleto-humano.htm
https://brasilescola.uol.com.br/doencas/anemia.htm
https://brasilescola.uol.com.br/doencas/anemia-falciforme.htm
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/hemofilia.htm
https://brasilescola.uol.com.br/doencas/o-que-e-leucemia.htm
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-O tecido nervoso é sensível a vários estímulos que se origina de fora ou do interior
do organismo. Ao ser estimulado, esse tecido torna-se capaz de conduzir os
impulsos nervosos de maneira rápida e, às vezes, por distâncias relativamente
grandes.
-Trata-se de um dos tecidos mais especializados do organismo animal.
-O sistema nervoso é anatomicamente dividido em Sistema Nervoso Central (SNC),
formado pelo encéfalo e pela medula espinhal e Sistema Nervoso Periférico (SNP),
formado pelos nervos e gânglios nervosos. Tais tecidos são compostos pelos
neurônios e células da glia.
Célula� d� tecid� nerv��
● Neurônios – os quais são responsáveis pelas funções receptivas.
● Células da Glia ou Neuróglia – as quais são responsáveis pela sustentação
e proteção dos neurônios.
Neurôni�
Os neurônios são as células responsáveis pela recepção e transmissão dos
estímulos do meio (interno e externo), possibilitando ao organismo a execução de
respostas adequadas para a manutenção da homeostase.
-Para exercerem tais funções, contam com duas propriedades fundamentais: a
excitabilidade e a condutibilidade. Excitabilidade é a capacidade que permite a uma
célula responder a estímulos, sejam eles internos ou externos. Portanto,
excitabilidade não é uma resposta, mas a propriedade que torna a célula apta a
responder. Essa propriedade é inerente aos vários tipos celulares do organismo. No
entanto, as respostas emitidas pelos tipos celulares distintos também diferemumas
das outras. A resposta emitida pelos neurônios assemelha-se a uma corrente
elétrica transmitida ao longo de um fio condutor: uma vez excitados pelos estímulos,
os neurônios transmitem essa onda de excitação, o impulso nervoso, por toda a
sua extensão em grande velocidade e em um curto espaço de tempo. Esse
fenômeno deve-se à propriedade de condutibilidade.
-Os neurônios são considerados a unidade básica do sistema nervoso. Estas
são as verdadeiras células condutoras do tecido nervoso, as responsáveis pela
recepção e pela transmissão dos impulsos nervosos sob a forma de sinais elétricos.
-Estas células não têm a capacidade de se regenerar.
-Os neurônios são compostos pelo corpo celular/ pericário, dendritos e axônios.
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● Pericário ou corpo celular: é nesta estrutura que se dá a síntese
proteica, sendo também nesta aqui que ocorre a convergência das
correntes elétricas geradas na árvore dendrítica. Cada corpo celular
neuronal contém apenas um núcleo que se encontra no centro da
célula. É também nesta estrutura que estão alojadas todas as funções
celulares em geral.
● Dendritos: São prolongamentos especializados em receber e transportar
os estímulos das células sensoriais, dos axônios, e de outros neurônios.
Possuem múltiplas ramificações e extremidades arborizadas, o que lhes
dá a capacidade de receber múltiplos estímulos de vários neurônios de
maneira simultânea.
● Axônios: são prolongamentos únicos especializados na condução de
impulsos, que transmitem informações do neurônio para outras células
(nervosas, musculares, glandulares). Normalmente existe apenas um
único axônio em cada neurônio.
Classificação dos neurônios:
Quanto à forma:
● Multipolares: possuem vários dendritos e um axônio
● Bipolares: possuem um dendrito e um axônio.
● Pseudo-unipolares: apresentam próximo ao corpo celular, prolongamento
único, mas este se divide em dois, dirigindo-se um ramo para a periferia e
outro para o sistema nervoso central.
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Quanto à função:
● Motores (eferentes): controlam órgãos efetores, como glândulas e fibras
musculares.
● Sensoriais (aferentes): recebem estímulos do organismo ou do ambiente.
● Interneurônios: estabelecem conexões entre outros neurônios, formando
circuitos complexos.
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Célula� d� gli�
-As células da glia possuem a função de envolver e nutrir os neurônios,
mantendo-os unidos. Os principais tipos de células desta natureza são os
astrócitos, oligodendrócitos, micróglias e células de Schwann.
● Astrócitos: têm a forma de estrela, com inúmeros prolongamentos;
em grande quantidade, apresentam-se sob duas formas: astrócitos
protoplasmáticos, localizados na substância cinzenta; e astrócitos
fibrosos localizados na substância branca. Têm como funções
sustentação, participam da composição iônica e molecular do
ambiente extracelular dos neurônios. Alguns astrócitos apresentam
prolongamentos chamados pés vasculares, que se expandem sobre os
capilares sanguíneos. Admite-se que esses prolongamentos transferem
moléculas e íons do sangue para os neurônios.
● Oligodendrócitos: produzem as bainhas de mielina que servem de
isolantes elétricos para os neurônios do SNC. Os oligodendrócitos têm
prolongamentos que se enrolam em volta dos axônios, produzindo a
bainha de mielina.
● Micróglia: células pequenas com poucos prolongamentos, presentes
tanto na substância branca, como na substância cinzenta. São células
fagocitárias e derivam de precursores trazidos da medula óssea pelo
sangue, representando o sistema mononuclear fagocitário no sistema
nervoso central.
● Células de Schwann: as células de Schwann têm a mesma função dos
oligodendrócitos, porém se localizam em volta do sistema nervoso
periférico. Cada célula de Schwann forma uma bainha de mielina em
torno de um segmento de um único axônio. Ao contrário, os
oligodendrócitos têm prolongamentos por intermédio dos quais envolvem
diversos axônios. Essa bainha de mielina atua como isolante elétrico e
contribui para o aumento da velocidade de propagação do impulso
nervoso ao longo do axônio, porém, não é contínua, entre uma célula de
Schwann e outra existe uma região de descontinuidade da bainha, o que
acarreta a existência de uma constrição (estrangulamento) denominada
nódulo de Ranvier.
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Existem axônios em que as células de Schwann não formam a bainha de mielina.
Por isso, há duas variedades de axônios: os mielínicos e os amielínicos. Em
uma fibra mielinizada, temos três bainhas envolvendo o axônio: bainha de
mielina (de natureza lipídica), bainha de Schwann e o endoneuro.
Sistem� nerv�� centra�
O sistema nervoso central é constituído pelo cérebro, cerebelo e medula espinhal.
Como não contém um estroma de tecido conjuntivo, o sistema nervoso central tem a
consistência de uma massa mole.
Quando corados, o cérebro, o cerebelo e a medula espinhal mostram regiões
brancas (substância branca) e regiões acinzentadas (substância cinzenta). A
distribuição da mielina é responsável por essa diferença de cor, que é visível a
fresco.
-Os principais constituintes da substância branca são axônio mielinizados,
oligodendrócitos produtores de mielina. Ela possui também outras células da
glia. Não contém corpos de neurônios.
-A substância cinzenta é formada de corpos de neurônios, dendritos, a porção
inicial não mielinizada dos axônios e células da glia. Na substância cinzenta têm
lugar as sinapses do sistema nervoso central. A substância cinzenta predomina na
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superfície do cérebro e do cerebelo, constituindo o córtex cerebral e o córtex
cerebelar, enquanto que a substância branca predomina nas partes mais centrais.
Em cortes transversais da medula espinhal, a substância branca se localiza
externamente e a cinzenta internamente, com forma de letra H.
Proteçã� d� sistem� nerv�� centra�
● Pia Máter: localizada mais intimamente ao sistema nervoso, é impossível de
ser totalmente removida sem remover consigo o próprio tecido nervoso, essa
camada é altamente vascularizada.
● Aracnóide: situada entre a Piamáter e Duramáter, é provida de trabéculas
que permite a circulação do líquido cefalorraquidiano.
● Duramáter: trata-se do envoltório mais externo e mais forte, constituído de
tecido conjuntivo denso, continuo com o periósteo dos ossos da caixa
craniana. A dura máter que envolve a medula espinhal é separada do
periósteo das vértebras, formando-se entre os dois, o espaço peridural.
Sistem� nerv�� periféric�
Os componentes do SNP são os nervos, gânglios e terminações nervosas. Os
nervos são feixes de fibras nervosas envolvidas por tecido conjuntivo.
Fibras nervosas
As fibras nervosas são constituídas por um axônio e suas bainhas envoltórias. O
tecido conjuntivo que reveste um axônio e suas bainhas envoltórias é chamado de
endoneuro. Um grupo de fibras nervosas formam os feixes ou tratos do SNC e os
nervos do SNP.
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As fibras nervosas organizam-se em feixes. Cada feixe, por sua vez, é envolvido por
uma bainha conjuntiva denominada perineuro. Vários feixes agrupados
paralelamente formam um nervo. O nervo também é envolvido por uma bainha de
tecido conjuntivo, chamada epineuro.
Os nervos não contêm os corpos celulares dos neurônios; esses corpos
celulares localizam-se no sistema nervoso central ou nos gânglios nervosos, que
podem ser observados próximos à medula espinhal.
Quando partem do encéfalo, são chamados de cranianos; quando partem da
medula espinhal são raquidianos.
Os nervos permitem a comunicação dos centros nervosos com os órgãos
receptores (sensoriais) ou, ainda, com os órgãos efetores (músculos e
glândulas). De acordo com o sentido da transmissão do impulso nervoso, os nervos
podem ser:
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● Sensitivos ou aferentes: quando transmitem os impulsos nervosos dos
órgãos receptores até o sistema nervoso central;
● Motores ou eferentes: quando transmitem os impulsos nervosos do sistema
nervoso central para os órgãos efetores;
● Misto: quando possuem tanto fibras sensitivas quanto fibras motoras. São os
mais comuns no organismo.
Gângli�
São acúmulos de neurônios localizados fora do SNC. Em sua maior partesão
órgãos esféricos, protegidos por cápsulas de tecido conjuntivo e associados a
nervos.
Conforme a direção do impulso nervoso, os gânglios podem ser sensoriais
(aferentes) ou gânglios do sistema nervoso autônomo (eferentes).
Sistem� Nerv�� Autônom�
É a parte do sistema nervoso que está relacionada ao controle da vida
vegetativa, ou seja, controla funções como a respiração, circulação do sangue,
controle de temperatura e digestão. No entanto, ele não se restringe a isso. É
também o principal responsável pelo controle automático do corpo frente às
modificações do ambiente. Dessa maneira, pode-se perceber que o organismo
possui um mecanismo que permite ajustes corporais, mantendo assim o equilíbrio
do corpo: a homeostasia.
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O SNA é dividido em duas partes:
● Sistema nervoso simpático (toracolombar)
● Sistema nervoso parassimpático (craniossacral)
Trata-se de uma divisão baseada nas características anatômicas de cada divisão e
nas funções que cada uma delas desempenha.
Normalmente as fibras nervosas dos sistemas simpáticos e parassimpáticos
secretam dois neurotransmissores principais: noradrenalina e acetilcolina. As
fibras que secretam noradrenalina ativam receptores adrenérgicos, e as que
secretam acetilcolina ativam receptores colinérgicos.
Fontes:
https://www.sanarmed.com/resumo-de-histologia-do-tecido-osseo-fisiologia-matriz-e-
tipos
https://wp.ufpel.edu.br/historep/files/2018/06/TECIDO-%C3%93SSEO-1.pdf
https://wp.ufpel.edu.br/historep/files/2018/08/RESUMO-TECIDO-MUSCULAR.pdf
https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/tecido-muscular/
https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/tecido-nervoso/
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/sangue.htm
https://www.sanarmed.com/resumo-de-histologia-do-tecido-osseo-fisiologia-matriz-e-tipos
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https://wp.ufpel.edu.br/historep/files/2018/06/TECIDO-%C3%93SSEO-1.pdf
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https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/tecido-muscular/
https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/tecido-nervoso/

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