2 - SIMULADO - PAPILOSCOPISTA

Prévia do material em texto

FOLHA DE ROSTO ORIENTATIVA PARA PROVA OBJETIVA
LEIA AS ORIENTAÇÕES COM CALMA E ATENÇÃO!
INSTRUÇÕES GERAIS
● Atenção ao tempo de duração da prova, que já inclui o preenchimento da folha de respostas. 
● Cada uma das questões da prova objetiva está vinculada ao comando que imediatamente a 
antecede e contém orientação necessária para resposta. Para cada questão, existe apenas UMA 
resposta válida e de acordo com o gabarito. 
● Faltando uma hora para o término do simulado, você receberá um e-mail para preencher o cartão-
resposta, a fim de avaliar sua posição no ranking. Basta clicar no botão vermelho de PREENCHER 
GABARITO, que estará no e-mail, ou acessar a página de download da prova. Você deve fazer o 
cadastro em nossa plataforma para participar do ranking. Não se preocupe: o cadastro é grátis e 
muito simples de ser realizado.
– Se a sua prova for estilo Certo ou Errado (CESPE/CEBRASPE): 
marque o campo designado com o código C, caso julgue o item CERTO; ou o campo designado 
com o código E, caso julgue o item ERRADO. Se optar por não responder a uma determinada 
questão, marque o campo “EM BRANCO”. Lembrando que, neste estilo de banca, uma resposta 
errada anula uma resposta certa. 
Obs.: Se não houver sinalização quanto à prova ser estilo Cespe/Cebraspe, apesar de ser no 
estilo CERTO e ERRADO, você não terá questões anuladas no cartão-resposta em caso de 
respostas erradas.
– Se a sua prova for estilo Múltipla Escolha: 
marque o campo designado com a letra da alternativa escolhida (A, B, C, D ou E). É preciso 
responder a todas as questões, pois o sistema não permite o envio do cartão com respostas 
em branco.
● Uma hora após o encerramento do prazo para preencher o cartão-resposta, você receberá um e-mail 
com o gabarito para conferir seus acertos e erros. Caso você seja aluno da Assinatura Ilimitada, você 
receberá, com o gabarito, a prova completa comentada – uma vantagem exclusiva para assinantes, 
com acesso apenas pelo e-mail e pelo ambiente do aluno.
Em caso de solicitação de recurso para alguma questão, envie para o e-mail:
treinodificil_jogofacil@grancursosonline.com.br. 
Nossa ouvidoria terá até dois dias úteis para responder à solicitação.
Desejamos uma excelente prova!
2º SIMULADO DA POLÍCIA FEDERAL – PAPILOSCOPISTA
SIMULADO DA POLÍCIA FEDERAL – PAPILOSCOPISTA
• Nas questões a seguir, marque, para cada uma, a única opção correta, de acordo com o respectivo comando. Para as devidas 
marcações, use a Folha de Respostas, único documento válido para a correção da sua prova.
• Em seu caderno de prova, caso haja opção(ões) constituída(s) pela estrutura Situação hipotética:... seguida de Assertiva:..., os 
dados apresentados como situação hipotética deverão ser considerados premissa(s) para o julgamento da assertiva proposta.
• Eventuais espaços livres – identificados ou não pela expressão “Espaço livre” – que constarem deste caderno de prova pode-
rão ser utilizados para rascunhos.
� Baseado no formato de prova
� aplicado pela banca Cebraspe
BLOCO I
LÍNGUA PORTUGUESA
MÁRCIO WESLEY
Texto I, para responder aos itens de 1 a 11.
 � De facto, a passagem de uma criminalidade de sangue 
para uma criminalidade de fraude faz parte de todo um me-
canismo complexo, em que figuram o desenvolvimento da 
produção, o aumento das riquezas, uma valorização jurídica 
e moral mais intensa das relações de propriedade, métodos 
mais rigorosos de vigilância, um policiamento mais aperta-
do da população, técnicas mais ajustadas de identificação, 
de captura e de informação: o deslocamento das práticas ile-
galistas é correlativo da extensão e da afinação das práticas 
punitivas.
 � [...]
 � Pode dizer-se resumidamente que, no Antigo Regime, 
cada um dos diferentes estratos sociais tinha a sua margem de 
ilegalismo tolerado: a não aplicação da regra, a não observa-
ção dos inúmeros éditos ou ordenanças eram uma condição 
do funcionamento político e econômico da sociedade. Não 
será esta uma característica específica do Antigo Regime? 
Sem dúvida. No entanto, este ilegalismo estava tão profun-
damente enraizado e era tão necessário à vida de cada estrato 
social, que tinha de certo modo a sua coerência e a sua eco-
nomia próprias. Ora assumia uma forma absolutamente es-
tatutária — que fazia dele menos um ilegalismo do que uma 
isenção regular: eram os privilégios concedidos aos indivídu-
os e às comunidades. Ora tinha a forma de uma inobservância 
maciça e geral, que levava a que, durante dezenas de anos 
e, por vezes, até séculos, algumas ordenanças pudessem ser 
publicadas e revistas incessantemente sem nunca ser aplica-
das. Ora se tratava de um desuso progressivo, que, por vezes, 
dava lugar a reativações súbitas. Ora de um consentimento 
mudo do poder, de uma negligência, ou muito simplesmen-
te da impossibilidade efetiva de impor a lei e de reprimir os 
infratores. Em princípio, os estratos mais desfavorecidos da 
população não tinham privilégios: mas beneficiavam-se, nas 
margens daquilo que lhes era imposto pelas leis e pelos cos-
tumes, de um espaço de tolerância, conquistado pela força ou 
pela obstinação; e este espaço era, para esses estratos, uma 
condição de tal modo indispensável de existência que esta-
vam dispostos a sublevar-se para o defenderem; as tentativas 
que eram periodicamente feitas para o reduzir, fazendo valer 
velhas regras ou afinando os processos de repressão, provoca-
vam, em todo o caso, agitações populares, da mesma maneira 
que as tentativas para reduzir certos privilégios agitavam a 
nobreza, o clero e a burguesia.
Michel Foucault. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Trad. 
Pedro Elói Duarte. Lisboa/Portugal: Edições 70, 2013. (trechos 
seletos, com adaptações)
No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto 
apresentado, julgue os itens seguintes.
1 Infere-se do texto que o rigor das normas e das punições acar-
reta mais numerosas iniciativas de transgressão e ilegalismo 
na sociedade.
2 Segundo o texto, no Antigo Regime, tolerar certas ilegalida-
des era parte de um acordo tácito como condição do funcio-
namento político e econômico da sociedade.
3 O segundo parágrafo informa que processos de repressão po-
dem ser aprimorados e refinados, mas esbarrarão na resistên-
cia dos estratos menos favorecidos, para quem o espaço de 
tolerância é indispensável à existência.
4 A predominância de verbos no passado, em referência ao pe-
ríodo histórico conhecido como Antigo Regime, mostra que o 
texto se caracteriza como predominantemente narrativo.
5 No primeiro parágrafo, ocorre uma enumeração dos traços 
que caracterizam a complexidade da passagem de uma crimi-
nalidade de sangue para uma criminalidade de fraude.
6 A correção gramatical do texto seria mantida caso a forma 
verbal “figuram” (l. 3) fosse substituída por figura, preser-
vando-se também o sentido original.
7 Dados os sentidos do segundo parágrafo, é correto identificar 
o referente do pronome “o” em “para o defenderem” (l. 38) 
como “um espaço de tolerância” (l. 35).
8 Sem prejuízo para o sentido original e a correção gramatical do 
texto, a oração “sem nunca ser aplicadas” (l. 27-28) poderia ser 
reescrita da seguinte maneira: sem que jamais sejam aplicadas.
1
5
10
15
20
25
30
35
40
2º SIMULADO DA POLÍCIA FEDERAL – PAPILOSCOPISTA
9 Mantendo-se a correção gramatical e os sentidos originais do 
texto, o trecho “Pode dizer-se (...) ilegalismo tolerado” (l. 12-
14) poderia ser assim reescrito: Resumidamente se pode di-
zer, no Antigo Regime, que cada estrato social diferente tinha 
sua margem de ilegalismo tolerado.
10 No trecho “de tal modo indispensável de existência” (l. 37), 
a preposição “de” decorre de exigência sintática do adjetivo 
“indispensável”.
11 O segmento “levava a que” (l. 25) introduz no período uma 
ideia de causa; por isso, sua substituição por fazia que pre-
servaria a correção gramatical e as relações de sentido origi-
nais do texto.
Texto II, para responder aos itens de 12 a 20.
 � As secas do extremo norte delatam, impressionadora-mente, a nossa imprevidência, embora sejam o único fato de 
toda a nossa vida nacional ao qual se possa aplicar o princípio 
da previsão. Habituamo-nos àquelas catástrofes periódicas. 
Desde a lancinante odisseia de Pero Coelho, no alvorar do 
século XVII, até ao presente, elas vêm formando, à margem 
da nossa história, um tristíssimo apêndice de indescritíveis 
desastres. A princípio, mercê do próprio despovoamento do 
território, ninguém as percebeu. Notou-as, apreensivo, o pri-
meiro sertanista que se afoitou, naquelas bandas, com o des-
conhecido: os flagelos revelados mal rebrilham e repontam, 
folgacíssimos, rompentes da linguagem perra e nebulosa dos 
roteiros... Depois, à medida que se povoava a terra, cresceu-
-lhes a influência, e desvendaram-se-lhes os aspectos, deplo-
ráveis todos.
 � [...]
 � Sendo assim, qualquer que seja o desfalecimento eco-
nômico do país, justifica-se a formação de comissões per-
manentes, de profissionais – modestas embora, mas de uma 
estrutura inteiriça – que, demoradamente, desvendando com 
firmeza as leis reais dos fatos inorgânicos observados, pos-
sam esclarecer a ação ulterior e decisiva do governo.
 � Não há mais elevada missão à nossa engenharia. So-
mente ela, ao cabo de uma longa tarefa (que irá das cartas 
topográficas, e hipsométricas, aos dados sobre a natureza do 
solo, às observações meteorológicas sistemáticas e aos co-
nhecimentos relativos à resistência e desenvolvimento da 
flora), poderá delinear o plano estratégico desta campanha 
formidável contra o deserto.
Euclides da Cunha. Contrastes e Confrontos. Disponível em: 
<www.dominiopublico.gov.br>, (trechos seletos adaptados).
A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto II, julgue 
os próximos itens.
12 O autor critica a falta de planejamento nacional que impede o 
enfrentamento adequado das secas no extremo norte do país e 
defende a existência de comissões permanentes que estudem 
o problema.
13 A coerência textual seria prejudicada, caso fosse eliminado o 
advérbio “mais” da oração inicial do último parágrafo.
14 A supressão das vírgulas que isolam o termo “demorada-
mente” (l. 20) preserva a correção gramatical e as informa-
ções do texto.
15 O texto reflete sobre o contínuo avanço de um deserto que 
as secas vêm formando na sucessão de suas ocorrências 
periódicas.
16 A locução “à medida que” (l. 13) introduz no período uma 
ideia de causa; por isso, sua substituição por porquanto pre-
servaria a correção gramatical e as relações de sentido origi-
nais do texto.
17 No trecho “Depois, à medida que se povoava a terra” (l. 13), 
o pronome “se” indica sujeito indeterminado para a forma 
verbal “povoava”.
18 A supressão do sinal indicativo de crase em “à nossa enge-
nharia” (l. 23) manteria a correção gramatical do texto, em-
bora passe a permitir mais de um sentido.
19 Feitas as devidas alterações de maiúsculas e minúsculas, o 
ponto final logo após “periódicas” (l. 4) poderia ser correta-
mente substituído por dois-pontos.
20 No fragmento “Sendo assim, qualquer que seja o desfaleci-
mento econômico do país, justifica-se a formação de comis-
sões permanentes” (l. 17-19), as vírgulas poderiam ser subs-
tituídas por travessões, sem prejuízo gramatical para o texto.
Com relação a comunicações oficiais, julgue o item a seguir, com 
base nos preceitos do Manual de Redação da Presidência da Repú-
blica (MRPR), 3ª edição, 2018.
21 A informação clara e objetiva é o alvo principal das comu-
nicações oficiais. Por isso, faz-se necessário o emprego de 
linguagem adequada, com formalidade, impessoalidade, con-
cisão e padrão oficial de linguagem.
1
5
10
15
20
25
2º SIMULADO DA POLÍCIA FEDERAL – PAPILOSCOPISTA
NOÇÕES DE DIREITO 
ADMINISTRATIVO
RAPHAEL SPYERE
22 Situação hipotética: Considere que determinada licença 
para exercício regular de liberdade particular exige para sua 
concessão a manifestação discricionária conjunta de duas 
Secretarias de Estado. Assertiva: Segundo entendimento do 
Superior Tribunal de Justiça, a revogação de ato administrati-
vo complexo demanda a edição de ato igualmente complexo.
23 Como corolário do atributo da presunção de legitimidade, 
também denominado presunção de veracidade, presumem-se 
verdadeiros os fatos alegados pela Administração, tal como 
se verifica nas certidões, nos atestados e nas declarações emi-
tidas pela Administração.
24 Situação hipotética: Um servidor público acumulava, em 
dois órgãos distintos, os cargos de analista de finanças e ana-
lista ambiental, respectivamente. Quando exercia as funções 
do cargo de analista de finanças, o servidor foi surpreendido 
com uma notificação de sua chefia imediata, para apresentar 
opção em um dos cargos que ocupava no prazo improrrogá-
vel de dez dias, contados da data da ciência. Imediatamente, 
o servidor se dirigiu ao setor de recursos humanos do órgão 
e fez a sua opção pelo cargo de analista de finanças, tendo, 
no dia seguinte, solicitado a exoneração do cargo de analista 
ambiental no outro órgão. Assertiva: Por estar a acumula-
ção ilegal de cargos sujeita à pena disciplinar de demissão, o 
chefe do servidor que o notificou deverá instaurar processo 
administrativo disciplinar.
25 Entre outras restrições, o princípio da impessoalidade proíbe 
a autopromoção dos agentes públicos. 
NOÇÕES DE DIREITO 
CONSTITUCIONAL
RICARDO BLANCO
Julgue os itens.
26 As associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas 
ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigin-
do-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado.
27 São brasileiros natos nascidos na República Federativa do 
Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes este-
jam a serviço de seu país.
28 A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data 
de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até 
um ano da data de sua vigência.
29 A Polícia Federal, instituída por lei como órgão permanente, 
organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, 
destina-se a apurar infrações penais contra a ordem política 
e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da 
União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, 
assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão 
interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, se-
gundo se dispuser em lei.
DIREITO PENAL E 
PROCESSUAL PENAL
DEUSDEDY SOLANO
De acordo com entendimento do Supremo Tribunal Federal e com 
o Código de Processo Penal, no que diz respeito à restrição de 
liberdade, analise os dois itens a seguir.
30 Em relação às audiências de custódia, elas não devem ser rea-
lizadas apenas nas prisões em flagrante, mas em todas as mo-
dalidades prisionais, inclusive prisões temporárias, preven-
tivas e definitivas, no prazo de 24 horas da sua ocorrência.
31 Nos termos da lei, após a prisão em flagrante na audiência 
de custódia, se o juiz verificar que o agente é reincidente ou 
que integra organização criminosa armada ou milícia, ou que 
porta arma de fogo de uso restrito, poderá denegar a liberdade 
provisória, com ou sem medidas cautelares.
Situação hipotética: Catarina, 24 anos, foi vítima de crime contra 
a integridade física – art. 129, caput, do CP (crime de ação penal 
condicionada à sua vontade e de menor potencial ofensivo). Após 
registro da ocorrência policial, ela foi encaminhada ao Instituto de 
Medicina Legal para exame de corpo de delito e, durante o registro 
do boletim de ocorrência, manifestou seu interesse em ver proces-
sado o autor da infração penal.
Diante dessa situação hipotética, julgue os dois itens a seguir.
32 Primeira assertiva: Como o crime deixou vestígios, a não 
realização do exame do corpo de delito, ainda que não fosse 
possível por haverem desaparecido os vestígios, geraria nuli-
dade da persecução criminal, por não ser possível neste caso 
que testemunhas lhe supram a falta.
2º SIMULADO DA POLÍCIA FEDERAL – PAPILOSCOPISTA
33 Segunda assertiva: Como o crime é condicionado à repre-
sentação, ainda que a investigação seja iniciadapor termo 
circunstanciado de ocorrência, substitutivo do inquérito po-
licial para infrações de menor potencial ofensivo, sem essa 
condição de procedibilidade, a autoridade policial não pode 
dar início à persecução criminal.
34 Conforme dispõe o Código de Processo Penal, se várias fo-
rem as pessoas chamadas a efetuar o reconhecimento de pes-
soa ou de objeto, elas produzirão a prova em conjunto com o 
objetivo de gerar maior credibilidade na produção da prova.
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
RAFAEL DE OLIVEIRA/ADRIANE SOUSA/
EDUARDO GALANTE/ALICE ROCHA/
WALLACE FRANÇA/LEANDRO ERNESTO
35 Conforme a Lei n. 12.037/2009, que dispõe sobre a identi-
ficação criminal do civilmente identificado, em razão de 
preceitos constitucionais, a referida legislação não apresenta 
nenhuma hipótese de coleta de material biológico para a ob-
tenção do perfil genético.
Considere a seguinte situação hipotética e julgue o item nos termos 
da Lei n. 8.069/1990 e suas alterações.
36 A PF deflagrou operação e contou com a participação de 11 
policiais federais, sendo realizado o cumprimento de dois 
mandados de busca e apreensão nas residências dos inves-
tigados. Durante o cumprimento das buscas e varredura nas 
mídias, foram encontrados arquivos com pornografia de 
crianças e adolescentes que os investigados armazenavam e 
publicavam por meio da internet, o que resultou na prisão 
em flagrante de ambos. Os investigados responderão pelos 
crimes de compartilhamento de arquivos contendo pornogra-
fia infantil, presente no art. 241-A da Lei n. 8.069/1990, cuja 
pena varia entre 3 e 6 anos de reclusão, e ainda pelo crime de 
posse de arquivos identificados por ocasião do cumprimen-
to das buscas, o que resultou nos flagrantes, presente no art. 
241-B, cujas penas variam de 1 a 4 anos de reclusão.
Nos termos da Lei n. 7.116/1983, que assegura a validade nacio-
nal das Carteiras de Identidade e regula sua expedição e dá outras 
providências, julgue o item a seguir.
37 Art. 2º, § 3º – É gratuita a primeira emissão da Carteira de 
Identidade. 
38 De acordo com a Lei n. 13.445/2017, Lei da Migração, caso o 
migrante faça uma escala ou conexão em território nacional, 
deverá apresentar o visto de visita mesmo que permaneça na 
área de trânsito internacional.
De acordo com a Lei n. 11.343/2006, julgue o item a seguir. 
39 Terá sua pena reduzida de um sexto a um terço o agente que, 
em razão da dependência, ou sob o efeito, proveniente de 
caso fortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação 
ou da omissão, qualquer que tenha sido a infração penal pra-
ticada, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do 
fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
A seguir será dada uma situação hipotética e uma assertiva a ser 
julgada à luz do Estatuto do Desarmamento.
40 Situação hipotética: Márcio foi preso e condenado pelo cri-
me de tráfico internacional de arma de fogo. Assertiva: A 
pena de Márcio tem determinação legal de causa de aumento 
de pena de metade.
A seguir será dada uma situação hipotética e uma assertiva a ser 
julgada à luz da Lei n. 10.446/2002.
41 Situação hipotética: Berenice teve conhecimento de que 
Caio, por meio de rede mundial de computadores e tendo re-
percussão internacional, propagava informações de conteúdo 
que gera aversão às mulheres. Assertiva: Sendo esse ato de 
teor criminoso, poderá a Polícia Federal, sem prejuízo das 
demais autoridades, proceder a repressão do ato criminoso. 
Considerando às disposições da Lei n. 9.605/1998 (crimes contra 
o meio ambiente), suas alterações posteriores e a jurisprudência 
dos tribunais superiores, julgue o item a seguir.
42 Pessoa jurídica que praticar crime contra o meio ambiente 
por decisão do seu órgão colegiado e no interesse da entidade 
poderá ser responsabilizada penalmente, embora não fique 
necessariamente sujeita às mesmas sanções aplicadas às pes-
soas físicas.
ESTATÍSTICA
THIAGO CARDOSO
Sabe-se que a probabilidade de uma pessoa idosa ter complicações 
por uma doença é igual a 10% e que a chance de um idoso contraí-
-la é igual a 2%. Foi produzida uma vacina para essa doença e, por 
ser uma vacina muito nova, um estudo detectou que a probabili-
dade de problemas decorrentes de tomá-la é igual a 0,1%.
43 Se a vacina for considerada 100% eficiente, isto é, se dimi-
nuir a zero a chance de novas contaminações, é mais vantajo-
so para um idoso tomar essa vacina.
44 Se a vacina diminuir a zero a chance de novas contamina-
ções e uma pessoa der entrada no hospital com complica-
ções, a probabilidade de que ela tenha tomado a vacina é 
inferior a 10%.
2º SIMULADO DA POLÍCIA FEDERAL – PAPILOSCOPISTA
45 Considere que a eficiência de uma vacina é medida por 1 – 
OR, em que OR é a razão entre a probabilidade de a pessoa 
ter a doença após ter tomado a vacina e a probabilidade de a 
pessoa ter a doença sem ter tomado a vacina. Se o índice de 
contaminados pela doença dentre as pessoas que tomaram a 
vacina for igual a 0,5%, então a eficiência da vacina é supe-
rior a 90%.
A fábrica de armas X produz munições cujo comprimento 
segue uma distribuição normal com μ = 5 cm de comprimento e 
desvio padrão igual a 0,2 cm. Sabe-se que, para uma distribuição 
normal padrão: 
P (Z < 1,28) = 90%
P (Z < 1,64) = 95%
P (Z < 1,96) = 97,5%
46 90% das munições produzidas têm comprimento inferior 
a 5,256 cm.
47 A probabilidade de que um lote de 100 munições tenha um 
comprimento médio entre 4,96 cm e 5,04 cm é superior a 95%.
48 O coeficiente de variação das munições do fabricante X é 
igual a 5%.
Um policial adquiriu um carregamento com 400 munições da 
fábrica X e observou que o comprimento médio das munições 
era igual a 5,01 cm. Com base nessa observação, ele formulou a 
hipótese alternativa de que o comprimento médio alegante pelo 
fabricante estava incorreto e que H1: μ > 5 cm. Em contrapartida, 
a hipótese nula era a alegação do fabricante de que H0: μ < 5 cm.
49 O teste de hipóteses realizado pelo policial é unilateral 
à esquerda.
50 Com base nos dados apresentados, a hipótese nula deve ser 
rejeitada a um nível de significância de 95%.
Uma delegacia de polícia observou que o número de pontos obti-
dos pelos policiais em uma seção de tiros de pistola de longa dis-
tância dependia do tempo de serviço do policial, de acordo com o 
modelo de regressão linear y = 40 + 2.x + є, em que є é um ruído 
aleatório branco, gaussiano e de média nula. Sabe-se que o tempo 
médio de serviço dos policiais daquela delegacia é igual a 10 anos 
e que o desvio padrão é igual a 4 anos.
51 A média da pontuação obtida pelos policiais é igual a 60 e o 
desvio padrão é igual a 8 pontos.
52 A covariância entre as duas variáveis é igual a 32.
RACIOCÍNIO LÓGICO
MARCELO LEITE
Considere as premissas a seguir.
P1: Caso a justiça seja eficaz, a criminalidade é alta.
P2: Como a criminalidade é alta, novos presídios serão construídos.
P3: Os presos foram liberados ou novos presídios não foram 
construídos.
P4: Os presos não foram liberados.
Com base no texto, julgue os itens a seguir.
53 Considerando que a proposição “A criminalidade é alta” seja 
falsa, então a premissa P2 é obrigatoriamente verdadeira.
54 As premissas P1, P2, P3, P4, juntamente com a conclusão “A 
justiça é eficaz”, formam um argumento válido.
55 A premissa P1 é equivalente a “A justiça ser eficaz é condição 
suficiente para que a criminalidade seja alta”.
56 A negativa da premissa P3 é equivalente a “Novos presídios 
foram construídos, porém os presos não foram liberados”.
Em uma mesa quadrada com quatro lugares, estão sentados quatro 
Policiais Federais: Lúcio, Ana, Fernanda e Paula. De acordo com 
a distribuição em torno da mesa, sabe-se que:
• Paula está sentada à esquerda do Policial Federal.
• Fernanda está sentada à frente de Paula.
57 Então, Ana está sentada à direita de Fernanda.
Considere que há três Policiais Federais: Ana, Bruno e Carlos. 
Sabe-se que um é agente, o outro é papiloscopista e o último é 
escrivão, não necessariamente nessa ordem. Os três possuem 
tambémidades distintas entre si, podendo ser: 23, 29 e 32 anos. 
Sabe-se ainda que:
• O mais velho é agente.
• A Policial Federal é papiloscopista.
• Carlos é o mais novo.
58 Então, Carlos é Escrivão.
Considere que, para certa missão, serão selecionados dois delega-
dos, quatro agentes e um escrivão e que, para montar essa equipe, 
estão disponíveis quatro delegados, doze agentes e dois escrivães. 
Com base nessas informações, julgue os itens a seguir.
59 A quantidade de maneiras distintas de se escolher esses qua-
tros agentes para a montagem da equipe é superior a 500.
60 A quantidade de equipes que podem ser formadas é supe-
rior a 5.930.
2º SIMULADO DA POLÍCIA FEDERAL – PAPILOSCOPISTA
BLOCO II
INFORMÁTICA
FABRÍCIO MELO/MAURÍCIO FRANCESCHINI/
JÓSIS ALVES/JEFERSON BOGO
Sobre conhecimentos relacionados ao Windows e ao Linux, 
idioma português, configuração padrão, julgue os itens 61 e 62.
61 No Linux, sem seu prompt de comando, o comando cd possi-
bilita a criação de diretórios.
62 No Windows 10, por meio do Painel de Controle, modo cate-
goria, a opção Rede e Internet fornece as opções para a cria-
ção de contas de e-mail do usuário.
63 A Intranet opera com os mesmos programas e protocolos da 
Internet, porém é uma rede de acesso privado.
64 Provedor de internet é o responsável por intermediar a cone-
xão entre o usuário e a rede mundial de computadores. Geral-
mente são empresas privadas que cobram o acesso por meio 
de planos para os usuários.
65 O endereço no padrão IPV4, 192.168.3.45 está no padrão 
correto; sendo assim, é compatível com a rede pública.
66 Situação hipotética: Uma empresa privada decidiu contratar 
uma equipe de programadores para desenvolver um sistema 
de e-mail próprio para seus colaboradores. A equipe sugeriu 
que a empresa usasse soluções de nuvem computacional. 
Assertiva: É correto afirmar que a solução de nuvem pela 
qual a empresa pode optar é a PAAS (Plataform as a Service).
67 Na nuvem computacional, os recursos podem ser provisio-
nados e liberados elasticamente, em alguns casos de modo 
automático, para rapidamente aumentar ou diminuir de acor-
do com a demanda. Para o consumidor, os recursos dispo-
níveis para provisionamento muitas vezes parecem ser ili-
mitados e podem ser alocados em qualquer quantidade e a 
qualquer tempo.
68 O malware ransomware pode se propagar de diversas formas, 
embora as mais comuns sejam: por meio de e-mails com o 
código malicioso em anexo ou que induzam o usuário a se-
guir um link, explorando vulnerabilidades em sistemas que 
não tenham recebido as devidas atualizações de segurança.
69 O uso de mecanismos de proteção, como programas anti-
malware e firewall pessoal, pode contribuir totalmente para 
que um computador jamais seja infectado/invadido e para 
que não participe de atividades maliciosas.
70 Os arquivos executáveis do ambiente Linux possuem a ex-
tensão .ln e são armazenados no diretório /bin.
71 No terminal de comandos do sistema Linux, o comando 
ls -la | grep conf exibirá uma lista de arquivos e sub-
diretórios, inclusive os ocultos, que contenham o termo 
“conf” em seus nomes.
72 Em redes de comunicação de dados, o protocolo ARP associa 
um endereço físico MAC a um endereço lógico URL enquan-
to o protocolo RARP trabalha de forma oposta, ou seja, asso-
cia um endereço URL a um endereço MAC.
73 No modelo das nuvens como um serviço, os hospedeiros de 
sites, tais como Locaweb e Hostgator, são exemplos de nu-
vem PaaS, os quais oferecem toda a plataforma de servidores 
web e bancos de dados, a fim de que seus clientes tragam suas 
aplicações web para serem hospedadas em suas plataformas.
74 As conexões seguras dos sites que utilizam o HTTPS ofere-
cem proteção criptográfica em nível da camada de rede, por 
meio do protocolo IPSec.
75 O Trojan Horse é um malware caracterizado por apresentar-
-se como uma aplicação útil ou interessante para o usuário, 
porém atua de forma maléfica, automultiplicando-se, criando 
cópias de si mesmo e inserindo-as em arquivos existentes.
76 No Microsoft Excel 365, o recurso Rastrear Precedentes 
aponta, por meio de setas, as células que afetam a fórmula da 
célula que está selecionada no momento.
77 O Windows 10 permite a criação de novas desktops virtuais 
por meio do recurso Visão de Tarefas, o qual pode ser aciona-
do por meio das teclas WIN+TAB.
78 No Microsoft Word 365, o recurso Colunas aplica duas que-
bras de sessão contínuas, uma antes e outra após o trecho que 
foi dividido em colunas.
2º SIMULADO DA POLÍCIA FEDERAL – PAPILOSCOPISTA
Observe a figura e responda.
79 Em banco de dados, no modelo em 3 camadas (ou níveis), 
o nível interno descreve a interface visual para cada tipo de 
usuário, de acordo com as suas necessidades e requisitos de 
usabilidade do sistema.
80 O nível externo (ou visão externa) descreve como os dados 
estão realmente armazenados, sua estrutura de baixo nível e 
os detalhes completos do armazenamento de dados e cami-
nho de acesso ao banco de dados.
Observe a figura e responda.
81 O diagrama apresentado é um exemplo de grau de relaciona-
mento n-ário.
82 No diagrama apresentado, a entidade País apresenta um 
atributo que pode ser classificado como composto, o atri-
buto “nome”.
83 Ferramentas de mineração de Dados são autônomas e reali-
zam de forma automática a busca por padrões e correlaciona-
mentos sem nenhuma interação humana. É o que chamamos 
de IA (Inteligência Artificial).
84 A transformação de dados e redução de variáveis, bem como 
a seleção de atributos úteis ou relevantes é feita na fase do 
KDD conhecida por Data Mining.
85 Sumarizar relações subjacentes nos dados é uma tarefa do 
tipo preditiva.
86 O processo de ETL é realizado sobre o DW – Datawarehouse 
para a descoberta de conhecimento.
87 Ao enviar uma solicitação ao servidor web, um cliente re-
cebeu como resposta uma mensagem HTTP do grupo 5xx. 
Mensagens desse tipo informam um erro do lado do servidor.
88 O agente Bravo Oscar da Polícia Federal está editando uma 
planilha eletrônica usando o Excel 2019 – configuração pa-
drão, idioma português Brasil. Na linha 1 dessa planilha, da 
coluna “A” até a coluna “L”, estão os cabeçalhos com nome, 
data de ingresso, data de nascimento, entre outras informa-
ções dos agentes. Uma forma prática para ele exibir apenas 
os dados, por exemplo, dos agentes nascidos em um determi-
nado estado é inserir um filtro na primeira linha. Esse recurso 
pode ser ativado ao se selecionar as colunas desejadas, clicar 
na Guia “Dados” e, em seguida, na opção “Filtro”.
89 O Agente Tango da Polícia Rodoviária Federal está editando 
um documento usando o Word 2019 – configuração padrão, 
idioma português Brasil. Após escrever um texto com três pa-
rágrafos na primeira página, sem usar nenhuma formatação, 
ele decide formatar o segundo parágrafo em duas colunas. 
Após realizar o procedimento e obter o resultado pretendido, 
pode-se inferir que, nessa página, haverá duas seções.
O agente November, recém-admitido, está utilizando o programa 
Excel 2019, configuração padrão – idioma português Brasil – para 
criar um controle de despesas conforme imagem a seguir, que ilus-
tra parte da planilha:
90 A função utilizada na célula “G12”, que retorna, conforme os 
dados inseridos nas células “G9” e “G10”, o valor da respec-
tiva despesa pode ser: =PROCH(G9;A$2:F$6;G10;0).
2º SIMULADO DA POLÍCIA FEDERAL – PAPILOSCOPISTA
91 O agente Mike Bravo da Polícia Federal é responsável pela 
rotina de backups da sua delegacia. Na sexta ele realizou um 
backup completo, que copiou 25 GB. No sábado ele realizou 
um backup diferencial, que copiou 5 GB. De sábado para do-
mingo, não foi criado e/ou modificado nenhum arquivo. Se 
na segunda ele realizar um backup diferencial, pode-se inferir 
que esse backup terá, pelo menos, 5 GB, uma vez que copiará 
os arquivos já salvos no sábado, pois não foi desmarcado o 
atributo de arquivamento.
92 Os programas chamados “sniffers”, que interceptam os dados 
que trafegam em uma rede, podem ser utilizadosde forma lí-
cita ou ilícita. Como os dados são capturados da forma como 
trafegam, caso estejam criptografados, será necessário des-
criptografar para que possam ser utilizados.
93 O agente da Polícia Federal Papa Golf utiliza na sua dele-
gacia o sistema operacional Windows 10 – configuração pa-
drão, idioma português Brasil. Logo após realizar o processo 
de boot, caso ele esteja em frente ao computador e olhando 
para a webcam, o Windows realiza automaticamente o login, 
reconhecendo o seu rosto. Nesse caso, pode-se inferir que ele 
configurou previamente o recurso conhecido como Cortana.
94 Um ataque de DDOS (Distributed denial of service) acontece 
quando, por exemplo, uma botnet (rede de computadores 
zumbis infectados por bots) utiliza os computadores infectados 
de forma isolada para atacar um servidor, retirando-o do ar. 
95 Na delegacia onde o agente Tango Bravo trabalha, há um 
volume muito grande de dados que devem ser criptografados 
diariamente. Nesse caso, levando em consideração o poder 
computacional disponível, que não é de última geração, 
e o pouco tempo para envio de tais dados para o backup, 
o método criptográfico mais adequado a ser utilizado é a 
criptografia simétrica.
96 O agente Federal Eco Fox é analista de T.I. e trabalha na sede 
da Polícia Federal em Brasília. Um policial de Florianópolis 
está solicitando um auxílio para configurar o sistema de reco-
nhecimento biométrico utilizado na emissão de passaportes. 
Uma alternativa para realizar o acesso remoto ao computa-
dor, de forma segura (usando criptografia), é por meio do 
protocolo SSH, que usa, por padrão, a porta TCP 22. 
BLOCO III
BIOLOGIA
ARIADNE BRANCO
Na Inglaterra, em 1988, o estupro e o homicídio de duas jovens 
(Lynda Mann e Dawn Ashcroft) foram os primeiros casos crimi-
nais solucionados com a ajuda de exames de DNA. Foram cole-
tadas amostras de sêmen (deixadas no corpo de cada vítima) e 
isso impediu que o indivíduo errado fosse penalizado: Richard 
Buckland, que confessou os dois crimes, mas não era o autor. Nas 
análises de DNA realizadas, o sêmen em ambas as vítimas perten-
cia ao mesmo homem, entretanto não eram de Richard Buckland.
Tendo o texto anterior como referência inicial e considerando os 
múltiplos aspectos que ele suscita, julgue os itens a seguir.
97 O DNA é responsável pelo armazenamento e pela transmis-
são da informação genética, sendo encontrado principalmen-
te nos cromossomos nucleares, os quais estão associados a 
proteínas básicas, principalmente histonas.
98 No material biológico citado no texto, são encontradas célu-
las haploides originadas a partir da meiose, processo de divi-
são celular que se difere da mitose por apresentar segregação 
dos cromossomos homólogos.
99 Amostras forenses normalmente não são coletadas ou en-
contradas em condições ideais. Com isso, pode ocorrer o 
rompimento das ligações covalentes que unem as bases ni-
trogenadas.
100 O material genético presente nas mitocôndrias pode ser utili-
zado em amostras de vestígios biológicos degradados, tendo 
em vista que essa organela possui DNA, além dos três tipos 
de RNA e de todo sistema molecular para a síntese de algu-
mas proteínas.
101 Caso uma dessas mulheres fosse do tipo sanguíneo B e, es-
tando grávida do estuprador, tivesse um filho de tipo sanguí-
neo A, somente suspeitos do tipo O poderiam ser excluídos.
As impressões digitais reveladas e coletadas pela primeira vez 
como um meio de relacionar um criminoso à cena do crime, por 
meio de vestígios papilares encontrados no local, foram relatadas 
em 1880, por Henry Faulds, médico britânico que trabalhava no 
hospital de Tsukiji, em Tóquio, no Japão. Ele advogou o uso das 
impressões digitais para detecção científica de criminosos e solu-
cionou alguns crimes no Japão. 
Tendo o texto anterior como referência inicial e considerando os 
múltiplos aspectos que ele suscita, julgue os itens a seguir.
2º SIMULADO DA POLÍCIA FEDERAL – PAPILOSCOPISTA
102 O desenho papilar projeta-se nas extremidades mais externas 
da pele humana, a epiderme, a qual tem sua origem embrio-
lógica formada no endoderma.
103 Em cenas de crime violento, é comum o infrator deixar im-
pressões visíveis impregnadas com sangue. A presença das 
hemácias no sangue torna possível a visualização das impres-
sões, pois têm em seu interior a hemoglobina, uma proteína 
conjugada com grupo prostético heme.
104 Algumas células apresentam expansões digitiformes nas 
membranas, microvilosidades, sustentadas por filamentos de 
actina, que aumentam muito a superfície celular.
FÍSICA
HÉRICO AVOHAI
Na física, oscilador harmônico é a denominação dada a qualquer 
sistema que representa um movimento harmônico de oscilação, 
seja ele simples (MHS) ou não. Um dos exemplos desse tipo de 
movimento é o pêndulo simples, que nada mais é do que uma 
massa “m” presa a um fio de comprimento “L” e que se movimenta 
em torno da posição de equilíbrio com velocidade angular “ω”.
Considerando o sistema ideal e a aceleração da gravidade igual a 
“g”, julgue os itens subsequentes.
105 Para qualquer ângulo θ, o pêndulo simples estará em movi-
mento harmônico simples.
106 Quanto maior a massa “m” do pêndulo simples, maior o 
período e menor a frequência da oscilação harmônica.
Outro exemplo de MHS é de uma massa “m” presa a uma mola 
com constante elástica “k”, que também se movimenta em torno 
da posição de equilíbrio com velocidade angular “ω” e com ampli-
tude máxima “A”.
A equação horária que rege esse movimento é dada por,
Considerando o sistema ideal, julgue os itens a seguir.
107 A amplitude do movimento da massa “m”, quando passa no 
ponto “x”, com velocidade linear “v”, é igual a .
108 A posição da massa “m” presa à mola quando as energias 
cinética e potencial elástica forem iguais é .
A respeito dos fenômenos ópticos, julgue os itens a seguir.
109 Uma lente delgada pode mudar a sua característica óptica de-
pendendo do meio em que se encontra.
110 Um objeto está posicionado perpendicularmente ao eixo 
principal e a 30 cm de distância do centro óptico de uma len-
te esférica delgada divergente, que possui distância focal em 
módulo igual a 20 cm. Dessa forma, a imagem do lápis será 
virtual e formada a 12 cm da lente.
Uma das leis que rege a espectroscopia de absorção molecular é a 
de Lambert-Beer, que descreve a quantidade de radiação que foi 
absorvida por uma amostra, dada por:
Em que “a” é a constante de absortividade, “b” é o caminho óptico 
e “c” é a concentração das espécies absorventes na amostra.
Com base nos princípios da espectroscopia de absorção molecular, 
julgue os itens a seguir.
111 A constante de absortividade depende do comprimento de 
onda da radiação e da natureza do material absorvente.
112 A lei de Lambert-Beer é aplicada para soluções com concen-
trações baixas e altas.
2º SIMULADO DA POLÍCIA FEDERAL – PAPILOSCOPISTA
QUÍMICA
EDUARDO ULISSES
Combater pragas de lavouras, insetos ou animais transmissores 
de doenças sempre foi um grande desafio para a humanidade. 
Há mais de 3000 anos, romanos, gregos e chineses já utilizavam 
enxofre para combater doenças e conheciam a natureza tóxica do 
arsênio e de outras substâncias utilizadas contra os insetos. Em 
1948, o químico suíço Paul Muller recebeu o Prêmio Nobel de 
Medicina pela descoberta de propriedades inseticidas da substân-
cia diclorodifeniltricloroetano (DDT).
Não tardou muito e os produtos que pareciam ser defensores da 
lavoura passaram a ser considerados pelos ambientalistas como 
agrotóxicos. O uso do DDT ilustra bem a quebra do encanto. O 
que fazer? O aumento da produtividade agrícola não pode amea-
çar a saúde e o meio ambiente. Essa tem sido uma preocupação da 
chamada agricultura orgânica.
Com base nas informações apresentadas e considerando a cons-
tante de Avogadro sendo 6,02 x 1023, julgue os itens a seguir.
113 O DDT é uma substância que possui a função haleto, aromá-
tica, de fórmula C14H9Cl5.
114 Sabendo-se que lipídios são moléculas apolares e que o DDT 
se acumula facilmentenas células adiposas dos animais, en-
tão é correto concluir que o DDT é polar.
115 O tipo de atração que ocorre entre as moléculas de DDT é 
classificado como Forças de Van der Waals.
116 Os átomos de carbono presentes na estrutura do DDT apre-
sentam geometria tetraédrica.
117 A combustão completa desse composto produzirá com-
postos que não produzem nenhum tipo de problema ao 
meio ambiente.
118 Em 1 mol de DDT, são encontrados mais de 3 x 1024 áto-
mos de cloro.
119 Pode-se concluir que, devido à presença de elétrons desloca-
lizados, a substância DDT conduz corrente elétrica.
120 Pela análise da estrutura do DDT, conclui-se que ele possuirá 
isômeros ópticos.
2º SIMULADO DA POLÍCIA FEDERAL – PAPILOSCOPISTA
PROVA DISCURSIVA
FERNANDO MOURA
 – Nesta prova, faça o que se pede, usando, caso deseje, o espaço para rascunho indicado no presente caderno. Em seguida, trans-
creva o texto para a FOLHA DE TEXTO DEFINITIVO DA PROVA DISCURSIVA, no local apropriado, pois não será ava-
liado fragmento de texto escrito em local indevido. 
 – Qualquer fragmento de texto além da extensão máxima de linhas disponibilizadas será desconsiderado. 
 – Na Folha de Texto Definitivo, a presença de qualquer marca identificadora no espaço destinado à transcrição do texto defini-
tivo acarretará a anulação da sua prova discursiva. 
 – Ao domínio do conteúdo serão atribuídos até 30,00 pontos, dos quais até 1,00 ponto será atribuído ao quesito apresentação 
(legibilidade, respeito às margens e indicação de parágrafos) e estrutura textual (organização das ideias em texto estruturado).
Leia o texto seguinte.
 � A Polícia Federal deflagrou nesta manhã (2/2), em cooperação com a Promotoria Eleitoral do MPRJ, a Operação $ufrágio. 
Aproximadamente 25 policiais federais deram cumprimento a seis mandados de busca e apreensão, nos municípios de Niterói, São 
Gonçalo e Maricá. Os mandados foram expedidos pelo Juízo da 068ª Zona Eleitoral de São Gonçalo/RJ.
 � As investigações constituem desdobramento da prisão em flagrante delito de quatro pessoas durante o 2º turno das eleições 
municipais de São Gonçalo, em 29/11/2020, pela prática do crime de corrupção eleitoral. Na ocasião, foram apreendidos dinheiro 
em espécie, latas de cerveja e material de campanha de candidato que não chegou a ser eleito.
 � O material apreendido na ação de hoje será analisado e, se confirmadas as suspeitas, os investigados responderão pelo delito 
de corrupção eleitoral, além de outros eventualmente constatados no curso das investigações.
<https://www.gov.br/pf/pt-br/assuntos/noticias/2021/02/policia-federal-deflagra-operacao-201c-ufragio201d-para-investigar-esquema-de-crimes-
eleitorais-no-rio-de-janeiro>.
Considerando que o texto acima tem caráter unicamente motivador, redija, de forma fundamentada, um texto dissertativo que trate, 
necessariamente, dos aspectos seguintes.
 – Discorra sobre corrupção eleitoral ativa e sobre corrupção eleitoral passiva, apresentando as diferenças entre ambas as figuras. 
 – Explique a qualidade do sujeito ativo nas duas modalidades. 
 – Evidencie o elemento subjetivo das duas modalidades. 
 – Informe se, nos casos de corrupção eleitoral ativa, o pedido de apoio político preenche o elemento subjetivo especial. 
https://www.gov.br/pf/pt-br/assuntos/noticias/2021/02/policia-federal-deflagra-operacao-201c-ufragio201d-para-investigar-esquema-de-crimes-eleitorais-no-rio-de-janeiro
https://www.gov.br/pf/pt-br/assuntos/noticias/2021/02/policia-federal-deflagra-operacao-201c-ufragio201d-para-investigar-esquema-de-crimes-eleitorais-no-rio-de-janeiro
2º SIMULADO DA POLÍCIA FEDERAL – PAPILOSCOPISTA
RASCUNHO
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
SIMULADO PREPARATÓRIO PARA CONCURSO PÚBLICO
POLÍCIA FEDERAL
PAPILOSCOPISTA
GABARITO
Item 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Gabarito E C E E E C E E C E C C C E E E E C C E
Item 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
Gabarito E C E E C C E C C C E E X E E E E C C E
Item 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
Gabarito C E C E E C E E E E C C C E C C C C E C
Item 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80
Gabarito E E C C E C C C E E C E C E E C C C E E
Item 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100
Gabarito E E E E E E C C C C C C E E C C C C C E
Item 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120
Gabarito E C E C E E C C C E C C C E E E C C E C
https://questoes.grancursosonline.com.br
2º SIMULADO DA POLÍCIA FEDERAL – PAPILOSCOPISTA
BLOCO I
LÍNGUA PORTUGUESA
MÁRCIO WESLEY
Texto I, para responder aos itens de 1 a 11.
 � De facto, a passagem de uma criminalidade de sangue 
para uma criminalidade de fraude faz parte de todo um me-
canismo complexo, em que figuram o desenvolvimento da 
produção, o aumento das riquezas, uma valorização jurídica 
e moral mais intensa das relações de propriedade, métodos 
mais rigorosos de vigilância, um policiamento mais aperta-
do da população, técnicas mais ajustadas de identificação, 
de captura e de informação: o deslocamento das práticas ile-
galistas é correlativo da extensão e da afinação das práticas 
punitivas.
 � [...]
 � Pode dizer-se resumidamente que, no Antigo Regime, 
cada um dos diferentes estratos sociais tinha a sua margem 
de ilegalismo tolerado: a não aplicação da regra, a não obser-
vação dos inúmeros éditos ou ordenanças eram uma condição 
do funcionamento político e econômico da sociedade. Não 
será esta uma característica específica do Antigo Regime? 
Sem dúvida. No entanto, este ilegalismo estava tão profun-
damente enraizado e era tão necessário à vida de cada estrato 
social, que tinha de certo modo a sua coerência e a sua eco-
nomia próprias. Ora assumia uma forma absolutamente es-
tatutária — que fazia dele menos um ilegalismo do que uma 
isenção regular: eram os privilégios concedidos aos indivídu-
os e às comunidades. Ora tinha a forma de uma inobservância 
maciça e geral, que levava a que, durante dezenas de anos 
e, por vezes, até séculos, algumas ordenanças pudessem ser 
publicadas e revistas incessantemente sem nunca ser aplica-
das. Ora se tratava de um desuso progressivo, que, por vezes, 
dava lugar a reativações súbitas. Ora de um consentimento 
mudo do poder, de uma negligência, ou muito simplesmente 
da impossibilidade efetiva de impor a lei e de reprimir os 
infratores. Em princípio, os estratos mais desfavorecidos da 
população não tinham privilégios: mas beneficiavam-se, nas 
margens daquilo que lhes era imposto pelas leis e pelos cos-
tumes, de um espaço de tolerância, conquistado pela força ou 
pela obstinação; e este espaço era, para esses estratos, uma 
condição de tal modo indispensável de existência que esta-
vam dispostos a sublevar-se para o defenderem; as tentati-
vas que eram periodicamente feitas para o reduzir, fazendo 
valer velhas regras ou afinando os processos de repressão, 
provocavam, em todo o caso, agitações populares, da mesma 
maneira que as tentativas para reduzir certos privilégios agi-
tavam a nobreza, o clero e a burguesia.
Michel Foucault. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Trad. 
Pedro Elói Duarte. Lisboa/Portugal: Edições 70, 2013. (trechos 
seletos, com adaptações)
No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto 
apresentado, julgue os itens seguintes.
1 Infere-se do texto que o rigor das normas e das punições acar-
reta mais numerosas iniciativas de transgressão e ilegalismo 
na sociedade.
Errado.
O primeiro parágrafo aponta um mecanismo complexo. A maior 
valorização jurídica e moral da propriedade, com maior rigor 
na vigilância e no policiamento, é correlativa, ou seja, pratica-
mente simultânea e mútua com o aumento das práticas ilegais. 
Então, não se pode dizer que o rigor das normas e punições 
acarreta mais iniciativas de transgressão. Na verdade, segundo 
o texto, a transgressão já existia e era tolerada. O aumentodo 
rigor nas normas e punições apenas reduziu a tolerância e, as-
sim, mais casos de transgressão, já existentes, passaram a ser 
enquadrados na norma e a receber punição.
2 Segundo o texto, no Antigo Regime, tolerar certas ilegalida-
des era parte de um acordo tácito como condição do funcio-
namento político e econômico da sociedade.
Certo.
Lemos no segundo parágrafo: “(...) no Antigo Regime, (...) a 
não observação dos inúmeros éditos ou ordenanças eram uma 
condição do funcionamento político e econômico da socieda-
de”. E o restante do parágrafo prossegue com casos que ilus-
tram tolerância de ilegalidades em cada estrato social, como 
condição mesma de funcionamento social.
3 O segundo parágrafo informa que processos de repressão po-
dem ser aprimorados e refinados, mas esbarrarão na resistên-
cia dos estratos menos favorecidos, para quem o espaço de 
tolerância é indispensável à existência.
Errado.
O texto não informa uma situação atual. Ele informa uma situa-
ção do passado, no Antigo Regime. A questão mudou os tempos 
verbais do passado (no texto) para o presente. Isso fez parecer 
que se tratava de situação atual. Importante: o enunciado afirma 
que “o segundo parágrafo informa”, porém “informar” signi-
fica conteúdo literal do texto. O que o enunciado propôs pode-
ria ser inferido, deduzido por analogia para uma situação atual, 
mas não cabe dizer que isso foi informado no texto original.
1
5
10
15
20
25
30
35
40
2º SIMULADO DA POLÍCIA FEDERAL – PAPILOSCOPISTA
4 A predominância de verbos no passado, em referência ao pe-
ríodo histórico conhecido como Antigo Regime, mostra que o 
texto se caracteriza como predominantemente narrativo.
Errado.
De fato, predominaram verbos no passado em referência ao An-
tigo Regime. Porém, trata-se de verbos no pretérito imperfeito 
do indicativo: tinha, eram, estava, fazia, levava, tratava, dava, 
beneficiavam, provocavam, agitavam. Ora, o pretérito imper-
feito do indicativo aproxima o texto de um aspecto descritivo e 
informativo, e não de um aspecto narrativo. Uma narração deve 
caracterizar sequência temporal. No entanto, o texto se detém 
na caracterização informativa sobre um momento histórico, e 
não na sequência de eventos.
5 No primeiro parágrafo, ocorre uma enumeração dos traços 
que caracterizam a complexidade da passagem de uma crimi-
nalidade de sangue para uma criminalidade de fraude.
Errado.
Lemos no texto: “(...) um mecanismo complexo em que figu-
ram (...)”. Ora, os dicionários registram que “figurar” significa, 
nesse contexto, o mesmo que “fazer parte de, destacar-se, dar 
mostras”, ou seja, trata-se de sentido parcial, e não de sentido 
total. Em outras palavras, o texto apresentou uma enumeração 
de alguns traços exemplificativos da complexidade, mas não 
uma enumeração completa de todos os traços. No enunciado 
da questão, o trecho “enumeração dos traços” contém artigo 
definido “os” no plural diante de “traços”; isso implica genera-
lização com sentido de “todos os traços”. O sentido fica clara-
mente alterado.
6 A correção gramatical do texto seria mantida caso a forma 
verbal “figuram” (l. 3) fosse substituída por figura, preser-
vando-se também o sentido original.
Certo.
O sujeito da forma verbal “figuram” é composto e está escrito 
em seguida (ordem inversa): “o desenvolvimento da produção, 
o aumento das riquezas, uma valorização jurídica e moral mais 
intensa das relações de propriedade, métodos mais rigorosos de 
vigilância, um policiamento mais apertado da população, téc-
nicas mais ajustadas de identificação, de captura e de informa-
ção”. A flexão de 3ª pessoa do plural “figuram” concorda com 
os vários núcleos; porém, nessa ordem inversa, a norma gra-
matical permite concordar o verbo com o núcleo do sujeito que 
estiver mais próximo (desenvolvimento, no singular) e, assim, 
fica correto escrever “figura”. Cuidado para não pensar que o 
pronome relativo “que” antes de “figuram” teria função de su-
jeito; esse pronome relativo fez parte da locução “em que”, com 
valor adverbial (lembre que preposição não introduz sujeito).
7 Dados os sentidos do segundo parágrafo, é correto identificar 
o referente do pronome “o” em “para o defenderem” (l. 38) 
como “um espaço de tolerância” (l. 35).
Errado.
O referente de um pronome é o termo que esse pronome subs-
tituiu no texto. O termo substituído é o mais imediato possível. 
Assim, no segundo parágrafo, em “para o defenderem”, o pro-
nome oblíquo “o” retoma de modo imediato a expressão “este 
espaço”. E esta expressão (este espaço), por sua vez, retoma 
“um espaço de tolerância”. Muita atenção para questões como 
esta sobre referência de pronome. A banca Cebraspe cobra fre-
quentemente a referência de pronomes nos textos.
8 Sem prejuízo para o sentido original e a correção gramatical do 
texto, a oração “sem nunca ser aplicadas” (l. 27-28) poderia ser 
reescrita da seguinte maneira: sem que jamais sejam aplicadas.
Errado.
A reescrita desenvolveu a oração “sem nunca ser aplicadas” 
que atuou como subordinada adverbial condicional reduzida 
de infinitivo para a oração precedente, sua principal: algumas 
ordenanças pudessem ser publicadas e revistas incessantemen-
te. Essa relação de subordinação requer o respeito a uma cor-
relação entre tempos verbais. Assim, como a oração principal 
apresentou verbo no pretérito imperfeito do subjuntivo, então o 
verbo da oração subordinada adverbial desenvolvida (ocorreu 
a conjunção “que”) deverá apresentar o mesmo tempo verbal. 
Correção: (...) sem que jamais fossem aplicadas.
9 Mantendo-se a correção gramatical e os sentidos originais do 
texto, o trecho “Pode dizer-se (...) ilegalismo tolerado” (l. 12-
14) poderia ser assim reescrito: Resumidamente se pode di-
zer, no Antigo Regime, que cada estrato social diferente tinha 
sua margem de ilegalismo tolerado.
Certo.
O advérbio “resumidamente” foi deslocado para o início da ora-
ção. Isso manteve sua referência com a locução verbal “pode 
dizer”. Esse advérbio agora exerce atração sobre o pronome 
oblíquo “se”, por isso a próclise ficou obrigatória (se pode 
dizer) – seria correto também escrever “resumidamente pode 
dizer-se”, mas seria errado escrever “resumidamente pode-se 
dizer” ou “resumidamente pode se dizer”, pois o advérbio está 
ali atraindo o pronome “se” antes da locução verbal. A locução 
adverbial “no Antigo Regime”, no texto original, fazia parte da 
segunda oração, ou seja, estava relacionada com a forma verbal 
“tinha”; na reescrita, essa locução adverbial apareceu antes de 
“que” e, assim, passou a fazer parte da primeira oração, ou seja, 
agora está relacionada com a locução verbal “pode dizer-se”; 
apesar dessa mudança, a informação geral do trecho é mantida 
como noção de tempo quando os estratos sociais tinham cada 
qual seu ilegalismo tolerado. O original “cada um dos diferen-
tes estratos sociais”, no plural, apresenta a mesma informação 
que o singular “cada estrato social diferente”. A retirada do ar-
tigo definido “a” diante de “sua margem” é correta e preserva o 
sentido, pois artigo é facultativo diante de pronome possessivo.
2º SIMULADO DA POLÍCIA FEDERAL – PAPILOSCOPISTA
10 No trecho “de tal modo indispensável de existência” (l. 37), 
a preposição “de” decorre de exigência sintática do adjetivo 
“indispensável”.
Errado.
Esse trecho faz parte da estrutura “e este espaço era, para esses 
estratos, uma condição de tal modo indispensável de existên-
cia que estavam dispostos a sublevar-se”. Aqui podemos olhar 
atentamente e perceber a relação de regência entre “condição” 
e seu complemento nominal (condição de quê?): de existência. 
Então, a preposição “de” decorre de exigência sintática do subs-
tantivo abstrato “condição”, e não do adjetivo “indispensável”. 
11 O segmento “levava a que” (l. 25) introduz no período uma 
ideia de causa; por isso, sua substituição por fazia que pre-
servaria a correção gramatical e as relações de sentido origi-
nais do texto.
Certo.
No original, o verbo “levar”, foi empregado em uma relação de 
causa eefeito: seu sujeito (o pronome relativo “que” retoman-
do “uma inobservância maciça e geral”) leva a algo como seu 
efeito. Essa mesma relação de causa e efeito ocorre também 
com emprego de “fazer que” ou “fazer com que” – a preposição 
“com” atua aqui como expletivo ou realce, pois o verbo “fazer” 
é transitivo direto, isto é, não rege preposição. Além disso, o 
tempo verbal foi preservado: “levava” e “fazia” estão no preté-
rito imperfeito do indicativo.
Texto II, para responder aos itens de 12 a 20.
 � As secas do extremo norte delatam, impressionadora-
mente, a nossa imprevidência, embora sejam o único fato de 
toda a nossa vida nacional ao qual se possa aplicar o princípio 
da previsão. Habituamo-nos àquelas catástrofes periódicas. 
Desde a lancinante odisseia de Pero Coelho, no alvorar do 
século XVII, até ao presente, elas vêm formando, à margem 
da nossa história, um tristíssimo apêndice de indescritíveis 
desastres. A princípio, mercê do próprio despovoamento do 
território, ninguém as percebeu. Notou-as, apreensivo, o pri-
meiro sertanista que se afoitou, naquelas bandas, com o des-
conhecido: os flagelos revelados mal rebrilham e repontam, 
folgacíssimos, rompentes da linguagem perra e nebulosa dos 
roteiros... Depois, à medida que se povoava a terra, cresceu-
-lhes a influência, e desvendaram-se-lhes os aspectos, deplo-
ráveis todos.
 � [...]
 � Sendo assim, qualquer que seja o desfalecimento eco-
nômico do país, justifica-se a formação de comissões per-
manentes, de profissionais – modestas embora, mas de uma 
estrutura inteiriça – que, demoradamente, desvendando com 
firmeza as leis reais dos fatos inorgânicos observados, pos-
sam esclarecer a ação ulterior e decisiva do governo.
 � Não há mais elevada missão à nossa engenharia. So-
mente ela, ao cabo de uma longa tarefa (que irá das cartas 
topográficas, e hipsométricas, aos dados sobre a natureza do 
solo, às observações meteorológicas sistemáticas e aos co-
nhecimentos relativos à resistência e desenvolvimento da 
flora), poderá delinear o plano estratégico desta campanha 
formidável contra o deserto.
Euclides da Cunha. Contrastes e Confrontos. Disponível em: 
<www.dominiopublico.gov.br>, (trechos seletos adaptados).
A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto II, julgue 
os próximos itens.
12 O autor critica a falta de planejamento nacional que impede o 
enfrentamento adequado das secas no extremo norte do país e 
defende a existência de comissões permanentes que estudem 
o problema.
Certo.
O primeiro parágrafo afirma que nos habituamos às secas pe-
riódicas e que isso delata nossa imprevidência. O segundo 
parágrafo defende a formação de comissões permanentes que 
possam esclarecer a ação do governo quanto a esse problema.
1
5
10
15
20
25
2º SIMULADO DA POLÍCIA FEDERAL – PAPILOSCOPISTA
13 A coerência textual seria prejudicada, caso fosse eliminado o 
advérbio “mais” da oração inicial do último parágrafo.
Certo.
A oração em questão é: “Não há mais elevada missão à nossa 
engenharia.” Nessa oração, o advérbio “mais” intensifica o ad-
jetivo “elevada”. O sentido geral da oração é que nossa enge-
nharia tem no combate às secas sua missão mais elevada – esse 
sentido está em harmonia com as informações gerais do texto. 
Sem o advérbio “mais”, o sentido da oração será a inexistência 
de uma missão elevada para nossa engenharia (não há elevada 
missão à nossa engenharia) – esse sentido vai contradizer as 
informações gerais do texto, que defende a formação de comis-
sões de estudo sobre as secas. Então, a retirada desse advérbio 
muda o sentido, e o novo sentido resultante contradiz o texto, 
portanto fica incoerente, prejudica a coerência.
14 A supressão das vírgulas que isolam o termo “demorada-
mente” (l. 20) preserva a correção gramatical e as informa-
ções do texto.
Errado.
O pronome relativo “que” ocorreu como sujeito da locução ver-
bal “possam esclarecer”. Entre esse sujeito (que) e a locução 
verbal (possam esclarecer), apareceu uma oração subordinada 
adverbial reduzida de gerúndio: “desvendando com firmeza as 
leis reais dos fatos inorgânicos observados”. Por isso, a vírgula 
antes de “desvendando” e a vírgula após “observados” são obri-
gatórias. O advérbio “demoradamente” está deslocado e teria 
as duas vírgulas facultativas, se não fosse essa oração reduzida 
que ficou intercalada entre o sujeito (que) e a locução verbal 
(possam esclarecer). Esse advérbio mantém relação com o ge-
rúndio “desvendando” (gerúndio informa mesmo ação conti-
nuada e demorada). Assim, uma possibilidade correta consiste 
em eliminar apenas a vírgula logo após “demoradamente”, mas 
manter a vírgula antes desse advérbio, para assim ainda con-
servar entre vírgulas a oração reduzida de gerúndio da qual o 
advérbio “demoradamente” faz parte. 
15 O texto reflete sobre o contínuo avanço de um deserto que 
as secas vêm formando na sucessão de suas ocorrências 
periódicas.
Errado.
O texto só menciona “deserto” na linha final como amea-
ça, como risco de resultado na ausência de combate às secas 
contínuas. Porém, o texto não refletiu sobre o contínuo avan-
ço do deserto. O caráter contínuo foi atribuído às secas, e não 
ao deserto.
16 A locução “à medida que” (l. 13) introduz no período uma 
ideia de causa; por isso, sua substituição por porquanto pre-
servaria a correção gramatical e as relações de sentido origi-
nais do texto.
Errado.
A locução “à medida que” introduz ideia de proporção, e não 
ideia de causa. Existe uma locução semelhante na escrita que 
introduz ideia de causa: na medida em que. A conjunção “por-
quanto” introduz ideia de causa/explicação.
17 No trecho “Depois, à medida que se povoava a terra” (l. 13), 
o pronome “se” indica sujeito indeterminado para a forma 
verbal “povoava”.
Errado.
Façamos a seguinte pergunta antes do verbo: O que é que se po-
voava? A resposta encontrada é o sujeito desse verbo: a terra – 
sujeito simples paciente, e não sujeito indeterminado. Temos aí 
voz passiva sintética, com o pronome “se” na função apassiva-
dora. A voz passiva analítica equivalente é: a terra era povoada. 
18 A supressão do sinal indicativo de crase em “à nossa enge-
nharia” (l. 23) manteria a correção gramatical do texto, em-
bora passe a permitir mais de um sentido.
Certo.
Vamos analisar o original: Não há mais elevada missão à nossa 
engenharia. O sinal de crase indica presença de preposição “a” 
e de artigo “a”. O trecho original equivale a escrever: Não há 
mais elevada missão para a nossa engenharia. O termo “para 
a nossa engenharia” funciona como complemento nominal 
do nome abstrato “missão”. Nesse original, o verbo “haver” 
(há) ocorre claramente com sentido de “existir”. Agora vamos 
analisar a reescrita sem sinal de crase: Não há mais elevada 
missão a nossa engenharia. Aqui, para perceber a possibilidade 
de mais de um sentido, é preciso lembrar que o verbo “haver” 
pode significar também a posse (haver = ter, como em: O 
Brasil tinha/havia boas chances de vitória na Copa). É verdade 
que se trata de um sentido menos usual, mas é correto. Sendo 
assim, a reescrita sem sinal de crase permite dois sentidos: (1) 
o sentido original de “elevada missão para nossa engenharia” 
(apenas a preposição “para”, agora sem artigo facultativo “a” 
diante do pronome possessivo “nossa”); e (2) o sentido de que 
“nossa engenharia” [sujeito] não há [não tem/não possui] mais 
elevada missão. 
2º SIMULADO DA POLÍCIA FEDERAL – PAPILOSCOPISTA
19 Feitas as devidas alterações de maiúsculas e minúsculas, o 
ponto final logo após “periódicas” (l. 4) poderia ser correta-
mente substituído por dois-pontos.
Certo.
O texto iniciou com uma visão histórica das secas como proble-
ma que perpassa a vida nacional. O segundo período do texto 
(Habituamo-nos àquelas catástrofes periódicas) amplia a noção 
de permanência das secas ao longo da história. O trecho subse-
quente mostra a amplitude do alcance das secas desde o século 
XVII até o presente. Sendo assim, cabe empregar perfeitamente 
dois-pontos após “periódicas”,pois o trecho seguinte oferece 
explicação que amplia a compreensão do trecho precedente. Um 
dos usos de dois-pontos consiste precisamente em anteceder 
trechos explicativos no final de frase. Além disso, o enunciado 
da questão já previu a necessidade de ajustar a inicial maiúscula 
de “Desde” para minúscula (desde) após dois-pontos.
20 No fragmento “Sendo assim, qualquer que seja o desfaleci-
mento econômico do país, justifica-se a formação de comis-
sões permanentes” (l. 17-19), as vírgulas poderiam ser subs-
tituídas por travessões, sem prejuízo gramatical para o texto.
Errado.
De modo geral, duas vírgulas admitem sua substituição por tra-
vessões somente quando as duas estão intercalando um termo 
ou uma oração. Intercalar significa escrever um termo desloca-
do entre sujeito e verbo, ou entre verbo e complemento. Geral-
mente intercalamos aposto, predicativo, adjunto adverbial, ou 
oração adjetiva, oração adverbial. No fragmento do texto, a pri-
meira vírgula ocorreu para isolar a expressão inicial (sendo as-
sim) de valor conclusivo. A segunda vírgula ocorreu para sepa-
rar a primeira e a segunda oração. A primeira oração (qualquer 
que seja o desfalecimento econômico do país) funcionou como 
subordinada adverbial condicional para a segunda. Trata-se de 
oração adverbial escrita antes da principal, por isso a vírgula 
é obrigatória. Conclusão: cada vírgula teve sua própria regra 
individualmente; as duas não realizaram intercalação; portanto 
não se pode substituir as duas por travessões.
Com relação a comunicações oficiais, julgue o item a seguir, com 
base nos preceitos do Manual de Redação da Presidência da Repú-
blica (MRPR), 3ª edição, 2018.
21 A informação clara e objetiva é o alvo principal das comu-
nicações oficiais. Por isso, faz-se necessário o emprego de 
linguagem adequada, com formalidade, impessoalidade, con-
cisão e padrão oficial de linguagem.
Errado.
Tudo correto, exceto um ponto: não existe padrão oficial de 
linguagem. Existe texto em conformidade com a norma grama-
tical, ou seja, com a norma-padrão ou padrão culto. O MRPR 
nega claramente a existência de um padrão oficial de linguagem.
NOÇÕES DE DIREITO 
ADMINISTRATIVO
RAPHAEL SPYERE
22 Situação hipotética: Considere que determinada licença 
para exercício regular de liberdade particular exige para sua 
concessão a manifestação discricionária conjunta de duas 
Secretarias de Estado. Assertiva: Segundo entendimento do 
Superior Tribunal de Justiça, a revogação de ato administrati-
vo complexo demanda a edição de ato igualmente complexo.
Certo.
A portaria conjunta editada pelas secretarias A e B é um exem-
plo de ato administrativo complexo, cuja formação exigiu a 
participação de mais de um órgão, in casu, duas Secretarias de 
Estado. Segundo entendimento do STJ (MS 14.731, Rel. Minis-
tro Napoleão Nunes Maia Filho, DJe 02/02/2017), a revogação 
por oportunidade e conveniência desse tipo de ato administrati-
vo dependerá da manifestação conjunta, mais uma vez, dessas 
duas Secretarias, isto é, de novo ato complexo, agora, de natu-
reza revogatória. Segundo a referida Corte, trata-se da aplica-
ção do princípio da simetria.
23 Como corolário do atributo da presunção de legitimidade, 
também denominado presunção de veracidade, presumem-se 
verdadeiros os fatos alegados pela Administração, tal como 
se verifica nas certidões, nos atestados e nas declarações emi-
tidas pela Administração.
Errado.
Presunção de legitimidade significa que os atos administrativos 
presumem-se estar em conformidade com a lei e o direito, ao 
passo que a presunção de veracidade representa a presunção 
de que os fatos alegados nos atos são verdadeiros. Logo, o 
examinador ERROU ao “equiparar” a presunção de legitimidade 
dos atos à presunção de veracidade, como se possuíssem o 
mesmo significado jurídico. Corrobora para esse entendimento 
Di Pietro (2013, p. 205-206), segundo a qual:
Embora se fale em presunção de legitimidade ou de veraci-
dade como se fossem expressões com o mesmo significado, 
as duas podem ser desdobradas, por abrangerem situações 
diferentes. A presunção de legitimidade diz respeito à con-
formidade do ato com a lei; em decorrência desse atributo, 
presume-se, até prova em contrário, que os atos administra-
tivos foram emitidos com observância na lei. A presunção de 
veracidade diz respeito aos fatos; em decorrência desse atri-
buto, presumem-se verdadeiros os fatos alegados pela Admi-
nistração. Assim ocorre com relação às certidões, atestados, 
declarações, informações por ela fornecidos, todos dotados 
de fé pública.
2º SIMULADO DA POLÍCIA FEDERAL – PAPILOSCOPISTA
24 Situação hipotética: Um servidor público acumulava, em 
dois órgãos distintos, os cargos de analista de finanças e ana-
lista ambiental, respectivamente. Quando exercia as funções 
do cargo de analista de finanças, o servidor foi surpreendido 
com uma notificação de sua chefia imediata, para apresentar 
opção em um dos cargos que ocupava no prazo improrrogá-
vel de dez dias, contados da data da ciência. Imediatamente, 
o servidor se dirigiu ao setor de recursos humanos do órgão 
e fez a sua opção pelo cargo de analista de finanças, tendo, 
no dia seguinte, solicitado a exoneração do cargo de analista 
ambiental no outro órgão. Assertiva: Por estar a acumula-
ção ilegal de cargos sujeita à pena disciplinar de demissão, o 
chefe do servidor que o notificou deverá instaurar processo 
administrativo disciplinar.
Errado.
Segundo a Lei n. 8.112/1990, art. 133, o servidor público que, 
no prazo de 10 dias contados da notificação, realizar a opção 
por um dos cargos públicos que acumula ilicitamente, como no 
caso apresentado na questão, não responderá Processo Admi-
nistrativo Disciplinar. Nesses casos, o servidor será exonerado 
do cargo pelo qual não optou e permanecerá no que fez a opção 
de ficar. Daí o ERRO da questão.
25 Entre outras restrições, o princípio da impessoalidade proíbe 
a autopromoção dos agentes públicos. 
Certo.
Graças ao princípio da impessoalidade, é proibido ao agente 
público se autopromover por meio das realizações que imple-
mentou no exercício dos encargos públicos de que está revesti-
do. Noutras palavras, é vedado identificar sua imagem pessoal 
nas atividades que desenvolveu (CF/1988, art. 37, § 1º). Todas 
as atividades por ele desempenhadas, em linhas gerais, devem 
ser imputadas ao Estado, e não ao próprio agente público.
NOÇÕES DE DIREITO 
CONSTITUCIONAL
RICARDO BLANCO
Julgue os itens.
26 As associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas 
ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigin-
do-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado.
Certo. 
CF, art. 5º, XIX – as associações só poderão ser compulsoria-
mente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão 
judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado.
27 São brasileiros natos nascidos na República Federativa do 
Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes este-
jam a serviço de seu país.
Errado. 
CF, art. 12. São brasileiros: 
I – natos: 
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que 
de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço 
de seu país.
28 A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data 
de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até 
um ano da data de sua vigência.
Certo.
CF, art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em 
vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que 
ocorra até um ano da data de sua vigência. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional n. 4, de 1993)
29 A Polícia Federal, instituída por lei como órgão permanente, 
organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, 
destina-se a apurar infrações penais contra a ordem política 
e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da 
União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, 
assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão 
interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, se-
gundose dispuser em lei.
Certo.
CF, art. 144, § 1º A Polícia Federal, instituída por lei como 
órgão permanente, organizado e mantido pela União e estru-
turado em carreira, destina-se a: (Redação dada pela Emenda 
Constitucional n. 19, de 1998) 
I – apurar infrações penais contra a ordem política e social ou 
em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas 
entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras 
infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou inter-
nacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei.
2º SIMULADO DA POLÍCIA FEDERAL – PAPILOSCOPISTA
DIREITO PENAL E 
PROCESSUAL PENAL
DEUSDEDY SOLANO
De acordo com entendimento do Supremo Tribunal Federal e com 
o Código de Processo Penal, no que diz respeito à restrição de 
liberdade, analise os dois itens a seguir.
30 Em relação às audiências de custódia, elas não devem ser rea-
lizadas apenas nas prisões em flagrante, mas em todas as mo-
dalidades prisionais, inclusive prisões temporárias, preven-
tivas e definitivas, no prazo de 24 horas da sua ocorrência.
Certo.
STF – RCL 29303. Por determinação do ministro Edson Fachin, 
do Supremo Tribunal Federal (STF), a Justiça do Estado do 
Rio de Janeiro deve realizar audiências de custódia para todas 
as modalidades prisionais, inclusive prisões temporárias, 
preventivas e definitivas, e não apenas para os casos de prisão 
em flagrante, no prazo de 24 horas da sua ocorrência.
31 Nos termos da lei, após a prisão em flagrante na audiência 
de custódia, se o juiz verificar que o agente é reincidente ou 
que integra organização criminosa armada ou milícia, ou que 
porta arma de fogo de uso restrito, poderá denegar a liberdade 
provisória, com ou sem medidas cautelares.
Errado.
Embora haja doutrina no sentido de que essa parte da lei é in-
constitucional, ainda não houve posicionamento dos tribunais 
superiores, motivo pelo qual, nos termos da lei, o juiz “deverá 
denegar a liberdade provisória”.
CPP, art. 310, § 2º Se o juiz verificar que o agente é reinci-
dente ou que integra organização criminosa armada ou milí-
cia, ou que porta arma de fogo de uso restrito, deverá dene-
gar a liberdade provisória, com ou sem medidas cautelares.
Situação hipotética: Catarina, 24 anos, foi vítima de crime contra 
a integridade física – art. 129, caput, do CP (crime de ação penal 
condicionada à sua vontade e de menor potencial ofensivo). Após 
registro da ocorrência policial, ela foi encaminhada ao Instituto de 
Medicina Legal para exame de corpo de delito e, durante o registro 
do boletim de ocorrência, manifestou seu interesse em ver proces-
sado o autor da infração penal.
Diante dessa situação hipotética, julgue os dois itens a seguir.
32 Primeira assertiva: Como o crime deixou vestígios, a não 
realização do exame do corpo de delito, ainda que não fosse 
possível por haverem desaparecido os vestígios, geraria nuli-
dade da persecução criminal, por não ser possível neste caso 
que testemunhas lhe supram a falta.
Errado.
CPP, art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos: 
b) o exame do corpo de delito nos crimes que deixam vestígios, 
ressalvado o disposto no art. 167.
Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por 
haverem desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá 
suprir-lhe a falta.
33 Segunda assertiva: Como o crime é condicionado à repre-
sentação, ainda que a investigação seja iniciada por termo 
circunstanciado de ocorrência, substitutivo do inquérito po-
licial para infrações de menor potencial ofensivo, sem essa 
condição de procedibilidade, a autoridade policial não pode 
dar início à persecução criminal.
Anulada.
34 Conforme dispõe o Código de Processo Penal, se várias fo-
rem as pessoas chamadas a efetuar o reconhecimento de pes-
soa ou de objeto, elas produzirão a prova em conjunto com o 
objetivo de gerar maior credibilidade na produção da prova.
Errado.
CPP, art. 228. Se várias forem as pessoas chamadas a efetuar o 
reconhecimento de pessoa ou de objeto, cada uma fará a prova 
em separado, evitando-se qualquer comunicação entre elas.
2º SIMULADO DA POLÍCIA FEDERAL – PAPILOSCOPISTA
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
RAFAEL DE OLIVEIRA/ADRIANE SOUSA/
EDUARDO GALANTE/ALICE ROCHA/
WALLACE FRANÇA/LEANDRO ERNESTO
35 Conforme a Lei n. 12.037/2009, que dispõe sobre a identi-
ficação criminal do civilmente identificado, em razão de 
preceitos constitucionais, a referida legislação não apresenta 
nenhuma hipótese de coleta de material biológico para a ob-
tenção do perfil genético.
Errado.
De acordo com o parágrafo único do art. 5º, na hipótese do inci-
so IV do art. 3º (a identificação criminal for essencial às inves-
tigações policiais, segundo despacho da autoridade judiciária 
competente, que decidirá de ofício ou mediante representação 
da autoridade policial, do Ministério Público ou da defesa), a 
identificação criminal poderá incluir a coleta de material bio-
lógico para a obtenção do perfil genético. Portanto, incorreta 
a questão.
Considere a seguinte situação hipotética e julgue o item nos termos 
da Lei n. 8.069/1990 e suas alterações.
36 A PF deflagrou operação e contou com a participação de 11 
policiais federais, sendo realizado o cumprimento de dois 
mandados de busca e apreensão nas residências dos inves-
tigados. Durante o cumprimento das buscas e varredura nas 
mídias, foram encontrados arquivos com pornografia de 
crianças e adolescentes que os investigados armazenavam e 
publicavam por meio da internet, o que resultou na prisão 
em flagrante de ambos. Os investigados responderão pelos 
crimes de compartilhamento de arquivos contendo pornogra-
fia infantil, presente no art. 241-A da Lei n. 8.069/1990, cuja 
pena varia entre 3 e 6 anos de reclusão, e ainda pelo crime de 
posse de arquivos identificados por ocasião do cumprimen-
to das buscas, o que resultou nos flagrantes, presente no art. 
241-B, cujas penas variam de 1 a 4 anos de reclusão.
Certo.
A questão está baseada nos crimes tipificados na Lei n. 
8.069/1990: Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, dis-
tribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive por 
meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo 
ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou porno-
gráfica envolvendo criança ou adolescente, cujo preceito secun-
dário é reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos e multa; e Adquirir, 
possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou 
outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou 
pornográfica envolvendo criança ou adolescente, pena de re-
clusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. Lembre-se de que, 
neste caso, a pena é diminuída de 1 (um) a 2/3 (dois terços) 
se de pequena quantidade o material pornográfico infantil (art. 
241-A e 241-B).
Nos termos da Lei n. 7.116/1983, que assegura a validade nacio-
nal das Carteiras de Identidade e regula sua expedição e dá outras 
providências, julgue o item a seguir.
37 Art. 2º, § 3º – É gratuita a primeira emissão da Carteira de 
Identidade. 
Errado.
A norma não fala que tal concessão só será estendida aos hi-
possuficientes.
38 De acordo com a Lei n. 13.445/2017, Lei da Migração, caso o 
migrante faça uma escala ou conexão em território nacional, 
deverá apresentar o visto de visita mesmo que permaneça na 
área de trânsito internacional.
Errado.
Fundamento: Com base no art. 13, § 3º, da Lei n. 13.445/2017: 
O visto de visita não será exigido em caso de escala ou cone-
xão em território nacional, desde que o visitante não deixe a 
área de trânsito internacional.
De acordo com a Lei n. 11.343/2006, julgue o item a seguir. 
39 Terá sua pena reduzida de um sexto a um terço o agente que, 
em razão da dependência, ou sob o efeito, proveniente de 
caso fortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação 
ou da omissão, qualquer que tenha sido a infração penal pra-
ticada, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do 
fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Errado.
Não é bem por aí. Segundo