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Inquérito Policial

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Inquérito Policial 
Conceito: procedimento administrativo, preparatório, inquisitivo e sigiloso, presidido 
pela autoridade policial, que tem por finalidade reunir elementos necessários à apuração da 
prática de uma infração pena e sua autoria, a fim de propiciar a propositura da denúncia ou 
queixa. 
O sigilo não se aplica ao Juiz, Ministério Público e ao Advogado (art. 8º XIV EAOB e 
Súmula Vinculante art. 14). Sendo assim um sigilo relativo. 
Se a defesa solicitar o acesso ao inquérito com fundamento ao art. 8º XIV EAOB, na 
eventual negação, deve impetrar Mandado de Segurança. Já se solicitado com fundamento na 
Súmula Vinculante art. 14, na eventual negação, deve ingressar com Reclamação 
Constitucional do art. 102 CF 
Como regra o acesso aos autos não precisa de procuração, exceção, inquérito policial 
com sigilo decretado por juiz. 
Inquérito é um processo administrativo presidido por um delegado de polícia, pois esse 
é titular Inquérito Policial, conforme Lei 12.830/13. 
Finalidade do Inquérito é obter indício de autoria e prova da materialidade para uma 
Ação Penal ser proposta. Sendo essa ação podendo ser proposta pelo Ministério Público por 
meio de uma Denúncia, nos casos de Ação Penal Incondicionada por meio de uma queixa 
crime, ou por advogado, nos casos de Ação Condicionada a representação. 
 
CPP, Art. 5º, 
Ação Penal Pública Condicionada a Representação 
Art. 5º, §4º do CPP “O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de 
representação, não poderá sem ela ser iniciado”. 
Exemplo: lesão corporal do art. 88 da Lei nº 9.099 
Art. 88. Além das hipóteses do Código Penal e da legislação especial, dependerá de 
representação a ação penal relativa aos crimes de lesões corporais leves e lesões culposas. 
 
Ação Penal de Iniciativa Privada 
Só pode instaurar o Inquérito Policial se houver requerimento de quem pode ingressar 
com a ação. Exemplos os crimes contra honra. 
Art. 5º, § 5º nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder 
a inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la. 
 
Ação Penal Incondicionada 
É a regra do Direito Penal Brasileiro 
Art. 5º CPP 
I - de ofício; 
 II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a 
requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. 
 
De ofício: 
Cognição Imediata: é quando o delegado fica sabendo da ocorrência de um crime de 
ação penal incondicionada, abre uma portaria e faz o inquérito. 
Cognição Mediata: 
• Quando há requisição/ordem do juiz ou promotor; 
• Requerimento da vítima ou do representante legal, caso delegado indeferir, caberá 
recurso ao chefe de polícia. 
• Notícia Criminis: quando alguém informa para autoridade policial a existência de um 
crime incondicionado, se for anônima ou a apócrifa, deverá haver uma prévia 
investigação. 
Autor de Prisão em Flagrante: conhecimento coercitivo, quando o delegado fica 
sabendo de um crime e perde o agente em flagrante, abre-se o Inquérito por meio dessa prisão. 
 
Características do Inquérito 
• Instrumental: é um instrumento para uma futura Ação Penal; 
• Obrigatório: é obrigatório para delegado, quando este toma conhecimento de uma 
infração penal e obrigado a instaurar inquérito. O delegado apenas realiza o juízo de 
tipicidade formal, se há uma norma penal correspondente ao fato, deve instaurar o 
inquérito; 
• Dispensável: o inquérito é dispensável para o promotor de justiça, pois caso este já 
sabe quem é o autor e tem prova da materialidade, oferecerá a denúncia. 
Art. 39, § 5º “O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se com a 
representação forem oferecidos elementos” 
• Informativo: as informações obtidas no Inquérito Policial não servem, por si só, para 
condenar o acusado. Serve apenas para informar (inquisitivo) os elementos para Ação 
Penal. Porém as provas Cautelares, Não Repetíveis e Antecipadas servem de provas na 
Ação Penal, pois caso não ocorresse na fase do Inquérito Penal, perderia a prova, 
exemplo: Laudo de exame de corpo e delito, ouvir testemunha com doença terminal, 
busca e apreensão, entre outros. 
Art. 155, CPP: O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova 
produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão 
exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as 
provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. 
• Escrito: art. 9º do CPP “Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, 
reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade”. 
• Sigiloso: art. 20 do CPP “A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à 
elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade”. Mas este sigilo não se aplica 
ao juiz, Ministério Público e ao Advogado (art. 7º, XIV do EOAB e Súmula Vinculante 
14). 
Súmula STJ 234 “A participação de membro do Ministério Público na fase 
investigatória criminal não acarreta o seu impedimento ou suspeição para o oferecimento 
da denúncia”. 
Súmula Vinculante 14 “É direito do defensor, no interesse do representado, ter 
acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento 
investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito 
ao exercício do direito de defesa”. 
• Inquisitivo: não há acusado, apenas um indiciado, suspeito do crime. 
• Indisponível: o delegado não arquiva inquérito, o inquérito é arquivado a pedido do 
Ministério Público. 
Art. 17CPP “A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de 
inquérito”. 
• Temporário: é uma garantia constitucional, duração razoável do processo – art. 5º, 
LXXVII CF. Mas pode ser prorrogável enquanto for necessário, devendo se comprovar 
justa necessidade em cada prorrogação. 
o Prazo réu solto: 30 dias, mas o prazo estabelecido pelo juiz; 
o Prazo réu preso: 10 dias improrrogável; 
o Prazo réu solto na Justiça Federal: 30 dias mais o prazo estabelecido pelo juiz; 
o Prazo réu preso na Justiça Federal: 15 dias prorrogável por mais 15 dias; 
o Prazo réu solto na Lei de Droga: 90 prorrogável por 90 dias; 
o Prazo para réu preso na Lei de Droga: 30 dias prorrogável por mais 30 dias; 
 
Pacote Anticrime – 13.964/19 
Eficácia Suspensa 
Art. 3º § 2º “Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias poderá, 
mediante representação da autoridade policial e ouvido o Ministério Público, 
prorrogar, uma única vez, a duração do inquérito por até 15 (quinze) dias, 
após o que, se ainda assim a investigação não for concluída, a prisão será 
imediatamente relaxada”. 
 
Procedimento do Inquérito: 
Art. 6º Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial 
deverá: 
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das 
coisas, até a chegada dos peritos criminais; 
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos 
criminais; 
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas 
circunstâncias; 
IV - ouvir o ofendido; 
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do 
Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que 
Ihe tenham ouvido a leitura; 
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações; 
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer 
outras perícias; 
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer 
juntar aos autos sua folha de antecedentes; 
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e 
social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e 
durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu 
temperamento e caráter.X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem 
alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, 
indicado pela pessoa presa. 
 
 
→ Local dos fatos: exceção - art. 1º da Lei 5.970/73 - quando no caso de acidente de 
trânsito, que esteja colocando em perigo pessoas ou atrapalhando o trânsito, não 
precisa manter o estado de conservação; 
→ Revogação tacitamente art. 15 do CPP “Se o indiciado for menor, ser-lhe-á nomeado 
curador pela autoridade policial”, implicitamente revogado pelo CC/02, não sendo mais 
preciso curador. 
→ Identificação Criminal: art. 5º LVIII - o civilmente identificado não será submetido a 
identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei. Sendo exceção a 
identificação datiloscopia, casos expressos na Lei 12.037/09. 
→ Acusado não é obrigado a participar da reconstituição do crime em virtude do Princípio 
Nemo Tenetur se Detegere (ninguém é obrigado a produzir prova contra a si mesmo). 
→ Indiciamento é o ato pelo qual o delegado atribui alguém a prática de uma infração 
penal, baseado em indício da autoria e prova da materialidade. É um ato exclusivo do 
delegado. 
Não cabe ao juiz determinar indiciamento. Com base nessa orientação, a 2ª Turma 
superou o Enunciado 691 da Súmula do STF para conceder habeas corpus e anular o 
indiciamento dos pacientes. No caso, diretores e representantes legais de pessoa jurídica teriam 
sido denunciados pelo Ministério Público em razão da suposta prática do crime previsto no art. 
1º, I e II, da Lei 8.137/90. Após o recebimento da denúncia, o magistrado de 1º grau determinara 
à autoridade policial a efetivação do indiciamento formal dos pacientes. 
HC 115015/SP, rel. Min. Teori Zavascki, 27.8.2013. (HC-115015) 
 
Encerramento do Inquérito Policial 
Encerra com o relatório do delegado, mas a falta do relatório é considerada uma mera 
irregularidade. 
Os autos devem ser encaminhados ao juiz que tomará uma das seguintes medidas: 
❖ se for referente Ação Penal Privada, ficará os autos no cartório da vara durante 6 meses 
aguardando a parte ingressar com a queixa crime, transcorrido esse prazo sem a devida 
manifestação da queixa crime, opera-se a decadência. 
❖ Se for Crime Ação Penal Pública, os autos são encaminhados ao Ministério Público que 
pode tomar as seguintes atitudes: 
➢ Solicitar que os autos sejam baixados para diligência, voltando os autos assim 
para o delegado realiza as determinadas diligências. 
➢ Oferecer a Denúncia 
▪ Se o juiz receber inicia o processo penal. 
▪ Se o juiz não receber, promotor pode ingressar com uma RESE na forma 
do art. 581 CPP. 
➢ Solicitar que os autos sejam remetidos para outro juízo (arquivamento indireto). 
Isso quando o Inquérito está tudo ok, mas a competência é de outro juízo. 
➢ Requerer o arquivamento do Inquérito: 
Art. 28 do CPP – Lei anti 
crime (Suspenso pelo STF) 
Art. 28 do CPP – revogada 
mais em aplicação em 
virtude da suspensão do novo 
artigo. 
Arquivamento Inquérito 
Policial é feito pelo 
Ministério Público 
Ministério Público pede o 
arquivamento ao juiz 
Deve comunicar a vítima ou 
representante se o crime se 
for contra munícipio, estado 
ou União. Pois esses têm 30 
dias para se manifestar contra 
essa decisão pedido uma 
revisão para instância 
superior do Ministério 
Público. 
O juiz pode concordar com 
pedido do Ministério Público 
e determinaram o 
arquivamento 
 O juiz pode não concordar 
com pedido de 
arquivamento, então será 
encaminhado os autos ao 
chefe do Ministério Público 
que poderá: 
• concordar com o 
pedido de 
arquivamento, então 
o juiz deve arquivar. 
• Não concorda com o 
pedido de 
arquivamento, então 
vai oferecer a 
denúncia, ou 
determinar que outro 
promotor ofereça a 
denúncia. 
o O chefe Ministério 
Público estadual é o 
Procurador Geral da 
Justiça; 
o O chefe do Ministério 
Público União é o 
Procurador Geral da 
República. 
 
Desarquivamento do Inquérito Policial 
Art. 18 do CPP “Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela 
autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial 
poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia. 
 Motivo do Arquivamento Pode ou não se desarquivado 
Insuficiência de provas SIM 
Súmula STF 524 
Arquivado o inquérito 
policial, por despacho do 
juiz, a requerimento do 
promotor de justiça, não 
pode a ação penal ser 
iniciada, sem novas provas. 
 
Ausência de pressupostos 
processual ou de condição da 
ação penal 
SIM 
Falta de justa causa para ação 
penal (não há indícios de 
autoria ou prova da 
materialidade) 
SIM 
Atipicidade (fato narrado não 
é crime) 
NÃO 
Existência manifesta de 
causa de excludente de 
ilicitude 
NÃO (STF Resp 791471/rj) 
SIM (STJ HC 125101/SP) 
Existência manifesta de causa de 
excludente e culpabilidade 
NÃO - posição doutrinária 
Existência manifesta de 
causa de extintiva de 
punibilidade 
NÃO (STJ HC 307.562/RS) 
(STF pet 3943) exceção: 
certidão de óbito falsa. 
 
 
1 Questão 
Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: PC-RN Prova: FGV - 2021 - PC-RN - 
Agente e Escrivão 
O inquérito policial é procedimento administrativo que possui características 
próprias destacadas pela doutrina e pela jurisprudência. 
Com relação ao tema, analise as afirmativas a seguir. 
I. Pode ser instaurado de ofício ou a requerimento, tanto nos crimes de ação 
pública quanto nos de ação privada, mas o oferecimento da ação penal 
dependerá da vontade da vítima nesse último caso. 
II. Contra a decisão que indefere o seu requerimento de abertura, cabe recurso 
ao Poder Judiciário. 
III. Pode ser requerida sua abertura, ainda que não seja possível identificar o 
autor do fato naquele momento. 
Está correto somente o que se afirma em: 
a) II; 
b) III; 
c) I e II; 
d) I e III; 
e) II e III. 
 
2ª Questão 
Ano: 2008 Banca: NUCEPE Órgão: PC-PI Prova: NUCEPE - 2008 - PC-
PI - Perito Criminal - Farmácia 
O inquérito policial é o conjunto de diligências realizadas com o fim de se apurar 
a infração penal e a sua autoria, a fim de que o titular da ação penal possa ingressar em 
juízo. Qual das alternativas abaixo apresenta o detentor da função de elaboração do 
inquérito? 
a) O Ministério Público 
b) O Promotor de Justiça 
c) O Juiz 
d) A Polícia Judiciária 
e) A Polícia Militar 
 
3ª Questão 
Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2021 - OAB - Exame de 
Ordem Unificado XXXII - Primeira Fase 
Após concluído inquérito policial para apurar a prática do crime de homicídio 
em desfavor de Jonas, o Ministério Público requereu o seu arquivamento por falta de 
justa causa, pois não conseguiu identificar o(s) autor(es) do delito, o que restou 
devidamente homologado pelo juiz competente. Um mês após o arquivamento do 
inquérito policial, uma testemunha, que não havia sido anteriormente identificada, 
compareceu à delegacia de polícia alegando possuir informações quanto ao autor do 
homicídio de Jonas. 
 A família de Jonas, ao tomar conhecimento dos fatos, procura você, como 
advogado(a) da família, para esclarecimentos. Diante da notícia de existência de novas 
provas aptas a identificar o autor do crime, você deverá esclarecer aos familiares da 
vítima que o órgão ministerial 
a) poderá promover o desarquivamento do inquérito, pois a decisão de 
arquivamento não faz coisa julgada material independentemente de seu 
fundamento. 
b) não poderá promover o desarquivamento do inquérito, pois a decisão de 
arquivamento é imutável na presente hipótese. 
c) não poderá promover o desarquivamento do inquérito, pois se trata de mera 
notícia, inexistindo efetivamente qualquer prova nova quanto à autoria do 
delito. 
d) poderá promover o desarquivamento do inquérito, pois a decisão de 
arquivamento fez apenas coisa julgada formal no caso concreto. 
 
4ª Questão 
Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova:FGV - 2018 - OAB - Exame de 
Ordem Unificado - XXVII - Primeira Fase 
Após receber denúncia anônima, por meio de disquedenúncia, de grave crime 
de estupro com resultado morte que teria sido praticado por Lauro, 19 anos, na semana 
pretérita, a autoridade policial, de imediato, instaura inquérito policial para apurar a 
suposta prática delitiva. Lauro é chamado à Delegacia e apresenta sua identidade recém-
obtida; em seguida, é realizada sua identificação criminal, com colheita de digitais e 
fotografias. 
Em que pese não ter sido encontrado o cadáver até aquele momento das 
investigações, a autoridade policial, para resguardar a prova, pretende colher material 
sanguíneo do indiciado Lauro para fins de futuro confronto, além de desejar realizar, 
com base nas declarações de uma testemunha presencial localizada, uma reprodução 
simulada dos fatos; no entanto, Lauro se recusa tanto a participar da reprodução 
simulada quanto a permitir a colheita de seu material sanguíneo. É, ainda, realizado o 
reconhecimento de Lauro por uma testemunha após ser-lhe mostrada a fotografia dele, 
sem que fossem colocadas imagens de outros indivíduos com características 
semelhantes. 
Ao ser informado sobre os fatos, na defesa do interesse de seu cliente, o(a) 
advogado(a) de Lauro, sob o ponto de vista técnico, deverá alegar que 
a) o inquérito policial não poderia ser instaurado, de imediato, com base em 
denúncia anônima isoladamente, sendo exigida a realização de diligências 
preliminares para confirmar as informações iniciais. 
b) o indiciado não poderá ser obrigado a fornecer seu material sanguíneo para a 
autoridade policial, ainda que seja possível constrangê-lo a participar da 
reprodução simulada dos fatos, independentemente de sua vontade. 
c) o vício do inquérito policial, no que tange ao reconhecimento de pessoa, 
invalida a ação penal como um todo, ainda que baseada em outros elementos 
informativos, e não somente no ato viciado. 
d) a autoridade policial, como regra, deverá identificar criminalmente o indiciado, 
ainda que civilmente identificado, por meio de processo datiloscópico, mas não 
poderia fazê-lo por fotografias. 
 
5ª Questão 
Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB - Exame de 
Ordem Unificado - XXVI - Primeira Fase 
Um Delegado de Polícia, ao tomar conhecimento de um suposto crime de ação 
penal pública incondicionada, determina, de ofício, a instauração de inquérito policial. 
Após adotar diligência, verifica que, na realidade, a conduta investigada era atípica. O 
indiciado, então, pretende o arquivamento do inquérito e procura seu advogado para 
esclarecimentos, informando que deseja que o inquérito seja imediatamente arquivado. 
Considerando as informações narradas, o advogado deverá esclarecer que a autoridade 
policial 
a) deverá arquivar imediatamente o inquérito, fazendo a decisão de arquivamento 
por atipicidade coisa julgada material. 
b) não poderá arquivar imediatamente o inquérito, mas deverá encaminhar 
relatório final ao Poder Judiciário para arquivamento direto e imediato por parte 
do magistrado. 
c) deverá elaborar relatório final de inquérito e, após o arquivamento, poderá 
proceder a novos atos de investigação, independentemente da existência de 
provas novas. 
d) poderá elaborar relatório conclusivo, mas a promoção de arquivamento caberá 
ao Ministério Público, havendo coisa julgada em caso de homologação do 
arquivamento por atipicidade. 
 
6ª Questão 
Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado - XXV - Primeira Fase 
Maria, 15 anos de idade, comparece à Delegacia em janeiro de 2017, acompanhada de 
seu pai, e narra que João, 18 anos, mediante grave ameaça, teria constrangido-a a manter com 
ele conjunção carnal, demonstrando interesse, juntamente com seu representante, na 
responsabilização criminal do autor do fato. Instaurado inquérito policial para apurar o crime 
de estupro, todas as testemunhas e João afirmaram que a relação foi consentida por Maria, 
razão pela qual, após promoção do Ministério Público pelo arquivamento por falta de justa 
causa, o juiz homologou o arquivamento com base no fundamento apresentado. Dois meses 
após o arquivamento, uma colega de classe de Maria a procura e diz que teve medo de contar 
antes a qualquer pessoa, mas em seu celular havia filmagem do ato sexual entre Maria e João, 
sendo que no vídeo ficava demonstrado o emprego de grave ameaça por parte deste. Maria, 
então, entrega o vídeo ao advogado da família. 
Considerando a situação narrada, o advogado de Maria 
 
a) nada poderá fazer sob o ponto de vista criminal, tendo em vista que a decisão de 
arquivamento fez coisa julgada material. 
b) poderá apresentar o vídeo ao Ministério Público, sendo possível o desarquivamento do 
inquérito ou oferecimento de denúncia por parte do Promotor de Justiça, em razão da 
existência de prova nova. 
c) nada poderá fazer sob o ponto de vista criminal, tendo em vista que, apesar de a decisão 
de arquivamento não ter feito coisa julgada material, o vídeo não poderá ser 
considerado prova nova, já que existia antes do arquivamento do inquérito. 
d) poderá iniciar, de imediato, ação penal privada subsidiária da pública em razão da 
omissão do Ministério Público no oferecimento de denúncia em momento anterior. 
 
7ª Questão 
Ano: 2009 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-PB Prova: CESPE / 
CEBRASPE - 2009 - PC-PB - Perito Oficial Químico-Legal 
O ato da autoridade policial de imputação a alguém da prática de ilícito penal nos autos 
do IP é denominado 
a) libelo acusatório. 
b) indiciamento. 
c) delação. 
d) denúncia. 
e) Queixa 
 
8ª Questão 
Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: TRF - 4ª REGIÃO Prova: FCC - 2019 - TRF - 4ª 
REGIÃO - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal 
Marcelo e Márcio praticaram um roubo contra uma pizzaria situada na cidade de 
Florianópolis no início da madrugada, subtraindo todo o dinheiro arrecadado pelo 
estabelecimento naquele dia. A polícia é acionada e o inquérito policial para apuração dos fatos 
é instaurado pela autoridade policial. Pelas imagens das câmeras de segurança do 
estabelecimento foi possível a plena identificação dos roubadores. Após representação da 
autoridade policial o Magistrado competente decretou a prisão preventiva de Marcelo e Márcio. 
Os mandados de prisão foram cumpridos três dias depois do crime. Neste caso, o inquérito 
policial deverá terminar no prazo de 
a) 30 dias, contados da data do crime. 
b) 5 dias, contados a partir do dia da execução da ordem de prisão preventiva. 
c) 10 dias, contados da data do crime. 
d) 10 dias, contados a partir do dia da execução da ordem de prisão preventiva. 
e) 30 dias, contados a partir do dia da execução da ordem de prisão preventiva 
 
9º Questão 
Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: TJ-RS Prova: VUNESP - 2019 - TJ-RS - 
Titular de Serviços de Notas e de Registros - Remoção 
Nos estritos termos do art. 18 do CPP, é correto afirmar que depois de ordenado o 
arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de a base para a denúncia, 
a) não existe mais possibilidade de a autoridade policial investigar o fato. 
b) fica a autoridade policial impedida de investigar o mesmo indiciado com relação ao 
mesmo fato, podendo, contudo, continuar com a investigação de novos suspeitos. 
c) apenas mediante nova requisição ministerial ou judicial específica a autoridade policial 
pode proceder a novas investigações. 
d) a autoridade policial tem autonomia para seguir nas investigações, complementando-
as, mas não pode repetir a produção das provas que já constam dos autos. 
e) a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver 
notícia. 
 
 
Gabarito 
 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 
C C D A D B B D E 
 
 Referência Professor de processo penal do CEISC Mauro Cesar Maggio Stürmer 
 
 
 
NAYARA SANTOS DE SÁ 
Instagram: nayarasantosds

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