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Inquérito Policial Conceito: procedimento administrativo, preparatório, inquisitivo e sigiloso, presidido pela autoridade policial, que tem por finalidade reunir elementos necessários à apuração da prática de uma infração pena e sua autoria, a fim de propiciar a propositura da denúncia ou queixa. O sigilo não se aplica ao Juiz, Ministério Público e ao Advogado (art. 8º XIV EAOB e Súmula Vinculante art. 14). Sendo assim um sigilo relativo. Se a defesa solicitar o acesso ao inquérito com fundamento ao art. 8º XIV EAOB, na eventual negação, deve impetrar Mandado de Segurança. Já se solicitado com fundamento na Súmula Vinculante art. 14, na eventual negação, deve ingressar com Reclamação Constitucional do art. 102 CF Como regra o acesso aos autos não precisa de procuração, exceção, inquérito policial com sigilo decretado por juiz. Inquérito é um processo administrativo presidido por um delegado de polícia, pois esse é titular Inquérito Policial, conforme Lei 12.830/13. Finalidade do Inquérito é obter indício de autoria e prova da materialidade para uma Ação Penal ser proposta. Sendo essa ação podendo ser proposta pelo Ministério Público por meio de uma Denúncia, nos casos de Ação Penal Incondicionada por meio de uma queixa crime, ou por advogado, nos casos de Ação Condicionada a representação. CPP, Art. 5º, Ação Penal Pública Condicionada a Representação Art. 5º, §4º do CPP “O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela ser iniciado”. Exemplo: lesão corporal do art. 88 da Lei nº 9.099 Art. 88. Além das hipóteses do Código Penal e da legislação especial, dependerá de representação a ação penal relativa aos crimes de lesões corporais leves e lesões culposas. Ação Penal de Iniciativa Privada Só pode instaurar o Inquérito Policial se houver requerimento de quem pode ingressar com a ação. Exemplos os crimes contra honra. Art. 5º, § 5º nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la. Ação Penal Incondicionada É a regra do Direito Penal Brasileiro Art. 5º CPP I - de ofício; II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. De ofício: Cognição Imediata: é quando o delegado fica sabendo da ocorrência de um crime de ação penal incondicionada, abre uma portaria e faz o inquérito. Cognição Mediata: • Quando há requisição/ordem do juiz ou promotor; • Requerimento da vítima ou do representante legal, caso delegado indeferir, caberá recurso ao chefe de polícia. • Notícia Criminis: quando alguém informa para autoridade policial a existência de um crime incondicionado, se for anônima ou a apócrifa, deverá haver uma prévia investigação. Autor de Prisão em Flagrante: conhecimento coercitivo, quando o delegado fica sabendo de um crime e perde o agente em flagrante, abre-se o Inquérito por meio dessa prisão. Características do Inquérito • Instrumental: é um instrumento para uma futura Ação Penal; • Obrigatório: é obrigatório para delegado, quando este toma conhecimento de uma infração penal e obrigado a instaurar inquérito. O delegado apenas realiza o juízo de tipicidade formal, se há uma norma penal correspondente ao fato, deve instaurar o inquérito; • Dispensável: o inquérito é dispensável para o promotor de justiça, pois caso este já sabe quem é o autor e tem prova da materialidade, oferecerá a denúncia. Art. 39, § 5º “O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se com a representação forem oferecidos elementos” • Informativo: as informações obtidas no Inquérito Policial não servem, por si só, para condenar o acusado. Serve apenas para informar (inquisitivo) os elementos para Ação Penal. Porém as provas Cautelares, Não Repetíveis e Antecipadas servem de provas na Ação Penal, pois caso não ocorresse na fase do Inquérito Penal, perderia a prova, exemplo: Laudo de exame de corpo e delito, ouvir testemunha com doença terminal, busca e apreensão, entre outros. Art. 155, CPP: O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. • Escrito: art. 9º do CPP “Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade”. • Sigiloso: art. 20 do CPP “A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade”. Mas este sigilo não se aplica ao juiz, Ministério Público e ao Advogado (art. 7º, XIV do EOAB e Súmula Vinculante 14). Súmula STJ 234 “A participação de membro do Ministério Público na fase investigatória criminal não acarreta o seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da denúncia”. Súmula Vinculante 14 “É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa”. • Inquisitivo: não há acusado, apenas um indiciado, suspeito do crime. • Indisponível: o delegado não arquiva inquérito, o inquérito é arquivado a pedido do Ministério Público. Art. 17CPP “A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito”. • Temporário: é uma garantia constitucional, duração razoável do processo – art. 5º, LXXVII CF. Mas pode ser prorrogável enquanto for necessário, devendo se comprovar justa necessidade em cada prorrogação. o Prazo réu solto: 30 dias, mas o prazo estabelecido pelo juiz; o Prazo réu preso: 10 dias improrrogável; o Prazo réu solto na Justiça Federal: 30 dias mais o prazo estabelecido pelo juiz; o Prazo réu preso na Justiça Federal: 15 dias prorrogável por mais 15 dias; o Prazo réu solto na Lei de Droga: 90 prorrogável por 90 dias; o Prazo para réu preso na Lei de Droga: 30 dias prorrogável por mais 30 dias; Pacote Anticrime – 13.964/19 Eficácia Suspensa Art. 3º § 2º “Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias poderá, mediante representação da autoridade policial e ouvido o Ministério Público, prorrogar, uma única vez, a duração do inquérito por até 15 (quinze) dias, após o que, se ainda assim a investigação não for concluída, a prisão será imediatamente relaxada”. Procedimento do Inquérito: Art. 6º Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá: I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais; II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais; III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias; IV - ouvir o ofendido; V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura; VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações; VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias; VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes; IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter.X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa. → Local dos fatos: exceção - art. 1º da Lei 5.970/73 - quando no caso de acidente de trânsito, que esteja colocando em perigo pessoas ou atrapalhando o trânsito, não precisa manter o estado de conservação; → Revogação tacitamente art. 15 do CPP “Se o indiciado for menor, ser-lhe-á nomeado curador pela autoridade policial”, implicitamente revogado pelo CC/02, não sendo mais preciso curador. → Identificação Criminal: art. 5º LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei. Sendo exceção a identificação datiloscopia, casos expressos na Lei 12.037/09. → Acusado não é obrigado a participar da reconstituição do crime em virtude do Princípio Nemo Tenetur se Detegere (ninguém é obrigado a produzir prova contra a si mesmo). → Indiciamento é o ato pelo qual o delegado atribui alguém a prática de uma infração penal, baseado em indício da autoria e prova da materialidade. É um ato exclusivo do delegado. Não cabe ao juiz determinar indiciamento. Com base nessa orientação, a 2ª Turma superou o Enunciado 691 da Súmula do STF para conceder habeas corpus e anular o indiciamento dos pacientes. No caso, diretores e representantes legais de pessoa jurídica teriam sido denunciados pelo Ministério Público em razão da suposta prática do crime previsto no art. 1º, I e II, da Lei 8.137/90. Após o recebimento da denúncia, o magistrado de 1º grau determinara à autoridade policial a efetivação do indiciamento formal dos pacientes. HC 115015/SP, rel. Min. Teori Zavascki, 27.8.2013. (HC-115015) Encerramento do Inquérito Policial Encerra com o relatório do delegado, mas a falta do relatório é considerada uma mera irregularidade. Os autos devem ser encaminhados ao juiz que tomará uma das seguintes medidas: ❖ se for referente Ação Penal Privada, ficará os autos no cartório da vara durante 6 meses aguardando a parte ingressar com a queixa crime, transcorrido esse prazo sem a devida manifestação da queixa crime, opera-se a decadência. ❖ Se for Crime Ação Penal Pública, os autos são encaminhados ao Ministério Público que pode tomar as seguintes atitudes: ➢ Solicitar que os autos sejam baixados para diligência, voltando os autos assim para o delegado realiza as determinadas diligências. ➢ Oferecer a Denúncia ▪ Se o juiz receber inicia o processo penal. ▪ Se o juiz não receber, promotor pode ingressar com uma RESE na forma do art. 581 CPP. ➢ Solicitar que os autos sejam remetidos para outro juízo (arquivamento indireto). Isso quando o Inquérito está tudo ok, mas a competência é de outro juízo. ➢ Requerer o arquivamento do Inquérito: Art. 28 do CPP – Lei anti crime (Suspenso pelo STF) Art. 28 do CPP – revogada mais em aplicação em virtude da suspensão do novo artigo. Arquivamento Inquérito Policial é feito pelo Ministério Público Ministério Público pede o arquivamento ao juiz Deve comunicar a vítima ou representante se o crime se for contra munícipio, estado ou União. Pois esses têm 30 dias para se manifestar contra essa decisão pedido uma revisão para instância superior do Ministério Público. O juiz pode concordar com pedido do Ministério Público e determinaram o arquivamento O juiz pode não concordar com pedido de arquivamento, então será encaminhado os autos ao chefe do Ministério Público que poderá: • concordar com o pedido de arquivamento, então o juiz deve arquivar. • Não concorda com o pedido de arquivamento, então vai oferecer a denúncia, ou determinar que outro promotor ofereça a denúncia. o O chefe Ministério Público estadual é o Procurador Geral da Justiça; o O chefe do Ministério Público União é o Procurador Geral da República. Desarquivamento do Inquérito Policial Art. 18 do CPP “Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia. Motivo do Arquivamento Pode ou não se desarquivado Insuficiência de provas SIM Súmula STF 524 Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a requerimento do promotor de justiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas. Ausência de pressupostos processual ou de condição da ação penal SIM Falta de justa causa para ação penal (não há indícios de autoria ou prova da materialidade) SIM Atipicidade (fato narrado não é crime) NÃO Existência manifesta de causa de excludente de ilicitude NÃO (STF Resp 791471/rj) SIM (STJ HC 125101/SP) Existência manifesta de causa de excludente e culpabilidade NÃO - posição doutrinária Existência manifesta de causa de extintiva de punibilidade NÃO (STJ HC 307.562/RS) (STF pet 3943) exceção: certidão de óbito falsa. 1 Questão Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: PC-RN Prova: FGV - 2021 - PC-RN - Agente e Escrivão O inquérito policial é procedimento administrativo que possui características próprias destacadas pela doutrina e pela jurisprudência. Com relação ao tema, analise as afirmativas a seguir. I. Pode ser instaurado de ofício ou a requerimento, tanto nos crimes de ação pública quanto nos de ação privada, mas o oferecimento da ação penal dependerá da vontade da vítima nesse último caso. II. Contra a decisão que indefere o seu requerimento de abertura, cabe recurso ao Poder Judiciário. III. Pode ser requerida sua abertura, ainda que não seja possível identificar o autor do fato naquele momento. Está correto somente o que se afirma em: a) II; b) III; c) I e II; d) I e III; e) II e III. 2ª Questão Ano: 2008 Banca: NUCEPE Órgão: PC-PI Prova: NUCEPE - 2008 - PC- PI - Perito Criminal - Farmácia O inquérito policial é o conjunto de diligências realizadas com o fim de se apurar a infração penal e a sua autoria, a fim de que o titular da ação penal possa ingressar em juízo. Qual das alternativas abaixo apresenta o detentor da função de elaboração do inquérito? a) O Ministério Público b) O Promotor de Justiça c) O Juiz d) A Polícia Judiciária e) A Polícia Militar 3ª Questão Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2021 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXII - Primeira Fase Após concluído inquérito policial para apurar a prática do crime de homicídio em desfavor de Jonas, o Ministério Público requereu o seu arquivamento por falta de justa causa, pois não conseguiu identificar o(s) autor(es) do delito, o que restou devidamente homologado pelo juiz competente. Um mês após o arquivamento do inquérito policial, uma testemunha, que não havia sido anteriormente identificada, compareceu à delegacia de polícia alegando possuir informações quanto ao autor do homicídio de Jonas. A família de Jonas, ao tomar conhecimento dos fatos, procura você, como advogado(a) da família, para esclarecimentos. Diante da notícia de existência de novas provas aptas a identificar o autor do crime, você deverá esclarecer aos familiares da vítima que o órgão ministerial a) poderá promover o desarquivamento do inquérito, pois a decisão de arquivamento não faz coisa julgada material independentemente de seu fundamento. b) não poderá promover o desarquivamento do inquérito, pois a decisão de arquivamento é imutável na presente hipótese. c) não poderá promover o desarquivamento do inquérito, pois se trata de mera notícia, inexistindo efetivamente qualquer prova nova quanto à autoria do delito. d) poderá promover o desarquivamento do inquérito, pois a decisão de arquivamento fez apenas coisa julgada formal no caso concreto. 4ª Questão Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova:FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVII - Primeira Fase Após receber denúncia anônima, por meio de disquedenúncia, de grave crime de estupro com resultado morte que teria sido praticado por Lauro, 19 anos, na semana pretérita, a autoridade policial, de imediato, instaura inquérito policial para apurar a suposta prática delitiva. Lauro é chamado à Delegacia e apresenta sua identidade recém- obtida; em seguida, é realizada sua identificação criminal, com colheita de digitais e fotografias. Em que pese não ter sido encontrado o cadáver até aquele momento das investigações, a autoridade policial, para resguardar a prova, pretende colher material sanguíneo do indiciado Lauro para fins de futuro confronto, além de desejar realizar, com base nas declarações de uma testemunha presencial localizada, uma reprodução simulada dos fatos; no entanto, Lauro se recusa tanto a participar da reprodução simulada quanto a permitir a colheita de seu material sanguíneo. É, ainda, realizado o reconhecimento de Lauro por uma testemunha após ser-lhe mostrada a fotografia dele, sem que fossem colocadas imagens de outros indivíduos com características semelhantes. Ao ser informado sobre os fatos, na defesa do interesse de seu cliente, o(a) advogado(a) de Lauro, sob o ponto de vista técnico, deverá alegar que a) o inquérito policial não poderia ser instaurado, de imediato, com base em denúncia anônima isoladamente, sendo exigida a realização de diligências preliminares para confirmar as informações iniciais. b) o indiciado não poderá ser obrigado a fornecer seu material sanguíneo para a autoridade policial, ainda que seja possível constrangê-lo a participar da reprodução simulada dos fatos, independentemente de sua vontade. c) o vício do inquérito policial, no que tange ao reconhecimento de pessoa, invalida a ação penal como um todo, ainda que baseada em outros elementos informativos, e não somente no ato viciado. d) a autoridade policial, como regra, deverá identificar criminalmente o indiciado, ainda que civilmente identificado, por meio de processo datiloscópico, mas não poderia fazê-lo por fotografias. 5ª Questão Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVI - Primeira Fase Um Delegado de Polícia, ao tomar conhecimento de um suposto crime de ação penal pública incondicionada, determina, de ofício, a instauração de inquérito policial. Após adotar diligência, verifica que, na realidade, a conduta investigada era atípica. O indiciado, então, pretende o arquivamento do inquérito e procura seu advogado para esclarecimentos, informando que deseja que o inquérito seja imediatamente arquivado. Considerando as informações narradas, o advogado deverá esclarecer que a autoridade policial a) deverá arquivar imediatamente o inquérito, fazendo a decisão de arquivamento por atipicidade coisa julgada material. b) não poderá arquivar imediatamente o inquérito, mas deverá encaminhar relatório final ao Poder Judiciário para arquivamento direto e imediato por parte do magistrado. c) deverá elaborar relatório final de inquérito e, após o arquivamento, poderá proceder a novos atos de investigação, independentemente da existência de provas novas. d) poderá elaborar relatório conclusivo, mas a promoção de arquivamento caberá ao Ministério Público, havendo coisa julgada em caso de homologação do arquivamento por atipicidade. 6ª Questão Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXV - Primeira Fase Maria, 15 anos de idade, comparece à Delegacia em janeiro de 2017, acompanhada de seu pai, e narra que João, 18 anos, mediante grave ameaça, teria constrangido-a a manter com ele conjunção carnal, demonstrando interesse, juntamente com seu representante, na responsabilização criminal do autor do fato. Instaurado inquérito policial para apurar o crime de estupro, todas as testemunhas e João afirmaram que a relação foi consentida por Maria, razão pela qual, após promoção do Ministério Público pelo arquivamento por falta de justa causa, o juiz homologou o arquivamento com base no fundamento apresentado. Dois meses após o arquivamento, uma colega de classe de Maria a procura e diz que teve medo de contar antes a qualquer pessoa, mas em seu celular havia filmagem do ato sexual entre Maria e João, sendo que no vídeo ficava demonstrado o emprego de grave ameaça por parte deste. Maria, então, entrega o vídeo ao advogado da família. Considerando a situação narrada, o advogado de Maria a) nada poderá fazer sob o ponto de vista criminal, tendo em vista que a decisão de arquivamento fez coisa julgada material. b) poderá apresentar o vídeo ao Ministério Público, sendo possível o desarquivamento do inquérito ou oferecimento de denúncia por parte do Promotor de Justiça, em razão da existência de prova nova. c) nada poderá fazer sob o ponto de vista criminal, tendo em vista que, apesar de a decisão de arquivamento não ter feito coisa julgada material, o vídeo não poderá ser considerado prova nova, já que existia antes do arquivamento do inquérito. d) poderá iniciar, de imediato, ação penal privada subsidiária da pública em razão da omissão do Ministério Público no oferecimento de denúncia em momento anterior. 7ª Questão Ano: 2009 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-PB Prova: CESPE / CEBRASPE - 2009 - PC-PB - Perito Oficial Químico-Legal O ato da autoridade policial de imputação a alguém da prática de ilícito penal nos autos do IP é denominado a) libelo acusatório. b) indiciamento. c) delação. d) denúncia. e) Queixa 8ª Questão Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: TRF - 4ª REGIÃO Prova: FCC - 2019 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal Marcelo e Márcio praticaram um roubo contra uma pizzaria situada na cidade de Florianópolis no início da madrugada, subtraindo todo o dinheiro arrecadado pelo estabelecimento naquele dia. A polícia é acionada e o inquérito policial para apuração dos fatos é instaurado pela autoridade policial. Pelas imagens das câmeras de segurança do estabelecimento foi possível a plena identificação dos roubadores. Após representação da autoridade policial o Magistrado competente decretou a prisão preventiva de Marcelo e Márcio. Os mandados de prisão foram cumpridos três dias depois do crime. Neste caso, o inquérito policial deverá terminar no prazo de a) 30 dias, contados da data do crime. b) 5 dias, contados a partir do dia da execução da ordem de prisão preventiva. c) 10 dias, contados da data do crime. d) 10 dias, contados a partir do dia da execução da ordem de prisão preventiva. e) 30 dias, contados a partir do dia da execução da ordem de prisão preventiva 9º Questão Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: TJ-RS Prova: VUNESP - 2019 - TJ-RS - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Remoção Nos estritos termos do art. 18 do CPP, é correto afirmar que depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de a base para a denúncia, a) não existe mais possibilidade de a autoridade policial investigar o fato. b) fica a autoridade policial impedida de investigar o mesmo indiciado com relação ao mesmo fato, podendo, contudo, continuar com a investigação de novos suspeitos. c) apenas mediante nova requisição ministerial ou judicial específica a autoridade policial pode proceder a novas investigações. d) a autoridade policial tem autonomia para seguir nas investigações, complementando- as, mas não pode repetir a produção das provas que já constam dos autos. e) a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia. Gabarito 1 2 3 4 5 6 7 8 9 C C D A D B B D E Referência Professor de processo penal do CEISC Mauro Cesar Maggio Stürmer NAYARA SANTOS DE SÁ Instagram: nayarasantosds
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