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INQUÉRITO POLICIAL

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INQUÉRITO POLICIAL 
1.1. Conceito 
Segundo explica o autor Lenza (2013, p.62), é um procedimento investigatório instaurado 
em razão da prática da uma infração penal, composto por uma série de diligências, que tem 
como objetivo obter elementos de prova para que o titular da ação possa propô-la contra o 
criminoso. 
Neste mesmo raciocínio Capez (2012, p.111): 
É o conjunto de diligências realizadas pela polícia judiciária para a apuração de uma 
infração penal e de sua autoria, a fim de que o titular da ação penal possa ingressar em juízo 
(CPP, art. 4º). Trata-se de procedimento persecutório de caráter administrativo instaurado 
pela autoridade policial. 
Desta forma o inquérito policial é um procedimento administrativo a qual tem a 
participação da autoridade policial, para que se proceda a instauração deste procedimento 
para a busca das diligências necessárias para encontrar a autoria e materialidade do crime 
para depois encaminhar para o titular da ação penal que é o Ministério Público, para que 
esse depois fazer suas devidas observações, possa então, oferecer a denúncia ou a queixa 
crime para a propositura da ação penal. 
Tem como objetivo principal, servir de lastro à formação da convicção do representante do 
Ministério Público (opinio delicti), mas também colher provas urgentes, que podem 
desaparecer, após o cometimento do crime. 
E também não se pode olvidar, ainda, servir o inquérito à composição das indispensáveis 
provas pré-constituídas que servem de base à vítima, em determinados casos, para a 
propositura da ação penal privada. 
Sua finalidade é a investigação a respeito da existência do fato criminoso e da autoria. Não é 
uma condição ou pré-requisito para o exercício da ação penal, tanto que pode ser 
substituído por outras peças de informação, desde que suficientes para sustentar a acusação 
(GRECO FILHO, 2012, p.122). 
1.2. Características do Inquérito Policial 
Conforme esclarece o autor Capez (2012, p.117-118-119): 
É um procedimento escrito, tendo em vista as finalidades do inquérito (item 10.4), não se 
concebe a existência de uma investigação verbal. Por isso, todas as peças do inquérito 
policial serão, num só processo, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso, 
rubricadas pela autoridade (CPP, art. 9º). 
 
 
Sendo assim, todos os atos do inquérito policial deve ser reduzido a termo pela autoridade 
policial, não podendo de forma alguma ser gravado, ou ser feito de forma oral pela 
autoridade responsável pela colheita de provas neste procedimento administrativo. 
Sigiloso: porque a autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação do 
fato ou exigido pelo interesse da sociedade (CPP, art. 20). O direito genérico de obter 
informações dos órgãos públicos, assegurado no art. 5º, XXXIII, da Constituição Federal, 
pode sofrer limitações por imperativos ditados pela segurança da sociedade e do Estado, 
como salienta o próprio texto normativo. O sigilo não se estende ao representante do 
Ministério Público, nem à autoridade judiciária. No caso do advogado, pode consultar os 
autos de inquérito, mas, caso seja decretado judicialmente o sigilo na investigação, não 
poderá acompanhar a realização de atos procedimentais (Lei n. 8.906/94, art. 7º, XIII a XV, 
e § 1º — Estatuto da OAB). 
O sigilo é de grande importância para o trabalho na investigação policial, para que as 
elucidações dos fatos não sejam prejudicadas. 
Oficialidade: o inquérito policial é uma atividade investigatória feita por órgãos oficiais, não 
podendo ficar a cargo do particular, ainda que a titularidade da ação penal seja atribuída ao 
ofendido. Somente os órgão oficiais podem exercer a função da atividade investigatória, não 
ficando a cargo da pessoa física, mas sim do Poder Público. 
Oficiosidade: corolário do princípio da legalidade (ou obrigatoriedade) da ação penal 
pública. Significa que a atividade das autoridades policiais independe de qualquer espécie de 
provocação, sendo a instauração do inquérito obrigatória diante da notícia de uma infração 
penal (CPP, art. 5º, I), ressalvados os casos de ação penal pública condicionada e de ação 
penal privada. 
A autoridade policial ao receber uma notícia de um determinado crime ela fica obrigada a 
instauração do inquérito policial, mas a casos que depende da provocação do ofendido para 
a devida instauração deste procedimento, é o caso dos crimes de ação penal pública 
condicionada a representação e da ação penal privada, nos casos de crimes contra a honra 
da vítima. 
Autoritariedade: exigência expressa do Texto Constitucional (CF, art. 144, § 4º); o inquérito 
é presidido por uma autoridade pública, no caso, a autoridade policial (delegado de polícia 
de carreira). Somente pela autoridade policial deve ser instaurado o inquérito policial, não 
tem discricionariedade o particular para proceder a instauração deste procedimento 
administrativo. 
Indisponibilidade: é indisponível, após sua instauração não pode ser arquivado pela 
autoridade policial (CPP, art. 17). 
É dispensável: a existência do inquérito policial não é obrigatória e nem necessária para o 
desencadeamento da ação penal. Há diversos dispositivos no Código de Processo Penal 
 
 
permitindo que a denúncia ou queixa sejam apresentadas com base nas chamadas peças de 
informação, que, em verdade, podem ser quaisquer documentos que demonstrem a 
existência de indícios suficientes de autoria e de materialidade da infração penal (LENZA, 
2013, p.65) 
Inquisitivo: o inquérito é por sua própria natureza, inquisitivo, ou seja, não permite ao 
indiciado ou suspeito a ampla oportunidade de defesa, produzindo e indicando provas, 
oferecendo recursos, apresentados alegações, entre outras atividades que, como regra, 
possui durante a instrução judicial (NUCCI, 2015, p.124). 
Conforme diz o célebre autor, fica claro observar que o inquérito policial por ter natureza 
inquisitiva não cabe para a parte que está sendo investigada o direito constitucional do 
amplo contraditório e a ampla defesa, quando se trata deste tipo de persecução penal, feita 
pelo Delegado de Polícia. 
1.3. Valor probatório do inquérito policial 
Conforme o artigo 155 do CPP: 
O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório 
judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos 
colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. 
Deste modo, fica entendido que o juiz não pode decidir exclusivamente com base nos 
elementos do inquérito policial, salvo quando a existência de provas cautelares não 
repetíveis e antecipadas. Pode assim, o juiz pegar um elemento que está nos autos do 
inquérito policial e acrescentar um elemento do processo penal e logo depois decidir com 
base nesses dois. 
Provas cautelares: é a ideia do desaparecimento do objeto da prova (periculum in mora), ou 
seja, a demora da decisão da prova pode fazer com que ela desapareça, isto é, são aquelas 
em que há um risco de desaparecimento do objeto da prova por decurso do tempo. 
Exemplo: vistoria adperpetuam rei memoriam, pericia antecipada em caso de desastre de 
metrô. 
Prova antecipada: ela está sendo feito fora do seu momento próprio, sua colheita é feita em 
momento processual distinto daquele legalmente previsto, por isso a classificação, tendo 
como exemplo: a situação de uma mulher gravemente enferma, e o juiz antecipa o 
depoimento dela em relação ao momento original da prova. 
Prova não repetíveis: são aquelas que quando produzidas não tem como serem produzidas 
novamente, isto é, são aquelas provas que não poderá ser feita posteriormente, pois, 
depende de sua realização do especifico momento da investigação. Exemplo: interceptação 
telefônica, exame de corpo de delito. 
 
 
1.4. Incomunicabilidade do preso 
Há doutrinadores que entende que essa possibilidade esteja revogada pela Constituição 
Federal, pois na vigência do Estado de defesa, foi suspensa inúmeras garantiasindividuais 
da pessoa, razão pela qual, em estado de absoluta normalidade, quando todos os direitos e 
garantias devem ser fielmente respeitado. 
E sob esta ótica fica evidenciado que um dos fundamentos da nossa Constituição Federal e a 
preservação da dignidade da pessoa humana e este tipo de incomunicabilidade viola este 
direito inerente ao ser humano. 
1.5. Delatio criminis 
É a denominação dada a comunicação feita por qualquer pessoa do povo a autoridade 
policial ou membro do Ministério Público ou juiz, acerca da ocorrência de infração penal. 
Pode ser feita oralmente ou escrita. Caso a autoridade policial verifique a procedência da 
informação, mandará instaurar inquérito para apurar oficialmente o acontecimento. 
1.6. Notitia criminis 
Dá-se o nome de notitia criminis (notícia do crime) ao conhecimento espontâneo ou 
provocado, por parte da autoridade policial, de um fato aparentemente criminoso. É com 
base nesse conhecimento que a autoridade dá início às investigações (CAPEZ, 2012, p.123). 
Trata-se do conhecimento espontâneo ou provocado do fato criminoso pela autoridade 
policial. 
A notitia criminis pode ser classificado como: 
Cognição imediato ou espontânea: trata-se do conhecimento do fato pela autoridade policial 
por meio de suas atividades rotineiras. 
Cognição mediata ou provocada: a autoridade policial tomo conhecimento do fato criminoso 
por meio de expediente escrito, como por exemplo requerimento do ofendido. 
Cognição forçado ou coercitiva: ocorre quando da apresentação do preso a autoridade 
policial. 
2. Procedimento da autoridade policial 
Conforme explica o ilustríssimo autor Nucci (2015, p.113): 
Quando a notitia criminis lhe chega ao conhecimento, deve o delegado: 
 
 
1- Dirigir-se ao local, providenciado para que não se alterem o estado e conservação das 
coisas, até a chegada dos peritos criminais; 
2- Apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos 
criminais; 
3- Colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas 
circunstancias; 
4- Ouvir o ofendido; 
5- Ouvir o indiciado; 
6- Proceder ao reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações; 
7- Determina, se for o caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras 
pericias; 
8- Ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer 
juntar aos autos sua folha de antecedentes; 
9- Averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e 
social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e 
durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu 
temperamento e caráter (art. 6.º, CPP). 
2.1 Formas de instauração do inquérito policial 
Conforme explica o autor Greco Filho (2012, p.126): 
Instaura-se formalmente o inquérito de ofício, por portaria da autoridade policial, pela 
lavratura de flagrante, mediante representação do ofendido ou requisição do juiz ou do 
Ministério Público, devendo todas as peças do inquérito ser, num só processado, reduzidas a 
escrito ou datilografadas. 
De oficio 
A autoridade tem a obrigação de instaurar o inquérito policial, independente de provocação, 
sempre que tomar conhecimento imediato e direto do fato, por meio de delação verbal ou 
por escrito feito por qualquer do povo (delatio criminis simples), notícia anônima (notitia 
criminis inqualificada), por meio de sua atividade rotineira (cognição imediata), ou no caso 
de prisão em flagrante. 
Neste caso a nossa legislação ela traz uma obrigação a autoridade policial para instauração 
do inquérito policial, pois passa a ser um dever da autoridade quando toma conhecimento 
 
 
do fato criminoso. O delegado de polícia baixa uma portaria declarando assim, instaurado o 
inquérito e determina as providencias cabíveis a serem tomadas. 
Pode também o crime chegar a autoridade por meio de uma notícia de um crime, como 
exemplo, por comunicação de outros policiais, por matéria jornalística, boletim de 
ocorrência lavrado em sua delegacia, por informação prestada por conhecidos etc. 
Mediante requisição do Ministério Público ou do Juiz 
Requisição é sinônimo de ordem. Assim, quando o juiz ou o promotor de justiça requisitam 
a instauração do inquérito, o delegado está obrigado a dar início às investigações. É 
necessário que as autoridades requisitantes especifiquem, no ofício requisitório, o fato 
criminoso, que deve merecer apuração (CAPEZ, 2012, p.69). 
Quando, em autos ou papéis de que conhecerem, os juízes ou tribunais verificarem a 
existência de crime de ação pública, remeterão ao Ministério Público as cópias e os 
documentos necessários ao oferecimento da denúncia”. Todavia, se não estiverem presentes 
os elementos indispensáveis ao oferecimento da denúncia, a autoridade judiciária poderá 
requisitar a instauração de inquérito policial para a elucidação dos acontecimentos. O 
mesmo quanto ao Ministério Público, quando conhecer diretamente de autos ou papéis que 
evidenciem a prática de ilícito penal (CF, art. 129, VIII; CPP, art. 5º, II). Para alguns, como, 
por exemplo, Geraldo Batista de Siqueira, a requisição, na nova ordem constitucional, 
tornou-se privativa do Ministério Público, por força do art. 129, I, da Constituição Federal. A 
autoridade policial não pode se recusar a instaurar o inquérito, pois a requisição tem 
natureza de determinação, de ordem, muito embora inexista subordinação hierárquica. 
Requerimento do ofendido 
Neste caso a vítima do delito tem a possibilidade de endereçar uma petição a autoridade 
policial solicitando formalmente que está se inicie as investigações necessárias. 
O requerimento para instauração de inquérito policial pode ser feito em crimes de ação 
pública ou privada. No último caso, o requerimento não interrompe o curso do prazo 
decadencial, de modo que a vítima deve ficar atenta a este aspecto. 
Se o crime for de ação pública, mas condicionada à representação do ofendido ou do seu 
representante legal, o inquérito não poderá ser instaurado senão com o oferecimento desta. 
É a manifestação do princípio da oportunidade, que informa a ação penal pública 
condicionada até o momento do oferecimento da denúncia (CPP, art. 25). 
 A autoridade judiciária e o Ministério Público só poderão requisitar a instauração do 
inquérito se fizerem encaminhar, junto com o ofício requisitório, a representação do 
ofendido 
Auto de prisão em flagrante 
 
 
Quando uma pessoa é presa em flagrante, deve ser encaminhada à Delegacia de Polícia. 
Nesta é lavrado o auto de prisão, que é um documento no qual ficam constando as 
circunstâncias do delito e da prisão. Lavrado o auto, o inquérito está instaurado. 
O auto de prisão em flagrante é lavrado quando o agente pratica uma infração penal e é 
detido pela autoridade policial em flagrante. Um exemplo disto é quando o sujeito está 
praticando um crime de roubo (art.157CP) e logo é surpreendido por policiais a qual da voz 
de prisão para o delinquente. 
2.2. Prazos para a conclusão do inquérito policial 
Conforme esclarece o autor Lenza (2013, p.72): 
Uma vez iniciado o inquérito a autoridade tem prazos para concluí-lo, mas estes prazos 
dependem de estar o indiciado solto ou preso. Indiciado solto De acordo com o art. 10, 
caput, do Código de Processo Penal, o prazo é de 30 dias, porém, o seu § 3º prevê que tal 
prazo poderá ser prorrogado quando o fato for de difícil elucidação 
 O pedido de dilação de prazo pode ser repetido quantas vezes se mostre necessário. 
Indiciado preso em flagrante ou por prisão preventiva nos termos do art. 10, caput, do 
Código de Processo Penal, o prazo para a conclusão é de 10 dias 
A prisão temporária, prevista na Lei n. 7.960/89, é uma modalidade de prisão cautelar 
cabível somente na fase inquisitorial e, nos termos da lei, possui prazo máximo de duração 
de 5 dias, prorrogáveis por mais 5, em caso de extrema e comprovada necessidade nos 
crimes comuns,e de 30 dias, prorrogáveis por igual período, nos crimes definidos como 
hediondos, tráfico de drogas, terrorismo e tortura. 
Tais prazos, entretanto, referem-se à duração da prisão, e não da investigação. Assim, 
encerrado o prazo sem que a autoridade tenha conseguido as provas que buscava, poderá, 
após soltar o investigado, continuar com as diligências, ao contrário do que ocorre com a 
prisão em flagrante e a prisão preventiva, em que o prazo de 10 dias para o término do 
inquérito é fatal. Note-se que, se for decretada prisão temporária em crime hediondo ou 
equiparado, o indiciado pode permanecer preso por até 60 dias, sem que seja necessária a 
conclusão do inquérito. Prazos em leis especiais 
Os prazos para a conclusão do inquérito policial encontram algumas exceções importantes 
em legislações especiais: a) O art. 51, caput, da Lei n. 11.343/2006 (Lei Antitóxicos) estipula 
que, para os crimes de tráfico, o prazo será de 30 dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 
dias, se estiver solto. Tais prazos, ademais, poderão ser duplicados pelo juiz mediante 
pedido justificado da autoridade policial, ouvido o Ministério Público (art. 51, parágrafo 
único). b) Nos crimes de competência da Justiça Federal, o prazo é de 15 dias, prorrogáveis 
por mais 15 (art. 66 da Lei n. 5.010/66). 
2.3. Indiciamento 
 
 
Indiciado é a pessoa eleita pelo Estado – investigação, dentro da sua convicção, como autora 
da infração penal 
Ou seja, é o ato pelo qual a autoridade policial reconhece formalmente os indícios de autoria 
e a materialidade que recai sobre o suspeito. 
O indiciamento pode ser direto, é o feito na presença do indiciado, e o indireto quando 
ausente o indiciado. 
2.4. Relatório final 
A autoridade policial deve, ao encerrar as investigações, relatar tudo o que foi feito na 
presidência do inquérito, de modo a apurar ou não a materialidade e a autoria da infração 
penal. Por outro lado, a falta do relatório constitui mera irregularidade, não tendo o 
promotor ou o juiz o poder de obrigar a autoridade policial a concretizá-lo, tratando-se de 
falta funcional, passível de correção disciplinar (NUCCI, 2015, p.127). 
O relatório não e peça obrigatória para o oferecimento da denúncia. 
Para a instauração do inquérito policial é obrigatório o relatório final, mas para o 
oferecimento da denúncia feito pelo Ministério Público não e obrigatório. 
uiautoria e materialidade do crime e quando o fato for atípico. 
Quando a investigação feita pela autoridade policial é infundada, ela traz para o indiciado 
um constrangimento ilegal, pois como já foi falado, o indiciamento é grave, pois faz anotar, 
definitivamente, na folha de antecedentes do indivíduo a suspeita de ter ele cometido um 
delito. 
3. Conclusão 
Por tudo isso, fica claro que o inquérito policial é um procedimento pré- processual a qual 
da margem a autoridade policial, com respeito aos direitos e garantias constitucionais e 
principalmente o princípio da dignidade da pessoa humana, trabalhar de forma suscita a 
elaboração da investigação, para apuração da infração penal e sua autoria, e com isto, 
levando ao conhecimento do Ministério Público para a possível denúncia do crime, e ainda 
tem grande importância, pois traz uma garantia para o investigado, pois neste momento é 
analisado todos os fatores que levaram ou não o indivíduo a cometer o ilícito penal. 
 Anderson Zeferino dos Santos Carolino 
Referências 
CAPEZ, Fernando. Curso de processo penal.19ª. ed. São Paulo: Saraiva, 2012. 
REIS, Alexandre Cebrian Araújo, GONÇALVES, Victor Eduardo Rios, LENZA, Pedro, 
coordenador. Direito processual penal esquematizado. 2.ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013. 
 
 
GRECO, Filho Vicente. Manual de processo penal. 9ª. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 
2012. 
NUCCI, Guilherme de Souza, Manual de processo penal e Execução penal.12.ª ed. rev. atual. 
ampl. Rio de Janeiro: Forense, 2015.

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