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Carolina Marques Osteoporose - Redução da densidade mineral óssea( DMO) - Deterioração da microestrutura do tecido ósseo - Aumento da fragilidade esquelética e do risco de fraturas - A DMO representa cerca de 70% da resistência óssea - Atinge ambos os sexos, com predominância no sexo feminino, sem distinção de raça e a sua prevalência aumenta com a idade. - É uma doença silenciosa até que ocorra uma fratura, geralmente, ocasionada por um trauma mínimo. - As fraturas têm grande importância, considerando o envelhecimento populacional progressivo com graves consequências físicas, financeiras e psicossociais, afetando o indivíduo, a família e a comunidade - As fraturas mais comuns na osteoporose são: fratura por compressão vertebral, fratura do punho, da bacia – ramos pubianos – e da extremidade proximal do fêmur. - A DMO diminui com o avanço da idade, aumentando o risco de fraturas em idosos Osteoporose Primária Idiopática (juvenil ou do adulto jovem) - Tipo I → pós-menopáusica - Tipo II → senil que é o tipo mais comum Osteoporose Secundária A osteoporose secundária é decorrente de outras doenças e uso de drogas - Enterocolopatias crônicas. - Etilismo. - Gastrectomia, gastroplastia, derivação jejuno-ileal - Recolhimento ao leito por períodos crônicos, imobilizações ortopédicas. - Glicocorticóides intramuscular ou oral por mais de 3 meses, anticonvulsivantes, agonistas da morfina, medroxiprogesterona intramuscular Resistência óssea O tamanho e a disposição dos cristais de hidroxiapatita presentes na matriz mineral determinam a rigidez óssea e o colágeno contribui para a flexibilidade óssea, o que contribui para a absorção de energia frente a um impacto. O equilíbrio entre a rigidez óssea (componente mineral) e a sua flexibilidade (permitido pelo colágeno) é fundamental para a resistência óssea Carolina Marques Remodelação Óssea O processo consta da retirada do osso mineralizado e sua substituição por osteóides mineralizados. O centro do processo é a ativação dos osteoclastos e dos osteoblastos. Os osteoclastos, realizam a reabsorção do osso mineralizado por acidificação e digestão proteolítica; os osteoblastos, são responsáveis pela formação e a subsequente mineralização da matriz óssea No desenvolvimento da osteoporose ocorre um desequilíbrio no processo da remodelação óssea, com a reabsorção predominando sobre a formação, resultando em diminuição da massa óssea. Pico de Massa Óssea O pico de massa óssea em homens e mulheres é atingido ao final ou logo após o término do crescimento linear do esqueleto, entre 18-30 anos. O pico de massa óssea é determinado predominantemente, por fatores genéticos, com a contribuição da nutrição, estado endócrino, atividade física e saúde durante o crescimento Após atingir o pico de massa óssea, os indivíduos iniciam uma perda que varia de 0,3% a 0,5% de sua massa óssea a cada ano. Em mulheres durante e imediatamente após a menopausa, a taxa de perda óssea se acelera devido à deficiência de estrogênio Fatores de risco - Idade; - Fratura osteoporótica prévia; baixo peso ou baixo índice de massa corporal ou perda de peso; - Uso de glicocorticoide (dose superior a 5 mg de prednisona/dia ou equivalente por período igual ou superior a 3 meses); - Uso de alguns anticonvulsivantes (por interferência no metabolismo da vitamina D); sedentarismo; - Hiperparatireoidismo primário; - Anorexia nervosa; - Gastrectomia; - Anemia perniciosa; - Hipogonadismo masculino; - Menopausa precoce Quedas da Própria Altura Como as fraturas osteoporóticas ocorrem frequentemente em decorrência de quedas, principalmente na população idosa, é de suma importância considerar os fatores de risco para quedas. Carolina Marques Os mais importantes são alterações do equilíbrio, alterações visuais, deficiências cognitivas, declínio funcional e uso de medicamentos psicoativos e anti hipertensivos Diagnóstico da Osteoporose - Anamnese e exame físico podem levantar dados suficientes para que se estabeleça o diagnóstico clínico da osteoporose: - História de fratura vertebral, antebraço e fêmur - Redução da estatura – cifose torácica - Fratura prévia, após os 50 anos de idade - História familiar de osteoporose - Tabagismo - Uso de glicocorticóides - Consumo diário de bebida alcoólica - Artrite reumatóide Exames Laboratoriais - Hormônio paratireoidiano - Metabólitos da vitamina D - Eletroforese de proteínas - Teste de função tiroidiana - Calciúria de 24 horas - Creatinina de 24 horas - VHS - Fosfatase alcalina - Dosagens séricas de cálcio - Albumina - Fósforo - Aminotransferases/transaminases Radiografia Simples Na radiografia simples, temos de procurar a perda do trabeculado ósseo e o afilamento da cortical óssea Densitometria Óssea - DEXA Atualmente, o diagnóstico é confirmado pela densitometria óssea. A densitometria de dupla energia baseada em raios X (DEXA) é técnica eficaz, sendo considerada hoje como o "padrão ouro" para diagnóstico da osteoporose DO - Indicações - Mulheres com idade igual ou superior a 65 anos e homens com idade igual ou superior a 70 anos, independentemente da presença de fatores de risco. Carolina Marques - Mulheres na pós-menopausa e homens com idade entre 50 e 69 anos com fatores de risco para fratura. - Mulheres na perimenopausa, se houver fatores de risco específicos associados a um risco aumentado de fratura, tais como baixo peso corporal, fratura prévia por pequeno trauma ou uso de medicamento(s) de risco bem definido. - Adultos que sofrerem fratura após os 50 anos. - Indivíduos com anormalidades vertebrais radiológicas. - Adultos com condições associadas a baixa massa óssea ou perda óssea, como artrite reumatóide ou uso de glicocorticóides na dose de 5 mg de prednisona/dia ou equivalente por período igual ou superior a 3 meses CLASSIFICAÇÃO DA OSTEOPOROSE DE ACORDO COM A DMO, SEGUNDO A OMS Osteoporose X Osteopenia - A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a osteoporose como uma condição em que a densidade mineral óssea é igual ou inferior a 2,5 desvios padrão abaixo do pico de massa óssea encontrada no adulto jovem. - Osteopenia ou baixa massa óssea como uma condição em que a densidade mineral óssea encontra-se entre 1 a 2,5 desvios padrão abaixo do pico de massa óssea encontrada no adulto jovem. Carolina Marques Evolução da DMO Tratamento da Osteoporose - O objetivo primário do tratamento da osteoporose é a prevenção. - Devemos dar ênfase à fase de formação máxima de massa óssea, o "pico de massa óssea", que ocorre entre os 20 e os 30 anos de idade. - Exercício físico. - Dieta rica em cálcio – suplementação. - Suplementação da vitamina D. - Tabagismo e alcoolismo. - Prevenção de quedas Bifosfonatos Tem alta afinidade com a hidroxiapatita ( maior constituinte ósseo. Concentram-se nos sítios de osteoclastos ativos. Inibem a reabsorção óssea. Os bisfosfonatos inibem a digestão do osso, estimulando os osteoclastos a sofrerem apoptose (morte celular programada) retardando a digestão óssea Critérios para utilização dos bifosfonatos - Regimes orais: os bisfosfonatos são pobremente absorvidos pela via oral ( menos de 1% da dose administrada é absorvida), e, então, devem ser ingeridos com estômago vazio. - Bisfosfonatos não são recomendados para pacientes que apresentem doença gastrointestinal alta ativa . - Bisfosfonatos devem ser descontinuados quando da ocorrência de sintomas de esofagite. - Bisfosfonatos devem ser ingeridos isoladamente, pela manhã em jejum com pelo menos 240 ml de água. Após a administração, o paciente não deve ser alimentar ou tomar medicamentos/suplementos por pelo menos meia hora (alendronato,risedronato) ou uma hora( ibandronato). - Os pacientes devem permanecer na posição vertical (não devem deitar) após a administração da medicação para evitar refluxo. Carolina Marques Os bifosfonatos são efetivos na prevenção de fraturas quando utilizados por 3 a 4 anos. Após esse período deve-se avaliar a validade de continuidade do uso Vitamina D e Cálcio Carbonato de cálcio: dose de 500-2.000 mg/diapor via oral. Colecalciferol: dose de 800-1.000 UI/dia por via oral.
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