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O positivismo

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19
Índice
1.Introdução	3
2.O Positivismo	4
2.1.Características do Positivismo	4
2.1.1.Defensor do Positivismo	5
2.2.Racionalismo	5
2.2.1.Características do Racionalismo	6
2.2.2.Defensores do Racionalismo	7
2.3.Empirismo	8
2.3.1.Características do empirismo	8
2.3.2.Defensores do empirismo	10
2.4.Idealismo	10
2.4.1.Características do idealismo	10
2.4.2.Defensores do idealismo	11
2.5.Hermenêutica	12
2.5.1.Características da hermenêutica	13
2.7.2.Defensores do estruturalismo	16
2.8. Etnometodologia	17
2.8.1. Principal Característica da Etnometodologia	17
2.8.2.Defensores da Etnometodologia	17
2.9.Fenomenologia	17
2.9.1. Característica da fenomenologia	17
2.9.2. Defensores da fenomenologia;	18
2.10. Positivismo	18
2.10.1.Características do positivismo	18
2.10.2. Defensores do positivismo	19
2.11. Idealismo	19
2.11.1.Características do idealismo	20
2.11.2. Defensores do idealismo.	20
2.12. Método Hipotético dedutivo	21
2.12.1.Características do método hipotético dedutivo	21
2.12.2. Defensores do método hipotético dedutivo	21
2.13. Método Dialéctico	21
2.13.1 Característico método Dialéctico	22
2.13.2 Defensores Dialéctico	22
2.14. Método qualitativo	22
2.14.1.Características do Método qualitativo	22
2.14.2.Defensores do Método qualitativo	23
2.14.3.Características do Método qualitativo	23
2.15.Método Dedutivo	23
2.15.1.Características	24
2.15.2.Defensores	24
2.16.Método Indutivo	25
2.16.1.Características	25
2.16.2.Defensores	26
3.Conclusão	26
Bibliografia	27
1.Introdução
Epistemologia, também conhecida como a Teoria do Conhecimento, é o ramo da filosofia que estuda como o ser humano ou a própria ciência adquire e justifica seus conhecimentos. Ou seja, é o estudo que procura encontrar quais as condições necessárias e suficientes para o resultado de uma afirmação específica.
Embora alguns autores considerem a Filosofia do Renascimento, nos séculos XV e XVI, como parte da Filosofia Moderna, em geral, aceita-se que o filósofo que iniciou a Filosofia Moderna tenha sido René Descartes, no século XVII, uma vez que seus trabalhos definiram e deram corpo ao escopo, objecto e métodos de tal período da filosofia. As áreas exploradas nesta época incluíam a filosofia da mente, especialmente o problema mente-corpo identificado por Descartes, epistemologia e metafísica. 
Portanto, o presente trabalho vem desta forma debruçar sobre as correntes filosofias assim como os principais métodos científicos. Vale salientar que para a materialização do trabalho foi necessário recorrer a pesquisa bibliográfica. 
2.O Positivismo 
O Positivismo é uma corrente filosófica que surgiu na França no início do século XIX. Esta teoria defende a ideia de que o conhecimento científico seria a única forma de conhecimento verdadeiro.
A partir desse saber, pode-se explicar coisas práticas como das leis da física, das relações sociais e da ética.
É notável, no positivismo, duas orientações:
· a orientação científica, que busca efectivar uma divisão das ciências;
· a orientação psicológica, uma linha teórica da sociologia, a qual investiga toda a natureza humana verificável.
A corrente positivista promove o culto à ciência, o mundo humano e o materialismo em detrimento da metafísica e do mundo espiritual.
2.1.Características do Positivismo
Enquanto doutrina filosófica, sociológica e política, o positivismo tem a Matemática, a Física, a Astronomia, a Química, a Biologia e também a Sociologia como modelos científicos. Isso porque estas se destacam segundo seus valores cumulativos e transculturais.
Por outro lado, podemos dizer que o positivismo é a “romantização da ciência”. Ele deposita sua fé na omnipotência da razão, apesar de estabelecer os valores humanos como diametralmente opostos aos da teologia e a metafísica.
É também uma classificação totalmente cientificista do conhecimento e da ética humana, onde se desconfia da introspecção como meio de se atingir o conhecimento.
Assim, não há objectividade na informação obtida, tal como nos fenómenos não observáveis. Estes seriam inacessíveis à ciência, uma vez que ela somente se fundamenta em teorias comprovadas por métodos científicos válidos. Desse modo, a experiência sensível seria a única a produzir dados concretos (positivos), a partir do mundo físico ou material.
A metodologia básica positivista é a observação dos fenómenos. Dela, se privilegia a observação à imaginação dos fatos, desconsiderando completamente todo conhecimento que não possa ser comprovado cientificamente.
Por fim, vale dizer que a ideia-chave do Positivismo Comtiano é a "Lei dos Três Estados", a saber:
· o Teológico, onde o ser humano busca explicação para a realidade por meio de entidades supranaturais;
· o Metafísico, do qual os deuses são substituídos por entidades abstractas, como "o Éter", para explicar a realidade;
· o Positivo da humanidade, onde não se explica o "porquê" das coisas, mas sim o "como", a partir do domínio sobre as leis de causa e efeito.
2.1.1.Defensor do Positivismo
O positivismo é uma das doutrinas filosóficas derivadas do iluminismo. Sua origem mais remota se encontra em Condorcet, filósofo vinculado à Enciclopédia, para quem era possível criar-se uma ciência da sociedade com base na matemática social, de acordo com Michael Löwy. Mas foi com Augusto Comte (1798-1857) que o positivismo se tornou uma escola filosófica. 
O positivismo é uma corrente teórica inspirada no ideal de progresso contínuo da humanidade. O pensamento positivista postula a existência de uma marcha contínua e progressiva e que a humanidade tende a progredir constantemente. O progresso, que é uma constatação histórica, deve ser sempre reforçado, de acordo com o que Auguste Comte, criador do positivismo, chamou de Ciências Positivas. As Ciências Positivas teriam a sua mais forte expressão na Sociologia, ciência da qual Comte é considerado o fundador.
O positivismo também incorporou, na teoria de Comte, elementos políticos e ganhou, nos trabalhos de John Stuart Mill, um escopo mais ético e moral. Isso acabou reforçando o molde de uma teoria política positivista, fundada na ordem e no conhecimento para se alcançar o progresso.
2.2.Racionalismo
Segundo PORFÍRIO (1999), o racionalismo é uma posição epistemológica ou corrente filosófica caracterizada pela aceitação de ao menos uma entre três teses: a razão e a intuição devem ter privilégio sobre a sensação e a experiência na obtenção do conhecimento; toda ou a maior parte das ideias é inata ao invés de adquirida no decorrer da vida; e a certeza do conhecimento deve ser privilegiada sobre a mera probabilidade dele em investigações filosóficas. 
O Racionalismo é uma corrente filosófica que atribui particular confiança à razão humana, ao passo que acredita que é dela que se obtém os conhecimentos (PORFÍRIO, 1999).
Saber de onde vinha o conhecimento era uma preocupação da Filosofia. A tentativa de responder a essa questão resulta no aparecimento de pelo menos duas correntes filosóficas:
· Racionalismo, que do latim ratio significa "razão";
· Empirismo, que do grego empeiria significa “experiência”.
A doutrina do racionalismo alega que tudo o que existe tem uma causa inteligível, ainda que essa causa não possa ser provada empiricamente. Ou seja, somente o pensamento por meio da razão é capaz de atingir a verdade absoluta. O Racionalismo baseia-se no princípio de que a razão é a principal fonte de conhecimentos e que essa é inata aos humanos. Assim, o raciocínio lógico seria construído através da dedução de ideias, tal como os conhecimentos de Matemática, por exemplo.
O racionalismo foi uma corrente filosófica muito importante da Modernidade. Como concepção de conhecimento filosófico, o racionalismo começa a tomar corpo durante o Renascentismo, mas as suas primeiras origens podem remontar à filosofia grega, com as teses idealistas platónicas e a concepção do princípio da causalidade.
O racionalismo tem como principal objectivo teorizar o modo de conhecer dos seres humanos, não aceitando qualquer elemento empírico como fonte do conhecimento verdadeiro. Para os racionalistas,todas as ideias que temos têm origem na pura racionalidade, o que impõe também uma concepção inatista, isto é, de que as ideias têm origens inatas no ser humano, nascendo connosco em nosso intelecto e sendo usadas e descobertas pelas pessoas que fazem melhor uso da razão. São considerados filósofos racionalistas Descartes, Spinoza e Leibniz.
2.2.1.Características do Racionalismo
Como a epistemologia (vertente filosófica que investiga as teorias do conhecimento), o racionalismo afirma que todo o conhecimento humano advém da pura racionalidade e do intelecto. As experiências práticas, para os racionalistas, não têm valor cognitivo, podendo inclusive enganar-nos ao oferecer-nos impressões erróneas. Os racionalistas defendem que as ideias surgem da pura e simples capacidade racional e impulsionam o intelecto, formando os conhecimentos com base nas leis universais da razão.
O racionalismo admite a tese inatista, a qual defende que o conhecimento parte de impressões inatas que acompanham todos os seres humanos, os quais são dotados da capacidade racional desde o seu nascimento. A explicação para que uns tenham conhecimentos mais avançados que outros é fornecida pelo desenvolvimento das capacidades inatas via exercícios racionais, ou seja, algumas pessoas são mais inteligentes, habilidosas ou conhecem muito de determinado assunto porque se esforçaram e exercitaram o seu intelecto, descobrindo nele as ideias que sempre estiveram lá contidas (PORFÍRIO, 1999).
Para os racionalistas, a razão é composta por um conjunto de leis universais que forma todo o conhecimento racional, e tudo que está fora dele é conhecimento errado. Por se basear nesse conjunto de leis racionais, essa teoria epistemológica adopta a dedução como principal método filosófico e encontra na matemática um amparo para a defesa de suas teorias. Filósofos racionalistas, como René Descartes e Gottfried Wilhelm Leibniz, eram também matemáticos.
O racionalismo afirma que tudo o que existe tem uma causa inteligível, mesmo que essa causa não possa ser demonstrada empiricamente, tal como a causa da origem do Universo. Privilegia a razão em detrimento da experiência do mundo sensível como via de acesso ao conhecimento. Considera a dedução como o método superior de investigação filosófica. 
2.2.2.Defensores do Racionalismo
Uma outra característica em comum entre os mais proeminentes racionalistas dessa corrente — René Descartes, Baruch Espinoza e Gottfried Wilhelm Leibniz — é a aceitação da realidade da substância como o princípio fundamental de unidade das coisas. A seguir estão listados os principais filósofos racionalistas e suas ideias:
· Baruch de Spinoza
Sua concepção racionalista defendia a separação da matéria, do intelecto e da racionalidade, com base naquilo que ele chamou imanente e transcendente. O seu problema com as autoridades judaicas deu-se porque ele afirmou que Deus era imanente, estando, portanto, presente materialmente na natureza. O pensador escreveu, entre outros livros: Princípios da filosofia cartesiana, Tratado da emenda do intelecto (sua principal obra racionalista), e Tratado teológico político.
· René Descartes
Autor de Discurso do método e de Meditações filosóficas, o filósofo e matemático francês pode ser considerado o primeiro grande racionalista. Sua defesa do racionalismo é tão grande, que o cogito cartesiano admite como conhecimento primeiro e mais bem fundamentado: o reconhecimento da existência com base no ato de pensar e não na vivência.
· Gottfried Wilhelm Leibniz
Leibniz fundamenta o conhecimento universal na racionalidade por meio do que ele chamou de mónadas. As mónadas seriam entidades separadas e fragmentadas que se juntavam (como os átomos) para dar origem ao conhecimento racional.
A existência das mónadas é, para o filósofo, apenas conceitual. Elas são somente um recurso a que Leibniz recorreu para explicar a origem do conhecimento. Seus estudos avançados em matemática permitiram-no desenvolver o cálculo infinitesimal. Entre seus livros, podemos destacar: Teodiceia e Monadologia.
2.3.Empirismo 
Para LIVEIRA (1998), o empirismo é uma corrente filosófica, referente à teoria do conhecimento, que tem suas origens na filosofia aristotélica. O termo empirismo advém da palavra grega empeiria, que significa experiência. Na Modernidade, quando a possibilidade do conhecimento tornou-se central para a produção filosófica, a corrente empirista foi impulsionada por filósofos como Thomas Hobbes, John Locke e David Hume.
Estes se opunham aos racionalistas, que defendiam que o conhecimento é puramente racional e não depende da experiência. Os racionalistas eram, consequentemente, inatistas, pois defendiam a existência do conhecimento inato no ser humano, ou seja, que o conhecimento já está inserido no intelecto humano.
Basicamente, o empirismo defende que todo o conhecimento advém da experiência prática que temos cotidianamente, ou seja, que as nossas estruturas cognitivas somente aprendem por meio da vivência e das apreensões de nossos sentidos.
2.3.1.Características do empirismo
O empirismo defende que toda a nossa estrutura cognitiva é formada com base na experiência prática, de modo que, quanto mais vastas, intensas e ricas as nossas experiências, mais amplo e profundo torna-se o nosso conhecimento. Aristóteles já defendia que o conhecimento advém da experiência, contrariando as teses platónicas, que eram essencialmente inatistas (LIVEIRA, 1998).
John Locke, um dos principais empiristas da Modernidade, afirmou que o ser humano é uma tábula rasa. A tábula era um instrumento romano de escrita, feito com cera. As pessoas escreviam na cera com uma espécie de estilete e, quando queriam apagar, bastava raspar ou derreter esse material.
Quando a tábula estava sem inscrições, era chamada de tábula rasa. Esta pode ser comparada a uma folha em branco. Isso significa que o ser humano nasce sem nenhum conhecimento e é preenchido de acordo com as vivências que ele adquire.
Hobbes retomou a teoria do conhecimento aristotélica para enumerar o conhecimento como o despertar de vários graus, a saber: a sensação, a percepção, a imaginação, a memória e a experiência. A sensação é o primeiro despertar do conhecimento, que fornece dados para a percepção. A percepção, por sua vez, activa a imaginação (somente imaginamos aquilo que podemos, de algum modo, conhecer na prática). Tudo isso fornece dados que podem activar a memória, e o acúmulo de memória constitui o conjunto de saberes denominado experiência.
Bacon é o primeiro grande teórico do método filosófico e científico da indução. O método indutivo afirma que o conhecimento rigoroso é obtido pela repetição de experiências e pode ser controlado por meio da observação metódica do ser humano.
Locke formula uma espécie de empirismo crítico. A epistemologia de John Locke admite que há apenas uma categoria inata no ser humano: a capacidade de depreender conhecimento com base nas experiências. Segundo Locke, as estruturas cartesianas erram, desde o início, ao separar o ser humano em duas categorias distintas: corpo e alma. Segundo o filósofo, o ser humano é composto por corpo e alma simultaneamente, sem separações. E isso faz com que a alma impulsione o corpo a conhecer, pois não há qualquer tipo de conhecimento racional inato.
Para Hume, as ideias não são inatas, mas derivam das sensações e das percepções que o ser humano adquire. As sensações e percepções são fruto de um conjunto de vivências que adquirimos por meio dos sentidos. O que determina o grau e a capacidade de conhecimento humano são o nível e a intensidade das experiências adquiridas pelos sentidos.
2.3.2.Defensores do empirismo
O empirismo moderno foi defendido por filósofos como Thomas Hobbes, Francis Bacon, John Locke e David Hume, o que pode classificá-lo como, essencialmente, britânico.
· John Locke
A teoria epistemológica de John Locke é uma investigação sobre a mente e sua capacidade de conhecer. Em Ensaio acerca do entendimento humano, nomeou tudo aquilo em que se pode pensar como ideia e defendeu que sua origem seriamas sensações, como as ideias de quente e amarelo, e as operações mentais, como a dúvida.
· David Hume
David Hume, em Investigação sobre o entendimento humano (1748), teve como objectivo estudar a mente. De acordo com sua teoria, os conteúdos da mente, chamados de percepções, são adquiridos apenas em contacto com a realidade. O que nomeia como impressões são a via pela qual os conteúdos adentram a mente e não se restringem apenas ao que resulta directamente de nossas experiências, mas incluem as emoções e os desejos (idem).
2.4.Idealismo
Segundo POPKIN (2000) o idealismo não é uma simples teoria, mas um conjunto de teorias filosóficas metafísicas complexas que entendem a realidade como uma complexidade existente em, pelo menos, dois planos: um plano material (da realidade material, sensorial e perceptível) e um plano ideal, de uma existência ideal, onde se estabelecem apenas conceitos, significados e formas perfeitamente estabelecidas. Podemos remontar o idealismo a Platão, e temos um desenvolvimento maior da corrente com os idealistas alemães do século XVIII.
O idealismo parte do princípio de que há a existência metafísica de uma realidade complexa e ideal. O que é ideal é aquilo que existe enquanto ideia, enquanto conceito, como algo descolado da matéria. O idealismo é justamente a afirmação dessas ideais como ponto central do conhecimento.
2.4.1.Características do idealismo
A realidade material é o que existe como matéria e é apreendido pelos órgãos do sentido, ou seja, aquilo que é visto, tocado, ouvido, aquilo que provoca experiências sensoriais. A realidade ideal somente pode ser compreendida por meio do intelecto, da racionalidade. O idealismo é a corrente teórica que coloca nas ideais a centralidade para qualquer entendimento da realidade (POPKIN, 2000).
Para compreendermos as características do idealismo, é necessário compreender que existem posições diferentes entre os pensadores considerados idealistas. Platão afirmou a existência de duas realidades distintas: a realidade material ou sensorial e a realidade ideal. A realidade ideal seria um todo complexo contendo todas as ideais, conceitos e formas de maneira perfeita, eterna e imutável. A realidade material seria apenas a cópia imperfeita daquela realidade ideal. O que Platão chamou de mundo das ideias seria a dimensão em que o idealismo estaria estabelecido e o único conhecimento verdadeiro e confiável seria o conhecimento intelectual das ideias e formas.
O idealismo platônico foi resgatado na Modernidade por pensadores racionalistas, como René Descartes e Baruch de Espinoza. Os racionalistas travaram um embate intelectual com os empiristas, e esse embate marcou a epistemologia moderna: o conhecimento advém da racionalidade pura ou das experiências práticas?
Para os racionalistas, é a racionalidade que nos proporciona o conhecimento verdadeiro, pois ela nos permite o entendimento das ideias e dos conceitos, que são a base racional do mundo. Os empiristas, obviamente, discordavam e colocavam na experiência prática vivenciada no mundo toda a fonte original do conhecimento. O desenrolar dessa querela epistemológica foi importante para o idealismo, pois culminou no que chamamos de idealismo alemão.
2.4.2.Defensores do idealismo
O idealismo alemão é um conjunto de teorias idealistas que surgiram num contexto bem específico de produção de filósofos alemães, sendo que seu início preciso deu-se pelo pensador do século XVIII Emanuel Kant. O idealismo alemão é comummente chamado de pós-kantismo justamente por estar em Kant o início de tudo.
Os filósofos do idealismo alemão são:
· Immanuel Kant
· Johan Gottlieb Fichte
· Friedrich Wilhelm Joseph Schelling
· George Wilhelm Friedrich Hegel (POPKIN, 2000).
2.5.Hermenêutica
Segundo MAXIMILIANO (1999), Hermenêutica – do grego, provém do verbo hermeneuein (interpretar) e do substantivo hermeneia (interpretação). Alguns autores especam que a origem do termo advém da figura mitológica. 
Hermenêutica é uma palavra com origem grega e significa a arte ou técnica de interpretar e explicar um texto ou discurso. O seu sentido original estava relacionado com a Bíblia, sendo que neste caso consistia na compreensão das Escrituras, para compreender o sentido das palavras de Deus. Hermenêutica também está presente na filosofia e na área jurídica, cada uma com seu significado. Hermes, filho de Zeus, responsável por interpretar e traduzir as mensagens do mundo dos Deuses, tornando-as acessíveis ao intelecto humano. Exegese, etimologicamente, se origina a partir do grego exégésis, que significa interpretação, tradução ou expor os fatos. Normalmente, a exegese é utilizada para a interpretação e explicação crítica de obras artísticas e literárias de cunho religioso.
Interpretação, por sua vez, nasce da palavra latina interpres, que significa a pessoa apta a prever acontecimentos futuros pelo exame das condições presentes.
Como visto anteriormente, hermenêutica tem sua origem associada ao Deus Hermes. Em outras palavras, podemos conceituar hermenêutica como sendo o conjunto de teorias voltadas para a interpretação de algo, não somente um texto escrito, mas de tudo o qual se possa atribuir significado e sentido.
Compreende-se, portanto, que hermenêutica é a ciência para a aplicação da interpretação. No âmbito jurídico, podemos dizer que, por meio da hermenêutica é possível interpretas normas e textos jurídicos, retirando-lhes o sentido objectivamente válido e determinando seus alcances.
Para MAXIMILIANO (1999), a hermenêutica tem por objecto “o estudo e a sistematização dos processos aplicáveis para determinar o sentido e o alcance das expressões do direito.
2.5.1.Características da hermenêutica 
Segundo PALMER (1986), a hermenêutica aborda duas vertentes: a epistemológica, com a interpretação de textos e a ontológica, que remete para a interpretação de uma realidade. Etimologicamente, a palavra está relacionada com o deus grego Hermes, que era um dos deuses da oratória.
· Hermenêutica Bíblica
Hermenêutica na Bíblia é a arte que estuda as escrituras, o que cada palavra, frase e capítulos significam. Existem muitos textos na Bíblia difíceis de compreender, por isso a hermenêutica faz-se essencial para as pessoas que não têm muito conhecimento das palavras e dos símbolos.
· Hermenêutica na Filosofia
Na filosofia, hermenêutica é a ciência que estuda a arte e a teoria da interpretação, e surgiu na Grécia Antiga. A hermenêutica estuda diversos assuntos em diversas áreas, como literatura, religião e direito.
Na filosofia, hermenêutica é fundamentada por Hans-Georg Gadamer, que escreveu um livro sobre como explicar e analisar textos de forma coerente, através de métodos especiais. Para Gadamer, a hermenêutica é uma forma de compreender as ciências espirituais e a história, através de uma interpretação da tradição.
· Hermenêutica Jurídica
Na área jurídica, hermenêutica é a ciência que criou as regras e métodos para interpretação das normas jurídicas, fazendo com que elas sejam conhecidas com seu sentido exato e esperadas pelos órgãos que a criaram.
Toda norma jurídica deve ser aplicada em razão do todo do sistema jurídico vigente, e não depende da interpretação de cada um, ela deve estar vinculada aos mandamentos legais de uma sociedade.
2.5.2.Defensor da hermenêutica
A hermenêutica filosófica refere-se principalmente à teoria do conhecimento de Hans-Georg Gadamer, desenvolvida em sua obra Verdade e Método (Wahrheit und Methode), e algumas vezes a Paul Ricoeur (DOMINGUES, 2004). 
A hermenêutica tradicional refere-se ao estudo da interpretação de textos escritos, especialmente nas áreas de literatura, religião e direito. A hermenêutica moderna ou contemporânea engloba não somente textos escritos, mas também tudo que há no processo interpretativo. Isso inclui formas verbais e não-verbais de comunicação, assim como aspectos que afectam a comunicação, como proposições, pressupostos, o significado e a filosofia da linguagem e a semiótica. A hermenêutica filosófica refere-se principalmente à teoria do conhecimento de Hans-GeorgGadamer, desenvolvida em sua obra Verdade e Método (Wahrheit und Methode), e algumas vezes a Paul Ricoeur.
2.6.Funcionalismo
Segundo PERINI (1998), o funcionalismo é "uma estrutura que visa construir uma teoria que considera a sociedade como um sistema complexo cujas partes trabalham juntas para promover a solidariedade e a estabilidade".
Esta abordagem olha para a sociedade por meio de uma orientação de nível macro, ou seja, um foco amplo sobre as estruturas sociais que moldam a sociedade como um todo. O funcionalismo postula que a sociedade evolui como organismos. Essa abordagem analisa tanto a estrutura social quanto as funções sociais. O funcionalismo aborda a sociedade como um todo em termos da função de seus elementos constituintes; ou seja, as normas, os costumes, as tradições e as instituições.
2.6.1.Características do funcionalismo
Assim como o funcionalismo, o estrutural funcionalismo compreende que a organização social de um grupo está baseada nas funções e que o todo permite a continuidade do sistema. No entanto, a vertente estrutural funcionalista não estuda somente o funcionamento da sociedade, mas a forma como as estruturas se relacionam para a manutenção do sistema.
Para Radcliffe-Brown, a sociedade é um sistema orgânico mantido por relações que se retroalimentam e as instituições independem do indivíduo. Ambas teorias perdem força a partir da década de 1960 por algumas razões como: 
· Preocupavam-se com os efeitos dos fenómenos socioculturais, mas não explicavam suas causas;
· Não respondiam como as mesmas necessidades humanas levavam à criação de instituições diferentes em sociedades diversas;
· Uma sociedade era vista como um sistema harmónico e equilibrado e os conflitos eram a excepção;
· Utilizavam um conceito super socializado do ser humano e ignoravam a sua capacidade de acção individual (PERINI, 1998).
2.6.2.Defensores do funcionalismo
A teoria estrutural funcionalista guarda muitas semelhanças e algumas diferenças em relação ao funcionalismo. O criador dessa vertente foi o antropólogo Alfred R. Radcliffe-Brown (1881 - 1955). Radcliffe-Brown estudou os povos das Ilhas Andaman, também utilizando-se da pesquisa de campo. Seu objectivo era analisar a relação entre as estruturas sociais e as actividades sociais (idem).
2.7.Estruturalismo
O estruturalismo é uma corrente de pensamento nas ciências humanas que se inspirou no modelo da linguística e que depreende a realidade social a partir de um conjunto considerado elementar (ou formal) de relações. 
O estruturalismo opera no sentido de descobrir as estruturas que sustentam todas as coisas que os seres humanos fazem, pensam, percebem e sentem. O filósofo Simon Blackburn resume afirmando que o estruturalismo é "a crença de que os fenômenos da vida humana não são inteligíveis exceto através de suas inter-relações. Estas relações constituem uma estrutura e, ainda por trás das variações locais dos fenômenos superficiais, existem leis constantes do extrato cultural.
O termo estruturalismo tem origem no livro Cours de linguistique générale (em português, Curso de linguística geral) de Ferdinand de Saussure (1916), que se propunha a abordar qualquer língua como um sistema no qual cada um dos elementos só pode ser definido pelas relações de equivalência ou de oposição que mantém com os demais elementos. Esse conjunto de relações forma a estrutura.
O estruturalismo é uma abordagem que veio a se tornar um dos métodos mais extensamente utilizados para analisar a língua, a cultura, a filosofia da matemática e a sociedade na segunda metade do século XX. Entretanto, "estruturalismo" não se refere a uma "escola" claramente definida de autores, embora o trabalho de Ferdinand de Saussure seja geralmente considerado um ponto de partida. O estruturalismo é mais bem visto como uma abordagem geral com muitas variações diferentes. Como em qualquer movimento cultural, as influências e os desenvolvimentos são complexos.
2.7.1.Principais características do estruturalismo:
· Ruptura intelectual com o tradicionalismo;
· Metodologia que visa compreender os elementos culturais, através de suas relações com um sistema mais abrangente;
· Busca da identificação das estruturas que mantém os diversos aspectos da vida dos seres humanos (religiosidade, crenças, comportamentos, sentimentos, manifestações culturais, etc.);
· Entendimento de que o significado é produzido e reproduzido no interior de uma cultura através de várias práticas, fenômenos, ações sociais e atividades que funcionam como sistemas de significação;
2.7.2.Defensores do estruturalismo 
Um dos pioneiros da psicologia, o médico, filósofo e psicólogo alemão Wilhelm Wundt é considerado também o precursor do método estruturalista na psicologia. Wundt passou a trabalhar com a chamada psicologia experimental, realizando um extenso trabalho laboratorial na tentativa de descobrir novos modelos de interpretação psicológica.
A tese de Wundt que o levou a desenvolver o método estruturalista estava baseada na ideia de que há uma estrutura geral da mente humana, que, indiferente às mudanças subjetivas de cada indivíduo, compunha uma espécie de estrutura geral da mente subjacente a qualquer ser humano. Dessa maneira a psicologia poderia estabelecer-se como uma ciência, pois ela não estaria tão sujeita ao fracasso científico proporcionado pela peculiaridade e especificidade de cada mente. A tarefa do psicólogo pelo método estruturalista era analisar o indivíduo como parte de um todo e tentar descobrir qual era a estrutura que compunha esse todo
2.8. Etnometodologia
Etnometodologia é uma corrente sociológica desenvolvida primeiramente nos Estados Unidos a partir da década de 1960. Alguns anos depois, chegou à Europa. Trabalha com uma perspectiva de pesquisa compreensiva, em oposição à noção explicativa. A Etnometodologia considera que a realidade socialmente construída está presente na vivência cotidiana de cada um e que em todos os momentos podemos compreender as construções sociais que permeiam nossa conversa, nossos gestos, nossa comunicação.
2.8.1. Principal Característica da Etnometodologia
A etnometodologia busca pesquisar, empiricamente, os métodos que os indivíduos utilizam para dar sentido e ao mesmo tempo realizar as suas acções de todos os dias.
2.8.2.Defensores da Etnometodologia
Tem como seu principal teórico Harold Garfinkel (1917-2011) que publicou o livro Studies in Ethnomethodology (Estudos sobre Etnometodologia), em 1967, apesar do amplo uso da consagrada expressão Etnologia nas ciências sociais, mais especificamente na Antropologia.
2.9.Fenomenologia
Fenomenologia (do grego phainesthai – entende se como aquilo que se apresenta ou que mostra - e logos explicação, estudo) é uma metodologia ou um modo de pensamento filosófico que retoma a importância dos fenômenos, os quais devem ser estudados em si mesmos, tudo que podemos saber do mundo e de nós próprios resume-se a esses fenômenos, a esses objectos fenomenais que o ser experimenta em sua finitude. Os objetos da Fenomenologia são dados imediatos apreendidos em intuição pura, na nossa lida cotidiana com as coisas, com o propósito de descobrir estruturas existenciais dos atos (noesis) e as entidades que correspondem a elas (noema).
2.9.1. Característica da fenomenologia
Conhecer os fenómenos tal como eles se apresentam na consciência humana. Assim, a proposta é a de suspender, ao princípio, as generalizações científicas ou filosóficas: o início da investigação deve ser o próprio fenómeno.
2.9.2. Defensores da fenomenologia;
o fundador desse método de investigação filosófica é filósofo, matemático e lógico Edmund Husserl (1859-1938), e quem estabeleceu os principais conceitos e métodos que seriam amplamente usados pelos filósofos desta tradição. Ele, influenciado por Franz Brentano- seu mestre - lutou contra o historicismo e o psicologismo. Propôs por meio de sua experiência de pensamento um recomeço para a filosofia como uma investigação rigorosa que se iniciaria com os estudos dos fenômenos, como estes aparecem na e para a consciência do tempo,para expôr os limites da razão. Suas investigações lógicas influenciaram até mesmo os filósofos e matemáticos da mais forte corrente oposta, o empirismo lógico. A Fenomenologia representou uma reação no sentido de superação da metafísica, pretensão de parte dos filósofos e cientistas do século XIX e XX.
2.10. Positivismo 
O positivismo é uma teoria de desenvolvimento social que afeta o campo das ciências, pois aposta nelas como factor de desenvolvimento social, e o campo da política, pois desenvolve uma teoria que promove uma espécie de doutrina para a promoção do progresso civil.
2.10.1.Características do positivismo
· Doutrina filosófica:
 a inspiração política do positivismo estava no Iluminismo. Os primeiros filósofos iluministas defendiam que o conhecimento deveria ser universalmente estimulado, mediante uma educação emancipadora para levar a autonomia social a um nível em que a humanidade progrediria moralmente pelos frutos do progresso intelectual. Esse progresso somente seria pleno, no momento em que todos se juntassem em prol da busca pelo conhecimento esclarecedor sobre o mundo.
· Doutrina sociológica: 
A ordem social estaria intimamente ligada ao desenvolvimento moral e ao desenvolvimento científico. Portanto, seria necessário, além de entender a natureza, entender o funcionamento da sociedade, levando em conta a atuação dos seres humanos e criando teorias doutrinárias que ditassem um modo de agir que levasse ao progresso. O rigor e a ordem eram imperativos nessas teorias, pois eram eles que garantiriam o pleno desenvolvimento humano.
· Doutrina política: 
a disciplina, o rigor e a ordem social eram requisitos políticos para a garantia do avanço social na visão de Comte. Somente com ações voltadas para o desenvolvimento de uma disciplina pessoal e coletiva, cultivada juntamente com o aprendizado das ciências e com o trabalho socilógico, a política poderia render um estágio de progresso capaz de levar a humanidade ao seu ápice.
· Desenvolvimento das ciências e das técnicas: 
a tecnologia e a ciência eram partes importantíssimas da teoria de Auguste Comte. Segundo o filósofo, nenhum progresso seria possível no estágio positivo sem o alto grau de aperfeiçoamento científico aliado ao alto desenvolvimento tecnológico, o que impulsionaria a humanidade sempre adiante.
· Religião positiva:
 a religião sempre foi característica comum da humanidade. Os seres humanos sempre buscaram o culto a algum tipo de divindade para explicar o inexplicável. Como a busca por explicações mais elaboradas é marca comum do estágio positivo, a religião tradicional daria lugar, segundo o pensamento positivista, a um novo tipo de religião, o cientificismo. O cientificismo seria o ato de depositar nas ciências toda a fé em relação ao conhecimento e ao desbravamento do mundo, entendendo que não há sobrenatural, mas somente natureza. As ciências ocupariam, para os positivistas, o lugar que Deus ocupou nas religiões desenvolvidas até então.
2.10.2. Defensores do positivismo
Essa teoria foi elaborada pelo filósofo Auguste Comte (1798-1857), que, influenciado pelo iluminismo francês, elaborou uma teoria política, social e científica que apostou em uma marcha progressiva constante da sociedade. Segundo o seu pensamento, a humanidade teria passado por dois estágios de desenvolvimento e, no século XIX, teria entrado no terceiro e mais aprimorado estágio, o positivo.
2.11. Idealismo 
Idealismo é a qualidade do que é ideal. É a representação das coisas sob a forma ideal. É a propensão ou inclinação do espírito para o devaneio, para o ideal. O ideal é o que existe somente na ideia, no imaginário, é o fantástico, o modelo sonhado. é a qualidade do que é ideal. É a representação das coisas sob a forma ideal. É a propensão ou inclinação do espírito para o devaneio, para o ideal. O ideal é o que existe somente na ideia, no imaginário, é o fantástico, o modelo sonhado.
2.11.1.Características do idealismo
A realidade material é o que existe como matéria e é apreendido pelos órgãos do sentido, ou seja, aquilo que é visto, tocado, ouvido, aquilo que provoca experiências sensoriais. Para compreendermos as características do idealismo, é necessário compreender que existem posições diferentes entre os pensadores considerados idealistas. Platão afirmou a existência de duas realidades distintas: 
· A realidade material ou sensorial
· E a realidade ideal- 
A realidade ideal- seria um todo complexo contendo todas as ideais, conceitos e formas de maneira perfeita, eterna e imutável. 
A realidade material- seria apenas a cópia imperfeita daquela realidade ideal. O que Platão chamou de mundo das ideias seria a dimensão em que o idealismo estaria estabelecido e o único conhecimento verdadeiro e confiável seria o conhecimento intelectual das ideias e formas.
A realidade ideal somente pode ser compreendida por meio do intelecto, da racionalidade. O idealismo é a corrente teórica que coloca nas ideais a centralidade para qualquer entendimento da realidade.
2.11.2. Defensores do idealismo.
Os filósofos do idealismo são:
· Immanuel Kant
· Johan Gottlieb Fichte
· Friedrich Wilhelm Joseph Schelling
· George Wilhelm Friedrich Hegel
2.12. Método Hipotético dedutivo
O Método hipotético-dedutivo consiste na construção de conjecturas, ou seja, premissas com alta probabilidade e que a construção seja similar, baseada nas hipóteses, isto é, caso as hipóteses sejam verdadeiras, as conjecturas também serão. Por isso as hipóteses devem ser submetidas a testes, os mais diversos possíveis, à crítica intersubjectiva, ao controle mútuo pela discussão crítica, à publicidade (sujeitando o assunto a novas críticas) e ao confronto com os factos, para verificar quais são as hipóteses que persistem como válidas resistindo às tentativas de falseamento, sem o que seriam refutadas. É um método com consequências, que leva a um grau de certeza igual ao das hipóteses iniciais, assim o conhecimento absolutamente certo e demonstrável é dependente do grau de certeza da hipótese.
construção de conjecturas, ou seja, premissas com alta probabilidade e que a construção seja similar, baseada nas hipóteses, isto é, caso as hipóteses sejam verdadeiras, as conjecturas também serão.
2.12.1.Características do método hipotético dedutivo
Indução é um processo mental por intermédio do qual, partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou universal, não contida nas partes examinadas. Portanto, o objectivo dos argumentos indutivos é levar a conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas nas quais se basearam.
2.12.2. Defensores do método hipotético dedutivo
Karll Popper 1902-1994 e o criador do metodohipotetico dedutivo e um fiabilista na area cientifica. Para ele o conhecimento cientifco não possui o valor de verdadee, mas de verossimilhancas.em sua obra conjecturas e refutacoes , o teorico defende que existem diferentes graus de proximidade, isto e, embora o uma hipotese pode ser refutada parte de seu conteudo pode ser verdadeiro (GUIMARAES, 2018).
2.13. Método Dialéctico
Pelo  latim  dialéctica ou dialectĭce) é um método de diálogo cujo foco é a contraposição e contradição de ideias que levam a outras ideias e que tem sido um tema central na filosofia ocidental e oriental desde os tempos antigos. A tradução literal de dialéctica significa "caminho entre as ideias
O método dialéctico possui várias definições, tal como a hegeliana, a marxista entre outras. Para alguns, ela consiste em um modo esquemático de explicação da realidade que se baseia em oposições e em choques entre situações diversas ou opostas. Diferentemente do método causal, no qual se estabelecem relações de causa e efeito entre os fatos (ex: as radiações solares provocam a evaporação das águas, estas contribuem para a formação de nuvens, que, por sua vez, causa as chuvas), o modo dialéctico busca elementos conflituantes entre dois ou mais fatos para explicar uma nova situação decorrente desse conflito.
2.13.1 Característico método Dialéctico
O método Dialéctico ecaracterizado por apresentar discussão, da argumentação dialogada e da provocação. E a contextualização do problema a ser pesquisado, podendo efectivar-se mediante respostas às questões.
2.13.2 Defensores Dialéctico
Até hoje, não foi definido quem teria sido o fundador da dialéctica: alguns acreditam que tenha sido Sócrates, e outros, assim como Aristóteles, acreditam que tenha sido Zenão de Eleia. Na Grécia Antiga, a dialéctica era considerada a arte de argumentar no diálogo. Actualmente é considerada como o modo de pensarmos as contradições da realidade, o modo de compreendermos a realidade como essencialmente contraditória e em permanente transformação.
2.14. Método qualitativo
É um método prático que traduz todos os dados obtidos em números e/ou percentagens, que busca obter respostas conclusivas sobre diferentes temas, como uma avaliação de mercado, aceitação de um produto ou reputação de uma marca, por exemplo
2.14.1.Características do Método qualitativo
Algumas de suas características incluem:
· Ser um tipo de pesquisa centrada na objetividade;
· Possuir um método de coleta estruturado e que deve ser especificado em todos os detalhes antes do estudo ter início;
· As estratégias utilizadas para coleta de dados incluem: questionários impressos ou online, entrevistas digitais, telefônicas ou presenciais, entre outros;
· Possuir uma medição padronizada, numérica, cujos resultados são analisados ao fim do estudo;
· A amostragem selecionada é grande, pois tem como objetivo extrapolar os resultados para o universo que a amostra representa com a menor margem de erro possível (ALLAN, 1993).
2.14.2.Defensores do Método qualitativo
Vários autores propuseram já um faseamento da história dos métodos qualitativos na pesquisa empírica em ciências sociais: a sua importância e quase hegemonia na pesquisa social empírica no princípio do século passado com a Escola de Chicago (1915-30), a emergência dos estudos quantitativos e subordinação dos métodos qualitativos com a Escola de Colúmbia (1940-1950), a reemergência dos métodos qualitativos, nos anos 60-70, estreitamente associados ao interaccionismo e, a partir dos anos 80, a dissociação da expressão “métodos qualitativos” desta perspectiva teórica e epistemológica com a integração, nos “métodos qualitativos”, de perspectivas distintas e com proveniências disciplinares diversas.
2.14.3.Características do Método qualitativo 
Algumas de suas características incluem:
· Os tipos de dados coletados nesse modelo de pesquisa são narrativos, sem utilizar um sistema numérico;
· O tipo de abordagem é subjetivo;
· Diferentemente da pesquisa quantitativa, a amostragem é selecionada, com poucos participantes. O objetivo é conseguir um entendimento mais profundo do tema proposto;
· Já os métodos de pesquisa são flexíveis e as estratégias utilizadas para coletar os dados pode incluir: observações, entrevistas individuais e grupos focais;
· A análise dos dados para chegar a uma conclusão se baseia em observações e comentários.
2.15.Método Dedutivo
O método dedutivo, raciocínio dedutivo ou dedução é um conceito utilizado em diversas áreas e que está relacionado com as distintas formas de raciocinar.
É um processo de análise de informação que nos leva a uma conclusão. Dessa maneira, usa-se da dedução para encontrar o resultado final.
2.15.1.Características 
Neste processo, os raciocínios dedutivos apresentam conclusões que devem, necessariamente ser verdadeiras, se todas as premissas sejam também verdadeiras e ele respeitar uma estrutura lógica de pensamento.
Este método normalmente é usado para testar as hipóteses já existentes, chamadas de axiomas, para assim, provar teorias, denominadas de teoremas. Por isso, ele é também denominado de método hipotético-dedutivo.
O método dedutivo funciona de maneira exatamente oposta, neste método a certeza de verdade ou falsidade do argumento é garantida pela estrutura, sendo a conclusão presente nas premissas. Um dos principais modelos aos quais o método dedutivo é aplicado é o silogismo, que funciona como um exemplo simples de raciocínio dedutivo. O clássico exemplo que conclui acerca da mortalidade de Sócrates, baseando-se nas premissas que afirmam que ele é mortal e que todos os homens são mortais:
· Todo homem é mortal
· Sócrates é um homem
· Então, Sócrates é mortal
A primeira premissa estabelece que todos os objetos classificados como "homem" possuem o atributo "mortal". A segunda premissa estabelece que "Sócrates" é um objeto classificado como "homem", um membro da espécie humana como diríamos em linguagem ordinária, ou um membro do grupo humano. A conclusão então é derivada das premissas, estabelecendo que, o objeto "Sócrates" possui o atributo "mortal", uma vez que sabemos, através da premissa 2 que Sócrates é classificado como "homem" e através da premissa 1 que todo "homem" possui o atributo "mortal". 
2.15.2.Defensores
O filósofo grego Aristóteles contribuiu para sua definição por meio do que ficou conhecido como lógica aristotélica, que por sua vez, está pautada na doutrina do silogismo.
Isso porque desde de Aristóteles, são encontradas condições necessárias para as proposições verdadeiras, para que, por fim, obtenham-se conclusões verdadeiras.
2.16.Método Indutivo 
Segundo MANUEL (2012), o método indutivo é uma forma de raciocínio que parte da observação. Somente a partir dessa análise é possível desenvolver uma teoria, na qual serão apresentadas premissas com o intuito de chegar a conclusões que podem ou não serem verdadeiras.
O método indutivo, raciocínio indutivo ou simplesmente indução, é um tipo de argumento utilizado em diversas áreas do conhecimento. Esse método tem o intuito de chegar a uma conclusão. O método indutivo tem como ponto de partida a observação para, daí, elaborar uma teoria.
Sendo assim, ele é muito utilizado nas ciências no qual parte de premissas verdadeiras para chegar em conclusões que podem ou não serem verdadeiras. Nesse sentido, a indução acrescenta informações novas nas premissas que foram dadas anteriormente (idem).
2.16.1.Características 
Indução é um processo mental por intermédio do qual, partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou universal, não contida nas partes examinadas. – Portanto, o objectivo dos argumentos indutivos é levar a conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas nas quais se basearam
Uma característica que não pode deixar de ser assinalada é que o argumento indutivo, da mesma forma que o dedutivo, fundamenta-se em premissas. • Se nos dedutivos, premissas verdadeiras levam inevitavelmente à conclusão verdadeira • Nos indutivos, conduzem apenas a conclusões prováveis ou – “pode-se afirmar que as premissas de um argumento indutivo correto sustentam ou atribuem certa verossimilhança à sua conclusão. Assim, quando as premissas são verdadeiras, o melhor que se pode dizer é que a sua conclusão é, provavelmente, verdadeira”.
Na opinião de Bacon e Mill, o método científico é caracterizado por três factores:
· Acúmulo de observações particulares. O método científico começa com a colecta do maior número possível de fatos observados em relação ao tópico sob investigação.
· Generalização a partir das observações particulares. O método científico então prossegue inferindo leis gerais a partir dos fatos particulares acumulados.
· Confirmação repetida. O método científico continua a acumular fatos mais específicos para ver se a generalização continua sendo verdadeira. Quanto mais casos particulares de uma “lei” forem encontrados, mais confirmação a lei terá e maior será sua probabilidade.
Assim, para o indutivista, a ciência se diferencia da opinião, superstição e preconceito por ser baseada na generalização a partir de inúmeras observações particulares. As pseudociências, ao contrário, não são solidamente baseadas em boas observações sensoriais e repetidas confirmações.
2.16.2.Defensores
O raciocínio indutivo foi sugerido como o método científico apropriado por Francis Bacon (1561-1626). O filósofo, ao contrário deseus contemporâneos, se recusou aceitar sem questionar as visões da natureza herdadas dos antigos gregos. Era muito comum naquela época acreditar serem verdadeiras quaisquer ideias presentes nos livros de Aristóteles ou na Bíblia.
Bacon insistiu que os cientistas deveriam investigar a natureza através da observação e experimentação cuidadosas. Ele pensava que os cientistas deveriam colectar o máximo de fatos possíveis sobre determinados fenómenos e depois disso examiná-los cuidadosamente e, só então, tirar conclusões.
Dois séculos depois de Bacon, outro filósofo, o empirista John Stuart Mill (1806–1873), tentou melhorar essas ideias. Ele elaborou o que chamou de método indutivo. O que fez foi definir regras para determinar quais generalizações eram apoiadas pelos fatos e observações realizadas por um cientista (idem).
3.Conclusão 
Dentre vários aspectos tratados neste trabalho sobre as correntes filosóficas e os métodos científicos, chegou-se a concluir que para os filósofos idealistas, tudo o que existia no mundo exterior ao eu, isto é, no mundo material, era resultado do trabalho da mente e das ideias. Assim, a realidade era considerada como uma criação da mente, e não algo dado pelo mundo. Assim, se o idealismo considera tudo uma criação da mente, os materialistas, como a própria designação indica, consideram justamente o contrário. Para eles, o mundo e todas as suas coisas existem fora de nós, já que são matéria, e não resultados. Aristóteles e Karl Marx são os grandes expoentes desta teoria.
Viu-se também que o empirismo é um método de análise bastante utilizado na ciência moderna, especialmente nas disciplinas exactas. Na filosofia, significa que os sentidos são os verdadeiros responsáveis por revelar a verdade, e não a razão.
Portanto, entre os racionalistas encontramos filósofos franceses e alemães, que defendiam que todo conhecimento deve originar-se de algum tipo de ideias inatas na mente, aquelas ideias que são nativas, já nascem com a pessoa. Enquanto alguns racionalistas afirmaram que todo o conhecimento é inato ou provido por meio do raciocínio dedutivo, enquanto outros racionalistas aceitavam um maior papel da experiência. Entre os principais racionalistas encontramos médico René Descartes, o logicista e matemático Gottlob Frege e Baruch Spinoza.
Tendo como principais figuras os filósofos britânicos John Locke, George Berkely e David Hume, o empirismo era o opositor natural do racionalismo. Esta posição defendia que a mente era uma tábula rasa, termo introduzido por Locke, significando que não possuímos ideias inatas e que o conhecimento é impresso em nossa mente através dos dados dos sentidos. Com isto, defendeu ainda que haveriam duas formas para o surgimento das ideias, pela sensação e pela reflexão, com ideias podendo ser simples ou complexas.
No trabalho também viu-se sobre os métodos científicos, que são métodos que fornecem as bases lógicas ao conhecimento científico, dentre elas são: método indutivo, método dedutivo, método hipotético-dedutivo, método dialéctico, método fenomenológico, etc.
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POPKIN, Richard. História do ceticismo de Erasmo a Espinosa. Tradução de Danilo Marcondes. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 2000.
PORFÍRIO, Francisco. "Racionalismo"; 1999. Disponível em:
Disponível em: https:// filosofia/empirismo.htm. Acesso em 27 de Junho de 2021. 
WATSON, R.; GASTALDO, E. Etnometodologia e Análise da Conversa. Petrópolis / Rio de Janeiro: Vozes / PUC-Rio, 2015.

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