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FISIOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 1 FISIOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO FUNÇÕES DO SISTEMA: As quatro funções primárias do sistema respiratório são: - Troca de gases entre a atmosfera e o sangue: O corpo traz o O2 e o distribui para os tecidos, eliminando o CO2 produzido pelo metabolismo. - Regulação homeostática do pH do corpo: Os pulmões podem alterar o pH corporal retendo ou eliminando seletivamente o CO2. - Proteção contra patógenos e substâncias irritantes inalados: assim como todos os outros epitélios que têm contato com o meio externo, o epitélio respiratório é bem suprido com mecanismos de defesa que aprisionam e destroem substâncias potencialmente nocivas antes que elas possam entrar no corpo. - Vocalização: O ar move-se através das pregas vocais, criando vibrações usadas para falar, cantar e outras formas de comunicação. A troca de ar entre o meio externo e os espaços aéreos do interior dos pulmões é chamada de fluxo global e segue os mesmos princípios do sistema circulatório: o fluxo ocorre de alta pressão para baixa pressão; uma bomba muscular cria esse gradiente; a resistência ao fluxo de ar é influenciada pelo diâmetro dos tubos pelos os quais o ar está fluindo. AS 4 ETAPAS DA RESPIRAÇÃO EXTERNA: 1. A troca de ar entre a atmosfera e os pulmões – processo conhecido como ventilação composto por inspiração e expiração 2. A troca de O2 e de CO2 entre os pulmões e o sangue 3. O transporte de O2 e CO2 pelo sangue 4. A troca de gases entre o sangue e as células VOLUMES E CAPACIDADES PULMONARES Volume corrente: a variação de volume durante uma expiração e inspiração basal, ou seja, ar inspirado e expirado espontaneamente (350 a 500 ml) Volume de reserva inspiratório: volume máximo que pode ser inspirado (volume além do volume corrente), utilizado numa inspiração forçada Volume de reserva expiratório: volume máximo que pode ser expirado (além do volume corrente), utilizado numa expiração forçada Volume residual: gás que permanece no interior dos pulmões após a expiração (não conseguimos utiliza-lo) CAPACIDADE INSPIRATÓRIA : Volume corrente + Volume de reserva inspiratório CAPACIDADE RESIDUAL FUNCIONAL : Volume de reserva expiratório + Volume residual (volume ao final de uma expiração basal) CAPACIDADE VITAL: Volume de reserva expiratório + Volume corrente + Volume de reserva inspiratório (ou seja, é todo o volume que conseguimos acessar durante uma inspiração e expiração forçadas) CAPACIDADE PULMONAR TOTAL : Capacidade vital + volume residual FISIOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 2 CICLO RESPIRATÓRIO Ciclo respiratório é o processo que vai do início da inspiração até o final da expiração. • No ciclo respiratório basal, o volume corrente é o que vai ser mobilizado numa inspiração e expiração basal; Termos a serem analisados: - Mudança do volume do pulmão: aumento de volume durante inspiração e diminuição durante expiração - Fluxo de ar: fluxo de entrada de ar (negativo) e fluxo de saída de ar (positivo) O que está levando a ter essa mudança? Quando se tem um aumento da pressão (em módulo), tem-se um aumento do volume do pulmão, já que tem uma “força” atuando sobre ele. Quando a pressão alveolar varia, ficando menor que a atmosférica, ocorre o fluxo de entrada. Quando a pressão alveolar fica maior que a atmosférica, ocorre o fluxo de saída de ar. VARIAÇÃO DE VOLUME E FLUXO NA INSPIRAÇÃO: A princípio, uma força na parede do pulmão atua aumentando o volume pulmonar, o que vai fazer com que a pressão alveolar fique MENOR que a pressão atmosférica, gerando o fluxo de entrada ar. 1º: Expansão do volume pulmonar por resposta à PRESSÃO TRANSPULMONAR 2º: Diminuição da pressão alveolar já que as moléculas têm mais espaço para contato 3º: Pressão pulmonar < Pressão atmosférica: inicia-se o fluxo de entrada de ar 4º: Entrada de mais moléculas de ar faz com que a pressão alveolar retorne a se igualar à pressão atmosférica NA EXPIRAÇÃO: Num segundo momento, após o aumento do volume pulmonar e da pressão alveolar retornar a zero, haverá uma força (FORÇA DE RETRAÇÃO ELÁSTICA) que vai induzir a diminuição do volume pulmonar, o que acarreta em um aumento da pressão alveolar (Pa > Patm). 1º: Após a inspiração, volume pulmonar aumentado e pressão alveolar igual à pressão atmosférica (zero), cessa-se o fluxo 2º: FORÇA DE RETRAÇÃO ELÁSTICA do pulmão irá DIMINUIR o volume pulmonar, ocasionando um aumento da pressão alveolar FISIOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 3 3º: Com a pressão alveolar MAIOR que a atmosférica, acontece um fluxo de SAÍDA de ar 4º: Conforme as moléculas de ar vão saindo e o volume reduzindo, a pressão alveolar torna a ser 0 e o volume pulmonar retorna para seu tamanho primordial ANÁLISE GRÁFICA Ptp = pressão transpulmonar – faz com que haja um aumento do volume pulmonar CRF = Capacidade residual funcional (aumenta o volume expiratório) ORIGEM DA PRESSÃO TRANSPULMONAR Os tecidos dos pulmões e do tórax são constituídos por várias estruturas (fibras elásticas, cartilagens, células, glândulas, nervos, vasos sanguíneos e linfáticos) que apresentam propriedades elásticas e obedecem à lei de Hooke; de modo que, quanto mais intensa a pressão gerada pelos músculos inspiratórios, maior o volume inspirado. Como as molas, os tecidos devem ser distendidos por meio de uma força externa (esforço muscular) durante a inspiração. FISIOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 4 As duas membranas pleurais são mantidas unidas pelo líquido pleural, de modo que os pulmões são forçados a se estirarem, a fim de se adaptarem ao maior volume da cavidade torácica. Ao mesmo tempo, no entanto, o recolhimento elástico dos pulmões cria uma força direcionada para dentro, que tenta puxar os pulmões para longe da caixa torácica. A combinação da caixa torácica puxando para fora e a retração elástica dos pulmões puxando para dentro cria uma pressão intrapleural subatmosférica de cerca de -3 mmHg. OBS: PNEUMOTÓRAX: Quando ocorre um evento que perfura a cavidade pleural. O ar move-se para os locais de menor pressão, de modo que a abertura entre a cavidade pleural e a atmosfera permite que o ar flua para dentro da cavidade. O ar que entra na cavidade pleural desfaz as interações do líquido que mantêm o pulmão aderido à caixa torácica. A parede torácica expande-se, ao passo que os pulmões elásticos colapsam para um estado não estirado, como um balão esvaziado. Esta condição, chamada de pneumotórax, resulta em um colapso pulmonar, que o torna incapaz de funcionar normalmente. A correção de um pneumotórax tem dois componentes: remover o máximo de ar possível da cavidade pleural com uma bomba de sucção e fechar o orifício para impedir que mais ar entre. Qualquer ar remanescente na cavidade é gradualmente absorvido para o sangue, refazendo as interações do líquido pleural e reinflando o pulmão. A pressão alveolar (Pa) está diretamente associada à força realizada pela retração elástica PULMONAR (ou seja, força sobre a parede INTERNA do pulmão). A pressão intrapleural (Pip) está diretamente associada à força de retração elástica da CAIXA TORÁCICA (ou seja, força sobre a parede EXTERNA do pulmão). A pressão transpulmonar (Ptp) vai ser, então, a RESULTANTE representada pela equação: Ptp = Pa – (Pip) → Ptp = Pa – (-Pip*) *A pressão intrapleural ficou negativa por conta da ação da força muscular! Assim, a maior parte do trabalho respiratório é gasto para superar a resistência elástica dos pulmões e da caixa torácica ao estiramento PTP = PA + PIP; ASSIM, SE É UM VALOR POSITIVO, INDICA QUE A PRESSÃO AUMENTOU, AUMENTANDO O VOLUME Força muscular → Amplia a força sobre a parede externa do pulmão→ aumento da pressão intrapleural → aumento da pressão transpulmonar FORÇA MUSCULAR Como visto, a força muscular AJUDA a ampliar a força sobre a parede externa do pulmão e vencer o equilíbrio entra a força de retração elástica do pulmão e a força de retração elástica da caixa torácica, fazendo a última “vencer”. A contração dos músculos respiratórios depende de impulsos nervosos originados dos centros respiratórios (situados no tronco cerebral), às vezes diretamente de áreas corticais superiores e também da medula (em resposta a estímulos reflexos oriundos dos fusos musculares). O automatismo do centro respiratório mantém o ritmo normal da respiração, que pode ser modificado por estímulos de outros locais do sistema nervoso, bem como por alterações químicas no sangue e/ou no líquido cefalorraquidiano. Portanto, os movimentos respiratórios estão, até certo ponto, sob o controle volitivo, embora normalmente se processem de modo automático, sem a participação consciente do indivíduo. Músculos que atuam na INSPIRAÇÃO, contraindo: - Diafragma FISIOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 5 - Músculos intercostais interósseos - Músculos paresternais e esterno triangular - Músculos escalenos - Músculos acessórios (Ex: esternocleidomastóideo) - Músculos das vias respiratórias superiores Na expiração esses músculos relaxam. Ao final da inspiração, os impulsos dos neurônios motores somáticos para os músculos inspiratórios cessam, e os músculos relaxam. A retração elástica dos pulmões e da caixa torácica leva o diafragma e as costelas para as suas posições originais relaxadas, da mesma maneira que um elástico esticado retorna ao seu tamanho original quando é solto. Devido ao fato de a expiração durante a respiração em repouso envolver a retração elástica passiva, em vez da contração muscular ativa, ela é chamada de EXPIRAÇÃO PASSIVA. Durante o exercício ou a respiração forçada, esse volume se torna proporcionalmente maior. A EXPIRAÇÃO ATIVA ocorre durante a exalação voluntária e quando a ventilação excede 30 a 40 ciclos ventilatórios por minuto. (A taxa de ventilação normal em repouso é de 12 a 20 ciclos ventilatórios por minuto para um adulto.) A expiração ativa usa os músculos intercostais internos e os músculos abdominais, os quais não são utilizados durante a inspiração. Esses músculos são coletivamente chamados de músculos expiratórios. Músculos que atuam na EXPIRAÇÃO ATIVA, contraindo: - Músculos intercostais internos - Músculos abdominais - Reto do abdome - Oblíquo externo e interno - Transverso do abdome DIAFRAGMA - Músculo mais importante: Contrai durante a inspiração, se abaixando e gerando a expansão do conteúdo do pulmão na direção do abdômen ANÁLISE GRÁFICA DA COMPLACÊNCIA A complacência é o quanto se precisa variar a pressão para que o volume varie. FISIOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 6 A força elástica é sempre o contrário do que aconteceu inicialmente, já que ela tende a retornar ao repouso. Assim, quando o volume aumenta, a força elástica do pulmão AUMENTA. A força elástica do sistema respiratório total não aumenta tanto como a do pulmão (curva é mais suave), já que existe a força ANTAGÔNICA que é a força elástica da parede torácica. A curva do sistema respiratório é a curva de complacência. Se sua inclinação for menor, significa que a complacência está menor, se for maior, a complacência está maior. Quando a pressão elástica da parede torácica se torna zero, a força muscular vai ser a única responsável por ir “contra” a força de retração elástica do pulmão. Quando a força de retração elástica da parede torácica ficar positiva, ela vai se “aliar” à força de retração elástica do pulmão, e não mais a força muscular consegue ir contra as duas. Isso marca o fim da inspiração. Músculos inspiratórios → movimentação da caixa torácica → pressão intrapleural fica NEGATIVA → primeira expansão do volume alveolar → gera uma pressão alveolar NEGATIVA → força motriz PROPRIEDADES ELÁSTICAS DO PULMÃO Força de retração elástica dos pulmões (Pel,L): tende a trazer os pulmões de volta ao seu volume mínimo, tendem sempre a se retrair e colabar. Fatores responsáveis pelo comportamento elástico do pulmão: • Fibras elásticas e colágenas • Tensão superficial do líquido que recobre a zona de trocas (surfactante) HOMOGEINIDADE ALVEOLAR A tensão superficial criada pelo fino filme de líquido é direcionada para o centro da bolha e cria pressão no interior dela. Em fisiologia, podemos comparar a bolha ao alvéolo revestido por líquido (embora o alvéolo não seja uma esfera perfeita). O líquido que reveste todos os alvéolos gera tensão superficial. Se a tensão superficial (T) do líquido fosse a mesma nos alvéolos pequenos e nos grandes, os alvéolos pequenos teriam uma pressão maior dirigida para o interior do alvéolo do que os alvéolos maiores, e maior resistência ao estiramento (passagem de ar). Como resultado, mais trabalho seria necessário para expandir os alvéolos menores. O alvéolo menor terá uma maior pressão interna e tenderá a se esvaziar no maior. A tensão superficial do alvéolo tende a reduzir sua área e, o que gera uma pressão interna. PRESENÇA DO SURFACTANTE FISIOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 7 O surfactante reduz a tensão superficial (T). Nos pulmões, os alvéolos menores tem mais surfactante, o que DIMINUI as diferenças de pressão entre os alvéolos grandes e pequenos. Isso gera uma distribuição homogênea do fluxo de ar entre os alvéolos grandes e pequenos. (homogeneidade de insuflação pulmonar). A ausência de surfactante o ar é desviado dos alvéolos menores para os maiores, havendo colapso dos alvéolos menores e os alvéolos maiores ficando hiperinsuflados. Isso ocorre na Síndrome da Angústia Respiratória em Recém-Nascidos, onde a ausência de surfactante vai gerar uma dificuldade de expansão, pois muitos alvéolos vão estar colabados por fazerem transferência de ar para alvéolos que estão abertos. ARRANJO GEOMÉTRICO DAS FIBRAS DO PULMÃO Encontram-se interligadas pela trama de tecido conjuntivo pulmonar, quando há insuflação, todos os componentes se distendem. Esse fenômeno é chamado de INTERDEPENDÊNCIA. REGULAÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO NOS ALVÉOLOS (PERFUSÃO) O fluxo sanguíneo (perfusão) que passa pelos alvéolos deve ser alto o suficiente para captar o oxigênio disponível. Ajustar a ventilação nos grupos de alvéolos pelos quais o sangue flui é um processo de duas etapas que envolve a regulação local do fluxo de ar e do fluxo sanguíneo. Alterações no fluxo sanguíneo pulmonar dependem quase exclusivamente das propriedades dos capilares e dos de fatores locais, como a concentração de oxigênio e de dióxido de carbono no tecido pulmonar. Se a pressão sanguínea que flui pelos capilares cai abaixo de certo ponto, os capilares fecham-se, desviando o sangue para os capilares pulmonares onde a pressão sanguínea é maior. Em uma pessoa em repouso, alguns leitos capilares do ápice (topo) do pulmão estão fechados devido à baixa pressão hidrostática. Como consequência, o fluxo de sanguíneo é desviado em direção à base do pulmão. Durante o exercício, quando a pressão do sangue sobe, os leitos capilares apicais abrem-se, assegurando que o débito cardíaco aumentado possa ser totalmente oxigenado à medida que passa pelos pulmões. O diâmetro bronquiolar é modulado principalmente pelos níveis de CO2 no ar expirado. Um aumento na PCO2 do ar expirado provoca a DILATAÇÃO dos bronquíolos. A diminuição da PCO2 do ar expirado provoca a CONTRAÇÃO dos bronquíolos. Uma diminuição da pressão de oxigênio em um determinado grupo de alvéolos vai gerar a CONTRAÇÃO ARTERIOLAR dessa área, para que o sangue possa ser oxigenado por um grupode alvéolos FISIOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 8 que estejam adquirindo uma pressão SUFICIENTE de gás oxigênio! É importante frisar que os mecanismos de controle local não são reguladores eficazes do fluxo de ar e do fluxo sanguíneo em todas as circunstâncias. Se o fluxo sanguíneo é bloqueado em uma artéria pulmonar, ou se o fluxo de ar é bloqueado no nível de vias aéreas maiores, as respostas locais que desviam ar ou sangue para outras partes do pulmão são ineficazes, visto que, nesses casos, nenhuma parte do pulmão tem ventilação ou perfusão normais. DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS Doenças nas quais o fluxo de ar está diminuído como resultado do aumento da resistência nas vias aéreas. Dependendo da gravidade da doença os bronquíolos podem colapsar e se fechar antes que uma expiração forçada seja completada, reduzindo a quantidade e a taxa do fluxo de ar medidos por um espirômetro. As doenças pulmonares obstrutivas incluem a ASMA, APNEIA DO SONO, ENFISEMA E BRONQUITE CRÔNICA*. *Essas são chamadas de DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS CRÔNICAS (DPOC). A asma é uma condição inflamatória, frequentemente associada a alergias, que é caracterizada por broncoconstrição e edema das vias aéreas. A apneia obstrutiva do sono resulta de uma obstrução das vias aéreas superiores, muitas vezes devido ao relaxamento anormal dos músculos da faringe e da língua, aumentando a resistência das vias aéreas durante a inspiração. DETERMINANTES DO FLUXO RESPIRATÓRIO FISIOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 9 O fluxo ocorre por diferença de pressão dentro dos alvéolos e a pressão atmosférica. FATORES QUE FACILITAM OU ATRAPALHAM O FLUXO LAMINAR: - Volume pulmonar: distensibilidade das vias respiratórias periféricas, tamanho do raio dos tubos, interdependência - Musculatura lisa dos brônquios: tônus músculo liso SNA. Simpático causa broncodilatação e parassimpático causa broncoconstrição. - Complacência das vias respiratória: calibre dos bronquíolos e brônquios - Densidade e viscosidade: resistência aumenta em mergulhos profundos. Zona de silêncio: doenças respiratórias que afetem pequenas vias respiratórias antes que as determinações da resistência possam dar sinais de anormalidade. VENTILAÇÃO Ventilação é o movimento convectivo de ar que promove as trocas gasosas entre a atmosfera e os alvéolos. Perfusão é o movimento convectivo de sangue que transporta os gases dissolvidos em direção a, e para fora, dos pulmões. Cerca de 30% da ventilação total em um ciclo respiratório é desperdiçada ventilando espaço-morto anatômico (i.e., vias aéreas de condução – narinas, faringe, laringe, traqueia). Assim, a ventilação total — resultado do esforço investido na respiração — é a soma da ventilação do espaço morto, que é desperdiçada, e da ventilação alveolar, que é a parte útil. Ao longo de todo o ciclo respiratório, o sangue que atravessa os capilares pulmonares continuamente retira O2 do ar alveolar e lá deixam o CO2. Logo antes de uma inspiração, a PO2 alveolar caiu a seu valor mínimo, e a PCO2 alveolar subiu até seu valor máximo. VARIÁVEIS QUE INFLUENCIAM A EFICIÊNCIA DA TROCA GASOSA ALVEOLAR: FISIOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 10 - Quantidade adequada de O2 nos alvéolos (PO2): uma diminuição na PO2 alveolar significa que menos oxigênio estará disponível para chegar ao sangue. Isso pode se dar por duas causas: • O ar inspirado tem baixo conteúdo de O2 (por conta da altitude) • A ventilação alveolar é inadequada (hipoventilação: redução no volume de ar que chega aos alvéolos – pode acontecer por diminuição da complacência pulmonar, aumento da resistência das vias aéreas ou a depressão do SNC) - Problemas com a transferência dos gases entre os alvéolos e os capilares (difusão) • A taxa de difusão é diretamente proporcional à área de superfície, ao gradiente de concentração do gás e à permeabilidade da barreira e é inversamente proporcional ao quadrado da distância. Assim, a difusão é MAIS RÁPIDA em distancias mais curtas. • Em pessoas saudáveis, a troca de gases é rápida, o fluxo sanguíneo pelos capilares é lento e a difusão alcança o equilíbrio rapidamente. Porém, doenças podem incluir: (1) redução na área de superfície alveolar disponível para a troca, (2) aumento na espessura da membrana alveolar e (3) aumento na distancia de difusão entre o espaço aéreo dos alvéolos e o sangue. 1) Ação de macrófagos que destroem as fibras elásticas dos pulmões e induzem a apoptose das células, degradando as paredes dos alvéolos. O resultado é alta complacência/baixa retração elástica pulmonar com alvéolos maiores, menos alvéolos e menos área de superfície para troca. - Perfusão (fluxo sanguíneo) deve ser adequado
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