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Brad J. Schoenfeld, um grande pesquisador, relata que: “três fatores principais sejam responsáveis por iniciar a resposta hipertrófica ao treinamento resistido”. A hipertrofia é o aumento da secção transversal do músculo (aumento da massa muscular do indivíduo). A tensão mecânica produzida tanto pela geração de força quanto pelo alongamento é considerada essencial para o crescimento muscular, e a combinação desses estímulos parece ter um efeito adicional. A tensão mecânica associada ao treinamento resistido perturba a integridade do músculo esquelético, causando respostas moleculares e celulares nas miofibrilas e células satélites. O treinamento resistido associado a tensão mecânica promove diversas sinalizações anabólicas (representadas pelos quadrados azuis) e catabólicas (quadrados vermelhos). O estresse metabólico se manifesta como resultado de exercícios que dependem de glicólise anaeróbica para produção de ATP, o que resulta em subsequente acúmulo de metabólitos (lactato, ions H+, eletrólitos, etc). A resposta a microlesão é semelhante a resposta inflamatória aguda. Uma vez que o dano é percebido pelo organismo, os neutrófilos migram para a área da microlesão e agentes são liberados pelas fibras lesadas que atraem macrófagos e linfócitos. A célula satélite encontra-se no seu estado de repouso, após o exercício ela é ativada, uma vez ativada ela se prolifera, diferencia e faz a fusão a fibra muscular, devido ao aumento de mionucleos na fibra muscular, ela sofre um processo de hipertrofia. O treinamento resistido (musculação) é o fator principal para hipertrofia muscular, por isso é essencial o acompanhamento por um profissional da educação física para prescrição individualizada e acompanhamento da progressão de cargas e volume de treinamento, além do descanso, cadência e diversas outras variáveis que são essenciais para hipertrofia. Para hipertrofia é necessário consumir mais calorias do se que gasta gerando um superávit calórico, em que o principal objetivo é ganhar massa magra, mas ao mesmo tempo controlando o percentual de gordura. O acréscimo pode ser de 10-20% para indivíduos iniciantes- intermediários ou de 5-10% com o nível de treinamento mais avançado As proteínas são fundamentais para manter a síntese proteica elevada ao longo do dia, reconstruindo o músculo que foi microlesionado no treino. Os carboidratos aumentam as reservas de glicogênio dentro do músculo para uma melhor performance durante o treino que é extremamente essencial. Os lipídeos favorecem a síntese de hormônios esteroidais, além disso fornecem uma grande quantidade de calorias que é fundamental nesse período. Os micronutrientes são fundamentais para produção de energia, síntese de hemoglobina, saúde óssea, função imune adequada e proteção do corpo contra estresse oxidativo. Além disso, eles auxiliam na síntese e reparo do tecido muscular devido ao exercício e/ou lesões. Atualmente não existem recomendações específicas para hipertrofia em relação a micronutrientes e não há necessidade de consumir além da RDA. Total Diário: 35-50ml/kg de peso O ideal é dormir de 7-9 horas por noite, pois a privação de sono pode prejudicar a hipertrofia de diversas formas como: O momento da ingestão de calorias e de certos macronutrientes podem melhorar a recuperação e reparação dos tecidos, reduzir o dano muscular, aumentar a síntese proteica muscular, além de melhorar a performance no treino. A periodização nutricional é realizada em resposta a certos períodos de treinamento, por exemplo: quando o foco é performance e hipertrofia há um maior consumo de calorias e carboidratos, porém o indivíduo não pode permanecer nessa periodização por longos períodos, pois existem períodos de competição, regeneração, entre outros, por isso é essencial a periodização nutricional. Fracionar as proteínas ao longo do dia na dose de 0,24g/kg a cada 3-5 horas favorece ao aumento da síntese proteica. Antes de dormir uma dose de proteína de 0,5-0,6g/kg preferência de lenta absorção (como: caseína, albumina ou ovos) favorece ao aumento da síntese proteica e um balanço nitrogenado positivo. - Antioxidantes - Anticoncepcional - AINES - Álcool O uso de anticoncepcionais orais prejudica a síntese proteica miofibrilar, além disso aumenta os níveis de SHBG diminuindo os níveis de testosterona livre, prejudicando ainda mais a hipertrofia. A ingestão de álcool prejudica a fosforilação de mTOR, diminuindo também a síntese proteica, mesmo quando há a ingestão de proteínas, pois a prioridade do corpo é expulsar o álcool do organismo, prejudicando assim a hipertrofia. Altas doses de antioxidantes próximo ao treino como por exemplo: vitamina C e E, podem prejudicar a hipertrofia por diminuir o estresse oxidativo, aumentando os níveis de enzimas antioxidantes que vão diminuir o dano muscular prejudicando a hipertrofia muscular, além disso diminui a fosforilação de mTOR e a síntese proteica. Os anti-inflamatórios não esteroidais agudamente podem diminuir a síntese proteica e a atividade das células satélites. Cronicamente eles podem diminuir a força e prejudicar a hipertrofia se as doses forem altas. A creatina é um dos suplementos que mais possuem evidências científicas para hipertrofia, aumentando os estoques de creatina e fosfocreatina no músculo fazendo a ressíntese de ATP permitindo um maior tempo de trabalho em exercícios de alta intensidade, além de diversos benefícios como: CREATINA NITRATO BETA-ALANINABICARBONATO CAFEÍNA Consumir a beta-alanina durante um período de ±4 semanas vai aumentar as concentrações de carnosina no músculo que vai atuar como um tamponante intracelular, o único efeito colateral dela é a parestesia (coceira), que pode ser evitada dividindo as doses ao longo do dia. O bicarbonato de sódio aumenta a capacidade de tamponamento extracelular, tendo potenciais efeitos benéficos em exercícios de alta intensidade como a musculação, pode causar desconforto gastrointestinal, por isso é interessante dividir em doses menores ao longo do dia. O consumo de nitrato aumenta as concentrações séricas de óxido nítrico que por sua vez pode aumentar a vasodilatação e o fluxo sanguíneo com potenciais benefícios na contração muscular, deve ser consumido 2-3 horas antes do exercício. A cafeína é um dos suplementos mais utilizados dentro da nutrição esportiva, tanto para esportes de força como esportes de endurance as doses podem variar entre 3mg- 9mg/kg, porém doses acima de 9mg/kg podem causar efeitos colaterais, por isso avaliar real necessidade.
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