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Resumo Direito Civil - Pablo Stolze - Pessoa natural + personalidade + Morte

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https://www.passeidireto.com/perfil/ellicalhau 
Pessoa Natural 
- Cap. 2 
 
Personalidade Jurídica 
➢ É a aptidão genérica para ser titular de direitos e contrair obrigações, ou, em outras 
palavras, é o atributo para ser sujeito de direito. 
➢ Art. 1º CC → toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. 
➢ Personalidade é atributo de toda a pessoa, sendo natural ou jurídica 
➢ Surge com nascimento com vida (art. 2º CC) 
➢ Teoria natalista 
 
1. O nascituro 
▪ Ente concebido, embora ainda não nascido 
▪ O CC protege o nascituro, mesmo que não considerado pessoa ainda, desde a 
concepção. 
▪ teoria da personalidade condicional → entendem que o nascituro possui direitos sob 
condição suspensiva – não reconhece direito patrimonial, apenas direitos 
personalíssimos. 
▪ Teoria concepcionista → O nascituro adquiriria personalidade desde a concepção, 
sendo assim considerado pessoa. – Alcança direitos patrimoniais 
▪ Teoria natalista → Adotada no Brasil, mas a visão concepcionalista ganha força nas 
jurisprudências do país. 
a) Nascituro é titular de direitos personalíssimos (à vida, à proteção) 
b) Pode receber doação, sem prejuízo do recolhimento do imposto de transmissão 
inter vivos 
c) Pode ser beneficiado por legado e herança 
d) Como decorrência da proteção conferida pelos direitos da personalidade, o 
nascituro tem direito à realização de DNA, para aferir paternidade. 
▪ A tutela propugnada pelo CC, em relação ao nascituro, estende-se, observada as suas 
peculiaridades, ao natimorto. 
▪ Nondum conceptus (é a expressão utilizada para se referir a indivíduos ainda não 
concebidos) 
▪ Os bens que lhe são destinados ficam sob a administração de alguém designado pelo 
próprio testador ou não havendo indicação, de pessoa nomeada pelo juiz. 
Capacidade 
➢ Com a personalidade, possui capacidade de direito ou de gozo 
➢ Todo ser humano tem capacidade de Direito, porém nem toda pessoa possui aptidão para 
exercer pessoalmente seus direitos. 
➢ Quem pode atuar pessoalmente, possuem também, capacidade de fato ou de exercício. 
https://www.passeidireto.com/perfil/ellicalhau
 
 
https://www.passeidireto.com/perfil/ellicalhau 
➢ Capacidade de fato + Capacidade de Direito = Capacidade civil plena 
➢ Capacidade X Legitimidade 
▪ O tutor, embora maior e capaz, não poderá adquirir bens móveis ou imóveis do 
tutelado. Hipótese de impedimento de praticar ato por falta de legitimidade ou 
capacidade específica para o ato. 
a) Capacidade de direito = capacidade genérica 
b) Capacidade de fato/ exercício = Capacidade em sentido estrito 
c) Capacidade específica = Legitimidade (ausência de impedimentos jurídicos 
circunstanciais para a prática de determinados atos) 
➢ Quando ausente a capacidade de fato, estaremos diante da incapacidade civil, Absoluta ou 
relativa. 
1. Incapacidade absoluta 
▪ É impossibilitada a manifestar real e juridicamente a sua vontade. 
▪ Deficiente não é mais absolutamente incapaz, é dotado de plena capacidade legal, 
podendo adotar a tomada de decisão apoiada e extraordinariamente, a curatela. 
▪ A única hipótese de incapacidade absoluta a do menor impúbere (menor de 16) 
 
2. Incapacidade Relativa 
▪ Zona intermediária 
a) +16 – 18 
b) Ébrios habituais (embriagados) e viciados em tóxicos 
c) Aqueles que por causa transitória ou permanente não possa exprimir sua vontade 
d) Pródigos (gasta dinheiro desordenadamente) 
▪ A interdição do pródigo somente o privará de, sem curador, emprestar, transigir, dar 
quitação, alienar, hipotecar, demandar ou ser demandado e praticar, em geral, atos que 
não sejam mera administração. – Não há restrições em práticas de atos pessoais. 
 Capacidade jurídica dos indígenas 
▪ A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial 
▪ No estatuto do índio, é considerado absolutamente incapaz. 
▪ A lei dos registros públicos determina que os índios, enquanto não integrados, não 
estão obrigados a inscrição do nascimento, que poderá ser feito em livro próprio do 
órgão federal de assistência aos índios. 
▪ Considerar o indígena, se inserido na sociedade, como plenamente capaz. 
 
3. Suprimento da incapacidade (representação e assistência) 
▪ Dá-se através da representação 
▪ Art. 115 a 120 CC 
▪ Absolutamente incapazes → Representação (pratica ato em nome do representado) 
▪ Relativamente incapazes → Assistência (não pratica ato em nome do assistido) 
▪ Se o absolutamente ou relativamente atua sem seu representante ou assistente, o ato 
padecerá de invalidade jurídica. (nulidade absoluta ou relativa) 
▪ Representante legal deve praticar ato no interesse do incapaz (art. 119 CC) – prazo 
decadencial para anulação do negócio firmado contra interesses do representado. (180 
dias) 
https://www.passeidireto.com/perfil/ellicalhau
 
 
https://www.passeidireto.com/perfil/ellicalhau 
▪ Em qualquer das formas de representação, é essencial a comprovação, pelo 
representante, da sua qualidade e extensão dos seus poderes. 
 
Emancipação 
▪ A menoridade cessa com 18 anos (art. 5º CC) 
 
a) Voluntária (art. 5º, parágrafo único, I, CC) 
→ Pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento 
público, independentemente de homologação judicial. 
→ Ambos os pais, só admitindo em caso da falta de um deles (ex. em coma) 
→ A emancipação é irrevogável, mas os pais podem ser responsabilizados 
solidariamente pelos danos causados aos filhos que emanciparam 
 
b) Judicial (art. 5º, parágrafo único, I, CC) 
 
→ Por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver 16 anos completos. 
→ Falta de ambos os pais 
→ O juiz deverá comunicar a emancipação ao oficial de registro, de oficio, se não 
constar dos autos haver sido efetuado este em 8 dias. Antes do registro, a 
emancipação, em qualquer caso, não produzirá efeito. 
 
c) Legal (art. 5º, parágrafo único, II, III,IV,V, CC) 
→ Casamento 
✓ Mesmo havendo dissolução do casamento, o emancipado não retorna à 
anterior situação de incapacidade. 
✓ Caso de anulação ou nulidade, a emancipação persiste apenas se o 
casamento for de boa-fé, caso contrário, retorna-se à incapacidade 
 
→ Exercício de emprego público efetivo 
✓ Hipótese de provimento efetivo em cargo ou emprego público 
✓ Tem caráter efetivo, afastando cargos comissionados ou temporários 
→ Colação de grau em curso de ensino superior 
→ Pelo estabelecimento civil ou comercial, ou existência de relação de emprego, 
desde que, em função deles, o menor com 16 anos completos tenha economia 
própria 
✓ A emancipação não se adquire apenas com o contrato de trabalho, 
devendo ocorrer a existência de economia própria, o que descarta a priori, 
contratos de aprendizagem e jornada a tempo parcial. 
✓ A CTPS assinada seria um documento hábil para comprovar a 
emancipação legal, que perduraria mesmo que o empregado fosse 
demitido antes dos 18. 
✓ Contratação sem CTPS, não se considera emancipado. 
 
https://www.passeidireto.com/perfil/ellicalhau
 
 
https://www.passeidireto.com/perfil/ellicalhau 
 
Direitos da personalidade 
▪ Aqueles que têm por objeto os atributos físicos, psíquicos e morais em si e em suas 
projeções sociais. 
▪ Esfera extrapatrimonial do individuo 
▪ Art. 11 a 21 
▪ Titular é o ser humano, mas se estende ao nascituro e pessoa jurídica 
▪ Art. 52 → aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da 
personalidade. 
▪ Os direitos das personalidades são: 
a) Absolutos: Erga omnes, devendo à coletividade respeita-los 
b) Gerais ou necessários: Outorgado a todas as pessoas, só pelo fato de existirem 
c) Extrapatrimoniais: Ausência de conteúdo patrimonial direto 
d) Indisponíveis: Nem por vontade do individuo pode mudar o titular, sendo, portanto, 
intransmissíveis e irrenunciáveis 
e) Imprescritíveis: Inexiste prazo para seu exercício (não se confunde com 
prescritibilidade da pretensão de reparação (3 anos) 
f) Impenhoráveis: não pode ser penhorado 
g) Vitalícios: desde o nascimentoaté a morte (porém após a morte pode requerer 
a lesão a memoria do falecido art. 12 CC “pode requerer o cônjuge, qualquer 
parente em linha reta ou colateral até 4º grau) 
 
▪ Assim, sem pretender esgotá-los, classificamos os direitos da personalidade de acordo 
com a proteção à: 
a) vida e integridade física (corpo vivo, cadáver, voz); 
b) integridade psíquica e criações intelectuais (liberdade, criações intelectuais, 
privacidade, segredo); 
d) integridade moral (honra, imagem, identidade pessoal). 
 
▪ Art. 15 CC → Ninguém poderá ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a 
tratamento médico ou intervenção cirúrgica. 
▪ Pode-se recusar ao tratamento, em função da sua integridade física, no caso de 
impossibilidade de manifestação, cabe ao seu responsável legal. 
▪ Admite-se a disposição de partes do corpo, seja em vida ou após morte, desde que com 
interesse público (sem ser mutilação) e não haja fins lucrativos. 
▪ Dispensável autorização judicial para intervenção cirúrgica de mudança de sexo 
▪ Direito à honra: 
✓ honra objetiva (correspondente à reputação da pessoa, compreendendo o seu 
bom nome e a fama de que desfruta no seio da sociedade); e 
✓ honra subjetiva (correspondente ao sentimento pessoal de estima ou à consciência 
da própria dignidade). 
 
 
▪ A proteção dos direitos da personalidade pode ser: 
https://www.passeidireto.com/perfil/ellicalhau
 
 
https://www.passeidireto.com/perfil/ellicalhau 
a) Preventiva: Ação postulando tutela inibitória 
b) Repressiva: imposição de sanção civil ou penal em caso de lesão efetivada 
 
Extinção da Pessoa natural 
➢ Termina a existência da pessoa natural com a morte (art. 6º CC) 
➢ A morte será atestada por profissional da Medicina, ressalvada a possibilidade de duas 
testemunhas o fazerem se faltar o especialista, sendo o fato levado a registro. 
➢ Efeitos: Extinção do poder familiar, dissolução do vinculo conjugal, abertura da sucessão e 
extinção de contrato personalíssimo. 
➢ Morte real 
 
1. Morte presumida 
▪ Art. 6º CC → Admite-se morte presumida quanto aos ausentes, nos casos em que a lei 
autoriza abertura da sucessão definitiva. 
▪ Inscrição da sentença declaratória de ausência e morte presumida serão registrados em 
registros públicos. 
▪ Enquanto não houver reconhecimento judicial da morte presumida, os bens do ausente 
não serão definitivamente transferidos para os sucessores. 
▪ Pode ser declarada morde presumida sem declaração de ausência nos casos: 
a) Extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida 
b) SE desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não encontrado até 2 anos após 
termino da guerra. 
 
a) Ausência 
→ Pessoa desaparece do seu domicílio sem deixar notícia 
→ Etapas: 
1. Pessoa desaparece do domicilio, sem notícia nem representante ou procurador 
2. Requerimento de qualquer interessado ou MP → declaração fática da ausência 
3. Juiz nomeia curador, que irá gerir os negócios do ausente, também nomeará em 
caso em que deixa mandatário e este é impossibilitado ou não tenha interesse. 
4. Juiz fixará poderes e obrigações do curador. (a nomeação não é discricionária, 
tendo uma ordem legal: 
1) o cônjuge do ausente, se não estiver separado judicialmente, ou de fato 
por mais de dois anos antes da declaração da ausência; 
2) pais do ausente (destaque-se que a referência é somente aos genitores, 
e não aos ascendentes em geral); 
3) descendentes do ausente, preferindo os mais próximos aos mais 
remotos; 
4) qualquer pessoa à escolha do magistrado. 
5. Após 1 ano ou se ele deixou representante ou procurador 3 anos, poderão os 
interessados requerer que se declare a ausência e abra a sucessão provisória 
 Há exigência de garantia de restituição dos bens, em cuja posse os herdeiros 
se imitiram provisoriamente. (art. 30 CC) 
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https://www.passeidireto.com/perfil/ellicalhau 
 Aquele que tem direito a posse provisória, mas não puder prestar a garantia 
exigida, será excluído, mantendo-se os bens sob administração do curador 
ou outro herdeiro designado pelo juiz. (exceção – cônjuges, descendentes e 
ascendentes) 
 Os imóveis do ausente só poderão alienar, não sendo por desapropriação, 
ou hipotecar, quando o ordene o juiz, para lhes evitar a ruína (art. 31) 
 Ou antes da partilha, o juiz, quando julgar conveniente, ordenará a conversão 
dos bens móveis, sujeitos a deterioração ou extravio, em imóveis ou em 
títulos garantidos pela união. 
6. 180 dias para a produção de efeitos da sentença (publicação pela imprensa) que 
determina a abertura da sucessão provisória, após o que se procederá à abertura 
do testamento, ou inventário e partilha, como se o ausente tivesse falecido 
 Os herdeiros empossados, se descendentes, ascendentes ou cônjuges, 
terão direito subjetivo a todos os frutos e rendimentos dos bens que lhe 
couberem, os demais sucessores deverão capitalizar metade desses bens 
acessórios, com prestação anual de contas ao juiz. 
 Se durante a posse provisória, provar falecimento do ausente, converte 
em sucessão definitiva. 
 
7. 10 anos após o trânsito em julgado da sentença de abertura da sucessão provisória, 
converte-se em definitiva, em caso o ausente com 80 anos e que 5 anos datam 
as ultimas notícias dele 
 Ausência é morte presumida, não podendo descartar possibilidade de volta do 
ausente. 
 Se aparece na fase de arrecadação de bens, não há prejuízo ao seu 
patrimônio. 
 Se já tiver aberta a sucessão provisória, se a ausência foi voluntaria e 
injustificada, faz com que o ausente perca em favor do sucessor, sua parte 
nos frutos e rendimentos. 
 Se a sucessão for definitiva, terá o ausente direito aos seus bens, se ainda 
incólumes, não respondendo os sucessores pela sua integridade. 
 O reconhecimento da dissolução do casamento, somente se dará após a 
abertura da sucessão definitiva do ausente 
 
b) Justificação de óbito 
➢ Art. 88 LRP 
➢ Procedimento de justificação 
➢ Com intervenção do MP 
➢ Finalidade de proceder assento do óbito em hipótese de campanha militar, desastre ou 
calamidade, que não foi possível proceder exame medico no cadáver. 
➢ Só pode ser requerida após esgotadas as buscas e averiguações. 
 
c) Morte simultânea (comoriência) 
➢ Art. 8º CC 
https://www.passeidireto.com/perfil/ellicalhau
 
 
https://www.passeidireto.com/perfil/ellicalhau 
➢ Se dois indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum 
dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão, simultaneamente mortos. 
 
https://www.passeidireto.com/perfil/ellicalhau

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