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Maria Luiza Peixoto -FMT LXII 37 | A n a t o m i a INTRODUÇÃO Inspiração/inalação: entrada de ar Expiração/exalação: saída de ar 16 a 18 vezes por minuto. Sistema respiratório termina em todas as células de nosso corpo. Oxigênio ao chegar na parte respiratória nos pulmões, a célula que ali está presente vai liberar CO2. FUNÇÕES: • Suprimento constante de oxigênio para as células • Remoção do CO2 das células • Torna possível a vocalização devido a exalação. Porque quando o ar está saindo do organismo, na região da laringe, as cordas vocais irão vibrar e emitir som • Olfação, quando estamos fazendo a inalação. Células olfativas na região superior do nariz. Muito desenvolvida principalmente nos cães (???) DIVISÃO O sistema respiratório é dividido em duas porções. Porção condutora: é responsável pela captação do meio externo e condução até a porção respiratória. Transporta o ar. Cabeça e pescoço Porção respiratória: realiza trocas gasosas. Tórax e interior dos pulmões. • PORÇÃO CONDUTORA Vias aéreas superiores: Nariz, cavidade nasal, seios paranasais, faringe e laringe. Essa via possui uma barreira de ar que permite com que macro partículas fiquem retidas no pelo do nariz. A via condutora vai purificar o ar, umidificar através do epitélio respiratório que contêm muitas glândulas mucosas. Vai aquecer também porque esse epitélio é altamente vascularizado, o que vai permitir que o ar chegue quente na região dos pulmões. Vias aéreas inferiores: traqueia e brônquios. • PORÇÃO RESPIRATÓRIA Pulmões (alvéolos pulmonares) Onde é feito as trocas gasosas. NARIZ Primeira porção do sistema respiratório Linha mediana da face • PARTE EXTERNA: Vai apresentar alguns acidentes. Raiz-> localizada na parte superior Base-> parte inferior Ápice-> parte proeminente do nariz Dorso-> raiz até o ápice, na linha mediana. A asa do nariz-> parte lateral do dorso do nariz Osteo-cartilaginoso Osso nasal, osso maxilar (na lateralzinha) Cartilagens nasais: cartilagem septal, cartilagens nasais laterais, alares menores e maiores. Maria Luiza Peixoto -FMT LXII 38 | A n a t o m i a • PARTE INTERNA: É chamada de cavidade nasal. Cercada por paredes: → septo nasal (região central, que divide narina esquerda e direita) → Superior(teto) → Inferior(soalho) → Laterais Essas paredes delimitam essa cavidade SEPTO NASAL • Parte membranácea: região inicial das narinas. Zona de transição entre pele e mucosa nasal • Cartilagem: septo nasal • Óssea: dois ossos formarão o septo nasal. Parte superior: lâmina perpendicular do etmoide e parte inferior: vômer (septo ósseo nasal) PAREDE SUPERIOR • Ossos nasais: parede superior • Osso frontal • Osso etmoide PAREDE INFERIOR • Ossos maxilares • Ossos palatinos: lâmina horizontal do palatino PAREDES LATERAIS • Ossos maxilares • Ossos lacrimais • Conchas nasais inferiores • Osso etmoide • Ossos palatinos • Osso esfenoide Epitélio respiratório que reveste Esses relevos são revestidos pelo epitélio mucoso que é altamente vascularizado. Apresenta muita glândula mucosa e cerosa, que vai umidificar e esquentar o ar. Meatos: espaços existentes entre as conchas nasais (meato superior, médio e inferior) DIVISÃO FUNCIONAL Vestíbulo: pele e zona de transição. Vamos encontrar alguns pelos (vibrissas) que funcionam como barreiras. Parte respiratória Parte Olfatória: parte superior e lateral SEIOS PARANASAIS Espaços existentes entre os ossos planos e regulares da cabeça. Revestidos pelo mesmo epitélio da cavidade nasal. Possui comunicação com a cavidade nasal. • Seio maxilar • Seio esfenoidal • Seios etmoidais/células etmoidais • Seios frontais Funcionam como uma caixa de ressonância, auxiliam a umidificação e aquecimento do ar. Maria Luiza Peixoto -FMT LXII 39 | A n a t o m i a Inflamações desses seios são chamadas de sinusites. Infecção dos seios nasais. Pansinusite: infecção generalizada dos seios FARINGE É um órgão muscular que comunica dois sistemas. Faz parte tanto do sistema respiratório quando do digestório. Parece um funil, comunica a cavidade nasal através das chamadas coanas Faringe comunica-se com a cavidade bucal através das Fauces Com a orelha média através do ósteo-fanríngeo A faringe comunica-se com a laringe através do? Localizada: abaixo da base do crânio e termina na laringe Extensão posterior continua com o esôfago 3 divisões: • Nasofaringe (inicia-se após os anus e termina no palato mole) • Bucofaringe (palato mole até a cartilagem epiglótica) • Laringofaringe (epiglote até o início da laringe) ➔ NASOFARINGE • Tonsilas faríngeas: órgãos imunológicos ou adenoides. • Osteo faríngeo: comunica a nasofaringe com a orelha média • Toro tubário: protege o óstio ➔ OROFARINGE Tonsilas palatinas: adenoides. Órgãos imunológicos (amigdalas) Comunica-se com boca através de limites chamados istmo de fauces Delimitada anteriormente pela prega palatoglosso e posterior palatofaríngea MÚSCULOS DA FARINGE CONSTRITORES: superior, médio, inferior. Diminuem o espaço da faringe. ELEVADORES: estilo faríngeo, palatofaríngeo, salpingofaríngeo. Auxiliam na deglutição. Quando acontece a deglutição, o alimento que está no dorso da língua está sobre o dorso da língua. O ápice da língua bate na região de palato. O alimento fica prensado Maria Luiza Peixoto -FMT LXII 40 | A n a t o m i a entre palato e o dorso da língua. Esse alimento faz com que a úvula feche a passagem para o nariz. O alimento também empurra a cartilagem epiglótica que veda a laringe e traqueia e libera a passagem desses elementos para a faringe. Só é possível pelo fechamento da nasofaringe e da laringofaringe. O alimento segue para o esôfago. LARINGE É um tubo cartilaginoso irregular que une a faringe à traqueia. Local onde estão as estruturas responsáveis pela vocalização LOCALIZAÇÃO: Abaixo da cavidade bucal, anterior a faringe, seguida pela traqueia. Altura da vértebra cervical C3-C6 FUNÇÕES: Atua como válvula na deglutição → bloqueio das vias aéreas pela epiglote. E mantém aberta a via de passagem do ar → importante na fonação (expiração) Epiglote: Protege a comunicação entre laringe (ar) e faringe (ar e alimento). CARTILAGEM TIREÓIDEA • Forma de escudo, constituído de hialina, resistente e promove proteção • Proeminência laríngea, lâminas direita e esquerda, incisura tireóidea superior (anterior) e cornos superiores e inferiores (posteriores) CARTILAGEM CRICÓIDEA • Forma de anel, constituído de hialina, espessa e promove proteção • Arco (anterior) e lâminas da cartilagem cricóidea (posterior) • **Cricotomia → procedimento realizado no ligamento cricotireóideo mediano CARTILAGEM EPIGLÓTICA Forma de folha, constituição de cartilagem elástica, flexível e promove proteção Cartilagem Aritenoide - Forma piramidal - Ápice, processo vocal e processo muscular (tensão ou relaxamento das cordas vocais) Cartilagem Corniculada e Cartilagem Cuneiforme CAVIDADE LARÍNGEA ➢ Ádito O ádito da laringe é a entrada da laringe e encaminha o ar da laringofaringe para a cavidade laríngea. Seus limites são: - Borda superior da epiglote (anteriormente) - As pregas ariepiglóticas (lateralmente) - Prega interaritenóidea - une as cartilagens aritenoides (posteriormente) O fechamento do ádito protege a via respiratória contra a penetração de partículas alimentares e corpos estranhos. A cavidade da laringe é dividida em três porções: vestíbulo, glote e cavidade infra glótica: ➢ Vestíbulo O vestíbulo estende-se do ádito da laringe às pregas vocais, englobando as pregas vestibulares e os ventrículos. Pregas vestibulares → estendem-se da cartilagem tireoide(ant.) à cartilagem aritenoide (post), incluem os ligamentos vestibulares e são revestidas por mucosas, sendo o espaço entre elas denominado de Rima do vestíbulo. Os Ventrículos correspondem a um espaço em forma de cada lado da cavidade da laringe limitado superiormente pela Prega Maria Luiza Peixoto -FMT LXII 41 | A n a t o m i a vestibular e inferiormente Prega Vocal Cada ventrículo apresenta um divertículo, o sáculo, que possui glândulas mistas cuja secreção lubrifica as pregas vocais ➢ Glote A glote corresponde às pregas e aos processos vocais. O intervalo entre as pregas e os processos vocais de um lado e de outro é a Rima da glote. As pregas vocais estendem-se da cartilagem tireóidea ao processo vocal das cartilagens aritenoides e incluem o ligamento e o músculo vocal, revestidos pela mucosa. - Pregas vocais - importância na produção da voz - Pregas vestibulares - exercem função protetora e geralmente não participam da fonação. ➢ Cavidade Infra-glótica Região da laringe limitada superiormente pelas pregas vocais e inferiormente pelo início da traqueia. MÚSCULOS DA LARINGE Há dois grupos de músculos da laringe, os Extrínsecos e os Intrínsecos. TRAQUÉIA • É um órgão tubular semiflexível • Anterior ao esôfago • Continuo com a cartilagem crinoide da laringe, estendendo-se até a bifurcação traqueal, que dá origem aos brônquios. • Revestida internamente por mucosa Maria Luiza Peixoto -FMT LXII 42 | A n a t o m i a Constituição: Constituída anterolateralmente por 15-20 anéis cartilagíneos incompletos (forma de C), sobrepostos e ligados entre si pelos ligamentos anulares. Parede Posterior → formada por músculo Traqueal (facilita passagem do bolo alimentar para o esôfago e internamente forrada por mucosa. Divisão: Parte Cervical Parte Torácica - Extensão da vértebra C6 – T5 Na altura de T5 a traqueia se bifurca em dois brônquios principais. - Carina da Traqueia (bifurcação da traquéia) → possui receptores que quando estimulados provocam a tosse. BRÔNQUIOS A partir da bifurcação traqueal, dois tubos são originados e cada um segue para um dos pulmões, são os Brônquios Principais, que logo se ramificam em outros. Promovem a ligação da Traqueia com os Pulmões Altura das vértebras T4 e T5 Brônquios Principais: (1° ordem) Tronco Direito → Mais Curto (3 cm), Mais Verticalizado (I) e Mais Grosso (calibroso) Tronco Esquerdo → Mais Longo (5cm), Mais Oblíquo (/) e Mais Fino OBS: Acidentes em que corpos estranhos (sólidos) são inalados e conseguem adentrar as vias aéreas inferiores, é mais propenso a ir para o brônquio principal direito. • Brônquios Lobares: (2° ordem) - ventilam os lobos pulmonares - 3 Direitos → Superior, Médio e Inferior - 2 Esquerdos → Superior e Inferior • Brônquios Segmentares (3° ordem) - oriundos das várias divisões dos brônquios lobares. Eles se subdividem em – • Bronquíolos Terminais - Bronquíolos respiratórios e Alvéolos, ramos finais dos bronquíolos terminais, são vascularizados pelos capilares onde ocorre o processo da hematose PULMÕES Órgãos pneumáticos cônicos contidos na cavidade torácica, promovem o encontro do ar atmosférico com o sangue circulante, ocorrendo então a hematose. Estruturas localizadas no interior dos pulmões: Bronquíolos terminais - Término da porção condutora Bronquíolos respiratórios - Ductos alveolares (2 -11) - Sacos Alveolares (5-6) - Alvéolos Pulmonares (são envolvidos por capilares sanguíneos e finas membranas, revestido por células epiteliais – Pneumócitos I e II) Cada pulmão possui um formato triangular, formado de tecido leve e esponjoso, apresentam: • - Ápice - extremidade superior arredondada que atinge a 1° costela • - Base - acomoda o diafragma • - 3 faces Face Costal → lisa e convexa, voltada para a superfície interna da cavidade torácica (costelas) Face Diafragmática (inferior) → face côncava que assenta sobre a cúpula diafragmática Face Mediastinal (medial) → face em que os pulmões “se olham”, onde se encontra o Hilo Pulmonar (local onde as estruturas entram e saem do pulmão) e a Raiz Pulmonar. DIVISÃO Os pulmões apresentam características morfológicas diferentes • DIREITO: → Mais Espesso, Mais Largo e Mais Curto → (diafragma mais alto do lado direito) → Constituído por três lobos (superior, médio e inferior) divididos por → duas fissuras. Maria Luiza Peixoto -FMT LXII 43 | A n a t o m i a → Fissura oblíqua separa lobo inferior dos lobos médio e superior e → Fissura horizontal separa o lobo superior do lobo médio. • ESQUERDO: → Constituído por dois lobos (superior e inferior) por uma fissura oblíqua. → Impressão cardíaca, impressão da aorta e a lígula do pulmão → (resquícios embriológicos do lobo médio). PLEURAS É uma membrana Serosa de dupla camada que envolve e reveste cada pulmão e o interior da parede torácica • PLEURA PARIETAL Camada mais externa, aderida à parede da cavidade torácica e ao diafragma (cúpula costal diafragmática e mediastinal), esta pleura reflete-se na região do hilo pulmonar e retorna revestindo o pulmão para formar a pleura visceral. • PLEURA VISCERAL Camada interna, reveste os próprios pulmões (adere-se intimamente à superfície do pulmão e penetra nas fissuras entre os lobos). Cavidade pleural - pequeno espaço entre as pleuras Contém líquido lubrificante capaz de manter as pleuras aderidas, reduz o atrito entre as camadas durante a respiração (deslizamento de uma pleura sobre a outra) e permite expansibilidade pulmonar MÚSCULOS DA RESPIRAÇÃO → INSPIRAÇÃO Diafragma (contração), intercostais externos, peitoral maior e menor, e escalenos. → EXPIRAÇÃO Diafragma (relaxamento), intercostais internos, transverso do abdômen e quadrado do lombo.
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