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Características 
estruturais e morfológicas 
de micro-organismos 
 
Mikros = pequeno, bios = vida e logos = ciência. 
Micrologia é o estudo dos organismos e agentes 
impossíveis de serem observados a olho nu 
(inferiores a 1 mm de diâmetro) (micro-
organismos). 
 
O agente seria um vírus pois não é considerado 
um ser vivo mas quando encontra a célula se 
modifica. 
 
Príon não é um vírus que é feito de proteína, ele 
é totalmente uma proteína e essa proteína é 
modificada. Então se fizermos o consumo de 
carne modificada, ela começa a modificar todas 
as proteínas normais, principalmente do sistema 
nervoso. Foi assim que surgiu a doença da vaga 
louca. 
 
E nenhum micro-organismo pode ser visto a olho 
nu? 
O cogumelo é um fungo e dá para ver. 
 
O maior organismo da Terra é um fungo, que é o 
Armillaria Ostoyae mais conhecido como 
"cogumelo de mel". Área ocupada: 9000 km². 
Peso: 605 toneladas. Idade entre 2400 e 8000 
anos. 
 
Não é um cogumelo que tem 9000 km². O fungo 
está crescendo por baixo da terra e o que vemos 
seria o órgão reprodutor. 
 
Fungos, parasitas e algas filamentosas são 
grandes e visíveis, assim como as bactérias: 
Macrocystis pyrifera e Armillaria ostoyae. 
Candida albicans (candidíase). 
 
O cogumelo tem aparelhos reprodutores, são 
macro-organismo e são policelulares. 
 
A Candida albicans são micro-organismos que 
vivem em colônias e são unicelulares (leveduras). 
 
A maioria das bactérias não dão para ver mas 
algumas são bem grandes, por exemplo: 
Epulopiscium fishelsoni (Gram+; gênero 
clostridium, 200 a 500 micrômetros de diâmetro). 
 
Normalmente as bactérias são bem menores. 
A Escherichia coli é uma enterobactéria, então 
ela vive no intestino e tem 1 micrômetro de 
tamanho. Se convertemos o Epulopiscium para 
metro, ele vai ter 500 metros e o Escherichia tem 
1 metro. 
Uma característica que fez eles perceberam que 
era bactéria foi que é procariota (não tem 
núcleo). 
 
Thiomargarita namibiensis possui 0,2 mm de 
diâmetro, ou seja, ela é muito grande. No 
microscópio comum dá para perceber que é uma 
bactéria e dá para individualizar cada uma. 
 
- E o vírus? 
É muito menor que uma célula. 
 
A bactéria começa a se observar na objetiva de 
100x no microscópio, se você consegue ver na 
de 40x, é uma levedura. 
nm = nanômetro. 
 
Os vírus não tem 1 nanômetro. 
Poliovírus (poliomelite) tem 30 nm. Ele é só 5 nm 
maior que o ribossomo da bactéria. 
Small pox virus (200 nm x 300 nm) dá a varíola. 
 
Os vírus só dão para ver no microscópio 
eletrônico. Porém em 2008, descobriram os vírus 
gigantes de DNA que infectam amebas. 
 
Esses vírus gigantes pertencem aos gêneros 
mimivírus, megavírus e pandoravírus e podem 
ser vistos ao microscópio ótico. Por exemplo, os 
mimivírus tem 400 nanômetros, cerca 2x maior 
que os vírus conhecidos. 
 
Temos os virófagos que são chamados também 
de vírus de vírus, vírus satélites e os sputnik, que 
infecta outro vírus. Este vírus fez com que 
reacendesse a discussão se vírus são ou não um 
ser vivo. 
 
 
 
 
- Organização dos Seres Vivos 
Em 1969, Robert H. Whittaker propôs classificar 
os seres vivos em um sistema de 5 reinos, com 
base em suas similaridades e diferenças 
(semelhança morfológica): 
Reino Animalia (animais); 
 
Reino Plantae (vegetais); 
 
Reino Fungi (fungos); 
 
Reino Protista (algas e protozoários); 
 
Reino Monera (bactérias e arqueas). 
 
Mas com o tempo se percebeu que esta 
classificação não é o suficiente porque algumas 
estruturas não possuem a mesma origem 
filogenética (ligação de ancestralidade). Por isso, 
precisamos uma característica filedigna. 
 
O Carl Eoese em 1977, começou a fazer uma 
comparação nos seres vivos pelo DNA. Ele 
buscava o gene que é comum a todos os seres 
vivos e precisava de um gene que não sofressem 
muita mutação de um organismo para outro e 
assim, ele escolheu o RNA ribossomal que 
possui entre 16s e 18s que é o tamanho do RNA. 
16s = procariotos; 18s = eucariotos. 
 
Assim, ele propôs a Árvore da Vida que diz que o 
Reino animal não é divido em reinos e sim em 3 
domínios, que são: domínios Bactérias ou 
eubacterícas; segundo domínio é o 
Archeabacterias e o terceiro domínio é o 
Eukarya. 
 
Dos 5 reinos, 4 são necessários para preencher o 
Eukarya. 
 
O único reino que sobrou (procariotos) preenche 
2 domínios inteiros. 
 
Poucas bactérias podem causar mal da gente. 
 
 
 
 
 
 
• Taxonomia 
É a ciência que classifica os organismos. 
Nós saímos do reino -> filo -> classe -> ordem -> 
família -> gênero -> espécie. 
 
Temos uma variedade enorme no reino mas 
subindo a pirâmide, a variedade vai diminuindo. 
No topo, já sabemos quem é. 
 
A nomenclatura científica é importante saber 
porque é mundial. 
 
 
 
 
- Classificação 
A nomenclatura desenvolvida no século XVIII 
pelo cientista sueco Carolus Linnaeus. - O 
sistema binomial: 
Nome científico em latim. 
 
Inicial maiúscula (gênero) e inicial minúscula no 
2º e 3º nomes (referentes à espécie e 
subespécie), grifado ou em itálico. 
 
Ex: Escherichia coli, Streptococcus mutans, 
Lactobacillus spp. (utilizada para designar mais 
de uma espécie). 
 
 
 A abreviação "sp" é somente para uma única 
espécie. 
A abreviação "spp" é para mais de uma espécie. 
 
O spp. não é para colocar em itálico. 
 
Normalmente, quem está doente é quem tem só 
uma bactéria na uroanálise. Quando possuímos 
duas espécies podem causar alguma doença 
mas é mais difícil. 
 
 
 
 
 
- E os vírus? 
Eles ficam sem uma categoria exata por conta 
que não se sabe se é ser vivo ou não. Os vírus 
são acelulares, por isso eles ficam de fora da 
categoria. 
 
Os vírus não tem células porque eles não são 
células. 
 
Os vírus não são desorganizados, eles tem as 
suas organizações só que é diferente da 
organização das células. 
 
Os vírus são mais simples que as células. Os 
vírus guardam coisas importantes, que seria o 
seu material genético, que pode ser o DNA ou 
RNA dependendo do vírus, que é o capsídeo viral 
(que seria o lugar que guarda o seu material 
genético), é proteico (só pode ser proteico) e é 
formado por estruturas que se chamam de 
capsômero (o seu conjunto forma um capsídeo). 
 
Para alguns vírus, é só isso e esses vírus são 
chamados de vírus não envelopados/vírus 
pelados/naked vírus. 
 
Alguns vírus tem outra camada que envolve que 
o capsídeo. Essa outra camada é chamada de 
envelope viral e é de natureza lipoprotéica. Os 
vírus não adquirem o envelope. 
 
O capsídeo só pode ser de natureza proteica, até 
pode ter outras coisas juntas mas é só proteica. 
Tem que ser proteico porque o que o vírus quer é 
multiplicar e é um parasita ideal. 
 
Ele carrega o que precisa que é só a receita e 
depois se aproveita da célula para que ela 
reproduza. Se essa célula recebe a informação 
em forma de DNA ou de RNA, ela só vai 
conseguir traduzir em forma de proteína. 
 
A porção lipídica do vírus vem da célula. A célula 
vai colocar as proteínas do vírus entre a 
membrana plasmática e vai forçando a saída da 
membrana até romper. A membrana plasmática 
vai envolver o capsídeo e assim o vírus carrega 
com ele a porção lipídica da membrana. Isso se 
chama brotamento. 
 
Vírion = partícula viral completa e infecciosa. 
A porção de proteína só pode ser codificada pelo 
vírus e não pela célula. 
 
A proteína do envelope é um importante receptor 
e não pode ser da célula. Quando ele sai da 
célula, eles querem produzir mais progênie (são 
os filhos produzidos pelo vírus), então, ele 
precisa encontrar uma nova célula para se 
multiplicar. 
 
A proteína viral funciona como uma chave e a 
fechadura que está na célula que vai se 
reproduzir. A proteína vai reconhecer a célula 
que ele vai se replicar. O vírus precisa do 
ribossomo porque é o ribossomo que vai produzir 
as proteínas que necessárias. 
 
Tem relação espécie-específica, então nós não 
passamos algumas doenças para o cachorro e 
vice-versa, por conta que não temos os 
receptores que o vírus precisa e eles também 
não possuem. 
Tem vírus quesaltam de espécie porque os 
receptores conseguem interagir com os nossos. 
 
Quando o vírus é envelopado, a proteína de 
reconhecimento está no envelope, se tirarmos o 
envelope, ele fica inativo porque não vai ter mais 
as proteínas de reconhecimento. O capsídeo só 
serve para proteger o material genético. 
 
O capsídeo quando não tem o envelope serve 
para proteger o material genético e para se ligar 
as células. 
 
O envelope do vírus, que é lipoprotéica, pode ser 
removida com sabão e álcool, assim, 
desestrutura o pacote envelope e tirando a 
possibilidade de infectar. Os vírus com envelope 
são mais frágeis, por conta que não podem ficar 
muito tempo no ambiente, então a contaminação 
tem que ser rápida. 
 
Quando não é envelopado, ele dura muito mais 
no ambiente, tipo meses. 
 
 
• Capsídeo viral 
O modo como os capsídeos interagem com o 
material genético vai dar forma ao vírus. 
 
O ácido nucléico é recoberto por um involucro 
formado por proteínas denominado capsídeo, 
que são compostos por subunidades chamadas 
capsômeros. 
 
Cada capsômero consiste em uma ou mais 
proteínas que são visualizadas ao microscópio 
eletrônico como partículas esféricas. 
 
Proteínas codificadas pelo genoma viral; 
 
Proteção e rigidez; 
 
Simetria: o arranjo dos capsômeros fornecem ao 
vírus a sua simetria geométrica. 
 
A organização pode ser cúbica, helicoidal (parece 
um fio) e complexa (bacteriófago T4). 
 
O bacteriófago só infecta célula procariota, ou 
seja, ele só mata bactérias. Ele não é cúbico e 
nem helicoidal, então a estrutura é complexa. 
 
Exemplo de complexa: familia poxvirus (varíola) e 
é envelopado. 
 
 
 
 
 
- Bactérias x Archeabactérias 
(arqueobactérias) 
Arqueobactérias: arcaico. Elas vivem em 
ambientes extremos. 
 
As arqueobactérias são organismos extremofilos, 
ou seja, gostam em ambientes extremos. 
 
Geralmente são similares em tamanho e forma, 
porém as arqueobactérias podem apresentar 
formas não comuns. As bactérias são bacilos, 
cocos e espirais. 
 
A constituição da parede celular das bactérias 
tem peptideoglicano mas das arqueobactérias 
não tem. 
 
As arqueobactérias não são patógenos ou 
parasitas. 
 
*Não usar a palavra flora (intestinal, vaginal...), 
não é conjunto de micro-organismos mas tem a 
ver com plantas e usar microbiota*. 
 
Microbiota é o conjunto de micro-organismos que 
vivem em determinado local. 
 
Tem alguns que fazem muito mal, ou seja, que 
não fazem nada e podem fazer mal senão 
cuidada direito. 
 
Microbioma lembrar de genoma. O projeto 
genoma mapia e lê toda a sequência de 
cromossomos. O microbioma lê e mapia todo o 
levantamento dos genes dos micro-organismos 
no nosso corpo. 
 
O fato de emagrecimentos ou não tem a ver com 
a microbiota do nosso organismo. A microbiota 
de cada pessoa é diferente. 
 
Por exemplo, a E. coli de tal pessoa pode 
metabolizar a gordura não tão bem, ai a pessoa 
começou a emagrecer e pode ser que 
metabolizam a gordura tão mal e a pessoa 
começou a engordar. 
 
A microbiota tem a ver com emoções. 
 
As arqueobactérias tem um genoma menor. O 
genoma das bactérias é cerca de 3x maior que 
das arqueobactérias. Só carregam os genes que 
precisam. 
 
As eubactérias podem levar mais coisas usadas 
em determinadas situações. 
 
As arqueobactérias tem a E. coli, que possuem 
genes que excretam em determinadas situações, 
um deles são as proteínas de calor. Então, assim 
que o corpo aumenta a temperatura, a E. coli vai 
excretar as proteínas de calor e assim, 
escapando de morrer. 
 
 
Procariotos x Eucariotos 
A célula do eucarioto tem várias coisas dentro e 
dos procariotos não. No procarioto só tem 
citoplasma e ribossomo. A célula eucarioto 
guarda o material genético na carioteca (núcleo 
da célula). 
 
Na célula procariota não vemos uma membrana 
separando o material genético e sim, temos uma 
área reservada ao DNA, isso é o nucleóide. 
Tem diferença no tamanho, a eucarioto é 10x 
maior que a procariota. 
 
 Fungos são muito grandes. Temos fungos 
pluricelulares, que dá para ver a olho nu. 
 
Temos colônias de unicelulares, que ficam todos 
juntos. Para ver um indivíduo, temos que olhar 
pelo microscópio. 
 
 
 
- Semelhanças 
Ambos os tipos celulares são quimicamente 
similares, no sentido de que ambos contém 
ácidos nucléicos (material genético), proteínas, 
lipídeos e carboidratos. Eles usam os mesmos 
tipos de reações químicas para metabolizar o 
alimento, formar proteínas e armazenar. 
 
- Morfologia e arranjo das bactérias 
Os principais são bacilos (compridos, cheetos 
meia lua), espirais (é um espiral 2D chamada de 
empírico) ou pode ser igual do espiral do caderno 
que é a 3D, chamada de espiroqueta (parecem o 
cheetos de requeijão) e temos os cocos 
(bolinhas, como o cheetos bolinha). 
Temos os vibrios que parece uma vírgula. 
Causam a cólera (Vibro cholerae). 
 
A forma identifica o gênero. 
 
 
- Caso clínico: 
Lâmina 1) 
Mulher de 51 anos apresentava mestátase de 
câncer gástrico. Em uso de quimioterápicos. Sem 
neutropenia (penia = queda, baixo, ou seja, 
neutropenia é a queda do neutrófilio). Febre alta. 
Solicitou-se hemocultura, a qual foi coletada no 
pico da febre. 
 
Diagnósticos: bacteremia primária não 
relacionada ao catéter. 
 
Coloração de Gram realizada em amostra 
coletada da hemocultura (aumento de 1000x). 
Para saber se é ou não relacionado ao catéter 
tem que pegar um pedaço dele e colocar em 
meio de cultura para ver se cresce algo. 
 
 
Se temos bactéria no liquor, temos a inflamação. 
Os neutrófilos fagocitaram os cocos porque 
estavam sendo patogénicos. Não deveria ter 
bactéria no liquor e pode levar a morte de 
bactérias aí. Isso é chamado de cocos meningite 
(Cocos neisseria menigtidis). 
 
No sangue, não deve ter bactéria por conta que é 
um ambiente estéril. Neste caso não é coco e sim 
cocobacilos, fica mais alongada que o coco. 
 
O Acinetobacter baumannii é envolvida em 
pneumonia quando a pessoa está com ventilação 
mecânica e o centro é como se fosse achatado, 
por isso, no microscópio o meio fica mais claro. 
 
 
 
 
 
 
- Arranjos 
Uma bactéria assim que ela nasceu, ela tem a 
sua forma (coco, espiral ou bacilo), quando ela 
cresce faz a fissão binária (divisão das bactérias). 
 
Essas bactérias filhas podem ficar juntas, 
chamadas de arranjos ou podem ser 
livres/separadas. 
 
Diplo: células ao se dividirem permanecem 
unidas formando um par, é o arranjo diplo. São 
arranjos diplobacilos ou diplococos. Exemplo: 
Escherichia coli, Neisseria gonorrhoeae, 
Neisseria Meningitidis. 
 
Estrepto: células permanecem unidas formando 
cadeias, como um colar de pérolas. Exemplo: 
Streptoccus pyogenes. Podem ser 
estreptobacilos ou estreptococos. Liga ponta com 
ponta. 
 
Estafilo: células permanecem unidas formando 
cachos, é chamado de arranjo estafilo. Essas 
aglomerações de bactérias é o estafilo cocos. 
Exemplo: Staphylococcus aureus. 
 
Tetrade: divisão em dois planos, células 
permanecem unidas em grupos de quatro. 
 
Sarcina: divisão em três planos, células 
permanecem unidas em grupos cúbicos de oito 
indivíduos. São os arranjos sarcinas. 
 
 
As espirais não formam arranjos. Se virmos duas 
espirais juntas, não são diplo e sim acabou de 
fazer fissão binária. 
 
Os bacilos só formam o diplo e o estrepto. 
 
Geralmente os cocobacilos podem formar 
arranjos mas podem ficar livres. 
 
As bactérias arranjadas ficam grandes e ficam 
parecendo mal pigmentadas, só se vê com 
bacilos chamadas de arranjo paliçada. O arranjo 
paliçada que é um bacilo do lado do outro. 
 
É a bactéria Simonsiella sp, comum na amostra 
oral. 
 
Cocos não formam arranjos paliçadas porque 
senão ficam igual estreptos. 
 
 
 
 
Fungos 
Os fungos verdadeiros (eumycotas) podem 
pertencer a 3 grandes grupos quando 
observamos apenas a sua forma (microscópio). 
 
1. Mofos ou fungos filamentosos. 
Encontrado nas comidas, etc. São 
indivíduos. 
 
2. Leveduras. Formam colônias 
 
3. Cogumelos. O cogumelo é o órgão 
reprodutor e o fungo está no solo.É 
filamentoso, não são todos os 
fungos formando cogumelos mas se 
formar, são fungos filamentosos. 
 
Os cogumelos só possuem 1 fungo mas vários 
aparelhos reprodutores. 
 
 
- Filamentosos 
A maioria dos fungos são filamentosos, porque 
eles ganham área e se espalham na área que 
ficam. 
A morfologia adaptativa para aumentar a área 
superficial. 
 
Corpo ou talo vegetativo é chamado de micélio 
cuja função é absorver nutrientes para gerar 
energia empregada no crescimento e 
reprodução. 
O micélio é composto por numerosas HIFAS 
(filamento individual). 
 
O que vemos fora da fruta ou do solo, é o órgão 
reprodutor do filamento. 
 
Temos dois tipos de micélio que é o micélio 
vegetativo e o micélio aéreo. 
 
O micélio vegetativo desenvolve-se no interior do 
substrato, atuando como elemento de 
sustentação e de absorção de nutrientes. 
 
Micélio aéreo (HIFAS se juntam), é um micélio 
diferenciado, projeta-se na superfície crescendo 
acima do meio de cultivo. 
 
O micélio aéreo se diferencia e forma um micélio 
reprodutivo. 
 
A reprodução é sexuada. 
 
O fungo sempre tem uma forma assexuada e 
sexuada. 
 
A borda branca do fungo é o micélio vegetativo e 
depois vem o micélio aéreo e por fim o micélio 
reprodutivo. Ele vai mudando de cor por conta 
dos esporos. 
 
Na reprodução assexuada, temos o micélio 
vegetativo. Vamos ter septos entre as células, 
então a HIFA é septata. Vamos ter esporo (pó 
que cai) que é a reprodução assexuada. 
 
Os esporos vão sendo produzidos e lançados no 
meio ambiente, por isso esporos externos e são 
conhecidos como conídio (assexuada). 
 
Quem produz são fungos com HIFAS septadas. 
Existem fungos com HIFAS vegetativas sem 
septos e é HIFA cenocítica. O esporo não estava 
livre, está dentro de uma estrutura (uma 
bolsinha), não é esporo externo, é chamado de 
esporo interno que recebe o nome de 
esporangiósporo que está dentro da esporângio 
(estrutura fechada). 
 
Todo fungo passa pela fase assexuada e depois 
sexuada. 
 
O esporo fúngico é produzida nas duas fases, na 
fase assexuada é chamada de conídio. 
Um fungo pode ter HIFA septada e a HIFA 
cenocítica, isso ajuda a identificar o fungo. 
 
Ambas HIFA passam na fase sexuada e 
assexuada (temos fungos que não sabemos a 
forma sexuada). A HIFA cenocítica produz 
esporângio na fase assexuada e dentro estão os 
esporos. Como esporos são internos e são 
chamados esporangiósporos (fase assexuada). 
 
O fungo septada na fase assexuada produz 
conídios. 
 
Ambos produzem fase sexuada mas não estão 
visíveis ou tem outros nomes. 
 
 
 
 
 
 
Existem fungos que não são filamentosos e sim 
unicelulares. Exemplos: Candida albicas e 
Saccharomyces cerevisiae. 
 
 
- Colônias pastosas ou cremosas 
Os indivíduos unicelulares não tem micélios, 
aquele indivíduo cumpre funções vegetativas e 
reprodutivas. 
 
Forma arredondada ou ovalada. 
 
A reprodução é por multiplicação vegetativa por 
brotamento ou germinativa. 
 
O brotamento são pequenas protuberâncias 
laterais que surgem da célula mãe, que crescem 
e separam da mesma bactéria e assim 
originando um novo indivíduo. 
 
Enquanto o broto surge, o núcleo da célula 
divide-se e um migra para dentro do broto. 
A célula-mãe não morre, ela continua e só dá um 
filho por vez. 
 
Se a célula-filha não quis se separar da célula-
mãe, a célula-filha se divide e também não 
separa. As leveduras podem ser todas juntas, 
ficam arredondas (comensais). Quando elas 
entram no tecido, elas ficam compridas para 
mudar as proteínas de superfície e tentando 
enganar o sistema imune, ela também adere 
melhor no tecido assim. 
 
Ela vai entrar no tecido porque o tecido é estéril 
(não tem microrganismo) e nisso, vai ter tudo 
para ela. Quando entram, começa a vir o sistema 
imune. 
 
É uma pseudo-hifa, por conta que é uma fileira 
de indivíduos (unicelulares) e o conjunto das 
pseudo-hifa se chama pseudomicélio. 
 
Quando as leveduras estão sendo patogênicas, 
elas formam as pseudo-hifas (parece um cordão 
de salsicha). 
 
A hifa verdadeira é reta e não dá para ver as 
constrições entre uma hifa e outra. 
 
A Candida (causa a candidíase) é unicelular e 
pode passar para ser pluricelular e pode formar 
hifas verdadeiras. 
 
É dimorfismo que é uma levedura mas 
dependendo das condições do ambiente, muda 
de forma, ou seja, era unicelular e vira 
pluricelular. 
 
Quando elas são comensais são redondas 
(levedura) e quando fica reta vira pseudo-hifa ou 
hifa verdadeira. Não é a temperatura que muda o 
formato e faz com que a levedura vire 
oportunista. 
 
Na amostra do paciente temos leveduras livres 
mas se temos a levedura em formação de 
filamentos ou hifa verdadeira ou pseudo-hifa 
temos que colocar no laudo. 
 
O dimorfismo da Candida é causado por qualquer 
coisa menos por temperatura. 
 
Podemos ter a levedura e as pseudos-hifas ou as 
hifas verdadeiras. 
 
Nos fungos oportunistas é comum os dimórficos, 
que são patógenos primários, ou seja, causa 
doença. Pode ser uma doença grave, de forma 
branda, assintomáticos ou com complicações. 
Tudo depende de como vai estar o sistema 
imune. 
 
Esses fungos são dimórficos, que está 
relacionado a temperatura, ou seja, a 
temperatura que define a forma. 
Exemplo: Paracoccidiodes brasiliensis 
(paracoccidiodomicose) que é comum na região 
sudeste. 
 
 
Este fungo gosta de matéria orgânica e quando 
ele está no ambiente, ele está na forma 
filamentosa (hifas verdadeiras), as hifas vão se 
espalhando para obter mais nutrientes. 
 
Quando o fungo chega no nosso pulmão, ele sai 
na temperatura de 25 graus e quando chega no 
pulmão, a temperatura é 37 graus e ele muda a 
sua forma leveduraforme. 
 
A termodismorfismo é o que acontece com o 
fungo quando chega a determinada temperatura 
(muda de forma). O fungo termodismórfico, que é 
patogênico. 
 
Os bastonetes são neutrófilos que não 
terminaram de ser produzidos, são "jovens" 
ainda. 
 
 
 
 
- Características Celulares das 
Bactérias 
Ausência de membrana envolvendo o núcleo. 
 
Não apresentam organelas. As únicas que 
podem estar presentes são ribossomos e 
grânulos de inclusão. 
 
Parede celular constituída por peptideoglicano. 
 
Reprodução assexuada por fissão binária. 
 
 
 
A camada mais externa é a cápsula (nem todas 
tem). A cápsula pode ser de polissacarídeo e de 
proteína. 
 
• Cápsula 
São substâncias que circundam a célula 
bacteriana constituída de polissacarídeos e/ou 
polipeptídico. 
 
Camada viscosa ou glicocálice -> frouxamente 
associado. 
 
A cápsula bacteriana aderida à superfície da 
bactéria. 
 
Na micrografia eletrônica de transmissão revela a 
camada mucosa e delgada circundando a célula, 
essa é a coco. 
 
A cápsula é mais grosso. 
 
Camada viscosa é mais fina. 
 
Geralmente, cápsula gordinha é basilo. 
 
Por conta da cápsula, ela fica gosmenta e 
cremosa. 
 
Geralmente, coco não tem cápsula. 
 
KPC = Klebsiella pneumonaie. É cremosa e é 
uma enterobactéria, faz parte da nossa 
microbiota. Podem adquirir a capacidade de 
produzir uma enzima chamada carbapenemase 
(é o C do KPC) e essa enzima é capaz de clivar 
vários medicamentos, por isso é uma super-
bactéria. 
 
Clivar medicamento = corta as ligações da 
molécula, assim, o medicamento não possui mais 
efeito. 
 
 
• Funções da cápsula 
A cápsula servem para proteger a bactéria da 
fagocitose. 
 
Tem carga residual negativa e a célula fagocitária 
também tem a carga residual negativa e assim, 
acaba não se tendo a fagocitose, porque é 
repelida. 
Algumas bactérias podem fazer uma cápsula de 
polissacarídeo no nosso tecido (ácido hialurônico, 
por exemplo) e assim, acaba se camuflando na 
matriz extracelular. 
 
Serve para proteção contra a desidratação. A 
camada de polissacarídeo ajuda nisso, ou seja, 
ela pega a água da camada. 
 
Promove a concentração de nutrientes na 
superfície da célula (polianiônica). 
 
Adesão à superfícies, à outras células e às 
superfícies mucosas. 
 
A colistina tem carga residual positiva e com isso, 
é atraída para a bactéria, vão se interagirpela 
membrana plasmática e mata a bactéria por lise. 
 
A KPC pode mudar a carga da cápsula, ou seja, 
era negativa e fica positiva, porque ela muda os 
polissacarídeos da membrana. 
 
A Streptococcus mutans gruda no seu dente e 
causa tártaro, senão cuidar, elas vão soltar 
enzimas e quando chegar na ponte, forma a 
cárie. 
 
Zaragatoa: é o swab do PCR. 
 
Alguns fungos (levedura) podem conter cápsula 
de polissacarídeo. 
 
Um exemplo é o Criptococcus neofarmans que é 
a doença do pombo. O cocô do pombo tem muito 
nitrogênio e faz com que cresça o C. neofarmans. 
 
Quando alguém vai limpar o solo, o aerossol do 
cocô é inalado pela pessoa, vai parar nos 
alvéolos e os macrófagos não vão conseguir 
fagocitar e vai fazer com que a pessoa tenha 
criptococose (meningite fúngica). 
 
Fungos as vezes tem cápsula, como o C. 
neofarmans. 
 
Levedura = fungo unicelular. 
 
 
• Flagelo 
São apêndices filamentosos relativamente longos 
que se originam na membrana plasmática. 
Função: movimento celular. 
 
As bactérias móveis apresentam taxia 
(deslocamento da bactéria), podendo ser positiva 
em direção a um atraente (luz, nutrientes, O2) ou 
negativa em relação a um repelente (produtos 
tóxicos). 
 
Fototaxia = luz (se atrai pela luz, vai na direção a 
luz). 
Quimiotaxia = químico (se repele, vai fugir, é um 
repelente para ela). 
 
 
• Posição dos flagelos 
O flagelo é chamado de tríquia, então, uma 
bactéria que só tem 1 tríquia é chamada de 
monotríquia. 
 
Se tem uns tufos de tríquias, é chamado de 
lofotríquia. 
 
Se tem um flagelo um em cada polo, é anfitríquia. 
 
Tem flagelos por todo o seu perímetro é a 
peritríquia. 
 
Atríquias é que não tem flagelo. 
 
Anfilofotríquias tem tufos em cada polo de 
flagelos. 
 
É mais comum em bacilos e em espirais. Os 
cocos costumam ser imóveis. 
 
 
Os flagelos se originam dentro da cápsula. 
 
Endoflagelo: flagelo não é externo e sim, vai se 
enrolando por dentro da célula, ou seja, é interno. 
Um exemplo é o Treponema pallidum que causa 
a sífilis. 
 
Espiroquetas, em vez de flagelos, que se 
estendem além da parede celular. 
 
Os filamentos axiais fazem o corpo das 
espiroquetas girarem como um saca-rolha 
quando dá voltas dentro do involucro externo. 
 
Através dos filamentos axiais que se originam 
nas extremidades das células, sobe uma bainha 
externa, e fazem um espiral ao redor gerando 
movimento "saca rolha". 
 
Atravessa a mucosa para ir no tecido mais 
interno, ou seja, vai atravessando os órgãos, 
assim causando machucados e fazendo a 
pessoa ter sífilis. 
 
 
Os esporos tem alguns fungos que possuem 
flagelos, como fungos aquáticos. 
 
A reprodução assexuada dos fungos ocorrem 
pela liberação de esporos. 
 
Em certos fungos aquáticos, os esporos são 
dotados de flagelos, uma adaptação à dispersão 
em meio líquido. 
 
Por serem móveis e nadarem ativamente, esses 
esporos são chamados de zoósporos. 
 
 
• Fímbrias ou pelos 
Fimbrilina ou pilina (proteína). 
 
São filamentos que recobrem toda a bactéria. 
 
Tem adesão à superfícies (bactérias 
patogênicas). 
 
Adesinas: proteínas de adesão na extremidade 
das fímbrias. 
 
Se a bactéria tiver a adesina e a cápsula elas 
podem se aderir muito bem. Nem todas as 
bactérias tem as adesinas, se tiver, elas podem 
ter maior capacidade em invadir o nosso tecido e 
causar uma doença. 
 
 
• Receptores de vírus 
As fímbrias são mais largas e em menor 
quantidade. 
 
Estão envolvidos no processo de conjugação. 
 
Ficam entre as fímbrias. Não tem função de 
adesão. 
 
São constituídas por proteínas (pilina). 
Se chama F. pillus ou fímbria do pillus ou pillus 
ou pilli, proteina especial ou f. sexual. É uma 
proteína especial 
 
Mesmo tendo o nome Fímbria sexual não fazem 
reprodução sexuada. Temos troca de material 
genético, que é uma característica sexuada mas 
não fazem reprodução sexuada. 
 
O pillus funciona como um cano. A bactéria 
doadora tem no nucleotídeo um cromossomo 
circular e esse cromossomo determina todas as 
características da bactéria. 
 
Algumas bactérias podem ter plasmídeos que é 
DNA só que é extracromossomal, ou seja, a 
bactéria carrega genes a mais. 
 
 
É transferido uma cópia do plasmídeo pela 
bactéria doadora para a bactéria receptora e a 
bactéria receptora começa a produzir as fímbrias. 
 
Isso se chama conjugação. 
 
Quando vai doar (tem duas fitas de DNA), uma 
fita fica na bactéria doadora e a outra fita vai para 
a bactéria receptora. Não necessariamente vai 
produzir a fímbria, pode produzir outras coisas. 
 
Muitas vezes nos plasmídeos tem genes 
antimicrobianos, então elas não morrem com 
facilidade. 
 
A KPC adora conjugar com outras espécies e 
com outras KPC. Ficam trocando genes de 
proteção. 
 
 
• Parede celular 
Por baixo das fímbrias. 
 
Estrutura complexa, semirrígida, responsável 
pela forma da célula bacteriana, mantém a 
pressão osmótica, atua como barreira física 
contra o ambiente externo, ancora estruturas 
como flagelos. 
 
Se quisermos matar a bactéria, mexemos com a 
parede celular que vai perder a pressão osmótica 
e assim, matando a bactéria. 
 
Ela não morre se colocarmos muita água nela 
porque uma hora ela para de inchar, diferente 
das hemácias. 
 
 
 
 
 
 
 
Bactérias Gram positivas x 
Bactérias Gram negativas 
O tipo de antibiótico está relacionado ao tipo da 
parede celular da bactéria. 
 
Gram é uma coloração, por isso o nome: 
coloração de Gram. 
 
Foi descoberto pelo Hans Christian Joachim 
Gram, que quando fazemos a coloração de Gram 
as bactérias ficam rosa ou roxa e com isso se 
sabe se a parede celular é Gram positiva ou se é 
Gram negativa. 
 
Na lâmina, vamos colocar a violeta genciana ou 
cristal violeta (corante primário) e todas as 
bactérias vão ficar roxas, depois colocamos o 
Lugol que é um conjuga com o cristal violeta e 
segura o cristal violeta dentro da bactéria, é um 
iodo, mordente. 
 
Em seguida, colocamos um solvente lipídico que 
é uma solução de álcool absoluto associado a 
acetona (descorante) e algumas bactérias 
perdem o cristal violeta e o lugol dentro delas, 
assim, algumas ficam transparentes e outras 
continuam com o cristal violeta e o Lugol. 
 
Por fim, colocamos um segundo corante para 
colorir as bactérias que perderam o cristal violeta 
(fucsina ou a safranina que são contracorante) 
que tem uma cor avermelhada ou rosada. 
 
Ao final da coloração, vemos as bactérias 
coradas em roxo que são as bactérias Gram 
Positivas e as que ficam rosas são as bactérias 
Gram negativas. 
 
Quando o Gram jogava o solvente lipídico como 
dissolve lipídico, provavelmente tem uma 
estrutura lipídica com alguma coisa na parede 
celular e o lugol com o cristal violeta 
saia por isso que é Gram negativa. A Gram 
positiva não tem essa característica lipídica. 
 
 
 
O lipoteichoic está ligado aos fosfolipídios na 
membrana, só que na primeira imagem, temos 
poucos lipídeos. Esta é a Gram positiva. 
 
Na segunda imagem, temos bicamada de 
fosfolipídios (estrutura de membrana), então é 
uma camada de lipídeo que envolve toda a 
bactéria, então quando colocamos o solvente, ele 
tira a parte lipídica. 
Essa é a Gram negativa. 
A membrana plasmática não faz parte da 
bactéria. 
 
Nas Gram positivas, temos um espaço entre a 
membrana plasmática e a parede celular 
possuímos o espaço periplasmático. Na parede 
celular temos o peptideoglicano, possui várias 
camadas (é espesso e basicamente formado por 
peptideoglicano). 
 
Inseridos no peptideoglicano temos algumas 
estruturas que são inseridos até a membrana 
plasmática que são chamadas de ácido teicóico 
(funcionam a adenisa, não costumam ter fibrina 
que é um indutor de febre). 
 
A parede celular é rompida e libera o ácido 
teicóico, que sinaliza para o sistema imune que 
tem uma bactéria e isso gera a febre, ou seja, 
estimula as células fagocitárias a liberarem a 
citocina, fazendo assim que tenhamos febre. 
 
 Os que vão até a membrana plasmática são os 
ácidos lipoteicóicos (possuem lipídeos, ou seja, 
fosfolipídio). Por não ter muito lipídeo, o solventenão age. 
 
A espessura das duas camadas são as mesmas 
mas o peptideoglicano da Gram positiva é maior. 
 
Na Gram negativa, temos a membrana externa 
que envolve a célula bacteriana, não é a 
membrana plasmática. 
 
Como é uma membrana, é formada por duas 
camadas (bicamada de fosfolipídios), então 
temos uma camada interna da membrana 
externa que é parecida com a membrana 
plasmática e outra camada externa da membrana 
externa que tem o lipopolisacarídeo ou LPS, por 
isso temos a coloração rosada do corante. O 
solvente dissolve a membrana externa. 
 
 
 
 
 
 
 
- Peptideoglicano 
Composição composta de açúcar. 
 
O peptideoglicano é a mureina. É formado por 
peptídeos (aminoácidos ligados) e glicanos 
(açúcares). 
 
Temos 2 açúcares para compor o 
peptideoglicano, um dele é o N-acetilmurânico 
(NAM) e o N-acetilglicosamina (NAG), estão de 
forma alternados. 
 
Para manter a estabilidade, temos uma ligação 
glicosídica do tipo beta 1,4 que liga um açúcar no 
outro. Fica com um pouco mais de estabilidade. 
 
Os peptídeos fazem uma ligação cruzada entre 
uma linha e outra de carbonos (são 
tretapeptídeos). As ligações cruzadas só são 
feitas nos NAMs. 
 
Os peptideoglicanos nas bactérias das Gram 
positivos seguem um padrão. Todos os NAMs 
estão ligados, então, temos uma 
homogeneidade. 
 
Temos tretapeptídeos com tretapeptídeos e 
ligando um no outro temos 5 peptídeos 
pentapeptideos (pentaglicinas). Por ser várias 
camadas, o lugol e o cristal violenta não saem. 
 
As bactérias Gram negativas não são 
homogêneas. Em alguns NAMs, possuimos a 
ligação transversal mas alguns não temos, que 
são os tretapeptideo com tretapetídeo (ligação 
direita entre os tetrapeptídeos, não tem as 
pentaglicinas). 
 
O alternado é na mesma cadeia, tipo NAM, NAG, 
NAM, NAG... 
 
 
 
 
O peptideoglicano é encontrado em todas 
espécies de bactérias, exceto nas micoplasmas e 
nas arqueobactérias. 
 
Espinha dorsal de N-acetilglicosamina e ácido N-
acetilmurânico. 
 
Tetrapeptídeos curtos, constituídos de cadeias 
que contém aminoácidos incomuns como o ácido 
meso-diaminopimelico (meso-DAP). Os nossos 
aminoácidos estão em conformação L (levógiros). 
Os aminoácidos das bactérias (tetrapeptideos) 
estão em conformação D (desógeros). 
 
Isso serve para termos uma molécula em 
conformação D, assim, temos a destruição só da 
bactéria e não dos nossos aminoácidos, nisso 
temos a vancomicina (se instala entre as cadeias 
do tetrapeptideo). 
 
Não se trata de bactéria Gram negativa porque 
não age com a vancomicina. A Gram negativa 
tem uma membrana externa e a vancomicina não 
consegue atravessar para atingir o 
peptideoglicano. 
 
 
- Bactéria Gram negativa 
Camada de peptideoglicano menos espessa. 
 
Possui uma membrana externa composta de LPS 
(lipopolissacarídeos) diferente da membrana 
plasmática (fosfolipídios). Possui a porção de 
açúcar e a porção lipídica. 
 
A porção lipídica se chama lipídeo A e funciona 
como endotoxina (endógena). Serve para compor 
a sua parede celular. 
 
A parede pode ser rompida, o lipídeo A é liberado 
e funciona como uma endotoxina (macrófago 
fagocita a bactéria Gram negativa). 
 
Por exemplo, a Neisseira meningtidis causa a 
meningite bacteriana, só que quando o 
macrófago fagocita a bactéria, vai acabar 
liberando os lipídeos A, começando assim, a 
estimular o macrófago para produzir citocina que 
serve para atrair mais macrófagos para o local da 
infecção. Tendo assim, mais bactérias vão sendo 
fagocitadas e liberando os lipídeos A. 
 
Algumas citocinas vão fazer com que a pessoa 
tenha febre. O sangue começa a ir para o tecido 
e começa formar pontos de hemorragia por conta 
da vasodilatação, tendo assim, a coagulação 
intravascular disseminada (CID). 
 
Conforme o quadro for evoluindo, temos a febre, 
a vasodilatação que leva a queda de pressão, o 
coração começa a aumentar a sua frequência e a 
pessoa pode morrer. 
Isso se chama tempestade de citocinas por conta 
do lipídeo A ser fagocitado. 
 
O paciente entra em choque endotóxico por 
conta de tanta endotoxina sendo liberada. Por 
conta da vasodilatação, não vai chegar sangue 
nas extremidades, acontecendo assim a necrose, 
então tem que amputar. 
 
Contém porinas (pouca permeabilidade seletiva); 
 
Entre o LPS e a membrana plasmática está o 
espaço periplasmático, que é um fluído contendo 
várias enzimas com diferentes funções. 
 
No LPS, temos uma sequência de açúcares de 
receptores diferentes que é mais externo e é 
diferente até nas mesmas bactérias. Essa 
sequência é chamada de antígeno O. A 
sequência de açúcares nos receptores do meio, 
são iguais. 
 
 
Temos o lipídeo A (inserido na membrana 
plasmática), temos uma sequência de açúcares 
que se repetem e depois temos uma sequência 
de açúcares variáveis (antígeno O), então pode 
dificultar a reconhecer a bactéria. 
 
 
- Parede celular de Bactérias Álcool 
Ácido Resistentes (BAAR) 
São bactérias Gram positivas dos gêneros 
Mycobacterium, Nocardia e Corynebacterium. 
São lipídeos que constituem até 60% do peso 
seco da parede celular. 
 
Os lipídeos que constituem as paredes celulares 
são os Ácidos micólicos (ácidos graxos) na 
bactéria, temos as membranas plasmática, temos 
o peptideoglicano (NAG) e temos o ácido N-
acetilgicolil murâmico, por isso é Gram negativa. 
Temos a arabinogalactana (açúcares e 
proteínas). 
 
 Essa camada é hidrofílica. 
 
Temos o ácido micólico e por isso temos os 
ácidos graxos ou seja, tem uma porção 
hidrofóbica porque temos muitos lipídeos e por 
ser muito espesso. 
 
 
Variam quanto ao número de átomos de carbono 
(quanto mais carbono, mais hidrofóbicos são): 
C30: Corybacterium (diftéria) 
 
C50: Nocardia 
 
C90: Mycobacterium (tuberculose, lepra). Não dá 
para colorir por Gram por conta de ser 
hidrofóbica. Para descobrir se é Mycobacterium, 
vamos ter o BAAR, que é o método Ziehl-
Neelsen (é uma técnica para colorir essas 
bactérias). 
 
o Mycobacterium são microorganismos acidófilos, 
resistentes ao descoramento por álcool e ácido. 
 
A hidrofobicidade da parede dificulta a 
penetração do corante na célula. 
 
Tratamento com calor (método Ziehl-Neelsen) ou 
incorporação de um detergente ao corante 
fucsina (método Knyoun). 
 
Esquenta a lâmina para derreter o lipídeo (fica 
líquido), vai dilatar as porinas e força a entrada 
da fucsina pelas porina. 
 
Primeiro coloca a fucsina e depois esquenta a 
lâmina. O citoplasma fica vermelho e em seguida 
se adiciona o descorante, que no caso, é o álcool 
ácido clorídrico a 3%. 
Quando coloca o descorante, ele vai destruir a 
parede celular das outras bactérias, nisso as 
bactérias que não são álcool ácido resistente 
ficam transparente porque perdeu a fucsina. Só 
fica as que são resistentes a álcool e permanece 
em vermelho. 
 
A camada espessa de lipídeos na parede celular, 
protege a bactéria. 
 
Adicionamos outro corante para corar o que ficou 
transparente, então adicionamos o azul de 
metileno. 
 
Quando é Mycobacterium, se encontrarmos só 1 
bactéria, o paciente está doente. 
 
uma pessoa com muitos bacilos mais grave. 
 
 
 
- Parede celular de fungos 
Possui fungos leveduriformes possuem mais 
polissacarídeos glicanos e mananas. 
 
Fungos leveduriformes se coram como Gram 
positivos. 
 
Tem quitina na parede. 
 
Possuímos fungos leveduriformes que possuem 
mais polissacarídeos glicanos e mananas. 
 
Fungos leveduriformes se coram como Gram 
positivos mas não são Gram positivas. Vai se 
colorir por conta que vai aderir ao corante. 
 
Tem quitina na parede e tem manoproteínas. 
 
A membrana plasmática fica em cima. 
 
 
 
 
O Pneumocystus spp. não tem quitina mas tem 
as outras estruturas. 
 
Os fungos aquáticos podem ter celulose. 
 
A quitina é o exoesqueleto dos artrópodes. 
 
Fungo é mais nosso parente do que a planta, por 
conta do ancestral comum. 
 
 
• Características: 
São eucariotos, aclorofilados, parede celular de 
quitina e reservam glicose na forma de 
glicogênio. 
 
 
- Membrana plasmática das bactériasTemos mosaicos fluídos. 
 
Na membrana, temos proteínas nas moléculas de 
fosfolipídios. 
 
 
• Funções 
Permeabilidade seletiva; 
 
Transporte de substâncias (proteínas); 
 
Potencial energético (produção de energia) 
gradiente de próton. Tudo acontece na 
membrana da bactéria. 
 
Quanto maior a extensão (membrana) da 
bactéria vamos ter mais produção de energia. 
 
 
 
 
- Membrana do fungo 
Membrana de fungo não tem colesterol. No fungo 
não tem a membrana como produtora de energia. 
Não tem colesterol mas tem ergosterol para dar 
uma certa rigidez. 
 
Os antifúngicos interrompem a síntese de 
ergosterol (a maioria). A membrana plasmática 
fica mais fluida. 
 
Os medicamentos para matar o fungo se ligam 
ao ergosterol (anfotericina B) que serve para 
matar micoses sistêmicas. A anfotericina B se 
liga e forma um canal hidrofílico, assim o 
conteúdo citoplasmático sai da célula e morre. 
 
 
- Citoplasma do fungo e da bactéria 
Bactéria: temos o ribossomo, material genético 
está na membrana, inclusões citoplasmáticas e 
plasmídeos em determinadas espécies. 
 
Ausência de organelas envoltas por membranas. 
 
Intensa atividade metabólica. 
 
Na célula fúngica, temos a membrana 
citoplasmática e vamos ter várias organelas 
(material genético dentro da carioteca). 
 
 
 
• Ribossomo 
Organela sem membrana na qual ocorre a 
síntese proteína. 
 
Constituição: proteína e RNA do tipo ribossômica. 
 
tem subunidade maior e menor. 
 
Função: síntese proteica. 
 
Quando o ribossomo está inteiro (subunidade 
menor e maior) é 70S. 
 
Ficam várias moléculas de água ao redor e elas 
pesam separadas e quando elas se juntam, as 
moléculas de água se dispersam e perde 10S, 
por a subunidade maior pesa 50S e a subunidade 
menor pesa 30S. 
 
 
 
 
Alguns medicamentos podem se ligar ao 
ribossomo bacteriano mas podem ligar no nosso 
ribossomo eucarioto. 
 
Se os medicamentos conseguem entrar na nossa 
célula, eles podem alterar a síntese proteica da 
mitocôndria (porque ela tem ribossomo 70S). 
 
 
• Inclusões citoplasmáticas 
É um material de reserva para a bactéria. 
 
Ela pode armazenar amido, glicogênio, Poli B 
hidroxibutirato (longos polímeros de carbono), 
grânulos de polifosfato na membrana lipídica. 
 
Grânulo de inclusão: armazenar o que ela 
precisa. 
 
Algumas bactérias usam ferro para se guiar pela 
terra (eixo magnético). 
 
Pode armazenar ferro (fosfolipídios, proteínas e 
glicoproteínas). 
 
Vesículas gasosas (membrana proteica). 
 
 
• Endósporo 
Estruturas de resistência, formadas por algumas 
bactérias G+ (bacilo Gram positivo) para a 
sobrevivência durante condições ambientais 
adversas. 
 
O processo de formação de endósporos é 
denominado esporulação e o retorno de um 
endósporo ao seu estado vegetativo é 
denominado germinação. 
 
No endósporo, a célula está num estado latente, 
ou seja, seu metabolismo é extremamente lento, 
sem divisão celular e podem ficar viáveis por 
anos. 
 
Muito resistente ao calor, frio, agentes químicos, 
falta de água, etc. 
Bactérias patogênicas formados de esporos 
- bacilos Gram positivos dos gêneros Clostridium 
sp (anaeróbias restritas, vivem sem oxigêno) e 
Bacillus sp. 
 
Uma das espécies de Clostidium sp pode causar 
o botulismo. É letal (toxina botulínica). 
 
Se as Clostridium ficam em forma de endósporo. 
 
O mel não estraga por conta da sacarose que é 
um meio hipertônico (as bactérias não entram no 
mel). Mas o Clostridium consegue entrar, por 
conta que ele está em forma do endósporo. 
Quando o endósporo entra no nosso organismo, 
ele não vai conseguir entrar no nosso organismo. 
 
Mas no bebê, a microbiota está em 
desenvolvimento, então, quando ingere o mel, os 
endósporo conseguiram espaço. 
 
 O bebê não consegue mais se contrair, ele 
desenvolve a síndrome do bebê largado 
(botulismo infantil). Senão consegue mais 
contrair nada, ela morre por asfixia (porque não 
consegue mais contrair o pulmão). 
 
Bactérias patogênicas formadoras de esporos –> 
Bacilos gram positivos dos gêneros Clostridium 
sp e Bacillus sp. 
Os Bacillus anthracis podem ser usados como 
armas biológicas. 
 
 - Esporulação 
Forma vegetativa -esporulação-> esporo -
germinação-> forma vegetativa 
 
 
Quando temos o Ácido dipicolínico ela tem quase 
nada de água. 
Permanece por um bom tempo assim, quando o 
ambiente favorável, ele se liberta do endósporo e 
começa a ser germinado. 
 
• Estrutura 
Core ou núcleo: citoplasma desidratado contendo 
DNA, ribossomos, enzimas, etc. 
Córtex: parede celular modificada. 
Envelope: várias camadas de proteínas tornando-
o impermeável. 
O endósporo não cora porque o corante não 
entra, por conta da sua estrutura. 
Conforme a bactéria está ficando velha, ela 
começa a ficar mais rosada. É requisito de 
cápsula. 
A estrutura do endósporo, morre e libera o 
endósporo no meio. 
Quando o endósporo não colore, ele vai ter um 
buraco no meio da cápsula. Quando o bactéria 
tem esse aspecto, tem o nome de alfinete de 
fralda. Esta esporulando. 
O transparente é o endósporo, é meio que uma 
sombra no microscópio. 
Para o tratamento temos o antimicrobiano. Mas 
não afeta o endósporo e temos outro tipo de 
tratamento. 
 O endósporo é estrutura de resistência 
bacteriana. 
 
- Sistema reprodutivo de fungos 
É o esporo. 
Elemento uni ou pluricelular, de origem 
assexuada ou sexuada, altamente especializado, 
capaz de resistir às condições adversas e de 
germinar em meio favorável, garantindo assim, a 
propagação dos fungos. 
Endósporo bacteriano: estrutura de resistência 
Esporo fúngico: estrutura de reprodução sexuada 
ou assexuada. 
Fragmentação do talo: pedaço de hifa vegetativa 
dá origem a um novo indivíduo. Forma 
assexuada de reprodução. 
 
 
• Estrutura de resistência 
Parte do micélio que se destaca e origina novo 
indivíduo. São os clamidoconidios ou 
clamidosporo. 
São células da hifa que se diferenciam em uma 
estrutura arredondada de parede espessa, com 
reserva de glicogênio e normalmente com 
coloração. 
Função: por suas características, resistem aos 
fatores abióticos estressantes e pode 
permanecer no ambiente por um longo período, 
portanto é um esporo de resistência produzido 
assexuadamente. 
 
Esclerócios ou esclerotos: 
Massa micelial, de consistência dura e 
diferenciada. 
As paredes celulares se fundem e as hifas 
adquirem uma forma redonda ou irregular 
lembrando um tecido. 
Permanecem em estado de dormência até que 
condições ambientais favoráveis permitam sua 
germinação. 
Apresentam coloração e tem reserva de 
nutrientes. 
Fungo de hifa septada porém depende. 
 
Artroconídios 
Conídios formados pela modificação da célula da 
hifa (fragmentação da hifa em elementos 
retangulares) e, posteriormente, liberados pela 
fragmentação ou lise das células disjuntoras. 
Aumentamos a quantidade de quitina, o volume 
celular fica menor. Favorece a quebra 
(rompimento da hifa). Esses pequenos pedaços 
se dispersam muito facilmente. 
Um fungo que forma Artroconídios é o 
Coccidioides immitis (principal). Causa micose 
(C. posadasii também causa). São quadros 
fatais. Ele se dissemina por todo o corpo e fica no 
nosso sistema nervoso. 
É termodimórfico. Quando passamos por um 
ambiente infectado, os artroconidios se quebram 
e inalamos. Vão para o pulmão, germinam e 
formam as leveduras, podem cair na corrente 
sanguínea e pode causar vários problemas 
sérios. 
A doença é a coccidioidomicose ou febre do vale 
(popularmente conhecida). 
 
Crescimento, nutrição e 
metabolismo microbiano 
- Metabolismo 
Processos de obtenção de energia. 
Catabolismo da célula microbiana -> a parte do 
metabolismo que se refere à assimilação ou 
processamento da matéria orgânica adquirida 
pelos seres vivos para fins de obtenção de 
energia. 
Micro-organismos precisam crescer e se manter. 
Necessidades nutritivas iguais a de todos os 
seres vivos. 
Precisam de basicamente a mesma coisa.• Fatores necessários para o crescimento 
microbiano: 
Físicos: 
Temperatura; 
pH; 
Pressão osmótica. 
 
Químicos (nutrientes): 
Água; 
Fontes de carbono; 
Nitrogênio, Enxofre e fósforo; 
Sais minerais; 
Fatores de crescimento (para mo. Exigentes); 
Oxigênio 
 
Precisam de macronutrientes (carbono, 
nitrogênio, enxofre, fósforo, hidrogênio ou 
CHONPS). 
Precisam de micronutrientes, ou seja, precisam 
de menos sais minerais. 
 
➔ Fonte de carbono 
Micro-organismos são divididos em dois grandes 
grupos quanto à necessidade de carbono para 
síntese de seus compostos orgânicos: 
Podem ser litotróficos ou autotróficos: utilizam do 
CO2 ou íon bicarbonato como única fonte de 
carbono. Como bactérias. 
Podem ser organotróficos ou heterotróficos: 
utilizam compostos orgânicos como fonte de 
carbono. Exemplo: glicose, lactose, etc. (fungo) 
 
Os fungos são organismos heterotróficos 
(saprofitas, parasitas ou mutualistas). 
Digestão é extracelular, ou seja, lançam enzimas 
(amilases, celulases, proteases, lipases, etc) 
quebram polímeros e liberam monômeros. 
Os monômeros são absorvidos para o interior da 
célula fúngica. 
Uma adaptação morfológica permite explorar ao 
máximo o ambiente para buscar nutrientes. 
Importantes decompositores, assim como as 
bactérias. Uma das razões de não termos mais 
petróleo é por conta disso. 
 
➔ Nitrogênio 
É o segundo elemento mais abundante na célula 
bacteriana (12% peso seco). 
Temos a síntese de proteínas, ácidos nucléicos 
(bases nitrogenadas, como DNA) e outros 
constituintes celulares. 
 
Como obter nitrogênio? 
Micro-organismos podem obter nitrogênio pela 
alimentação. 
Maior parte das bactérias utilizam a amônia 
(NH3), outras utilizam o NO3. 
Bactérias fixadoras de N2 captam o nitrogênio 
direto do ar. 
Exemplo: Azotobacter e Rhyzobium spp. 
 
➔ Oxigênio: 
Aeróbios estritas: necessitam de oxigênio e 
somente sobrevivem no meio que tem oxigênio. 
Anaeróbios estritas: não gostam de oxigênio e só 
vivem no meio que não existe. 
Anaeróbios facultativos: gostam do oxigênio, 
usam caso tenha, mas se não tiver, sobrevive da 
mesma maneira. 
Microaerófilicos: gostam do oxigênio mas só se 
tiver em quantidade mínimas (baixas tensões). 
Aerotolerantes: tolera o oxigênio. 
 
Rosa: superfície do meio. 
Ponto preto: representa a bactéria. 
Eles crescem de acordo com a sua afinidade ao 
oxigênio. 
 
 
 Formas tóxicas de oxigênio 
Produto da respiração aeróbica. É liberado 
radical superóxidos livres. 
Os radicais livres são altamente reativos. 
Para evitar que isso aconteça, as células e as 
bactérias tem algo para neutralizar isso. Temos 
enzimas que neutralizam esses compostos. 
Temos como enzima: superóxido dismute (SOD), 
catalse e a peroxidase. São importantes para 
neutralizar as formas tóxicas dos radicais livres. 
O anaeróbio estrito não tem essas enzimas. 
As microaerófilos podem ter baixas 
concentrações de enzimas. 
Função: neutralizar os radicais. 
 
 
 
Os fungos são aeróbios estritos ou anaeróbios 
(grande parte). 
Os fungos anaeróbios fazem fermentação 
alcoólica. Exemplo: Saccharomyces cerevisae. 
Preferem pH ácido (4,5 a 5). 
 
➔ Outros macronutrientes: 
Fósforo: síntese de ácidos nucléicos e 
fosfolipídios; 
Enxofre: componente estrutural de aminoácidos 
como cisteína e metionina, além de estar 
presente em vitaminas (biotina, tiamina) e 
coenzima A. Utilização principalmente em 
sulfatos inorgânicos. 
Potássio: Exigido por uma série de enzimas 
(cofator) de diferentes processor. 
Magnésio: estabilizador de ribossomos, 
membranas celulares e ácidos nucléicos. 
Necessário para a atividade de muitas enzimas 
(cofator). 
Cálcio: essencial para o crescimento de muitos 
micro-organismos. Ajuda a estabilizar a parede 
celular bacteriana, importante para a termo 
resistência dos endósporos. 
 
• Micronutriente e fatores de crescimento: 
Necessários em quantidades tão pequenas (ug e 
ng) entretendo são importantíssimos para o 
funcionamento da célula, tanto quanto os 
macronutrientes. 
Elementos traço: cromo, cobalto, cobre, 
magnésio, molibdênio, níquel, selênio, 
tungstênio, vanádio, zinco e ferro (depende da 
célula) 
Fatores de crescimento: vitaminas (maior 
frequência: tiamina (vit. B1), biotina, piridoxina 
(B6)); aminoácidos; purinas; pirimidinas. 
 
• Água 
Não é nutriente mas é essencial e indispensável 
para o crescimento bacteriano. 
 
- Crescimento bacteriano: pressão 
osmótica 
Os micro-organismo retiram da água, que está 
presente no meio ambiente, a maioria dos 
nutrientes solúveis. 
Portanto, eles necessitam de água para o seu 
crescimento. 
O seu conteúdo celular é composto de 
aproximadamente 80% de agua. 
 
Alguns micro-organismo são capazes de crescer 
em diferentes concentrações de sal 
Halófilos extremos: necessitam de sal em altas 
concentrações (+- 30%). Ex: arqueobactérias 
(Halobacterium salinarum). 
Halófilos: necessitam de sal em uma 
concentração moderada (+- 1,5%). Exemplo: 
Vibrio fischeri. 
Halotolerantes ou facultativos: não necessitam de 
sal mas toleram a presença de até 2% no meio. 
Exemplo: Staphylococcus aureus. 
Não halófilos: não necessitam de sal e não 
toleram a presença no meio. Ex: Escherichia coli. 
 
• Fonte de energia 
Para obtenção de energia, as bactérias podem 
consegui-la a partir da luz ou da oxidação de uma 
ou mais substâncias. 
Algas e algumas bactérias são fotossintéticas. 
Algas: clorofila 
Bactérias: bacterioclorofila. 
 
Temos a fototróficas que obtém energia a partir 
da luz. 
Quimiotroficas que obtém energia a partir de 
reações de oxirredução de compostos. 
 Se o composto for quimioorganotrofica, obtém 
energia através de compostos orgânico. 
Se for quimiolitotrofico, obtém energia através de 
compostos inorgânicos. 
 
- Temperatura 
Pode variar para cada espécie. 
Psicotrófilas: bactérias que se multiplicam em 
temperaturas baixas mas a temperatura ótima 
pode variar. 
Psicrófilas: 0 a 18ºC. 
Mesófilas: 25 e 40ºC. 
Termófilas: 50 e 80º C. 
Hipertermófila: acima de 90ºC. Exemplo: 
arqueobactérias. 
 
 
• Temperatura ótima de crescimento 
O que determina são as enzimas desses micro-
organismos. Elas tem temperaturas mínimas para 
funcionar, temperaturas máximas de 
funcionamento e as temperaturas ótimas (todas 
as enzimas realmente funcionam). A temperatura 
ótima está perto da temperatura máxima. 
Ultrapassando a temperatura máxima, temos a 
desnaturação proteica. 
 
 
- pH: concentração hidrogeniônica 
pH neutro ou em torno de 7,0 é o ideal, porém 
existem bactérias acidofílicas, basófilas e 
neutrofílicas. 
 
- Micro-organismos extremófilos 
(Archaebacterias) 
Micro-organismos termófilicos (hipertermófilos). 
Exemplo: Pyrolobus fumarii. 
Micro-organismos ácidofilos. Exemplo: 
Picrophilus oshima. 
Micro-organismo halófilos. Exemplo: 
Halobacterium salinarum. 
 
 
 
 
 
 
Crescimento microbiano 
Aumento de micro-organismos; 
Piora dos sintomas e da doença. 
Precisamos entender para conter, interromper ou 
acelerar o crescimento microbiano conforme a 
situação, por exemplo, para produzir o yakult. 
 
Crescimento bacteriano: somatório dos 
processos metabólicos progressivos que 
normalmente conduz a divisão (reprodução 
assexuada) com concomitante produção de duas 
células-filhas. 
Aumento de protoplasma (matéria viva) para 
crescer. 
As células-filhas são a metade das células-mães. 
A célula-mãe se divide por fissão binária. 
A idade da bactéria é o tempo que nasceu até 
crescer para fazer fissão binária. 
Incorporação dos elementos à matéria orgânica 
para ter o aumento de tamanho de maneira 
irreversível. 
Além de aumentar as dimensões da célula, 
temos o aumento das organelas. 
Os fungos crescem mas no caso do fungo 
pluricelular, temos também o aumento da 
quantidade de células. 
Vírus são montados dentro das células, então 
não cresce.O crescimento microbiano pode ser individual ou 
populacional. 
A rapidez e interferências do crescimento 
depende do meio. 
A célula pode acumular substâncias de reserva 
ou em plasmoptise. Não está crescendo e sim 
inchando. 
Vamos olhar o crescimento de uma população 
(uma célula dará origem a duas ao fim de um 
certo tempo, isso se chama: tempo de geração 
ou de duplicação). Olhamos o crescimento, pois 
só aumenta quando a bactéria chega na fase 
adulta, pois só faz fissão binária nesse estágio. 
Em microbiologia, o termo de crescimento refere-
se a um aumento do número de células e não ao 
aumento das dimensões celulares. 
- Tempo de geração 
É o tempo necessário para uma célula se dividir 
(é sua população dobrar de tamanho): 
Tempo varia de acordo com o organismo; 
Depende de fatores físicos e químicos. 
 
A E. coli tem um tempo de geração de 20 
minutos. 
Micobactérias tem um tempo de geração de 13 a 
15 horas. Neste caso, a doença pode demorar 
para se estabelecer. 
 
 
Pode variar. 
 
- Curva de crescimento 
Fases de desenvolvimento de uma cultura 
bacteriana (em meio liquido): adaptação, 
desenvolvimento (crescimento), extinção de 
nutrientes e morte. 
Fases: lag, exponencial ou log, estacionária e 
morte. 
Colocam o tempo de crescimento bacteriano em 
uma curva. As bactérias estão em um meio 
líquido. Em 15 minutos avaliamos quanto temos 
de bactéria 
 
Temos 4 fases: 
 1ª fase (A): a população de micro-
organismos se manteve (em quantidade). Essa 
fase é chamada de lag ou latente. 
 
• Fase Lag ou latente 
Período de adaptação, intensa atividade 
metabólica. Ausência de divisão. 
Longa: inóculo pequeno, cultura velha, meio e 
temperatura desfavoráveis. 
Em alguns casos pode inexistir, porque a bactéria 
pode estar acostumada com aquele meio. 
 
• Fase logarítica (log) ou exponencial 
Divisão máxima. 
Progressão geométrica de razão 2. 
Etapa B. 
 
• Fase estacionária 
Mantém um número de organismos. 
Escassez de nutrientes ou acúmulo de 
metabólitos. 
Bactérias crescem muito lentamente ou número 
de mortes é igual ao de novas. 
Temos poucos nutrientes e bastante metabólicos 
tóxicos. 
Temos um platô. 
Fase C 
 
• Fase de declínio ou morte 
Tem quase nada de nutriente e muito metabólico 
tóxico. 
Começam a morrer. 
Lento ou exponencial 
Fase D. 
 
- Como o vírus produz novas viroses? 
Quando o vírus entra na célula, fica ativo e vai 
buscar usar o que a célula tem para produzir 
progênie viral (cópias dele). 
Tem dois tipos de ciclo: 
Ciclo lítico (vai promover lise da célula, 
multiplicação e acaba sofrendo lise) e ciclo 
lisogênico (fica na célula sem causar dano). 
Os vírus tem que ter o acesso a célula que ele 
infecta. Precisa encontrar a célula que é 
suscetível e que tenha o receptor celular. 
O vírus se ligando ao receptor celular é chamado 
de adsorção, isso só acontece se a célula tem 
susceptilidade viral (célula que tem o receptor do 
vírus). 
O anticorpo é importante para impedir o vírus de 
se ligar a nossas células. 
Mesmo que o vírus tenha se adsorvido no 
receptor celular, não é garantido que o vírus 
consiga se replicar. Pois, para o isso acontecer, a 
célula precisa ter cofatores e enzimas certas. A 
célula tem que ser permissiva, que é tudo que o 
vírus precisa para continuar a sua replicação. 
 
A segunda etapa da replicação: penetração, que 
é o vírus tem que entrar na célula, ou seja, ela vai 
endocitar o vírus e formar o endossomo. 
A endocitose pode acontecer para vírus 
envelopados e os não envelopados. 
Houve a ligação, o envelope viral fica na 
membrana plasmática e só entra o capsídeo no 
citoplasma. 
O vírus envelopado adsorve a membrana da 
célula e insere o material genético dentro da 
célula. Fazendo assim um canal e o capsídeo fica 
do lado de fora. O material genético entra, isso se 
chama translocação do material genético. 
Quando entra por endocitose e forma o 
endossomo, o lisossomo se fundiu ao 
endossomo, que vai liberar as enzimas para fazer 
a fagocitose. 
As enzimas são ácidas, assim vão alterar as 
proteínas de superfície do envelope, então o 
envelope se funde ao endossomo e vai lançar o 
capsídeo ao citoplasma. Isso acontece com o 
vírus envelopado. 
Na hora que o endossomo se ligar ao lisossomo 
para promover o ambiente ácido, vai modificar o 
capsídeo e o material genético vai ser lançada no 
citoplasma. Isso acontece com o vírus não 
envelopado. 
Se o vírus entra por endocitose ou se entra pela 
fusão da membrana celular e do capsídeo, nesse 
estágio temos o capsídeo lançado. Se mostrar o 
capsídeo para a célula, ela vai ser uma bola de 
proteína no citoplasma. 
Na célula, temos as proteases que destroem as 
proteínas. Então, quando encontra os capsídeos, 
ela vai degradar o capsídeo porque é feito de 
proteína. Quando isso acontece, temos a próxima 
etapa que é o desnudamento. 
O desnudamento é expor o material genético do 
vírus. A célula vai receber o código para replicar 
o material genético pelo DNA ou pelo RNA, que 
no caso é o RNA e na hora temos a tradução do 
RNA. 
Se o vírus for RNA e estiver no sentido de leitura 
(5’3’), pode ser automaticamente traduzido, ele é 
um vírus de polaridade positiva. 
Se o RNA de polaridade negativa, tem que ser 
transcrito (sai da negativa para o positiva) para 
ser traduzido. Tem uma cópia complementar para 
ficar em sentido 5’3’. 
Se o vírus é de DNA, ele não vai ficar no 
citoplasma e sim no núcleo para ser replicado. Se 
for sintetizar proteica, acontece no citoplasma por 
conta do ribossomo. 
Se tiver 2 fitas, ele vai ter a polaridade negativa e 
a positiva. Normalmente, não vai infectar mais 
rapidamente a célula. 
Se o vírus está sendo excretado pela pessoa 
infectada, ele tem maior facilidade para 
contaminar outra pessoa (capacidade infecciosa 
maior). 
Quando desnudar o material genético, vamos ter 
a replicação do material genético e a síntese de 
proteínas. 
O ribossomo não replica o material genético. O 
ribossomo ao fazer a síntese de proteínas vão 
fazer a replicação do material genético. A 
transcriptase viral que faz a cópia do material 
genético. 
Nem a transcriptase viral e nem a transcriptase 
reversa não existem na nossa célula. 
A transcriptase reserva pega a sequência de 
RNA e faz DNA. 
O HIV quando converte o RNA em DNA, manda o 
DNA para o núcleo do linfócito, nisso fica 
integrado no material genético do linfócito. Então, 
mantém o vírus por toda a vida. Por isso, é uma 
infecção persistente. 
O vírus RNA (sem ser HIV) depois o sistema 
imune dá conta do vírus e elimina. 
O vírus as vezes precisa carregar as enzimas 
prontas. 
O vírus de DNA polaridade negativa, faz o 
desnudamento na célula e carrega a 
transcriptase viral. A enzima pega o DNA e faz 
copias de RNA. 
O vírus de polaridade positiva, não leva as 
enzimas por conta que ele faz o desnudamento e 
já pode ser lido. Uma das primeira enzimas é a 
transcriptase viral, que começa a copiar sem 
parar. 
A próxima etapa é de montagem das partículas 
virais. 
Temos um capsídeo e um material genético. 
Temos o processamento das proteínas no 
Complexo de Golgi e a proteína do envelope é 
inserida na membrana plasmática da célula. Esse 
capsídeo montado vai ser levado para a 
membrana plasmática, vai forçar a saída pela 
membrana até que ela rompe naquele pedaço. A 
membrana plasmática rompida faz o envelope 
lipídico mas a porção proteica é feita por 
proteínas virais. 
Esse processo é o brotamento que faz a parte da 
liberação. 
O brotamento só acontece nos vírus 
envelopados. 
Os vírus não envelopados são formados pelo 
material genético que é levado para o complexo 
de Golgi e a vesícula vai estar na réplica do vírus, 
vai se fundir com a membrana plasmática e são 
jogados para fora. 
Esse é o ciclo lítico. 
 
• Resumindo 
O ciclo lítico promove a morte e lise da célula 
hospedeiro. Vamos provocardoenças pelo 
estoramento das células, assim prejudicando 
tecidos. 
Estágios do ciclo lítico: 
1. adsorção 
2. penetração. Podendo ser direta pela 
injeção do material genético 
3. síntese 
4. montagem 
5. liberação 
 
 
- Ciclo lisogênico 
Começa do mesmo modo que o ciclo lítico. 
Temos a adsorção, depois a penetração e 
desnudamento. 
No ciclo lisogênico, o vírus entende que não quer 
matar a célula. O material genético está no 
citoplasma e ele incorpora o material genético da 
célula com o seu. 
Ali permanece, a replicação do material genético 
vai acontecendo quando a célula faz a divisão e o 
vírus vai se mantendo no corpo por muito tempo. 
O vírus da Herpes são de DNA, então ele fica 
fazendo esse ciclo lisogênico. 
Então, o vírus de DNA ou que passa por uma 
etapa de DNA fica em lisogenia, integrado no 
material genético da célula. 
O vírus da Herpes quando não temos sintomas, 
está em lisogenia mas quando temos algum fator 
que faz com o vírus entre o ciclo lítico. 
Não temos a montagem e a liberação. 
Para contaminar outra pessoa, o vírus tem que 
estar no ciclo lítico. 
Estágios do ciclo lisogênico: 
1. adsorção 
2. penetração. 
3. Síntese. 
 
 
 
 
 
 Meio de cultura 
Como faço para multiplicar vírus in vitro? 
Talvez, tenhamos que cultivar o vírus in vitro. 
 
Objetivando promover a reprodução de certo 
vírus fitopatogênico (vírus patologias em plantas), 
um estudante incubou o vírus em um meio de 
cultura que continha fonte de carbono e 
nitrogênio. O estudante obteve sucesso na 
reprodução do vírus? Justifique. 
Não, pois o vírus tem que infectar um ser vivo 
que pode ser um meio de cultura, então ele não 
faz nada só com carbono e nitrogênio. O vírus 
está inerte. 
No meio de cultura, tem tudo que o vírus precisa 
para sobreviver. 
Na base do meio de cultura, temos células uma 
do lado da outra, como se fosse um tecido. 
A superfície esta banhada de um líquido. 
Isso serve para fazer teste de Covid, vacina... 
Podemos usar animais em laboratório para 
isolamento viral, para ver as reações que temos. 
Podemos usar ovos embrionados (barateia o 
custo da vacina) e culturas de células para ver 
todo o conjunto. 
Dependendo do vírus, temos que fazer um EPI 
“especial”. 
 
- Isolamento em cultura de células 
Sistema de primeira escolha 
Substitui o uso de animais 
Mais econômico e de fácil manutenção 
Escolha da linhagem depende da permissividade 
e velocidade de replicação do vírus estudado. 
 
Certo e como sei que tem vírus na amostra? 
Temos que observar a cultura ao microscópio. 
O que vemos é o efeito que a doença que o vírus 
causa na célula, então temos a observação de 
Efeito Citopático (ECP). 
O vírus vai decantar no líquido do meio de 
cultura, vai se ligar nas células por meio dos seus 
receptores e temos o ciclo lítico. Pode matar as 
células, aí temos um espaço no tecido, pois as 
células morrem e se soltaram do tapete celular. 
Nas placas de lise dá para ver a presença viral, 
vamos adicionar corante para ver as células que 
estão vivas que vão se corar mas as células 
mortas, não se coram. 
Em cada placa de lise entendemos o quanto de 
vírus temos em cada amostra. Para controlar 
quanto de vírus temos, temos que fazer uma 
diluição seriada. 
Corpúsculos de inclusão: é uma estrutura que 
temos na célula infectada. Essa estrutura 
aparece quando a célula está infectada por um 
vírus. 
Quando a pessoa morre de raiva ou tem, ela vai 
ter um corpúsculo de inclusão chamado de 
Corpúsculo de Negri. 
 
- Meios de cultura 
Material nutriente preparado em laboratório para 
o crescimento de micro-organismos. 
Podemos ter meios líquidos, semi-sólidos e sólido 
(ágar que endurece o caldo). 
Bactéria e fungo podem crescer fora da célula, 
então não precisamos fazer a placa de Petri. 
É usado ágar e não gelatina porque a maioria 
das bactérias são mesófilas. Então, quando 
colocado em estufas, a gelatina fica líquida e não 
dá para cultivar essas bactérias. Já o ágar, 
resiste a 37º C. 
 
• Meios sintético ou quimicamente definidos 
Composição química exatamente é conhecida. 
 
• Meio complexo 
Composição química que não é perfeitamente 
definida. 
Um exemplo é o ágar sangue de carneiro. 
 
• Meios ricos 
Favorecem o crescimento de diversos 
organismos. 
Líquidos: caldo Brain Heart Infusion (BHI) 
 Caldo Tioglicolato 
 
Sólidos: Ágar Sangue (diferencia hemólise) 
 Ágar Chocolate 
 
• Meios seletivos 
Favorecem o crescimento de alguns organismos 
e impedem o crescimento de outros. 
Ágar Sabouraud (pH 5,6): favorece o crescimento 
de fungos. 
Ágar sulfeto de bismuto: Salmonella typhi. 
 
• Meios de Enriquecimento 
São geralmente líquidos. Fornecem nutrientes e 
condições ambientais que favorecem o 
crescimento de um micro-organismo específico e 
não outro. 
É um meio seletivo, mas elaborado para 
amplificar até níveis detectáveis um número 
muito pequeno do micro-organismo de interesse. 
Isolamento de micro-organismo do solo produtor 
de celulase? 
Semear a amostra em meio líquido de 
enriquecimento que contenha celulose como 
fonte de carbono e energia. 
 
• Meios Diferenciais 
Sofrem modificações quando ocorre uma reação 
química. 
Facilita a identificação da bactéria de interesse 
quando outras estão presentes no meio de 
cultura. 
Ágar sangue: diferencia tipos de hemólise. 
Ágas MacConkey: fermentação de lactose. 
ChroMagar Orientation. 
 
• Meio rico e Diferencial 
Hemólise total: beta 
Hemólise parcial: alfa. 
Ausência de hemólise: gama (y) 
 
• Meio seletivo e diferencial 
MacConkey 
 
• Crescimento de anaeróbios 
Meios redutores. 
 
 
Antimicrobianos e mecanismo de resistências 
Temos uma diferencia de bactérias, através da 
conjugação, da mutação mas existem outros 
motivos. 
O antimicrobiano não deixa as bactérias 
resistentes, ele mata as sensíveis e só deixa as 
resistências. 
 
- Resistência em cocos Gram positivos 
Straphylococcus aureus é o enfoco desse 
conteúdo. 
Essa bactéria tem vários mecanismos de 
patogenicidade, ou seja, tem vários fatores de 
virulência. 
 
• Parede celular bacteriana 
Temos a bicamada de fosfolipídios e a 
membrana plasmática, acima espaço 
periplasmático está o peptideoglicano. 
A produção do peptideoglicano acontece em 
etapas. 
A primeira etapa acontece no citoplasma da 
bactéria. Onde estamos montando as unidades 
de peptideoglicano (NAG, NAM), vão 
adicionando-os na cadeia de tetrapeptídeos e 
formando pedaços do peptideoglicano. É PLP 1. 
Não podemos ficar acumulando esses pedaços 
no peptideoglicano no citoplasma, porque a 
parede celular é fora do citoplasma. 
A segunda etapa é a transferência desses 
unidades para o espaço periplasmático. Isso 
acontece através da ligação do transferidor 
bacteriol. O transferidor pega a unidade dentro da 
célula e transfere para o espaço periplasmático. 
PLP 2. Faz ligação transversal. 
A terceira etapa é de montagem da parede 
celular. Existem enzimas que tem a função de 
pegar unidades de NAG e Nam e juntar, tem 
função de estruturação. PLP 3. 
Essas enzimas são 4 que cada uma tem sua 
função, elas tem uma etapa de síntese para 
montar a estrutura do peptideoglicano. A enzima 
1 faz a ligação de NAM e NAG (a enzima é 
chamada de transglicosilase), a enzima 2 vai 
fazer a ligação peptídica entre os aminoácidos, é 
chamada de transpeptidase. 
Uma característica incomum das enzimas é que 
as 4 tem uma afinidade enorme por uma 
estrutura presente no medicamento. Esses 4 
enzimas são conhecidas por PLP (proteína de 
ligação à penicilina) ou PBP (em inglês). 
A penicilina e outros são dos medicamentos beta-
lactâmicos. Beta-lactâmico quer dizer que tem o 
anel beta-lactâmico. 
O que muda são os radicais ao redor do anel. É 
essa estrutura que é atraente das enzimas. 
Quando elas percebem a presença do anel (que 
está instável, pois, o carbono tem que 4 ligações 
e essas ligações tem que estar no ângulo é de 
90º). 
As enzimas bacterianas ao encontrar com essaestrutura, deixam de fazer as suas atividades 
para se ligar ao anel beta-lactâmico. Elas ficam 
ligadas ao anel. A enzima é a PLP-2. 
Qualquer medicamento com beta-lactâmico tem a 
mesma função, só muda os radicais que estão 
presos. 
 
• Beta-lactâmicos 
Alvo presente apenas nas bactérias (toxicidade 
seletiva), por conta da parede celular. 
Baixa toxicidade. 
Pequenas concentrações são capazes de matar 
os micro-organismos (bastante eficazes). 
Ação melhor em bactérias Gram positivas, 
porém, as alterações moleculares realizadas ao 
longo dos anos, permitiram que as moléculas 
passassem a ter amplo espectro. 
Conforme, formos aprimorando a molécula, 
conseguimos usar nas Gram negativas (mas 
ainda funciona melhor em Gram positivas). 
No espaço periplasmático tem outras enzimas 
(autolizinas) que são responsável por clivar o 
antigo peptideoglicano para que as novas 
unidades sejam inseridas na parede. 
A penicilina é descoberta. 
A penicilina funciona agindo no PLP 2, é atraída 
pela penicilina, fica ligada e é inativada. Assim, a 
bactéria fica com o peptideoglicano desestrutura 
e vai sofrer lise osmótica, pois perdeu o controle 
da pressão osmótica. 
A penicilina estava sendo usada para combater 
as doenças infeciosas. A penicilina foi matando 
as bactérias sensíveis a ela e só foi sobrando as 
resistentes para o medicamento. A bactéria já 
tem uma resistência ao medicamento pois 
recebeu por transferência gênica e pode ter 
sofrido mutações, que pode ser uma proteína 
diferente. 
Assim, as bactérias resistentes começaram a se 
reproduzir mais que as sensíveis. Quando isso 
aconteceu, foi observado as penicilinases, que é 
uma enzima que corta a penicilina. 
A penicilinase é produzida pela bactéria e na 
presença do beta-lactâmico ela cliva esse anel. A 
penicilinase é lançada no meio. Assim, evitando 
que o PLP 2 se ligue ao anel, fazendo com que 
continue a sua atividade normalmente. 
Com isso foi observado os Straphylococcus 
aureus resistentes a penicilina pela produção de 
penicilinase. 
É o fenótipo de resistência com enzimas para a 
clivação da penicilina. O medicamento fica 
incapaz de agir. 
A resistência foi tão grande, que 80% das 
Straphylococcus aureus não respondem a 
penicilina. 
Para evitar essa resistência, foi formado as 
penicilinas semi-sintéticas. Os radicais das 
penicilinas são modificados para ter uma melhor 
resistência a penicilinase, assim, deixando o anel 
beta-lactâmico mais resistente a penicilinase. 
Com essa descoberta, começa a se usar muito a 
oxacilina e a medicilina. Com isso, os 
Straphylococcus aureus ficam resistentes a esses 
medicamentos. 
 
A Straphylococcus aureus adquiriu por outra 
bactéria, o cassete cromossômico SCC 
(Staphylococcal cassete chromossome) mec (A, 
B, C). 
O cassete são informações que podem passar 
para outras bactérias. 
Isso significa que a partir do momento que a 
bactéria recebe essa informação genética, ela 
passa a expressar PLP 2 alterada (PLP2a ou 
PLP2’) que tem baixa afinidade ao anel beta-
lactâmico, assim, não tem afinidade quando se 
liga ao anel (nenhum medicamento funciona 
nelas). 
MRSA e SRMA: produção da enzima PLP2a = S. 
pseudintermedius resiste à meticilina. 
MRSA é relacionado a produção de uma enzima 
alterada, então é outro fenótipo de resistência 
que é chamada de alteração do sítio alvo (não 
tem a resposta ao medicamento). 
O MRSA nos mostra que essas bactérias não 
podem ser tratadas por medicamento beta-
lactâmicos. Mas temos um medicamento que se 
precisarmos tratar uma bactéria Gram positiva 
podemos usar a vancomicina. Não pode ser 
tratada com o anel beta-lactâmico. 
 
• Glicopeptídeos 
A vancomicina faz parte da classe dos 
glicopeptídeos. 
Temos um antibiótico muito parecido com a 
vancomicina, era usado nos EUA nos rebanhos. 
Os Enterococcus aureus são bactérias no nosso 
intestino, e com o antimicrobiano ficaram os as 
resistentes a varpomaxima. A bactéria substituiu 
o DEALA pelo lactato. Foi a primeira linhagem 
resistentes à vancomicina (VRER ou VRE em 
português). 
Temos o S. aureurs que são resistentes a 
vancomicina (SRAV) e resistentes a beta-
lactâmico. Podemos mudar o alvo, como 
medicamentos que agem na síntese de RNA. 
Ficou resistente a vancomicina por conta que 
interagiu com o Enterococcus. 
O SRAV pode ser tratada com anel beta-
lactâmico, só se for resistente a vancomicina. 
 
• Vancomicina 
Bloqueiam (fisicamente por conta da molécula) o 
sitio de ligação da transglicosilase 
Reconhecem os aminoácidos em formação D. 
Reconhecem o DEALA DEALA. 
Bloqueiam o sítio de ligação de transpeptidase: 
inibe a síntese da parede celular em estágios 
anteriores a penicilina e cefalosporina, ou seja, 
interferem com a síntese das fitas lineares de 
peptideoglicanos). 
Bactericida: efetivo contra certas bactérias Gram 
positivas. 
Espectro de ação baixo 
Última linha de defesa contra Staphylococcus 
aureus. 
 
- Resistência bacteriana em bacilos 
Gram negativos 
Ordem: Enterobacteriallis. Todos são bacilos 
Gram negativos e estão na nossa microbiota 
intestinal. 
Por isso, em todo local temos essas bactérias 
(eliminação pelo xixi e pelas fezes). 
No hospital, estão sofrendo a pressão 
antimicrobiano deixando só as resistentes. 
A bactéria sensível tem mais capacidade de se 
adaptar ao meio que a resistente, pois a sensível 
gasta menos energia produzindo outras coisas, 
que é o caso da bactéria resistente. 
Mas a resistente só ganha da sensível por conta 
que está mais preparada para viver em meios 
desfavoráveis do que as sensíveis, como os 
microbianos. 
 
• Parede celular 
A penicilina não age nas bactérias Gram 
negativas por conta que o peptideoglicano é mais 
fino, tem menos camadas, menos ligações 
transversais. 
A aminopenicilinas conseguiam atuar nas 
bactérias Gram negativa. Só que como 
começamos a usar muito, a bactéria Gram 
negativa copiou uma mensagem gênica de outra 
bactérias, que é a enzima penicilinase (cliva o 
anel beta-lactâmico). Assim, a aminopenicilinas 
pararam de funcionar. 
O Giuseppe Brotzu descobriu a Cefalosporina 
(beta-lactâmico) através da água do esgoto. 
Fungo Cephalosporium acremoniu ou 
Acremonium chrysogenum funcionam do mesmo 
modo da penicilina, só muda o radical. 
 
 
• Beta-lactâmicos: cefalosporinas 
São resistentes às penicilinases mas não aos 
outros tipos de beta-lactâmases; 
Bactericidas 
As cefalosporinas de primeira geração são ativas 
primeiramente contra Gram-positivos, foram as 
primeiras a serem descobertas. A bactéria 
começa a clivar a penicilina. 
Segunda, terceira e quarta gerações: Gram 
negativos. 
Quinta geração: fica a dúvida. 
A bactéria desenvolve a celasfosporinase, que é 
a enzima que cliva a cefalosporina primeira, de 
segunda geração e a penicilina. Isso acontece 
após usar muito a cefalosporina. 
 
Ácido clavulânico (clavulin). Genérico: 
oxazolidina (amoxilina + ácido clavulânico), 
sulbactam (ampicilina + sulbactam) e a 
tazobactam. São compostos possuem o anel 
beta-lactâmico mas não tem atividade bacteriana, 
porem se combinam fortemente às beta-
lactamases. 
Inibidores de b-lactamases: amoxicilina + ácido 
clavulanico, ampicilina + sulbactam, piperacilina + 
tazobactam. O anel beta-lactâmico seria como 
um escudo, então protege a amoxicilina. Com 
isso, consegue destruir as bactérias. 
 
• Beta-lactâmicos: monobactâmicos 
Beta-lactâmico sem uma estrutura de anel 
adjacente (está livre). 
Aztreonam, atividade contra Gram-negativos 
As bactérias ficam resistentes à maioria das 
Beta-lactamases. 
As beta-lactamases tem função de clivar o anel 
beta-lactâmico, a primeira e segunda geração de 
cefalosporina e a penicilina (cliva, neste caso). 
Entao, ficam resistentes à maioria das Beta-
lactamases. O que muda são as enzimas. 
Os monobactamicos funcionam só nas Gram-
negativos (fraca ação nas positivas). 
• Cefalosporina de 3ª geração 
É um beta-lactâmico. 
A molécula é protegida para não ser clivada 
pelas beta-lactamases que clivam

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