Buscar

Sociologia ENEM: A indústria cultural e a sociedade de massas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

O conceito de sociedade de massas surge no contexto do início do século XX
como fruto do crescente processo de industrialização e urbanização. O termo "massa"
se refere ao enfraquecimento dos laços sociais que mantinham a coesão social, dentre
esses laços podemos citar: a vida em comunidade, a agricultura, as crenças religiosas
dentre outros. Todos esses laços sociais foram enfraquecidos com o advento da
sociedade capitalista urbana.
Segundo Karl Marx o modo de produção capitalista, onde os trabalhadores não
são detentores dos meios de produção e onde sua força de trabalho não passa de uma
mercadoria vendida por eles (proletariado) aos burgueses, é responsável pelo processo
de alienação.
A força de trabalho, para Marx, "seria a fundadora da condição humana" e ao
entender do sociólogo, a alienação ocorre quando o trabalho deixa de ser força
produtora da realidade humana e se torna mercadoria. Ao não se reconhecer em seu
trabalho, o indivíduo deixa de reconhecer também a realidade em que vive.
É nesse contexto marcado pelas relações sociais permeadas pelas relações de
produção capitalistas que se desenvolve o individualismo. Pois os laços de coesão entre
os indivíduos se sustentam em torno das necessidades materiais criadas com o advento
do capitalismo.
A formação da sociedade de massas é concomitante ao processo de consolidação
do capitalismo e sendo assim, todos os aspectos da vida humana tem o potencial de
serem explorados comercialmente e se transformarem em mercadorias. Inclusive o
universo cultural, que reúne um conjunto de características que nos diferencia de outros
seres vivos.
A divisão social do trabalho proposta pelo capitalismo, por meio do processo
produtivo, aliena o indivíduo. E a partir do momento que o indivíduo não está
diretamente envolvido com o seu trabalho ele passa a necessitar de alguma diversão,
algo que lhe permita descansar após sua jornada de trabalho.
Desse modo, as opções de lazer oferecidas a esses indivíduos tomam a forma de
produtos pensados justamente para o momento em que o trabalhador não está
envolvido em nenhum processo produtivo. Sendo assim, o capitalismo deixa de ser
apenas um modo de produção para se tornar gradativamente um modelo de
organização social, na medida em que transforma em mercadoria os aspectos
subjetivos da existência humana como lazer e a cultura.
Entretanto, qual é o motivo do problema na padronização dos bens culturais? A
questão é que todas as formas e padrões culturais passam a ser produzidos tendo em
vista o mercado diminuído assim a capacidade criativa e interpretativa do ser humano.
Com o desenvolvimento dos meios de comunicação no pós segunda guerra
mundial as possibilidades de difusão desses bens culturais foram ampliadas
infinitamente.
É no pós segunda guerra com a polarização do mundo em dois grandes blocos
liderado de um lado pelos Estados Unidos (capitalista) e a União Soviética (socialista)
temos uma divisão cultural no mundo. Do lado capitalista se desenvolve uma cultura de
massa com uma forte influência do mercado voltada para valores como: consumo,
liberdade individual e felicidade. E no lado socialista temos a formação de uma indústria
cultural em função do direcionamento político.
É nesse contexto que se espalha no mundo ocidental o modelo americano
American way of life pregando os valores já citados: consumo, liberdade individual e
felicidade. Que resultou na estimulação do consumo e da produção em larga escala.
A cultura de Massa é fortemente influenciada pelo mercado e passa a usar do
tempo de lazer do trabalhador como ferramenta de alienação e de incentivo ao
consumo. Transformando e criando tradições com o intuito de aumentar o consumo de
bens e serviços.
A indústria cultural se vale dos meios de comunicação em massa com o intuito de
produzir bens de cultura — filmes, livros, músicas — na qualidade de mercadorias e
como estratégia de controle social. Logo, os filmes e músicas, por exemplo, são
vendidos não como bens culturais ou artísticos, mas sim como produtos de consumo.
Tais mercadorias matem os indivíduos alienados da realidade, em vez de auxiliarem na
sua formação crítica.

Outros materiais