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Conceito: é uma ciência de amplas proporções, que tem interação com outras ciências e com várias especialidades médicas. É necessário conhecimento em outras áreas; O médico perito algumas vezes é transformado em juiz de fato, quando seu laudo servirá de prefácio de uma sentença; É uma ciência de grande impacto político-social. Definição: “a arte de fazer relatórios em juízo”. (Ambroise Paré) “é a ciência médica aplicada aos fins da ciência do direito”. (Buchner) “medicina legal é a medicina a serviço das ciências jurídicas e sociais”. Sinonímia: Medicina Legalis Forensis Medicina Política Social Medicina Judiciária Medicina Forense ... Noções históricas: Períodos: Antigo Romano Medieval Canônico Moderno Ambroise Paré: primeiro tratado sobre ML, por isso é considerado o pai da medicina legal. Fortunatus Fidelis, de Palermo, tratado mais completo e mais detalhado em 1602; na mesma época Paolo Zacchias lançou uma obra importante que o faz ser considerado por alguns, o verdadeiro pai da medicina legal. No Brasil houve grande influência da França, Alemanha e Itália. Classificação didática da medicina legal: Medicina legal geral: Jurisprudência médica Deontologia: obrigações e deveres. Diceologia: direitos, particularmente nos capítulos sobre o exercício legal e ilegal da medicina, segredo médico, honorários, responsabilidade e ética médica, ou seja, assuntos que orientam o médico no exercício regular da sua profissão. Disciplina-se nos seguintes capítulos: Antropologia médico-legal: estuda a identidade e a identificação médico-legal e jurídica. Traumatologia médico-legal: trata das lesões corporais sob o ponto de vista jurídico e das energias causadoras do dano. Sexologia médico-legal: a sexualidade do ponto de vista normal, anormal e criminoso, de interesse jurídico. Tanatologia médico-legal: cuida da morte e do morto. Analisam os mais diferentes conceitos de morte, os direitos sobre o cadáver, o destino dos mortos, o diagnóstico de morte, o tempo aproximado da morte, a morte súbita, a morte agônica e a sobrevivência; a necropsia médico-legal, a exumação e o embalsamamento. E ainda, entre outros assuntos, analisa a causa jurídica de morte e as lesões in vita e post – mortem. Toxicologia médico-legal: estuda os cáusticos e os venenos, e os procedimentos periciais nos casos de envenenamento. Asfixiologia médico-legal: detalha os aspectos das asfixias de origem violenta, como esganadura, enforcamento, afogamento, estrangulamento, soterramento, sufocação direta e indireta, e as asfixias produzidas por gases irrespiráveis. Psicologia médico-legal: analisa o psiquismo normal e as causas que podem deformar a capacidade de entendimento da testemunha, da confissão, do delinquente e da própria vítima. Psiquiatria médico-legal: estuda os transtornos mentais e da conduta, os problemas da capacidade civil e da responsabilidade penal sob o ponto de vista médico-forense. Criminalística: investiga tecnicamente os indícios materiais do crime, seu valor e sua interpretação nos elementos constitutivos do corpo de delito. Estuda a criminodinâmica: é responsável por buscar a explicação dos comportamentos anti-sociais. Criminologia: preocupa-se com os mais diversos aspectos da natureza do crime, do criminoso, da vítima e do ambiente. Estuda a criminogênese: estudo da origem e causas da conduta criminal. Infortunística: estuda os acidentes e as doenças do trabalho e as doenças profissionais, não apenas no que se refere à perícia, mas também à higiene e à insalubridade laborativa. Genética médico-legal: especifica as questões voltadas ao vínculo genético da paternidade e maternidade, assim como outros assuntos ligados à herança. Vitimologia: trata da vítima como elemento inseparável na eclosão e justificação dos delitos. Agressão a vulnerável, a criança, a mulher e ao idoso. Toxofilias ou Toxomanias: tolerância, dependência, abstinência. Identidade – Identificação: Identidade: é o conjunto de sinais ou propriedades que caracterizam um indivíduo ou coisa entre todos, ou entre muitos. Tipos de identidade: Médico-Legal Jurídica (policial) Características: Unicidade Imutabilidade Perenidade Praticabilidade Classificabilidade Identificação: é o processo pelo qual se determina a identidade de uma pessoa ou coisa. Características: Unicidade Imutabilidade Perenidade Praticabilidade Classificabilidade Identificação Médico-Legal: Ossos: Ex.: no homem -ovalóide/elíptica, no animal -circular. Sangue: 1º se é sangue; 2º se é humano e a classificação. Raças: Australóide (Aborígene) Ameríndios Caucásico Indiano Mongólico Negróide Crânio: Índice Cefálico de Retzius: Dolicocéfalos: igual ou menor que 75 Mesaticéfalos: 75 a 80 Braquicéfalos: maior 80 Índice tíbio-femoral Índice rádio-umeral Índice do ângulo facial _____largura x 100_____ /comprimento do crânio Sexo: Genitália externa: Genitália interna: Feminina – Ductos de Müller Masculina – Ductos de Wolff Cromossomial Gonadal Cromatínico Corpúsculo de Barr Jurídico (registro civil) De identificação ou psíquico ou comportamental Médico-legal (perícia) Características cranianas Características da mandíbula Cintura escapular Cintura pélvica Tórax: Feminino – ovóide Masculino – cone invertido Idade: Pele Pelos pubianos: Mulher – 12/13 anos Homem – 13/15 anos Aparência Globo ocular: (arco senil) cinza e periférico na córnea Dentes: 1º molar: 7 anos 3º molar (sisos): 18 a 21 anos; Óssea: soldadura das epífises Mulher: 18/19 anos Homem: 20/21 anos Tabela radiológica Apagamento de suturas cranianas Estatura Voz Arcada dentária Pavilhão auricular Outras formas de identificação: Malformações, variações anatômicas. Sinais de exclusão: (tatuagens, cicatrizes, unhas roídas,...). Sinais profissionais Palatoscopia (rugoscopia palatina) Queiloscopia (impressão dos sulcos) Superposição de imagens (radiográficas e fotos) Genética (DNA) Identificação Judiciária (policial): Independe de conhecimentos médicos, fundamenta-se em dados antropométricos e antropológicos para a identificação civil e caracterização das pessoas. Desde processos antigos, fotos simples, assinalamento sucinto (consiste na anotação, em documentos, da estatura, da raça, da compleição física, da idade, da cor dos olhos e dos cabelos e de algumas alterações mais chamativas) até o universalmente conhecido Sistema Datiloscópico de Vucetich. A datiloscopia é um processo de identificação humana através das impressões digitais. Definição: Chama-se de desenho digital, o conjunto de cristas e sulcos nas polpas dos dedos e de impressão digital, ao reverso do desenho, exibindo-se como um ajuntamento de linhas brancas e pretas sobre uma determinada superfície. Polegar DIREITO é a impressão fundamental; é composta por: delta, núcleo, arco, etc.. Arco: é o datilograma, geralmente adéltico (sem delta), formado por linhas que atravessam o campo digital, apresentando em sua trajetória formas mais ou menos paralelas e abauladas ou alterações características. Verticilo: delta – núcleo – delta. (DND) Presilhainterna: é o datilograma com um delta à direita do observador, apresentando linhas que, partindo da esquerda, curvam- se e voltam ou tendem a voltar ao lado de origem, formando laçadas. Presilha externa: é o datilograma com um delta à esquerda do observador, apresentando linhas que, partido da direita, curva-se e voltam ou tendem a voltar ao lado de origem, formando laçadas. Existem 24 pontos característicos! Tem que existir pelo menos 12 pontos característicos idênticos para identificar. Nas linhas papilares negras existem poros brancos. Além das linhas negras, existe um sistema de linhas brancas conhecidas como Albodactilograma. Registro inicial de identificação: Lei n° 8069, de 13 de julho de 1990, estatuto da criança e do adolescente, delibera que os hospitais e estabelecimentos de atenção à saúde da gestante, são obrigados a manter registros iniciais de nascimento por um período mínimo de 18 anos, impressão plantar do recém-nascido e a digital da materna. Bioética na prática médica: É o estudo sistemático da conduta humana na área das ciências da vida e dos cuidados da saúde, na medida em que esta conduta é examinada à luz dos valores e princípios morais. A bioética abrange questões como utilização de seres vivos em experimentos, a legitimidade moral do aborto ou da eutanásia, as implicações profundas da pesquisa e da prática no campo da genética. Subdivisão: Bioética humana Bioética animal Bioética ambiental
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