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Lesões elementares

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Dermatologia clínica 
SEMIOLOGIA 
A semiologia dermatológica tem como principal evento o exame físico, principalmente a inspeção. É necessário: 
• Localizar a lesão 
• Identificar localização 
• Observar cor, formato, tamanho, borda, configuração – identificar qual o tipo de lesão elementar 
• Palpar lesão: profunda ou superficial, móvel, consistência 
• Avaliar se são purpúreas com digito-pressão (diascopia) 
LESÕES ELEMENTARES 
As lesões elementares são os padrões de alterações no tegumento, o que é essencial na construção de hipótese 
diagnóstica durante o exame físico do paciente. Os mecanismos indutores podem ser de natureza circulatória, 
inflamatória, metabólica, degenerativa ou hiperplásica. 
Lesões por modificação de cor 
#Mancha/mácula 
É toda lesão em que ocorre alteração da cor da pele, sem relevo, independentemente de sua natureza. As 
pigmentares, relacionadas primariamente com concentração de melanina são: 
• Acrômica: ausência de melanina (como no vitiligo) 
• Hipocrômica: redução de melanina 
• Hipercrômica: excesso de melanina (como no melanoma) 
 
Outros pigmentos endógenos ou exógenos também modificam a cor da pele. Dentre os endógenos, temos a 
bilirrubina na icterícia, e a alcaptona na ocronose (cor escura). Entre os exógenos, há os de natureza alimentar, 
como o caroteno, que dar uma tonalidade amarelada (xantocromia) quando ingerido em excesso, sobretudo em 
diabéticos, que não metabolizam bem a vitamina A. Exemplos de pigmento exógeno de natureza medicamentosa 
são a clofazimina (cor escura), os antimaláricos (cor amarelada) e a amiodarona (tonalidade azul-acinzentada). 
#Púrpura 
Ocorre nos casos de extravasamento de sangue, geralmente dérmico, causando modificação da cor da pele, do 
vermelho ao amarelado e castanho, conforme a evolução da lesão (hemácias fagocitadas com transformação da 
hemoglobina em hemossiderina). A púrpura pode ser classificada em 4 tipos: 
• Petéquia: lesão purpúrea puntiforme e geralmente múltipla. 
• Víbice: lesão linear de natureza traumática 
• Equimose: lesão em lençol, de dimensões maiores 
• Hematoma: casos de grandes coleções, geralmente com abaulamento local e de origem traumática, sendo 
foco frequente de infecção, se não drenado. 
 
Lesões por alterações vasculares 
#Transitórias (causa funcional, sem relevo) 
• Eritema (pele) e enantema (mucosas): cor avermelhada por conta de hiperemia ativa (dilatação de 
arteríolas), Exantema são eritemas em áreas extensas, podendo ser morbiliforme (sarampo, rubéola) ou 
escarlatiniforme (escarlatina). 
• Cianose (pele) e cinema (mucosas): cor azulada da pele, melhor observada nas extremidades digitais, no 
leito ungueal, nas orelhas e conjuntivas. 
#Permanentes 
• Relacionadas com a proliferação vascular, como manchas, angioma e hemangioma (tumor). 
• Telangiectasia: dilatação permanente do calibre de vasos pequenos. 
• Constrição vascular permanente caracterizando uma mancha hipocrômica (não eritematoso à fricção). 
 
 
Lesões elementares sólidas 
Alterações circunscritas decorrentes de acúmulo de células em determinado local ou por espessamento cutâneo. 
#Acúmulo de células 
• Pápulas: consistência aumentada, superficial, menos que 5 mm, provoca certa elevação, que não deixa 
cicatriz. Limitada à derme. 
• Placa: lesão elevada, em platô, que surge como consequência da confluência de numerosas pápulas. 
• Tubérculo: consistência endurecida, elevada, maior que 5 mm. Invade a derme e deixa cicatriz ao 
desaparecer. 
• Nódulo: consistência endurecida, dimensões variáveis, geralmente acima de 1 cm, às vezes reconhecida 
apenas pela palpação, geralmente profunda. 
⤷ Cistos: nódulos de superfície lisa, de consistência não endurecida, em geral circundado por cápsula. 
⤷ Goma: inicia com endurecimento (nódulo propriamente dito), depois amolece por necrose central, 
ocorre esvaziamento, quando ele se abre, por úlceras ou fístulas. Depois reparação com fibrose. 
• Nodosidade/tumoração: lesões maiores de 3 cm. 
• Vegetação: cresce para o exterior por hipertrofia de papilas dérmicas. Lesão parece couve-flor, é exsudativa, 
às vezes até sangrante. 
• Verrugosidade: lembra a vegetação, mas é muito seca. 
 
#Espessamento cutâneo 
• Queratose: espessamento superficial da epiderme com dimensões variáveis. Superfície áspera e 
esbranquiçada. 
• Esclerose: endurecimento da pele por proliferação de tecido colágeno, que dificulta o pregueamento. 
• Liquenificação: lesão, em geral circunscrita, produzida por espessamento da pele, que passa a evidenciar, 
com maior nitidez todos os seus sulcos e saliências. É consequente ao ato de coçar prolongado e frequente. 
• Infiltração: espessamento circunscrito ou difuso da pele. 
 
Lesões de conteúdo líquido 
#Acúmulo circunscrito de líquido (Em geral, todos os elementos de conteúdo líquido não deixam cicatriz) 
• Vesícula: elemento de apenas alguns milímetros, com conteúdo seroso, fazendo pequena saliência ao nível 
da pele. Geralmente ficam agrupadas. 
• Bolha: elemento líquido seroso de dimensões maiores de vesícula (centímetros), fazendo saliência na pele. 
• Pústula: lesão de conteúdo líquido purulento com dimensões variáveis. Em geral, o pus é causado por 
bactéria, mas também pode ser estéril. 
• Abcesso: coleção de pus na profundidade dos tecidos. 
 
#Acúmulo não circunscrito de líquido 
• Urtica: tamanho variável, faz saliência na pele, com coloração que varia do eritematoso ao anêmico. É 
decorrente da liberação de histamina e aminas vasoativas que promovem vasodilatação e aumento de 
permeabilidade vascular, permitindo extravasamento de plasma. Prurido presente. 
• Edema: decorrente de distúrbios onco-hidrostáticos, insuficiência de rede linfática e inflamação. 
Lesões de perda de continuidade 
• Erosão: perde de continuidade por mecanismo patológico superficial, apenas epiderme, geralmente. A pele 
parece que está descolando. 
• Exulceração: erosão profunda, que acomete a derme papilar. 
• Úlcera: pior que a exulceração, atinge toda a derme, até mesmo hipoderme, músculo e osso. 
• Escoriação: ruptura de continuidade por mecanismo traumático. 
• Fissura/rágade: perda de continuidade linear e estreita. 
• Fístula cutânea: lesão que se inicia de estruturas profundas ou da hipoderme, através da qual há eliminação 
de material necrótico e outros elementos. 
 
 
 
Lesões caducas 
São lesões elementares que tendem à eliminação espontânea. 
• Escama: corresponde a lamínulas epidérmicas, de dimensões variáveis, desprendendo-se fácil (ex: psoríase). 
• Crosta: decorre do ressecamento de exsudato, seja seroso, purulento ou hemático, facilmente destacável, 
dependendo do seu tempo de evolução. 
• Escara: trata-se de uma lesão por necrose do tecido, de cor negra em seu estágio final. Apresenta graus 
variáveis de espessura, chegando a planos profundos (osso). 
 
Sequelas 
• Atrofia: redução da espessura da pele por diminuição do número ou do tamanho das células. 
• Cicatriz: sequela, de dimensões as mais variadas, decorrente da proliferação de tecido fibroso, diferente de 
reparação, pois nesta a pele volta a apresentar suas características originais. As cicatrizes podem ser 
atróficas, hipertróficas ou queloidianas. A diferenciação entre cicatriz hipertrófica e queloide é que nesta a 
proliferação fibroblástica ultrapassa os limites do trauma desencadeante e, portanto, atinge maior 
dimensão, podendo chegar a grandes dimensões. 
ASPECTOS CLÍNICOS DE INTERESSE DERMATOLÓGICO 
Tipos de erupção 
• Monomorfas: constituídas por apenas uma lesão elementar. 
• Polimorfas: vários tipos de lesões elementares juntos. 
Tempo de evolução (aguda ou crônica) e época de surgimento. 
Distribuição no corpo: simétrica, assimétrica, regional, segmentar, universal (toda a pele) ou generalizada (lesões 
extensas, mas intercaladas com pele sã). 
Arranjo: anular, circinada, policíclica, serpeginosa, placa, puntiforme, discóide, etc. 
Forma de progressão dalesão.

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