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Semiologia dermatológica (Lesões elementares)

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LESÕES ELEMENTARES DA PELE
· As lesões elementares são alterações morfológicas da pele resultantes de estímulos diversos (causas genéticas, psíquicas, metabólicas, infecciosas, inflamatórias, traumáticas, neoplásicas, circulatórias, degenerativas etc.).
· Pode vir por uma pinta, por uma piodermite, um edema, entre outros.
· Na semiologia dermatológica, a pergunta que deve ser feita sempre é “a quanto tempo está assim?”, além da anamnese.
· A semiologia dermatológica tem sua máxima expressão na inspeção. Segue-se, em alguns casos, a palpação.
· Na pele, temos uma licença para fazer o exame físico primeiro e depois a anamnese. 
· Descrição dermatológica:
· Localização 
· Evolução
· Plano
· Relevo
· Conteúdo
· Dimensões
· Cor
CLASSIFICAÇÃO DE SCHULMANN
· I. Modificações da cor – é a primeira coisa que se observa. Pode não ter a ver com a raça e acontecer por eritema.
· II. Eflorescências Elementares Sólidas.
· III. Eflorescências Elementares de Conteúdo Líquido (vesículas, bolhas).
· IV. Eflorescências por Solução de Continuidade – rompem a integridade da pele, ex: fissura.
· V. Eflorescências Elementares Caducas – são aquelas que descamam e vão embora.
· VI. Sequelas – cicatrizes. 
I.LESÕES POR MODIFICAÇÕES DA COR
· Mancha ou mácula é toda alteração da cor da pele, sem relevo e sem modificação da consistência da pele. 
· As alterações podem acontecer por manchas pigmentares ou manchas devido as alterações vasculares.
· As alterações por manchas pigmentares podem ser:
· Relacionadas à melanina (pigmento normal da pele).
· Relacionadas à pigmentos anormais da pele (bilirrubina, caroteno, hemossiderina etc.)
· São produzidos pelo organismo, mas anormais a pele.
· Relacionadas à pigmentos estranhos ao organismo (ouro, clofazimina, corantes, tatuagens etc.)
· Clofazimina é um medicamento muito utilizado para hanseníase. 
ALTERAÇÕES RELACIONADAS À MELANINA
· Hipercromia – aumento da melanina. Pode ser localizada ou espalhada. Descreve a localização. É mais amarronzada.
· Quando fala que é uma mancha hipercrômica, já falamos em aumento da melanina. O Melasma é um exemplo.
· Hipocromia – diminuição da melanina. É uma mancha esbranquiçada. Pode ser descrito como máculas ou manchas hipocrômicas. 
· Acromia – ausência da melanina. Não é uma mancha branca que se instalou na pele, é o pigmento natural da pele que deixou de ser produzido no local. 
· Um exemplo de manchas acrômicas são as que ocorrem no vitiligo. 
ALTERAÇÕES RELACIONADAS À PIGMENTOS ANORMAIS DA PELE:
· Bilirrubina - coloração amarelada de forma generalizada. Pela conjuntiva é possível perceber. Podemos dizer que o paciente é ictérico. Isso denota que tem alguma coisa errada a nível orgânico. (Imagem 1)
· Caroteno - as mãos podem estar amareladas e a conjuntiva normal. Isso ocorre por excesso de caroteno (ingere muito alimentos ricos em caroteno, como mamão). (Imagem 2)
· Hemossiderina – é muito comum esse tipo de mancha. É um pigmento das hemácias velhas, que quando passam pela circulação, não aguentam chegar ao baço e se rompem antes. (Imagem 3)
 
ALTERAÇÕES RELACIONADAS AS ALTERAÇÕES VASCULARES
· Transitórias: eritema (é uma mancha vermelha), cianose (extremidades arroxeadas), exantema (manchas generalizadas), enantema (eritema de mucosa – mancha vermelha na mucosa). 
· Seu aparecimento e duração variam de acordo com o elemento causal e a natureza do processo. 
· Não apresentam relevo. 
· A coloração avermelhada ocorre em decorrência de afluxo maior de sangue arterial consequente a hiperemia ativa (dilatação de arteríolas).
· Permanentes: nevo vascular (angiomas), telangiectasia (dilatação de capilares da pele). Ao comprimir elas somem, ao soltar elas voltam.
· Devidas do pigmento sanguíneo (púrpura): petéquia (quando a púrpura é pontiforme), víbice (quando a púrpura faz um trajeto linear), equimose (quando a púrpura tem um tamanho maior). É quando o sangue extravasa do vaso por algum motivo.
· Quando é traumático, chamam de hematoma. 
ERITEMA
· Cor avermelhada pelo maior afluxo de sangue arterial decorrente da dilatação de arteríolas, hiperemia ativa. 
· Desaparece à vitropressão e retorna prontamente.
· É a paciente que sempre se queima, nunca usa protetor.
· Consequência a longo prazo: envelhecimento precoce.
· Na imagem, temos um eritema generalizado. 
· É transitório e vai desaparecer. 
CIANOSE
· Cor azulada, arroxeada, relacionada ao acúmulo de sangue venoso decorrente da dificuldade de retorno, vasodilatação venosa, hiperemia passiva. 
· Desaparece à vitropressão e retorna lentamente. 
 
ENANTEMA
· Eritema de mucosas.
· Na imagem, temos um processo inflamatório gengival.
EXANTEMA
· Eritema disseminado agudo. 
· Na foto, o paciente apresenta lesões lenticulares generalizadas, ou seja, milimétricas.
· Surgimento agudo – dormi ontem e acordei assim.
· Pode ser causado por uma farmacodermia, por uma virose (rubéola, sarampo). 
 
ANGIOMAS (NEVO VASCULAR)
· São permanentes.
· Caracterizada pelo aumento dos números dos vasos.
· Podem ser planas ou elevadas.
· Imagem 1: angioma do vinho do porto.
TELANGIECTASIA
· Dilatação permanente do calibro de pequenos vasos.
· Lesões eritematosas partindo do ponto mais elevado. 
· Centro mais elevado.
· Se aperta o centro da lesão, desaparecem as lesões irradiadas. Quando solta, as lesões voltam a aparecer.
DEVIDAS AO PIGMENTO SANGUÍNEO
· Púrpura – cor vermelho-vivo, pressupõe rompimento vascular e extravasamento de hemácias.
· Geralmente, o extravasamento sanguíneo é dérmico e, menos frequentemente hipodérmico, levando a uma modificação da cor da pele, do vermelho ao amarelado e castanho.
· Não desaparece à vitropressão. É isso que diferencia a púrpura do eritema.
· Tipos: 
· Petéquias – lesão purpúrica puntiforme; em geral múltipla. (Imagem 1)
· Víbice – lesão purpúrica linear; sempre de natureza traumática.
· Equimose – lesão purpúrica com maiores dimensões. (Imagem 2)
· Hematoma – pode ter a mesma manifestação clínica da equimose. É um termo empregado, sobretudo, nos casos de grandes coleções, quando ocorre abaulamento local. Tem origem traumática e quando profundo, o aspecto purpúrico não pode ser visível.
· As equimoses podem ocorrer em casos de lesões.
· Quando se investiga essas lesões, inclui-se a biópsia da púrpura. 
· OBS: se a lesão melhora e o centro continua, afirmamos que é uma lesão eritematopurpúrica. 
 
II. EFLORESCÊNCIAS ELEMENTARES SÓLIDAS
· São lesões que você, ao tocar, sente uma alteração sólida da pele.
PLACA URTICADA (PONFO)
· Picada de Inseto – tem uma elevação avermelhada e coça. 
· Essa placa urticada pode ser milimétrica, centimétrica ou ser muito extensa.
· Sempre se apresenta eritematosa, quente e bem delimitada.
· Lesão pouco elevada, de tamanho variável, eritematosa ou da cor da pele normal.
· Relacionada à reação histamínica, com vasodilatação e aumento da permeabilidade do endotélio, com extravasamento de plasma e células.
 
PÁPULA
· Não é um diagnóstico. É só uma lesão elementar.
· Lesão elevada de pequenas dimensões (menos de 5mm). 
· Involui sem deixar cicatriz. 
· À palpação, não tem representação dérmica significativa. 
· Pode ser devido às alterações de localização epidérmica, dérmica ou mista (epiderme e derme).
· Lesões papulosas. 
TUBÉRCULO
· Lesões elevadas com mais de 5mm, relacionada a alteração na derme. 
· Pode deixar cicatriz.
· Consistência endurecida, elevada.
GOMA
· Nódulo que liquefaz e ulcera eliminando material necrótico.
· Apresenta 4 fases: endurecimento, amolecimento, esvaziamento e reparação.
· Ex de goma: furúnculo (é uma evolução da goma). 
 
NÓDULO
· Lesão sólida de maiores dimensões.
· Às vezes mais palpável que visível.
· Relacionada às alterações na derme profunda ou hipoderme. 
· O termo tumoração é utilizado para lesões maiores que 3cm relacionadas a neoplasias.
· O paciente pode sentir dor.
 
CERATOSE 
· Lesão sólida relacionada ao espessamento da epiderme devido ao aumento da camada córnea. 
· Possui dimensões variáveis. 
· A superfície das ceratoses costuma ser áspera e esbranquiçada.VEGETAÇÃO (VERRUCOSA OU CONDILOMATOSA)
· Lesão sólida que cresce para o exterior com aspecto de “couve-flor”, relacionada à hipertrofia das papilas dérmicas (papilomatose).
· Tem que investigar se tem alguma imunodeficiência no paciente. 
· É chamada verrucosa quando a superfície é seca e condilomatosa quando a superfície é úmida.
· Geralmente, o termo condiloma nós usamos para lesões genitais ou de mucosa.
· Lesões de HPV. Toda lesão de HPV é potencialmente cancerígena. 
· Quando a pessoa é casada ou tem um parceiro e apresenta a doença, tem que fazer exame no parceiro.
· OBS: TODA VER QUE DESCREVER UMA LESÃO TEM QUE LOCALIZAR. 
LIQUENIFICAÇÃO
· Espessamento da pele, com acentuação dos sulcos e saliências. 
· É uma lesão, geral, circunscrita, produzida por espessamento da pele.
· Aspecto “quadriculado”, relacionado ao aumento da camada de Malphigi, consequente ao ato de coçar. 
· Ranhuras da pele mais evidentes.
INFILTRAÇÃO
· Espessamento circunscrito ou difuso da pele, relacionado ao aumento das células na derme ou hipoderme, principalmente de macrófagos.
· Não é um inchaço, um edema.
· Ex: Hanseníase, células neoplásicas.
 
ESCLEROSE
· Endurecimento da pele, que fica difícil de preguear (fazer uma pinça, belisquinho).
· Consequente a proliferação do colágeno da derme.
· Faz biópsia.
III. EFLORESCÊNCIAS ELEMENTARES DE CONTEÚDO LÍQUIDO (SEROSIDADE, SANGUE OU PUS).
VESÍCULA
· Lesão pequena, vesiculadas... 
· Lesão de pequenas dimensões, menor que 1cm, com conteúdo seroso, citrino.
· Faz uma pequena saliência cônica ao nível da pele. 
· Ex: herpes.
· Geralmente agrupadas ao redor de boca, nariz, orifícios genitais. Mas, podem surgir em qualquer parte do corpo.
BOLHA (FLICTENA)
· Lesão de maiores dimensões, maior que 1cm. 
· Pode ser intraepidérmica ou sub-epidérmica.
· Ex: queimadura, pênfigos.
PÚSTULA
· Lesão de conteúdo líquido purulento.
· Agrupadas em áreas pilosas e centradas por pelo.
· Menor que 1cm.
· Ex: Foliculite, impetigo. 
IV. EFLORESCÊNCIAS POR SOLUÇÃO DE CONTINUIDADE
· Tem-se o rompimento da integridade da pele.
ESCORIAÇÃO
· Geralmente é provocada por trauma, por mecanismos de ação de mecânica. 
· Pode ser provocada pelo ato de coçar.
· É uma lesão superficial e involui sem deixar cicatriz.
· Ex: arranhão
EROSÃO
· Perda superficial que compromete a epiderme. 
· Regride sem cicatriz. 
· É uma solução de continuidade superficial.
· É mais comumente produzida por doenças. 
EXULCERAÇÃO
· Perda superficial que compromete até a derme papilar (superficial).
· Não é por mecanismo traumático.
 
ULCERAÇÃO
· Perda de maior profundidade, de extensão variável, podendo comprometer a derme, hipoderme, músculo ou até o plano ósseo.
 
FISSURA OU RÁGADE
· Solução de continuidade linear e estreita. 
FÍSTULA
· Lesão de trajeto canalicular, que atinge a hipoderme, por onde há eliminação de material.
· É o canal de onde se drena o líquido de uma região mais profunda. 
· Solução de trajeto linear, em geral sinuoso, que muitas vezes se inicia a partir de estruturas profundas ou mesmo da hipoderme, através do qual há eliminação de material necrótico e de outros elementos.
 
V. EFLORESCÊnCIAS ELEMENTARES CADUCAS
ESCAMA
· Desprendimento de lamínulas epidérmicas decorrentes de distúrbio de ceratinização (paraceratose).
· Podem ter tamanhos variados.
· Pode ser por mecanismos autoimunes, como por exemplo, psoríase.
 
CROSTA
· Concreção que resulta do ressecamento de exsudato seroso ou purulento (crosta melicérica) ou hemático, misturado com restos epiteliais. 
· A crosta melicérica tem uma coloração parecida com mel.
 
ESCARA
· Lesão negra consequente à necrose tecidual.
· Pode ocorrer em pacientes acamados há muito tempo. 
VI. SEQUELAS
· Dependendo da lesão elementar, podemos ter sequelas.
ATROFIA
· Diminuição da espessura da pele consequente à diminuição do número ou tamanho das células de qualquer camada da pele. 
· Ocorre uma depressão na pele.
 
 
CICATRIZ
· Proliferação de tecido fibroso resultante de reparação de processo destrutivo da pele. 
· Não tem sulcos, poros, pelos ou anexos cutâneos. 
· O aspecto é variável, pode ser saliente ou deprimida, móvel ou retrátil. 
 
UNIDADES DE MEDIDAS
· Puntiforme – ponto
· Lenticular – ervilha
· Numular – moeda
· Placar – palma (ou maior, com medida X x Y).
QUESTÕES
1) O paciente relata o crescimento destas lesões no dorso da falange distal, do 1° QMD. Ele relata que nos 4 meses de evolução ele já tentou cortar com uma tesoura, mas não deu certo “ele cresce de novo”... E há umas 3 semanas, começou a sair outra lesão. Ao exame, a lesão é endurecida, medindo, ambas, menos que 5 mm de diâmetro. 
Olhe bem para as lesões e responda qual a opção correta
a) é um tubérculo
b) é uma pápula
c) é uma bolha
d)é uma vesícula
e) é uma alteração da cor

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