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Livro Digital - Tópicos Especiais em Educação Cap 3

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28/07/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Educação
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_especiais_em_educacao/conteudo.html?capitulo=3 1/21
IINTELIGÊNCIA EMOCIONAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Contextualizar as inteligências múltiplas; inteligência emocional e a
Inteligência emocional intra e interpessoal;
Identi�car a importância da inteligência emocional no mundo do trabalho;
Apresentar a criatividade, espontaneidade e empatia com foco no processo
de ensino aprendizagem, aplicando a inteligência emocional em projetos.
Reconhecer suas emoções e sentimentos diante do autoconhecimento;
Ter habilidade de se relacionar com outras pessoas (relacionamento
interpessoal).
Pós Graduando
Tenha consciência do seu “EU” reconheça sua autovalorização e irás alcançar seus
objetivos.
Objetivos : 
Habilidades que o aluno deverá desenvolver: 
Competências que deverá adquirir ao �nal da disciplina: 
O aluno deverá adquirir equilíbrio emocional  nas suas ações, tanto na vida
pessoal quanto pro�ssional.
A INTELIGÊNCIA NÃO É UMA SÓ, ELA É MÚLTIPLA
Capítulo 3 
28/07/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Educação
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_especiais_em_educacao/conteudo.html?capitulo=3 2/21
Antes de investigarmos o contexto das inteligências múltiplas e emocionais iremos
compreender o conceito de inteligência, que é entendido como uma competência
intelectual que de�ne algumas características do ser humano, como a
aprendizagem rápida, raciocínio lógico, capacidade de memorização, interpretação
e pensamento. Entre as variáveis da psicologia humana tem como destaque como
estou no estado emocional e motivacional, quem sou geneticamente e onde estou
diante do ambiente social, logo, são esses fatores que descobrimos o quanto a
mente humana é complexa.
Neste contexto, o professor e psicólogo norte americano Howard Gardner
pesquisou e desenvolveu a teoria das inteligências múltiplas, identi�cando seu
potencial biopsicológico, em que se processam informações e podem ser ativadas
em um dado cenário, com o objetivo de resolver problemas ou elaborar produtos
que agreguem valor em um determinado contexto (GARDNER, 2000). No entanto,
as inteligências múltiplas (IM) não se resumem a solução de problemas, mas nas
habilidades adquiridas por uma sociedade globalizada e multicultural,
constantemente conectada nas informações no novo comportamento humano.
‘Múltiplas' para enfatizar um número desconhecido de capacidades humanas
diferenciadas, variando desde a inteligência musical até a inteligência envolvida no
entendimento de si mesmo; ‘inteligências' para salientar que estas capacidades eram
tão fundamentais quanto àquelas historicamente capturadas pelos testes de QI.
(GARDNER, 1995)
As inteligências múltiplas são representadas por diferentes capacidades
intelectuais, como os diversos estilos de aprendizagem, que são estabelecidos por
uma série de tarefas efetuadas pelos indivíduos, como palestras, workshop,
vídeos, leituras, visitas técnicas, dentre outras possibilidades. Portanto, a teoria das
IM não se propõe a rotular as pessoas pelos tipos de inteligência que possuem,
mas tem como objetivo investigar e compreender como as pessoas aprendem.
Gardner (2000) argumenta que, dada a sua complexidade, a vida humana
necessita do desenvolvimento de múltiplas inteligências e podem se manifestar
em oito tipos diferentes: lógico matemática, linguística, musical, espacial, corporal
cinestésica, naturalista, interpessoal e intrapessoal.
Figura 1: Intel igências múltiplas
Capítulo 3 
28/07/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Educação
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_especiais_em_educacao/conteudo.html?capitulo=3 3/21
FONTE: <cesvale.edu.br>.
Para Gardner (2000), a inteligência linguística se manifesta como a capacidade de
dominar tanto a linguagem, quanto a comunicação, sendo esta última verbal ou
não verbal. Indivíduos que possuem uma inteligência linguística superior se
destacam pro�ssionalmente como escritores, professores, políticos poetas,
jornalistas, comunicadores e atividades correlatas. Já atividades relacionadas à
engenharia, ciência investigativa, economia e estatísticas são mais aderentes a
indivíduos que apresente a inteligência lógico matemática mais desenvolvida, uma
vez que estão mais relacionadas à necessidade de raciocínio lógico e resolução de
problemas matemáticos, atrelado à velocidade na resolução de cálculos.
Já a inteligência espacial, que demanda a capacidade de observação do mundo e
seus respectivos elementos em diversas perspectivas, a partir da criatividade, é
mais aderente a pessoas que possuem habilidades que lhes permitam desenhar
uma perspectiva, criando imagens mentais com re�namento de detalhes. Pessoas
que possuem esta inteligência são fortes candidatas a serem escultores, designers,
arquitetos, fotógrafos, assim como outras atividades que estejam alinhadas ao
senso artístico.
Outra IM alinhada a este senso é inteligência musical.  Segundo Gardner (2000),
todas as pessoas possuem uma inteligência musical latente, uma vez que algumas
áreas cerebrais são destinadas à execução de funções relacionadas à composição
musical. Entretanto, como qualquer outra inteligência, exije envolvimento e
dedicação, para que se alcance seu desenvolvimento, como a inteligência corporal
e sinestésica, que exprime as habilidades motoras, de forma a expressar
sentimentos e emoções através do próprio corpo. Atividades pro�ssionais mais
aderentes a esta IM estão relacionadas àquelas desenvolvidas por dançarinos,
atores, e atletas, dentre outros pro�ssionais.
Gardner (1995) achou necessário incluir no rol de IM a inteligência naturalista, por
ser essencial à sobrevivência humana, assim como de outras espécies, uma vez
Capítulo 3 
28/07/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Educação
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_especiais_em_educacao/conteudo.html?capitulo=3 4/21
Percepção, avaliação e expressão da emoção;
que se referente às questões da natureza, como seus fenômenos e os elementos
que nela coabitam, como os animais, vegetais e minerais.
Já as inteligências intra e interpessoais recebem um olhar diferenciado por
Gardner (2000), destacando-se em sua pesquisa, uma vez que essas duas
inteligências foram identi�cadas como essenciais ao desenvolvimento humano,
muitas vezes negligenciadas no processo de ensino aprendizagem. Enquanto a
inteligência intrapessoal está relacionada ao autoconhecimento, compreendendo
e controlando as questões internas, a inteligência interpessoal possibilita a
interpretação das palavras, aprimorando a capacidade de empatia.
A multiplicidade de inteligências apresentada por Gardner (2000) possibilita
ampliar a concepção do desenvolvimento no processo ensino aprendizagem,
deslocando este processo para além do foco nas habilidades que priorizem  o
desenvolvimento lógico matemático e linguístico. Muitas são as possibilidades na
vida das pessoas, sejam as experiências pessoais ou do mundo do trabalho, e para
que possamos desenvolver habilidades aderentes a esta vasta gama de caminhos,
é necessário que todas as inteligências estejam no foco do processo de ensino
aprendizagem.
Conheça mais sobre as múltiplas inteligências: <https://bit.ly/2JjWlO5>.
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
Em 1995, o termo inteligência emocional (IE) foi imortalizado pela obra de Daniel
Goleman, com o título homônimo, em que era apresentava a IE como a capacidade
de criar motivações para si, controlando impulsos e mantendo a assertividade,
impedindo que a ansiedade inter�ra no raciocínio e na autocon�ança.Essa
capacidade de criar motivações para si traz a possibilidade do indivíduo identi�car
seus sentimentos através do comportamento positivo, desenvolvendo a
capacidade de bons relacionamentos com outras pessoas e grupos.
A pesquisa de Goleman desencadeou novos estudos, como os de Oliveira (2011),
em que conceitua a inteligência emocional como a capacidade de identi�car e
compreender os próprios sentimentos, gerandoum comportamento alinhado aos
mesmos e impactando na motivação. Para Mayer e Salovey (1997) a inteligência
emocional pode ser dividida em quatro domínios, sendo eles:
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https://bit.ly/2JjWlO5
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A emoção como facilitadora do pensamento;
Compreensão e análise de emoções, emprego do conhecimento emocional;
Controle re�exivo de emoções para promover o crescimento emocional e
intelectual.
Figura 2: A importância da intel igência emocional
FONTE: <pixabay.com/>.
Dissertando sobre os quatro domínios citados por Mayer e Salovey (1997), Aveleira
(2013) aponta que a percepção, avaliação e expressão da emoção são capacidades
adquiridas pelas pessoas ao reconhecer seus próprios sentimentos, assim como
os sentimentos das pessoas que as rodeiam. Esse domínio é relacionado às
expressões não verbais das emoções, como os sentimentos por estímulos, voz e
expressões faciais. Aveleira (2013) ainda argumenta que a emoção como
facilitadora do pensamento é um domínio em que as emoções são percebidas a
ponto de facilitar os pensamentos e raciocínios, auxiliando a resolução de
problemas e tomadas de decisão. Já o domínio de compreensão, análise de
emoções e emprego do conhecimento emocional proporcionam a capacidade de
entendimento e análise de emoções, junto à linguagem e aos sinais emocionais.
Aveleira (2013) �naliza seu argumento com uma análise do domínio do controle
re�exivo de emoções, para promover o crescimento emocional e intelectual, que
facilita a capacidade de se relacionar com as emoções para alcance de objetivos
pessoais e demais integrantes de um grupo.
É válido destacar que na teoria de Goleman (2001), “a inteligência emocional
considera que competências emocionais são competências adquiridas, aprendidas
e desenvolvidas ao longo da vida para alcançar um desempenho excepcional.”
(GOLEMAN, 2001). Nesse sentido, o autor argumenta que as inteligências
emocionais podem ser desenvolvidas e não se tratam de uma dádiva ou tenham
relação à concepções inatas.
Posteriormente, avançando em suas pesquisas, Daniel Goleman (2011) destaca a
importância da inteligência emocional, no que se refere ao autocontrole em
determinadas situações e no alcance dos objetivos, delimitando cinco pilares que
regem a compreensão sobre a inteligência emocional: autoconhecimento
emocional, controle emocional, automotivação, empatia e relacionamentos
interpessoais.
Para Goleman (2011), emoção é intrínseca aos seres humanos e o
autoconhecimento emocional proporciona a superação do desa�o de aprender a
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ouvir e conhecer os nossos próprios sentimentos e manifestações.  Entretanto,
reconhecer a existência de nossos sentimentos não é su�ciente, é preciso saber
lidar com eles através do controle emocional, o que não signi�ca um real domínio
da vida, podendo estar dependente das emoções. Portanto, a automotivação tem
um papel fundamental, pois exprime a capacidade de redirecionar um sentimento,
com o objetivo de obter algum ganho pessoal, mantendo a serenidade e a calma.
Nesta trajetória, a empatia é fundamental, para que as emoções dos outros sejam
respeitadas, possibilitando relações pessoais mais sinceras e que proporcionem
relacionamentos interpessoais saudáveis, em que as trocas e as interações sejam
resultados da capacidade de gerenciamento dos sentimentos das outras pessoas.
Portanto, tanto a inteligência emocional, quanto às inteligências múltiplas se
complementam para o desenvolvimento integral, uma vez que sem
relacionamentos humanos a vida em sociedade como a conhecemos não seria
possível - indiferente dos elementos positivos e negativos que o compartilhamento
de emoções entre as pessoas possibilita, como a�rma Goleman (2011). Sendo
assim, vamos investigar mais essa aderência, retomando o destaque da pesquisa
de Gardner (2000), no que se refere às inteligências intra e interpessoal.
Conheça o Laboratório Inteligência de Vida, seu lema é: Você não pode
mudar o que sente, mas pode aprender o que fazer com seus sentimentos.
Para conhecer o LIV, acesse <https://www.inteligenciadevida.com.br/pt/liv/>.
INTELIGÊNCIAS INTRA E INTERPESSOAL
As inteligências intra e interpessoal são de�nidas como tipos de inteligências
múltiplas, que envolvem os indivíduos por meio da motivação, empatia, interação,
autoestima, autorrealização e con�ança, dentre outros sentimentos positivos.
Tanto a inteligência intrapessoal, quanto a interpessoal se constituem como
inteligências emocionais.
A inteligência emocional intrapessoal é entendida como a capacidade do indivíduo
em identi�car as próprias emoções e sentimentos, diante suas necessidades,
identi�cando seus desejos, ambições e motivações – assim como outras
inteligências deve ser aprimorada e seu desenvolvimento está diretamente
relacionado ao autoconhecimento. Para Goleman (2011), a inteligência
intrapessoal se manifesta nos indivíduos a partir de características como foco e
concentração nas atividades desempenhadas, facilidade em resolução de
con�itos,determinação e persistência para atingir os resultados desejados,
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https://www.inteligenciadevida.com.br/pt/liv/
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https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_especiais_em_educacao/conteudo.html?capitulo=3 7/21
disciplina, autocompreensão, autoestima,  autonomia, capacidade de realização;
capacidade de despertar o melhor de si em todas as situações e comportamento
congruente com seus princípios e valores. Como pro�ssionais, indivíduos que
possuem a inteligência emocional intrapessoal desenvolvida apresentam como
tendências de carreira atuações que se relacionem à psicologia, psiquiatria,
�loso�a, sociologia, escrita, dentre outras experiências pro�ssionais que
demandem um elevado nível dessa inteligência.
Figura 3: Relacionamento intra e interpessoal
FONTE: A autora
A inteligência emocional interpessoal é entendida como a capacidade das pessoas
em serem empáticas com as outras. Esta inteligência se relaciona com as
interações, entendimentos, interpretações dos desejos e intenções das outras
pessoas. A capacidade do bom relacionamento e a adaptação ao ambiente são
e�cazes. Quem possui essa inteligência é favorecido pela motivação, que
possibilita compreender o estado emocional de outras pessoas, seja na vida
pessoal e ou pro�ssional. Para Gardner (2000), a inteligência interpessoal se
relacionada às capacidades de inteligência emocional, empatia, manejo das
relações intersubjetivas, resolução de con�itos e habilidades de comunicação.
Assim como as demais inteligências, também é uma habilidade a ser construída e
pode ser encontrada em pro�ssionais que exercem diversas atividades, como
professores, advogados, médicos, psicólogo, pro�ssionais que atuam diretamente
com a sociedade. Gardner (1995), indica que a inteligência interpessoal pode ser
entendida como a “Capacidade de compreender outras pessoas: o que as motiva,
como elas trabalham cooperativamente com elas. Os vendedores, políticos,
professores, clínicos (terapeutas) e líderes religiosos bem-sucedidos, todos
provavelmente são indivíduos com altos graus de inteligência interpessoal.”
(GARDNER, 1995)
Portanto, para Gardner (1995) a inteligência emocional interpessoal tem como
cerne a percepção do comportamento humano, a partir da maneira como as
pessoas se relacionam. Sendo assim, os tipos de inteligência estão presentes em
todas as pessoas e o seu desenvolvimento estará diretamente atrelado à ênfase
de seu aprendizado.
Capítulo 3 
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https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_especiais_em_educacao/conteudo.html?capitulo=3 8/21
Qual a relação da fala com as inteligências intra e interpessoal?Assista a
este TED e identi�que como a fala é uma ferramenta incrível em nossas
vidas: <https://www.youtube.com/watch?v=D236cCikGmA>.
A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NO MUNDO DO TRABALHO
Já identi�camos o conceito de inteligências múltiplas e da inteligência emocional, e
como estas inteligências se entrelaçam no percurso do desenvolvimento humano,
impactando nos comportamentos e sentimentos dos indivíduos. Nesse momento,
iremos investigar como essas inteligências se manifestam no mundo do trabalho,
locus de grande parte da atuação da vida adulta. 
A inteligência emocional é de suma importância no mundo do trabalho, uma vez
que é por meio dela que os pro�ssionais encontram oportunidades de carreiras
promissoras, imbuídas de um sentido de pertencimento e projeções futuras. Na
conjuntura de processos contínuos de transformações e mudanças, pro�ssionais
que apresentam essa inteligência desenvolvida saberão driblar obstáculos, com
calma e clareza dos fatos, transformando-os em oportunidades. Nesse sentido, ao
se deparar com os desa�os, os mesmos são entendidos como parte natural das
relações de trabalho, que devem ser elaborados e transformados em soluções,
sem que isso se torne um desgaste emocional.
Na percepção de Nascimento (2006), “é possível uma abordagem promissora para
a inteligência emocional em um ambiente de trabalho, onde reside em
treinamento e desenvolvimento de competências sociais e emocionais”. Para que
esta abordagem possa resultar positivamente, é necessário que os sentimentos de
empatia, automotivação, autocontrole, trabalho em equipe, afetividade, assim
como outros elementos que envolvem o universo pro�ssional, sejam valorizados
tanto pelas organizações, quanto pelos indivíduos que as compõe.
Diante da a�rmação de Gondim, em Siqueira (2004), “a afetividade é um termo
referente a processos subjetivos de estabelecimento de vínculos com pessoas
(incluindo o próprio indivíduo), com objetos físicos, sociais e as manifestações de
emoções e sentimentos.” Essa afetividade que envolve os pro�ssionais nas
organizações pode ser entendida como os sentimentos que envolvem emoções e
afetos, podendo causar fatores positivos e ou negativos, e naturalmente ocasionar
ruídos e con�itos.
A inteligência emocional é indispensável no âmbito organizacional, sendo aplicada
ao planejamento das organizações, de modo que os pro�ssionais executem as
atividades com e�ciência e e�cácia. Colaboradores com inteligência emocional
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https://www.youtube.com/watch?v=D236cCikGmA
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https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_especiais_em_educacao/conteudo.html?capitulo=3 9/21
Con�ança nos relacionamentos de trabalho;
As decisões são tomadas com mais cuidado;
Liderança e�caz;
Honestidade na comunicação;
Con�ança nas equipes de trabalho;
Inovação e criatividade;
Responsabilidade, respeito e comprometimento.
mais desenvolvida conseguem alcançar melhores resultados, tanto pessoais,
quanto pro�ssionais, proporcionando ganhos plurilaterais.
No âmbito organizacional, colaboradores que trabalham com inteligência emocional,
conseguem atingir melhores resultados pessoais e pro�ssionais. Nesses casos
geralmente os funcionários conseguem conviver com mais harmonia na companhia
de seus colegas de trabalho (JOHANN, 2013).
Sendo assim, a liderança tem um papel primordial. Para Nascimento (2006), líderes
que desenvolvem a inteligência emocional no trabalho tendem a ser mais
preparados para lidar com a suas equipes, são mais receptivos a ouvir e se
comunicam efetivamente, construindo uma relação social positiva entre
colaboradores e organizações. Neste contexto, é fundamental que as organizações
tenham como premissa planos estratégicos para incorporação de relacionamentos
e emoções em suas relações de trabalho, ressigni�cando o conceito de
desempenho. 
Corroborando com Nascimento (2006), Cooper (1997) especí�ca sete fatores
relacionados às transformações do mundo do trabalho, que devem ser levados em
consideração, para que a inteligência emocional pode acrescer ao sucesso das
organizações, sendo elas:
Para Copper (1997), a aplicação destes fatores às corporações aciona o sentimento
de pertencimento dos colaboradores, o que promove a motivação e alinha os
objetivos das organizações e dos colaboradores. Para que isto ocorra, não basta
que a inteligência emocional seja um fator isolado, mas que faça parte da cultura
organizacional.
Goleman (1995), a�rma que “a inteligência emocional seria a capacidade mais
importante na explicação do sucesso no trabalho”. Esta a�rmação foi um fomento,
para que as organizações começassem a investir em treinamentos e remodelaram
seus processos de recrutamento e seleção, em busca de pessoas com inteligência
emocional de alto nível, principalmente para os cargos de liderança – uma vez que
Capítulo 3 
28/07/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Educação
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as emoções dos líderes apresentam maior impacto sobre as equipes e ao
gerenciar suas próprias emoções tornam os ambientes mais suscetíveis aos
sucesso.
Em relação à inteligência emocional no mundo do trabalho, destacam-se quatro
pilares que compõem as habilidades de um pro�ssional: autoconsciência,
autogestão, empatia e habilidade social.
O pilar da autoconsciência, segundo Goleman (2001), está relacionado à
identi�cação dos sentimentos, “é entender e identi�car os sentimentos que se está
sentindo de forma clara e objetiva, para que em determinado momento esses
sentimentos possam ser usados a seu próprio favor.” Sendo assim, conhecer-se é
fundamental, principalmente para os momentos de tomadas de decisão, como
a�rma Weisinger (1997), “com autoconsciência o indivíduo tem todas as
informações necessárias para direcionar suas ações de forma e�ciente.”
Entretanto, a autoconsciência não garante que este processo de identi�cação de
sentimentos se torne menos desa�ador. Diante as fragilidades da nossa
autoestima, criamos uma espécie de proteção, �ltrando as situações e realizando
leituras fragmentadas, criando contextos e narrativas que nos auxiliam a elaborar
nossos posicionamentos e emoções.
Todos temos bloqueios quando se trata de emoções, forças e fraquezas, e de como
nossos comportamentos e estilo impactam outras pessoas - negativa e
positivamente. Nosso viés auto serviente, uma emoção potencialmente destrutiva,
protege nosso ego e nossa autoestima frágeis, por meio de uma distorção cognitiva
da realidade. A consciência é a mãe da mudança, do crescimento, do
desenvolvimento e do aprimoramento. Mas é difícil mudar o que não se vê. O
desenvolvimento da autoconsciência é, sem dúvida, o obstáculo mais difícil e
desa�ador ao desenvolvimento e à manutenção de elevada Inteligência Emocional
[...]. (BLOUNT, 2018).
A importância de enfrentarmos os obstáculos criados em nossas mentes é
realmente desa�ador para qualquer indivíduo. Entretanto, é possível desenvolver
a autoconsciência, para que este autoconhecimento ocorra de forma mais
orgânica, galgando o desenvolvimento da nossa inteligência emocional.
O segundo pilar da inteligência emocional é a autogestão ou autocontrole. Para
Goleman (2015), este pilar “é saber o que fazer e como direcionar suas próprias
emoções de modo que seja �exível, sempre respeitando a si mesmo”. Esta
habilidade se remete à capacidade de manter o equilíbrio emocional, nas diversas
situações com as quais nos deparamos no mundo do trabalho, de forma a
enfrentá-las de maneira assertiva e dissuadi-las, eliminando a postura de esquiva
ou agressividade, como a�rma Soto (2002).
Capítulo 3 
28/07/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Educação
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Pessoas com grande habilidade para administrar emoções podem ser passionais,
mas também possuem bom autocontrole emocional, costumam ter um
temperamento comedido, pensam com clareza ao experimentaremoções fortes,
tomam decisões com base no coração e no cérebro e geralmente re�etem
basicamente sobre suas emoções. Ao mesmo tempo, indivíduos sem especial
habilidade na administração emocional costumam ser vistos como tendo mau
temperamento, perdendo o controle e descontando o que sentem nos outros.
(SOTO, 2002).
O autocontrole emocional é uma característica sine qua non dos gestores de uma
organização, uma vez que sua liderança encontra-se atrelada às tomadas de
decisão, que impactam o ambiente como um todo. Não é incomum que as
lideranças tenham de realizar escolhas, solicitar metas e tarefas ou ainda
remodelar uma determinada equipe, sem estarem completamente aderentes a
estas propostas, ou ainda terem de tomar decisões em que a balança tende
necessariamente pender para a equipe ou para a corporação. Nestas situações, o
autocontrole, junto ao autoconhecimento, é fundamental para que os
posicionamentos possam ser assertivos e minimizem os impactos negativos.
O terceiro pilar das habilidades da inteligência emocional para o mundo do
trabalho, visa a empatia. Blount (2018) explica que “empatia é sentir o que o outro
sente, criar uma conexão a ponto de entender o que o outro está sentindo.”
Entender os sentimentos de uma outra pessoa não é uma tarefa simples, uma vez
que existem contextos, e o que pode não ser impactante para uma determinada
pessoa pode ser um grande impacto, para outro indivíduo. Por isso, Goleman
(2015) a�rma que “a empatia não visa fazer tudo o que os outros querem, mas
criar uma verdadeira conexão, que deve ser a base para o relacionamento do líder
com seus colaboradores e a�ns.” Nesse sentido, a empatia é fundamental no
mundo do trabalho, em quem colaboradores e líderes compartilham desa�os
conjuntos e juntos às trajetórias pessoais. Portanto, sem empatia não há êxito nas
organizações.
Figura 4: Intel igência emocional no mundo do trabalho
FONTE: <https://pxhere.com/>.
O quarto e último pilar é a habilidade social, que também pode ser chamada de
inteligência interpessoal, representada pela comunicação e�caz e envolvimento
direto com as pessoas do grupo. Como a�rma, Weisinger (1997), “em um
relacionamento é necessário um contato prolongado, conversas sobre emoções e
percepções, além de ambos se auxiliarem nas suas di�culdades.”
Capítulo 3 
28/07/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Educação
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A interpessoalidade deve estar presente para o alcance dos resultados positivos
que as organizações almejam. Quando isso não ocorre, a ausência de habilidade
social se transmuta na ine�ciência dos membros da equipe, causando grandes
perdas mensuráveis e intangíveis. Por isso, é de grande valia que os líderes
tenham a habilidade social desenvolvida, para que possam gerir com e�cácia,
tanto as pessoas, quanto os negócios. Mayer e Caruso (2002), indicam que “líderes
com alto nível de inteligência emocional estão mais bem preparados para
desenvolver times mais fortes e se comunicar mais efetivamente com os outros,
construir uma real relação social positiva para a organização e entre a organização
e seus empregados.” Nesse sentido, é primordial a participação das organizações
para o desenvolvimento das pessoas, por meio de uma cultura de gestão de
pessoas que priorize a inteligência emocional, objetivando o crescimento de todos
os envolvidos.
Este desenvolvimento pode ser iniciado por meio de um mapeamento
comportamental dos colaboradores para promoção do autoconhecimento – que
também possibilita à organização conhecer seu colaborador – para que
consequentemente a motivação seja manifestada, a partir do senso de
pertencimento e feedbacks que sejam alinhados aos per�s pro�ssionais. Este
mapeamento pode ser realizado pelos gestores, a partir de testes de per�l,
identi�cando características de cada pro�ssional, a partir de perguntas claras e
objetivas, dinâmicas de grupo e ferramentas de análise de per�l. 
Fomentar a inteligência emocional nos pro�ssionais é uma cultura extremamente
favorável, tanto às organizações, quanto aos pro�ssionais que nela atuam. É o que,
popularmente, é o chamado ganha-ganha, em que o pêndulo �ca equilibrado e
todos os envolvidos são bene�ciados. Nesse sentido, tanto o pro�ssional colabora
com a organização na qual trabalha, quanto a organização colabora com o
pro�ssional. Isso não signi�ca que os con�itos organizacionais deixarão de existir,
mas serão administrados de maneira mais ágil, assertiva e com menor impacto
emocional e �nanceiro.
Pessoas que desenvolvem sua inteligência emocional tornam-se mais preparadas
para enfrentar os desa�os diários, pertinentes ao seu contexto pessoal, à sua
carreira e ao mundo do trabalho. O autoconhecimento, a motivação e a empatia
possibilitam que um indivíduo seja mais predisposto a analisar várias perspectivas,
compreendendo o contexto e agindo com maior assertividade. E são pessoas com
este per�l que terão mais êxito nas relações pessoais e nas relações de trabalho.
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Você já realizou algum teste de per�l, para desenvolver seu
autoconhecimento? Conheça alguns testes muito utilizados no meio
corporativo: <https://bit.ly/31TQ2XJ>.
CRIATIVIDADE, ESPONTANEIDADE E EMPATIA COM FOCO NO
PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM - APLICAÇÃO DA
INTELIGÊNCIA NOS PROCESSOS DE ENSINO APRENDIZAGEM
Tornar jovens mais criativos tem sido uma das metas no processo de ensino
aprendizagem nos últimos tempos. Nas escolas, universidades e faculdades a
criatividade tem sido inserida no projeto político pedagógico e sendo estimulado
por meio de pesquisas, projetos e trabalhos acadêmicos. A multidisciplinaridade
passa a ser um instrumento fundamental nesse processo, porém toda a sociedade
deve ser envolvida.
Estimular a criatividade, espontaneidade e empatia com foco no processo de
ensino aprendizagem, traz ao indivíduo a perspectiva de uma formação mais
integral, que não se baseia em meras questões de quali�cação para exercer
funções, mas também empreender e transformar as relações sociais. Para Cambi
(1999), “quando se trata da formação humana, esta, está na base da educação
universal, além do problema saber e do ensino, também o das escolas”. A
compreensão por meio do conhecimento possibilita ao indivíduo a harmonia dos
elementos e sua relação com o todo. Esse comportamento estimula a interação
com os outros, e o desenvolvimento de suas habilidades e competências.
Muitos são os sentimentos que envolvem o desenvolvimento da aprendizagem: as
emoções, empatia, o estímulo, à interatividade, a espontaneidade em poder
apresentar ideias e não ser reprimido pelos outros, a partir da criação de um
ambiente seguro. Antônio e Tavares (2013) argumentam que “o conhecimento de
mundo, dos outros e de nós mesmos, não se reduz ao intelectivo. Ele é movido
pela emoção, esta que move a inteligência, isto é, o emotivo move o cognitivo [...]
Não há conhecimento sem emoção.”
O compartilhamento de experiências emocionais faz parte de uma prática
pedagógica que tenha por objetivo atender as necessidades dos indivíduos em seu
processo de ensino aprendizagem, essa cultura deve ser promovida pelas
instituições de ensino e fomentada por docentes e discentes. Inseridas práticas
que fomentem essa cultura de ensino, é possível promover um constante
interesse pelo conhecimento e pelo autoconhecimento. Wallon (2007) considera
importante a participação e interação para o desenvolvimento do indivíduo,
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encorajar autonomia do indivíduo, evitando controle excessivo e respeitando
a individualidade de cada um;
cultivar a autonomia e independência, enfatizando valores no lugar de regras;
ressaltaras realizações em detrimento de notas ou prêmios;
enfatizar o prazer no ato de aprender;
evitar situações de competição;
expor os indivíduos a experiências que possam estimular sua criatividade;
encorajar comportamentos de questionamento e curiosidade;
usar feedback informativo;
dar aos indivíduos opções de escolha;
apresentar pessoas criativas como modelos.
compreendida de forma que todos participem de suas experiências, na teoria das
múltiplas inteligências, desenvolvida por Gardner, a criatividade também se
destaca. 
Os indivíduos criativos são dotados de muita energia e são extremamente exigentes
consigo e com os outros; conservam traços de sua infância e tendem a se
marginalizar; podem ser extremamente egoístas, egocêntricos, intolerantes,
estúpidos, obstinados e altamente capazes de ignorar convenções (GARDNER,1994).
No entanto, o autor defende ainda que as pessoas criativas não expressam uma
inteligência fora do comum, mas sim uma inteligência singular restrita a
determinados domínios. Amabile (1996) propõem alternativas de estímulos da
criatividade, tanto na sala de aula, quanto no ambiente de trabalho:
Neste processo de construção do conhecimento por meio da criatividade, faz-se
necessário destacar sobre a espontaneidade que envolve o ser. Isso signi�ca que
mesmo com este ambiente propício, para que a criatividade se desenvolva, deverá
ser um movimento genuíno de docentes e discentes e não apenas pontual. Para
Vigotsky (1987) “a participação do outro social é crucial na apropriação do
conhecimento”. Vigotsky ainda argumenta que para que a interação social ocorra
com êxito, para o desenvolvimento humano, o contato físico e social entre os
atores do processo de ensino aprendizagem é determinante.
Ao veri�car a importância da criatividade, espontaneidade e empatia, com foco na
aplicação da inteligência emocional nos processos de ensino aprendizagem, é
importante destacar que docentes e discentes são precursores no
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desenvolvimento da inteligência emocional, a partir de uma cultura pedagógica
que se comprometa a ser propulsora do desenvolvimento humano.
Figura 5: Criatividade como propulsora da humanidade
FONTE: <Freepick.com>.
Para Wallon (1989), “o desenvolvimento humano se deve a fatores biológicos, às
condições de existência e as características individuais de cada um, em uma
relação de interdependência entre cada fator.” Segundo Goleman(1998), “as
dimensões da inteligência emocional representam competências indispensáveis
aos pro�ssionais, muitas vezes sobressaindo-se às competências técnicas”. Assim,
Goleman e outros autores elevam a inteligência emocional como fator
predominante para qualquer tipo de projeto de aprendizagem, seja ele inserido no
trabalho ou na vida acadêmica, corroborando com Lima (2015), que a�rma que os
aspectos comportamentais são cada vez mais relevantes para desenvolver as
atividades nas organizações e na comunidade cientí�ca.
Stephens e Carmeli (2016), indicam que “os indivíduos com altos níveis de
inteligência emocional, expandem as suas bases de conhecimentos e de
competências para melhorar a sua capacidade de comunicar e cooperar
e�cazmente para obter resultados de projetos bem sucedidos”. Sendo assim,
inteligência emocional retrata um conjunto de competências que gera sentimentos
e emoções, aclarando o pensamento, promovendo crescimento emocional e
intelectual.
Quando o professor tem a capacidade de compreender internamente as reações do
estudante, tem uma consciência sensível da maneira pela qual o processo de
educação e aprendizagem se apresenta ao estudante, então, mais uma vez,
aumentam as probabilidades de uma aprendizagem signi�cativa. (ROGERS, 1983)
Neste cenário, a aprendizagem signi�cativa é vista como algo que realmente
proporciona o aprender, que instiga o conhecimento e desenvolve o indivíduo,
potencializando seu processo de criatividade e espontaneidade, surgida por meio
da autonomia conquistada.
É evidente que um processo de criatividade espontânea é a matriz e o estágio inicial
de qualquer conserva cultural, seja em forma de religião, obra de arte ou um invento
tecnológico. Isso põe em relevo a relação entre o momento, a ação imediata, a
espontaneidade e a criatividade, em contraste com o nexo tradicional entre a
espontaneidade e a resposta automática. (MORENO,1992)
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Relação aluno-professor: construindo uma relação de ensino aprendizagem
que estimule a espontaneidade-criatividade do aluno e não negligencie a
interação socioafetiva entre ambos;
Relação aluno-instituição educacional: considerando o sistema educacional
enquanto parte de um contexto social muito mais amplo, em que ocorre
in�uência contínua de ambas as instituições (escola e sociedade em geral) o
tempo todo, instituições essas em que o aluno se encontra intrinsecamente
inserido;
Relação aluno-grupo: percorrendo as etapas do processo de interação,
socialização e identidade grupal, visando produzir conhecimentos através da
vivência de desempenho de papéis;
Relação professor-pais: a família é a primeira instituição a qual criança se vê
inserida socialmente, socialização essa que vem a ser ampliada ao ingressar
na escola. Ambas são responsáveis pela formação do aluno.
Em suma, o indivíduo desperta no processo da criatividade e espontaneidade ao
ser desa�ado pelo ambiente em que vive, ou seja, pela sua cultura, propósitos e
evolução das relações. A espontaneidade encontra-se no meio afetivo emocional:
família, amigos, sociedade; está presente em todos os momentos, associada à
emoção e à ação. Sendo assim, quando o indivíduo percebe que é capaz de seguir
seus próprios passos e decidir por si, o processo de criatividade é ativado, assim
como a espontaneidade, fatores positivos para sua existência.
Segundo Moreno (1997) “os vários procedimentos usados no teatro para o
psicodrama culminam em sua abordagem de grupo, o fato dos alunos serem
tratados como indivíduos no seio de um grupo, numa situação semelhante a que
encontrarão no mundo em geral”. Ademais, a aplicação da inteligência emocional
no processo de ensino aprendizagem retrata a participação dos grupos num
contexto das relações interpessoais, em que o indivíduo reage da emoção à ação,
diante da aprendizagem. Moreno ainda relata as seguintes relações no contexto
educacional:
Estas relações citadas, no contexto do ensino aprendizagem, representam uma
abordagem e exploração da psique humana, por meio dos vínculos emocionais do
indivíduo, ou seja, essa inserção na aprendizagem é instigada nas capacidades que
envolvem a inteligência emocional. Moreno (1997) ainda a�rma que a
espontaneidade é um fator inato que se apresenta como forma de energia em
constante transformação, que capacita o homem para enfrentar situações novas e
criar respostas às situações antigas.
Esta energia é encontrada na maioria dos indivíduos, principalmente nas novas
gerações, que já nasceram na era da revolução tecnológica, que faz com que o
indivíduo saia da zona de conforto, adaptando-se ao novo. É perceptível que os
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recursos tecnológicos mostram a importância da criatividade e espontaneidade,
rompendo paradigmas em todas as direções. Contudo, a sensação das gerações
atuais é de estar sempre ultrapassada, havendo a necessidade de buscar
constantemente o conhecimento. A própria sociedade, principalmente as relações
de trabalho, exige este aperfeiçoamento constante, junto a um profundo
desenvolvimento da inteligência emocional.
O conhecimento é nosso bem maior, se possuímos ou não um maior nível de
inteligênciaemocional é sempre tempo de elevarmos as nossas capacidades.
Saiba mais sobre criatividade e como desenvolvê-la no cotidiano:
<https://rockcontent.com/br/blog/criatividade/>.
RESUMO
Caro, pós graduando!
Finalizamos este capítulo com o intuito de êxito. Ao iniciarmos, conceituamos
sobre inteligência sendo de�nida como uma competência intelectual, caracterizada
na forma de pensar, memorizar e raciocinar. Como dito, a inteligência deve ser
entendida como um conjunto de inteligências que podem ser desenvolvidas ao
longo do tempo, como algo novo a ser estudado todos os dias. Os tipos de
inteligência estão presentes em todas as pessoas, porém algumas pessoas
possuem tipos de inteligências mais desenvolvidos.
Vimos as inteligências múltiplas de Gardner, na qual são apresentadas por meio
das habilidades e competências do indivíduo e suas capacidades intelectuais:
inteligência linguística, lógico matemática, espacial, musical, corporal e cinestésica,
naturalista, intrapessoal e interpessoal. Estes tipos de inteligência retratam o
quanto se faz necessário a busca do conhecimento contínuo, sem priorizar um tipo
especí�co de conhecimento.
Na continuidade, sobre a inteligência emocional, que é tema desse livro, foi
explorada sobre a possibilidade do indivíduo identi�car seus pensamentos por
meio dos comportamentos positivos, re�etindo ao bom relacionamento entre as
pessoas e grupos. Para tanto, existem quatro domínios sobre a inteligência
emocional: percepção, avaliação e expressão da emoção, a emoção como
facilitadora do pensamento, a compreensão e análise de emoções, emprego do
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conhecimento emocional e por último o controle re�exivo de emoções para
promover o crescimento emocional e intelectual.
Sobre a inteligência emocional intra e interpessoal foi destacada a congruência
com as inteligências múltiplas e sua mútua relação com os comportamentos dos
indivíduos, de forma motivacional, empática, interação, autoestima e con�ança,
dentre outros sentimentos. Enquanto a inteligência interpessoal está baseada na
empatia, no entender e se colocar no lugar do outro, a inteligência intrapessoal
está relacionada ao autoconhecimento, que se concretiza como um grande passo
para entendermos o outro.
Ao descrever sobre a inteligência emocional no trabalho, contemplamos o quanto
é importante o desenvolvimento do indivíduo para sua carreira pro�ssional, por
meio do treinamento e desenvolvimento das competências sociais e emocionais,
estando preparado para as mudanças contínuas e transformações, para que as
organizações e indivíduos possam alcançar seus objetivos, diluindo os con�itos.
Foi muito grati�cante passar este tempo com você, deixo aqui uma citação de
Goleman (2015), “a inteligência emocional é saber o que fazer e como direcionar
suas próprias emoções de modo que seja �exível, sempre respeitando a si
mesmo.”
Esperamos ter contribuído assertivamente no seu contínuo processo de ensino
aprendizagem!
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