Buscar

2 Agregados Macroeconômicos (8)

Prévia do material em texto

Agregados Macroeconômicos: os resultados da mensuração da atividade econômica como um todo
Permitem medir o desempenho da economia durante um determinado período na dimensão macro, ou total 
A dimensão total – o todo, e não as partes da economia isoladamente consideradas
Agregados macroeconômicos e identidades contábeis 
Identidade contábil ou macroeconômica é uma equação que precisa e deve ser verdadeira pelo modo como as variáveis são definidas; não há relação causa-efeito entre as variáveis de dois lados
A Identidade macroeconômica fundamental ou
 A Identidade contábil básica (de três pês) 
determina que 
 Despesa ≡ Renda ≡ Produto
Agregados Macroeconômicos principias
Valor Total da Produção (Produção Total Bruta) é o valor monetário de tudo que um país produziu em determinado período, inclusive daquilo que foi utilizado como insumo na produção de outros bens (Consumo Intermediário ou Produção Intermediária)
Produto Bruto é Produção Total Bruta menos Consumo Intermediário. Produto Bruto (Produto Agregado) considera apenas o valor da produção de bens finais
Produto Bruto é um agregado dicotômico: Produto Interno Bruto (PIB) e Produto Nacional Bruto (PNB)
Produto Interno Bruto (PIB) é o Produto agregado produzido dentro da fronteira geográfica de um país pelos fatores de produção nacionais e estrangeiros
Produto Nacional Bruto (PNB) é o Produto agregado produzido por uma Nação, ou seja, pelos fatores de produção nacionais em território nacional e no exterior
Produto Interno Bruto é o valor de mercado de todos os bens e serviços finais produzidos em um país, em dado período
Bens finais são aqueles que não foram destruídos ou absorvidos na produção de outros bens e destinados para atender as necessidades finais de consumidores (bens de consumo: alimentos, roupas, eletrodomésticos, etc.) e produtores (bens de capital: maquinas, equipamentos, construções)
Bens intermediários são aqueles que foram destruídos ou absorvidos na produção de outros bens, em dado período, e destinados para o consumo intermediário (ex. trigo, tecidos, aço, madeira) 
O valor de bens intermediários, em princípio, não é contabilizado no PIB para evitar uma dupla contagem. Caso bem intermediário foi vendido e absorvido na produção de outros bens no ano em questão, seu valor já encontra-se incluído no valor de bens finais
! No entanto, se bem intermediário não foi vendido e absorvido na produção de outros bens no ano em questão, ele deve ser considerado como se fosse final. O seu valor entra no cálculo do PIB como gasto da própria empresa com estoques (investimento em estoque) !
 
Então, não é natureza do bem que determina, para efeitos da contabilidade social (mensuração do PIB), se ele é intermediário ou final e sim qual sua situação no momento em que está apurando o valor do Produto
Exemplo: O setor produziu trigo no valor de 1500 e vendeu ao setor de farinha uma parcela equivalente a 1000, ficando no final do ano com uma quantidade de trigo no valor de 500. 
1. O valor 1000 (trigo vendido no ano em questão) é considerado como Consumo intermediário e não entra no cálculo do PIB. 
2. O valor 500 (trigo não vendido no ano em questão) é calculado no PIB como Investimento em estoque (despesa da própria empresa) 
Identidade básica contábil de três pés: 
Produto (valor adicionado) ≡ Renda ≡ Despesa 
⇩
Três óticas e três métodos do calculo do Produto
Representa o total dos gastos de agentes econômicos (famílias, empresas, governo e o “resto do mundo”) com bens e serviços produzidos no pais durante um determinado período
Os quatro componentes do PIB sob a ótica da Despesa
1. Consumo: as despesas das famílias em bens e serviços produzidos em determinado ano (excetuando-se o valor da compra de imóveis residenciais novos). Obs. Exclui-se as despesas em bens usados pois estes não foram produzidos no ano em questão e foram contabilizados no Produto no ano de produção
2. Investimento: os dispêndios em maquinas e equipamento de capital, em novos imóveis residenciais e em estoques (inclusive estoques de bens intermediários que foram produzidos mas não vendidos no ano em questão)
 Investimento = Formação Bruta de Capital Fixo + Inv. em estoques
Os quatro componentes do PIB sob a ótica da Despesa
3. Gasto do Governo: gastos dos governos com bens e serviços produzidos (compras de bens para administrações, despesas em obras públicas, pagamento de salários dos servidores, etc.) Obs. Não são contabilizados as despesas com transferências unilaterais (benefício de Seguridade Social, seguro-desemprego, entre outros) porque não são feiras em troca de um bem ou serviço produzido correntemente na economia
4. Exportações líquidas: Exportações menos Importações (despesas, por parte de estrangeiros, em bens e serviços produzidos no pais, menos despesas, por parte de residentes nacionais, em bens e serviços estrangeiros)
PIB sob a ótica do valor adicionado 
Representa a soma de Valores adicionados (VA) em cada unidade produtiva. Valor adicionado (VA) = Valor da produção total (Receita total) menos valor de insumos vindos de outras unidades (Dispêndio Intermediário)
PIB sob a ótica de Renda 
Representa o total das remunerações de fatores produtivos, ou pagamentos feitos a fatores de produção que foram utilizados na produção de bens e serviços no país durante um determinado período
Componentes do PIB sob a ótica de Renda:
 • Salários • Lucros 
 • Juros • Alugues
O Produto Interno Bruto (PIB) e o Produto Nacional Bruto (PNB) sob a ótica de Renda
PIB é a Renda Agregada gerada pelos fatores de produção, nacionais e estrangeiros, em território do país
PNB é a Renda Agregada gerada pelos fatores de produção nacionais, em território do país e no exterior
Diferença entre o valor do PIB e o valor do PNB: Renda Liquida Enviada ao Exterior (RLEE)
Renda enviada ao exterior REE - o valor das remunerações de fatores de produção estrangeiros em território nacional
Renda recebida do exterior RRE - o valor das remunerações de fatores de produção nacionais no exterior
Renda líquida enviada ao exterior RLEE é a diferença entre a renda enviada e a renda recebida: RLEE = REE menos RRE
 Produto Interno Bruto menos Renda enviada mais Renda recebida é igual ao Produto Nacional Bruto, ou
 PIB – REE + RRE = PIB - RLEE= PNB
No caso brasileiro, 
Enviam-se, geralmente, mais remunerações de fatores estrangeiros no Brasil ao exterior do que se recebem remunerações de fatores brasileiros do exterior ⇩
Renda enviada > Renda recebida
⇰ Renda Liquida Enviada ao Exterior (RLEE ) é positiva ⇰ PIB > PNB
Atenção ! 
A Renda Liquida Enviada ao Exterior RLEE não deve ser confundida com a diferença entre Exportações e Importações, ou seja, com Exportações Liquidas EL (componente do PIB sob a ótica de Despesa)
Os lucros recebidos pela empresa brasileira do exterior (ex. Petrobras) não representam Importações, e sim a Renda recebida do exterior.
A remessa de lucros da empresa estrangeira (ex. Fiat) do Brasil para o exterior não constitui Exportações, e sim a Renda enviada ao exterior
A RLEE representa parte da Renda gerada pelas essas empresas, e não suas vendas e compras
Produto Bruto e Produto Líquido: a diferença deve ao valor de Depreciação
Para obter o valor do Produto Líquido de uma economia num determinado período é preciso deduzir, do valor do Produto Bruto, aquele parcela meramente destinada à reposição da parte desgastada do estoque de capital (depreciação)
Depreciação: uma parte do Investimento total bruto que corresponde ao valor do desgaste de bens de capital em um dado período (e não destinada para um aumento de bens de capital)
 Produto Bruto menos Depreciação = Produto líquido
A dicotomia na forma de registro do Produto
Produto Nacional Bruto a preços de mercado (p.m.): preço de bens e serviços negociados no mercado,o preço final que consumidores pagam
Produto Nacional Bruto a custos de fatores (c.f.): preço de fabrica de bens e serviços antes de serem acrescentados* impostos indiretos e se contar o fornecimento de subsídios 
Produto a preços de mercado menos impostos indiretos mais subsídios = Produto a custo de fatores
 * Esse acréscimo não tem como contrapartida pagamento a fatores de produção e por isso não pode compor o valor da Renda Nacional 
Outros agregados macroeconômicos 
Renda Nacional
Produto Nacional Bruto a custos de fatores menos o valor de depreciação é igual o Produto Nacional líquido a custos de fatores 
Produto Nacional Liquido a custos de fatores, isto é, a Renda Nacional é a Renda apropriada pelos agentes econômicos e utilizada para o Consumo e a Poupança
Renda Pessoal Disponível: total da Renda Nacional que sobra às pessoas depois que estes pagaram os impostos diretos e outras obrigações perante o governo

Continue navegando