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TCC - 1ª parte

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FACULDADE DE PATO BRANCO – FADEP
ALINE ROSSONI
A IMPORTÂNCIA DA INCLUSÃO DA CRIANÇA DOS ANOS INICIAIS EM 
PROJETOS SÓCIO-ESPORTIVOS
PATO BRANCO-PR
2019
ALINE ROSSONI
A IMPORTÂNCIA DA INCLUSÃO DA CRIANÇA DOS ANOS INICIAIS EM 
PROJETOS SÓCIO-ESPORTIVOS
Pré Projeto de Pesquisa apresentado à Faculdade de Pato Branco – FADEP, como parte das exigências para a obtenção da nota de N1 da disciplina de Pesquisa em Educação Física II.
Orientador: Prof. Vanessa Tumelero.
PATO BRANCO-PR
2019
RESUMO
Os projetos sócios esportivos têm como princípio básico a democratização do esporte à crianças e adolescentes, que por motivos de ordem social, financeira ou qualquer outro não tenham acesso ao mesmo. Problema da pesquisa: Os projetos possuem a capacidade de modificar a vida delas, bem como auxiliar no desenvolvimento globalizado do indivíduo em fase de formação e ainda proporcionar condições de crescimento social. Hipótese: Ajudam a desenvolver um ser social, ligado a educação, cultura e esporte. A inclusão através do esporte vem se tornando um caminho para a crescimento do cidadão e de profissionais. Justificativa: Devido ao crescente número de projetos implantados nessa área de estudo, torna-se essencial a análise dos resultados obtidos por estes, para que tanto governantes, instituições e ong’s possam cada vez mais apoiar a inserção social que busca contribuir com desenvolvimento humano. Esta pesquisa tem como principal proposta compreender a função do esporte como agente de inclusão social e construção da cidadania para as crianças atendidas pela Associação Atlética do Banco do Brasil (AABB). Metodologia: Sendo está uma pesquisa de natureza qualitativa, para tanto, realizou-se pesquisa bibliográfica e de campo. A entrevista semiestruturada foi utilizada para coletar a percepção das crianças e dos profissionais da instituição. O objetivo é investigar o processo dos projetos na inclusão da criança dos anos iniciais. Assim, durante a pesquisa, o esporte pôde ser entendido a partir de uma ideia mais ampliada, para além do estímulo às atividades físicas.
Palavras-chave: Esporte. Projeto Social. Inclusão Social. Criança.
1. INTRODUÇÃO
O esporte não é apenas uma palavra, um substantivo comum e não se define com um único conceito. A prática esportiva vem ganhando diversas formas, modalidade e sua finalidade tem sido ampliada. Os benefícios do esporte têm ultrapassado o limite do bem-estar físico, e tornar-se visível também a nível educacional e formativo para crianças (Tubino, 1999).
Atualmente diversos projetos de inclusão estão sendo executados, pois de acordo com Sassaki (2010, p. 40), “a inclusão social é um processo que contribui para a construção de uma nova sociedade através de transformações nos ambientes físicos e na maneira de pensar das pessoas”. 
Para Paulo Freire (1982) a grande preocupação da pedagogia moderna é uma educação para a decisão, responsabilidade social e política. A escola deveria fazer esse papel, desenvolvendo a criança e por isso os projetos sociais têm como finalidade contribuir com o desenvolvimento das competências nas crianças, uma vez que estas muitas vezes, não são trabalhadas nas escolas. Abrangem níveis e objetivos específicos, porém todos apresentam como foco a inclusão de pessoas dentro do espaço onde vivem e se relacionam.
O esporte vai muito além das disputas, cada vez mais cresce a sua importância como ferramenta de inclusão social, sendo utilizado como instrumento pedagógico, possibilitando ao indivíduo alcançar princípios e valores morais e éticos. O incentivo a prática esportiva e recreativa denotam a importância do ato no próprio desenvolvimento humano, como reflete nas palavras de Almeida (1995, p. 11); onde “a educação recreativa é uma ação inerente na criança e aparece sempre como uma forma transacional à algum conhecimento, redefinindo a elaboração constante do pensamento individual do coletivo”. No ato recreativo o indivíduo estimula suas estruturas mentais desencadeando o desenvolvimento motor, cognitivo e sócio afetivo em intrínseca mutação, assimilação e constituição da própria personalidade.
Portanto, concordando com Arroyo (1994 p. 88) que a “infância não existe como categoria estática, como algo sempre igual. Está em permanente construção, pois seu tempo não é tempo para si e sim tempo em si, quem tem as suas próprias características e finalidades e que deve ser vivida com toda a intensidade, pois a criança se desenvolve, sobretudo pelas suas experiências educativas”, buscamos, com este estudo compreender como se dá a inclusão social em projetos de educação pelo esporte.
1.1 PROBLEMA DA PESQUISA
Os projetos sociais possuem a capacidade de modificar a vida de crianças e adolescentes, bem como auxiliar no desenvolvimento globalizado do indivíduo em fase de formação e ainda proporcionar condições de crescimento social.
1.2 HIPÓTESE DA PESQUISA
Os projetos sociais na medida em que vem surgindo, surge também um diferencial das demais instituições de ensino, não tendo um caráter essencial na formação do ser humano. Vem sendo visto como uma possível complementação a esta formação. Possuindo características não formal frente ao desenvolvimento do indivíduo. Os projetos sociais ajudam a desenvolver na criança um ser social, ligado a educação, cultura e esporte. A educação através do esporte vem se tornando um caminho para a crescimento da pessoa, do cidadão e de profissionais.
Sendo assim percebemos que no esporte, assim como na educação em geral no desenvolvimento dos valores também se faz importante e necessário quando o que está em jogo é a formação humana. Portanto, para que se alcance este objetivo é preciso pensar em uma prática educativa orientada por um viés inclusivo, que vise a promoção de atividades recreativas, formativas e sociais, uma pratica que construa responsabilidades, respeito ao próximo, respeito às regras e etc., entretanto, é preciso entender que o esporte, acima de tudo é um instrumento capaz de agregar valor à educação, ao desenvolvimento, à formação pessoa, à cidadania e à orientação para prática social.
2. OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Investigar o processo dos projetos sociais esportivos na inclusão da criança dos anos iniciais.
2.2 Objetivos específicos 
Identificar as potencialidades do desenvolvimento humano através dos projetos sócio esportivos. 
Levantar diferenças entre as atividades sociais desempenhadas nos projetos com as realizadas na escola. 
Analisar a influência dos métodos e atividades dos projetos sociais na continuidade das crianças nos programas.
3. Justificativa 
Devido ao crescente número de projetos implantados em diversas áreas de estudo, torna-se essencial a análise dos resultados obtidos por estes, para que tanto governantes, instituições privadas e ong’s possam cada vez mais apoiar a inserção social que busca contribuir com desenvolvimento humano.
Esse crescente aumento dos projetos vem atrelado com as mudanças sociais decorrentes da pobreza, violência, desemprego como também de uma educação de base deficiente. Para tanto se torna necessário um desenvolvimento das competências humanas em paralelo e em conjunto fundamentalmente com as instituições educacionais. Os projetos sociais têm como finalidade contribuir com o desenvolvimento das competências nas crianças, uma vez que estas muitas vezes, não são devidamente trabalhadas nas escolas.
4. REVISÃO DE LITERATURA
Com base no Estatuto da Criança e do Adolescente onde em seu Capítulo IV – Do Direito a Liberdade, ao respeito e à dignidade, o Art. 16 prevê que o direito a liberdade compreende brincar, praticar esportes e divertir-se, determinando o princípio da inclusão, não havendo qualquer tipo de discriminação, garantindo a igualdade na pratica esportiva. Para isso, a maneira com o que o esporte é abordado deve ser estudada a fundo não permitindo nas atividades esportivas nenhuma forma de inclusão.
Devido ao reconhecimento dessa necessidade, é importante investigar de que forma se dá o processo de inclusão dentrodos projetos sociais, que desenvolvem a proposta de educação pelo esporte. Dessa maneira, expressa Cunha (2007):
Através de pesquisas entre crianças e jovens de baixa renda, pode-se verificar que em sua maioria, não possuem recursos financeiros para o desenvolvimento de habilidades em entidades desportivas particulares, que facilitem sua inclusão social. Devido a essa carência financeira, foram pensadas e estudadas possibilidades para o desenvolvimento humano nessas áreas de baixa renda. E uma das formas vem se mostrando eficaz são os Projetos Sociais. (CUNHA, 2007, p. 13)
Segundo Brougère (1998), o jogo é um espaço social criado pela criança, determinando aprendizagem social e uma convenção aceita por todos. O jogo não pode descartar a dimensão social da atividade humana, pois ele não se compõe como uma dinâmica interna da criança e, sim, como uma atividade dotada de uma significação social precisa, necessitando, portanto, de aprendizagem.
Através da prática esportiva pode-se sistematizar situações de ensino e aprendizagem que garantem às crianças o acesso a conhecimentos práticos e conceituais. Dando oportunidade a todos que desenvolvem suas potencialidades, de forma harmoniosa e não seletiva, visando o aprimoramento do ser humano.
Vianna e Lovisolo (2011) mostram que durante o decorrer do desenvolvimento da sociedade, ficou suposto que as crianças e adolescentes gostam de esportes, e, através dos professores, perceberam que a participação de projetos sociais e movimentos culturais se tornou mais eficaz com a influência do esporte, assim a integração ocorre de maneira ativa.
O esporte é um aliado na política nacional quando se fala de divulgação de uma imagem positiva do Brasil para o restante do mundo, pois para desenvolver cidadãos por meio de práticas esportivas é muito importante, afinal, não é de hoje que se escuta falar de mudanças de vidas após participações de projetos sociais, como garante Ribeiro (2013), que ainda trata a prática esportiva como um aliado da rotina que possibilita o desenvolvimento de habilidades fundamentais para o acréscimo físico, psicológico e educacional, além disso, o esporte é um ótimo estimulado de disciplina e respeito ao próximo, complementando ainda mais a eficácia do esporte como mentor de inclusão social.
Gontijo (2009) destaca que a sociedade como é conhecida atualmente, enfrenta a vulnerabilidade de crianças e adolescentes ao aliciamento a prostituição e ao tráfico de drogas, moradores de rua sem perspectiva de vida, a necessidade da implantação de projetos sociais a fim de beneficiar esse público em situação socialmente desfavorável e pôr fim a diminuição do tempo ócio destes indivíduos a fim de impedir que sejam corrompidos para crimes e maus tratos.
Correia (2008) afirma que na sociedade atual, existe uma grande problemática cujo os poderes públicos e as organizações não governamentais e também as sociedades privadas lutam para combater a desigualdade social. Um projeto social eficaz necessita de uma série de fatores de intervenção para que seja capaz de atingir seus objetivos, tendo em vista que muitas vezes crianças e adolescentes são os mais atingidos, bem como os que sofrem a maior parte dos danos psicossociais existentes.
O esporte permite que se vivencie diferentes práticas corporais, provenientes das mais diferentes manifestações culturais, como as influencias que estão presentes na vida cotidiana de cada criança. Para Rossi (2000, p.60) “é imprescindível que o educador, através do ensino dos esportes, ofereça a oportunidade aos educandos para o esclarecimento destas práticas, ensinar e aprender as possibilidades e os limites destas, bem como a necessidade de transformá-los”.
As políticas de apoio ao esporte, bem como os projetos esportivos com intuitos sociais, tem sido alvo de diversos organismos públicos, empresas privadas, entre outros. Para Tubino (2001, p.34) no que se refere à literatura em Educação Física, lazer, esportes e em outras áreas, são inúmeros os benefícios proporcionados pela prática regular do esporte na formação moral e na personalidade daqueles que o praticam.
Segundo o Ministério do Esporte (2007), sabe-se que que as classes menos favorecidas veem no esporte uma forma de galgar posições na vida, uma maneira de superar barreiras da ascensão social e de obter sucesso; entretanto observa-se que é muito mais amplo do que isso, “fazer e produzir esporte é gerar mais saúde, mais equilíbrio e, é, principalmente, um importante instrumento para capacitar pessoas a ingressarem construtivamente na sociedade” (Brasil, 2011, s/p).
O Brasil é um país cujos problemas sociais são motivo de grande preocupação para os governantes, segundo Brasil (1988), a responsabilidade social é um dever ético e moral, principalmente, no que se diz respeito a crianças e adolescentes; esses conceitos encontram-se presentes no artigo 277 da Constituição Federal, no artigo 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente e na Carta dos Direitos da Criança no Esporte.
O artigo 227 da Constituição Federal do Brasil diz na sua integra: É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de coloca-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. (BRASIL, 1988, s/p). Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. (BRASIL, 1990, s/p).
	Vários projetos sociais são realizados pelo país e para o autor Ortega (2012) acontece pelas seguintes informações:
Desde a década de 1990, observa-se o aumento da quantidade de projetos sociais esportivos. A Lei de Incentivo ao Esporte, criada pelo Governo Federal em 2006, é um mecanismo legal que tende a facilitar a criação e manutenção destas instituições, por meio de incentivos para empresas que financiarem esses projetos. Contudo [...], é necessária uma postura crítica sobre estas parcerias entre o Estado, a iniciativa privada e o terceiro setor. O direito ao esporte é constitucional, e deve-se analisar se ele está sendo realmente garantido por meio destas ações. Projetos Sociais Esportivos têm sua importância, mas não podem ser a única alternativa de práticas esportivas para a população.
Vários projetos sociais no Brasil, tais como o esporte na escola, hora do treinamento, esporte e lazer, da rua ao campo, tem em comum uma realidade natural, todos esses projetos desempenham com dificuldades suas atividades uma vez que trabalham com uma série de fatores divergentes da integração social, muitas vezes se fazendo do uso de profissionais como, por exemplo, o psicólogo e professor de educação física, bem como o assistente social, esses profissionais buscam trabalham em conjunto para gerar uma ótima reabilitação de cada indivíduo, trabalhando de forma individual, pois cada colaborar destes projetos sabem que cada aluno que chega traz uma “bagagem” muitas vezes não agradáveis e que prejudica a inclusão por se tratar de traumas psicológicos, muitos não acreditam no amor ao próximo e se recusam a participar, com medo de se magoarem e serem rejeitados novamente. Pessoa (2007). 
Um projeto social esportivo não deve ter como único foco a formação de atletas, mas sim, as prioridades devem se basear na formação social de seus integrantes, pois se o projeto ter como foco a dimensão motora, muitos não irão se classificar nos requisitos e isso poderia gerar a exclusão dentro do próprio projeto. Mas como afirma o autor Ortega (2012), a percepção das aptidões é fundamental pois muitas das vezes é difícil detectar esse fator, mas é evidente que quando o profissional se dedica entendercada aluno dos projetos sociais, isso não se torna mais empecilho ocorrendo a inclusão social através do esporte.
Tais projetos vêm apresentando excelentes resultados, uma vez que se observam nas crianças e adolescentes agraciados, (Oliveira e Perim, 2008, p13) afirmam que tal fato pode ser percebido através das mudanças observadas nas crianças. Entre os objetivos, faz-se importante o desenvolvimento do senso de respeito pelas outras pessoas, além de estimular a pratica de esportes e o contato com a natureza, a criatividade, a coordenação motora, o desenvolvimento da personalidade, do sendo crítico e da autonomia; oferecendo destaque especial para a formação do indivíduo enquanto cidadão, e possibilitando atividades que desenvolvam seus aspectos físicos, emocionais e socioeducativos. 
Uma educação física escolar comprometida com a questão social da educação se dá através de atividades específicas que possibilitam ao aluno a tomada de consciência de seu corpo nas diversas dimensões: culturais, sociais, políticas e biopscicológicas. (OLIVEIRA e PERIM, 2008, p.14).
Matsudo, Matsudo e Barros Neto (2003) enfatiza que a idade pode também ser um fator determinante para o aparecimento de dificuldades de aprendizagem, bem como melhoria na condição funcional orgânica, o autor traz a ideia de que quanto mais cedo inicia-se uma atividade física direcionada maior a probabilidade de o indivíduo desenvolver parâmetros psicossociais e orgânicas melhores.
Sanches (2010), para o autor, umas das dificuldades no processo de inclusão social, é a participação ativa do professor de educação física, pois as práticas escolares são primordiais para efetivar a inclusão e, quando a escola se depara com casos de exclusão social deve-se trabalhar desde o projeto político pedagógico, para que ocorra a contribuição de todo o corpo docente na reintegração do aluno, é importante destacar que a partir do momento que se começa transformar realidades de indivíduos antes distintos de atividades sociais, todas as pessoas que o cercam percebem a diferença, automaticamente o modo de ver e pensar da sociedade vai sendo trabalhado para que haja a verdadeira e efetiva igualdade social.
5. MATERIAIS E MÉTODOS
A natureza desse estudo é realizada em uma perspectiva de cunho qualitativo, com a tradução de dados disponibilizados ao longo de entrevistas, procurando analisar o objeto em questão, descrevendo, além da objetividade material, mas subjetividades intrínsecas às relações da conjuntura em questão, encontradas durante todos os processos da pesquisa. Dessa maneira, conforme expressa Minayo (2001):
A pesquisa qualitativa responde a questões muito particulares. Ela se preocupa, nas ciências sociais, com um nível de realidade que não pode ser quantificado, ou seja, ela trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis. (MINAYO, 2001, pp.21-22)
Tendo em vista que a pesquisa qualitativa responde às particularidades das questões enfrentadas pela pesquisa social, sendo ela um instrumento que compreende o objeto estudado, empregando valor às subjetividades e às peculiaridades do objeto pesquisado. Observando que o propósito da pesquisa é conhecer o objeto de modo a apresenta-lo de forma clara e sucinta. Dessa maneira, conforme expressa o autor Minayo (2001):
[...] podemos observar que o ser humano se distingue não só por agir, mas por pensar sobre o que faz e por interpretar suas ações dentro e a partir da realidade vivida e partilhada com seus semelhantes, pois o objeto da pesquisa qualitativa dificilmente pode ser traduzido em números e indicadores quantitativos.
Os sujeitos desta pesquisa não poderiam ser melhores analisados em outro método, visto que quando se pesquisa ciências sociais, a interpretação dos dados do material teórico e dos sujeitos, não seriam tão bem compreendidos se não fosse permitido considerar suas subjetividades, muitas vezes invisíveis a “olho nu”. O objeto deve ser explorado de movo que sua análise seja realizada de maneira aprofundada, segundo Minayo (2001):
[...] compreender e explicar a dinâmica das relações sociais que, por sua vez são depositarias de crenças, valores, atitudes e hábitos. Trabalham com a vivencia, com a experiência, com a cotidianidade[sic] e também com a compreensão das estruturas e instituições como resultados da ação humana objetivada. Ou seja, desse ponto de vista, a linguagem, as práticas e as coisas são inseparáveis. (MINAYO, 2007, p24).
Todo processo de investigação que viabilizará o resultado desse estudo qualitativo esteve respaldado pela pesquisa bibliográfica. Iniciada a partir da coleta de dados, como primórdio para conhecer, satisfatoriamente, o assunto pelo qual a pesquisadora tem interesse, procurando identificar, particularizar e demarcar assuntos com a mesma problemática, tendo como origem livros, artigos científicos ou páginas na internet. Dessa maneira, familiarizar com os mecanismos em que buscamos informações, sendo cautelosa para simplesmente não acumular materiais e sim analisar detalhadamente, conforme Gil (2002):
A pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Embora em quase todos os estudos seja exigido algum tipo de trabalho dessa natureza, há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas. Boa parte dos estudos exploratórios pode ser definida como pesquisas bibliográficas. As pesquisas sobre ideologias, bem como aquelas que se propõem à análise das diversas posições acerca de um problema, também costumam ser desenvolvidas quase exclusivamente mediante fontes bibliográficas. (GIL, 2002, p.44)
À vista disso, foi realizada uma pesquisa na área da educação física, que produz muito a respeito, e assim, foram encontrados alguns autores que foram de extrema relevância para a construção do trabalho e que darão base para fundamentar as categorias abordadas no estudo, Manoel Tubino (2011) foi um dos autores principais, e que proporcionou a aproximação com a área pesquisada, em especifico, este é um dos autores que se refere ao esporte em seus mais variados âmbitos. 
O interesse pela dimensão social do esporte surgiu do livro de Tubino (2011), que trata a historicidade do esporte e o modo como surgiu, não só para satisfazer as finalidades físicas e corporais, mas para plantar ideais de bem-estar social pelo Estado. Voltando para o lado da sociologia, encontra-se algo bastante novo, que é a sociologia do esporte, pautada por Lovisolo (2011), no que diz respeito ao esporte, esclarecendo a importância de entendê-lo além da perspectiva biológica, enfatizando seus valores sociais.
APÊNDICE 1 – Roteiro de entrevista com alunos
Pesquisa de campo.
I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO 
 
NOME: 
IDADE: 
SÉRIE: 
ESCOLA:
BAIRRO ONDE MORA: 
II PERGUNTAS ESPECÍFICAS:
1 – Você se socializa bem com os seus amigos de projeto?
2 – Durante as aulas, você se preocupa em ajudar seus colegas que tem dificuldade em executar as atividades?
3 – O projeto tem transformado a sua vida de alguma maneira?
4 – Depois que você entrou para o projeto e começou a praticar as atividades esportivas, verificou alguma mudança na sua maneira de tratar os seus colegas, professores e as pessoas da sua família?
5 – O que você mais gosta de fazer aqui no projeto AABB?
APENDICE 2 – ROTEIRO DE ENTREVISTA COM OS PROFISSIONAIS
Pesquisa de campo.
I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO 
 
NOME: 
IDADE: 
EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL: 
PROJETO: 
DATA DE ADMISSÃO NA INSTITUIÇÃO: 
II PERGUNTAS ESPECÍFICAS:
1 – Qual a utilidade do projeto AABB para a sociedade?
2 – Quais os pontos fortes e fracos das atividades do dia a dia do projeto?
3 – Como o projeto sócio esportivo pode fazer a diferença na vida dos jovens de classes menos favorecidas?
4 – Foi possível verificar alguma mudança no cotidiano do aluno que frequenta as aulasde esporte em relação ao trato com os colegas, professores e família?
5 – Em suas aulas, você procura desenvolver atividades inclusivas, para os alunos?
APÊNDICE 3 –
	
COMUNIDADE
	NÚMERO TOTAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES PARTICIPANTES
	NÚMERO TOTAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES ENTREVISTADAS
	NÚMERO TOTAL DE PAIS PARTICIPANTES
	1
	
	
	
	2
	
	
	
	3
	
	
	
	4
	
	
	
	5
	
	
	
APÊNDICE 4 –
	PERCENTUAL DE ALUNOS POR ANOS DE PRÁTICA
	ANOS DE PRÁTICA
	SUJEITOS
	%
	1-2
	
	
	2-3
	
	
	3-4
	
	
	4-5
	
	
	5-6
	
	
	TOTAL
	
	
	NÚMERO DE MATRICULADOS POR IDADE
	ANO
	2014
	2015
	2016
	2017
	2018
	2019
	TOTAL
	%
	IDADE
	
	
	
	
	
	
	
	
	5
	
	
	
	
	
	
	
	
	6
	
	
	
	
	
	
	
	
	7
	
	
	
	
	
	
	
	
	8
	
	
	
	
	
	
	
	
	9
	
	
	
	
	
	
	
	
	10
	
	
	
	
	
	
	
	
	TOTAL
	
	
	
	
	
	
	
	
APÊNDICE 5 –
APÊNDICE 6 – 
	NÚMERO DE MATRICULADOS POR SÉRIE
	ANO
	2014
	2015
	2016
	2017
	2018
	2019
	TOTAL
	%
	1º GRAU
	
	
	
	
	
	
	
	
	PRÉ
	
	
	
	
	
	
	
	
	1º ANO
	
	
	
	
	
	
	
	
	2º ANO
	
	
	
	
	
	
	
	
	3º ANO
	
	
	
	
	
	
	
	
	4º ANO
	
	
	
	
	
	
	
	
	5º ANO
	
	
	
	
	
	
	
	
	TOTAL
	
	
	
	
	
	
	
	
APÊNDICE 7 – 
	RELAÇÃO ENTRE IDADE E SÉRIE DOS ALUNOS
	IDADE
	%
	SÉRIE
	%
	5
	
	PRÉ
	
	6
	
	1º
	
	7
	
	2º
	
	8
	
	3º
	
	9
	
	4º
	
	10
	
	5º
	
	TOTAL
	
	
	
APÊNDICE 8 – ANÁLISE PREVISTA DE RESULTADOS:
1. Melhoria nas atitudes e nos comportamentos relacionados a gênero;
2. Redução de violência contra crianças e adolescentes; 
3. Queda no número de crianças e adolescentes reportando violência em suas relações afetivas ou de amizade;
4. Aumento do conhecimento sobre direitos de crianças e adolescentes;
5. Aumento do conhecimento sobre a importância da paternidade e igualdade de gênero entre pais/mães/responsáveis;
6. Aumento da consciência sobre a importância da inclusão de meninas em práticas esportivas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, Paulo Nunes de. Educação Lúdica: técnicas e jogos pedagógicos. São Paulo: Loyola, 1995.
ARROYO, Miguel Gonzales. O significado da infância. In: Simpósio Nacional de Educação Infantil. Brasília. 1994.
BRASIL. Diretrizes do Programa Segundo Tempo. Ministério do Esporte. República Federativa do Brasil. 2011.
BRASIL. Lei nº 8069, de 13 de julho de 1990. (1990). Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília, DF. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acesso em 23 out 2018
BROUGÈRE, Gilles. Jogo e Educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
CORREIA, Marcos Miranda. Projetos Sociais em Educação Física, Esporte e Lazer: Reflexões e considerações para uma gestão socialmente comprometida. Revista Eletrônica da Escola de Educação Física e Desportos UFRJ, Rio de Janeiro, v. 4, n. 1, p.115-127, jun. 2008. Disponível em: <http://www.ufsj.edu.br/portal-repositorio/File/dcefs/Prof._Adalberto_Santos2/20projetos_sociais_em_ef_esporte_e_lazer14.pdf>. Acesso em: 25 março 2019.
CUNHA. Beatriz. Zacchi. A inclusão da criança em projetos sociais de educação pelo esporte, 2007. Disponível em: http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/123456789/39/monografia%20beatriz%20cunha.pdf?sequence=3/ >. Acesso em: 23 out. 2018.
FREIRE, Paulo. Educação com prática de liberdade. São Paulo: Paz e Terra, 1982.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas,2002.
GONTIJO, Daniela Tavares e MEDEIROS, Marcelo. Crianças e adolescentes em situação de rua: contribuições para a compreensão dos processos de vulnerabilidade e desfiliação social. Ciênc. Saúde coletiva [online]. 2009, vol.14, n.2, pp.467-475. ISSN 1413-8123. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S141381232009000200015. Acesso em 14 out 2018.
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