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CHECKLIST DE EXAME NEUROLÓGICO 2019_2 (2)

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1 
CHECKLIST DE EXAME NEUROLÓGICO 
 
Nervos cranianos (NCs) 
1. NC I, nervo olfatório 
• Verificar a perviedade nasal e o sentido do olfato em cada narina separadamente 
(usar dois odores diferentes) 
2. NC II, nervo óptico: 
• Acuidade visual (olho direito, olho esquerdo, os dois olhos) com correção, se 
necessário (usar tabela de Rosenbaum). 
• Acuidade visual para cores (olho direito, olho esquerdo, os dois olhos), usando 
cartões de cores vermelho, azul, amarelo e verde 
• Campo visual por confrontação (ficar de frente para o paciente e pedir que ele olhe 
em seus olhos. Colocar as mãos lateralmente às orelhas do paciente. Mover os 
dedos e aproximar uma mão por vez até o paciente conseguir visualizá-la. Repetir 
essa manobra nos quadrantes temporais superior e inferior. Se for encontrado um 
defeito, os campos nasais são avaliados – pedir para o paciente cobrir um olho por 
vez. Mover os dedos de uma das mãos do mesmo lado do olho coberto e mover a 
mão de uma orelha do paciente até a outra pela frente do rosto dele) 
• Fundoscopia, inspecionar o fundo de olho, bilateralmente (rever o procedimento 
sobre exame oftalmológico, se necessário) 
3. NC II, nervo óptico; NC III, nervo oculomotor: 
• Avaliar motricidade palpebral (pálpebra superior): aprrender o musculo frontal e 
solicitar que o paciente olho para frente, para cima e para baixo, observe a 
mobilidade da pálpebra superior 
• Avaliar dimensões, formato das pupilas e reações à luz (reflexo fotomotor direto, 
indireto ou consensual) 
• Avaliar acuidade visual – reação a objetos próximos ou convergência e 
acomodação (segurar um lápis a cerca de 10 cm do olho do paciente e pedir que 
ele olhe alternadamente para o lápis e para um ponto diretamente atrás do lápis) 
4. NC III, nervo oculomotor; NC IV, nervo troclear; NC VI, nervo abducente: 
• Avaliar movimentos extraoculares (testar os quadrantes temporais lateral, superior 
e inferior fazendo com um dedo da mão um H grande no ar e pedindo ao paciente 
para acompanhar o movimento com os olhos sem mover a cabeça. 
• Testar a convergência pedindo ao paciente para acompanhar o movimento da 
ponta do dedo do examinador até o nariz do paciente. Lembrar de orientar o 
paciente a manter a cabeça parada e mover apenas os olhos) 
5. NC V, nervo trigêmeo: 
• Avaliar músculos temporal e masseter (colocar os dedos das mãos sobre os 
músculos masseter e temporal e pedir ao paciente para apertar os dentes 
superiores contra os inferiores; observar a força de contração) 
• Avaliar sensibilidade geral da face: toque leve na testa, nas regiões malares e na 
mandíbula (pedir ao paciente para fechar os olhos e tocar aleatoriamente com um 
chumaço fino de algodão as áreas das três divisões do nervo – não arranhar) 
• Avaliar o reflexo corneano ou corneoplapebral (aproximar-se do paciente 
lateralmente, tocar delicadamente a córnea dele com um chumaço fino de algodão 
enquanto o paciente olha para cima e para o outro lado) 
6. NC VII, nervo facial: 
• Avaliar a mimica facial: solicitar que o paciente eleve as sobrancelhas, franzir a 
testa, fechar os olhos, mostrar os dentes, sorrir e inflar as bochechas (observar a 
face do paciente em repouso e durante a conversação, depois pedir ao paciente 
	
  
	
  
	
   2 
para fazer os movimentos mencionados. Pedir ao paciente para fechar bem os 
olhos de modo que o examinador não consiga abri-los) 
• Avaliar a sensibilidade gustativa dos 2/3 anteriores da língua: embeber cotonete 
com soluções diferentes, solicitar que o paciente feche os olhos e aplicar na borda 
lateral da língua as substancias, o paciente deverá reconhecer as substancias. 
Entre as aplicações, pedir que o paciente bocheche agua pura e despreze para 
limpar o sabor. 
7. NC VIII, nervo vestibulococlear: 
• Avaliar acuidade auditiva (esfregar os dedos ou sussurrar) 
• Prova de Rinne 
• Prova de Weber 
8. NC IX, nervo glossofaríngeo; NC X, nervo vagal: 
• Avaliar a fonação, características da voz, movimento do palato mole (escutar a voz 
do paciente e, depois, pedir que abra a boca e diga “ah” enquanto o examinador 
usa a lanterna para ver o movimento do palato mole e da faringe) 
• Avaliar o reflexo faríngeo ou do vômito (informar o paciente o que será feito, depois 
tocar delicadamente a parte posterior da cavidade oral com o abaixador de língua. 
Lembrar que alguns pacientes são muito sensíveis a esse estímulo) 
9. NC XI, nervo acessório: 
• Avaliar a motricidade dos músculos do ombro e pescoço, solicitar encolher os 
ombros e girar a cabeça (colocar as mãos nos ombros do paciente e solicitar que o 
paciente encolha os ombros; a seguir, colocar a mão na bochecha do paciente e 
pedir que vire a cabeça e empurre a mão. Usar resistência leve) 
10. NC XII, nervo hipoglosso: 
• Avaliar motricidade da língua, observar fasciculações, simetria, desvio, movimento 
e força da língua (escutar a fala do paciente; inspecionar a língua na cavidade oral 
e, depois, projetada para fora da boca. Solicitar ao paciente para mover a língua da 
direita para a esquerda. Se houver dúvidas, pedir ao paciente para empurrar com a 
língua a parte interna das bochechas e palpar externamente para determinar a 
força) 
 
PROVAS DE IRRITAÇÃO MENÍNGEA E ESTIRAMENTO DE RAIZ NERVOSA 
1. RIGIDEZ DE NUCA 
Semiotécnica: 
• Paciente em decúbito dorsal 
• Examinador a direita do paciente coloca uma mão na região occipital do paciente e, 
suavemente, tenta fletir a cabeça do mesmo. Caso o movimento seja fácil e amplo, não há 
rigidez de nuca, a nuca é livre. 
A prova é positiva se houver resistência, defesa ou simplesmente rigidez da nuca, situação 
frequentemente encontrada na meningite ou hemorragia subaracnóidea. 
 
2. PROVA DE BRUDZINSKI 
Semiotécnica: 
• Paciente em decúbito dorsal com membros estendidos 
• Examinador a direita do paciente com uma das mãos sobre o tórax e, com outra, colocada 
na região occipital do paciente, executa flexão forcada da cabeça. 
A prova é positiva quando o paciente flete os membros inferiores (flexão dos quadris e joelhos) e 
fácies de dor. 
 
3. PROVA LASÈGUE 
Semiotécnica 
• Paciente em decúbito dorsal com membro inferiores estendidos 
	
  
	
  
	
   3 
• Examinador faz a elevação de um membro inferior estendido 
A prova é positiva quando o paciente refere dor na face posterior do membro examinado, logo no 
inicio da prova com cerca de 300 graus de elevação. 
 
4. PROVA DE KERNING 
Semiotécnica: 
• Paciente em decúbito dorsal com o membro inferior em flexão em angulo reto com a bacia 
e a perna sobre a coxa 
• Examinador realiza a extensão da perna 
A prova é positiva quando o paciente sente dor e tenta impedir o movimento 
 
5. MANOBRA DE KERNING 
Semiotécnica: 
• Paciente em decúbito dorsal com membros inferiores estendidos 
• Examinador faz a elevação de ambos os MMII ao mesmo tempo. 
A prova é positiva quando o paciente sente dor e ocorre a flexão dos joelhos. 
 
EQUILÍBRIO ESTÁTICO E DINÂMICO 
1. EQUILIBRIO ESTÁTICO (PROVA DE ROMBERG) 
Semiotécnica: 
• Paciente em posição vertical (ortostática, em pé) com os pés juntos, olhando para frente 
por 30 a 60 segundos. Solicitar que o paciente feche as pálpebras durante 30 a 60 
segundos. 
• Examinador a direita observará ligeiras oscilações do corpo (ROMBERG NEGATIVO). 
A prova é positiva (ROMBERG POSITIVO) caso o paciente apresente oscilações do corpo, com 
desequilíbrio e forte tendência a queda. 
 
2. EQUILIBRIO ESTÁTICO (PROVA DE ROMBERG SENSIBILIZADO) 
Semiotécnica: 
• Paciente em posição vertical (ortostática, em pé) com um pé a frente do outro, o calcanhar 
encostando no hálux, olhando para frente por 30 a 60 segundos. Solicitar que o paciente 
feche as pálpebras durante 30 a 60 segundos. 
• Examinador a direita observará ligeiras oscilações do corpo (ROMBERG NEGATIVO). 
A prova é positiva (ROMBERG POSITIVO) caso o paciente apresente oscilações do corpo, com 
desequilíbrio e forte tendência a queda. 
 
A forte tendência a queda pode ser: 
! Para qualquer lado e imediatamente apósinterromper a visão, indicando lesão das vias da 
sensibilidade proprioceptiva consciente (tabes dorsalis, degeneração medular e 
polineuropatia periférica). 
! Sempre para o mesmo lado apos transcorrer pequeno período de latência, traduzindo 
lesão do aparelho vestibular (labirintopatias). 
 
Em lesões cerebelares, o paciente não consegue permanecer de pé (astasia) ou o faz com 
dificuldade (diastasia) alargando a base de sustentação pelo afastamento dos pés para 
compensar a falta de equilíbrio. Nesta situação o desequilíbrio não se modifica quando se 
interrompe o controle visual, portanto a prova de ROMBERG NEGATIVO. 
 
3. EQUILÍBRIO DINÂMICO OU MARCHA 
Inspeciona-se a maneira pela qual o paciente se locomove. A todo e qualquer distúrbio da marcha 
dá-se o nome de disbasia, a qual pode ser uni ou bilateral. A ausência da marcha denomina-se 
abasia e, a marcha normal ou atípica, denomina-se eubasia. 
Semiotécnica: 
	
  
	
  
	
   4 
• Pede-se que o paciente ande por 5 metros em linha reta: usualmente com olhos abertos; 
depois com os olhos fechados; e com os calcanhares na frente dos artelhos com olhos 
abertos e depois com olhos. 
• O examinador estará a direita observando para a pesquisa de disbasias. 
Os tipos de disbasias mais representativas são as seguintes: 
! Marcha helicópede, deifante ou hemiplégica; 
! Marcha anserina ou de pato; 
! Marcha parkinsoniana; 
! Marcha cerebelar ou de ébrio; 
! Marcha tabética; 
! Marcha de pequenos passos; 
! Marcha vestibular; 
! Marcha escarvante ou do soldado da prussia; 
! Marcha em tesoura ou espástica; 
! Marcha claudicante; 
! Marcha do idoso 
 
TONUS MUSCULAR 
Semiotécnica: 
• Inspeção: observar se há ou não achatamento das massas musculares de encontro ao 
leito 
• Palpação: averigua – se o grau de consistência muscular, que está aumentada nas lesões 
centrais e diminuída nas periféricas. 
• Movimentos passivos: movimentação normal de flexão e extensão nos membros. 
o Passividade: se há passividade aquém do normal (tônus diminuído) e se há 
resistência (tônus aumentado) 
o Extensibilidade: se há ou não exagero no grau de extensibilidade da fibra muscular. 
Alterações do tônus muscular: 
• HIPOTONIA (achatamento das massas musculares no plano do leito, consistência 
muscular diminuída, passividade aumentada, extensibilidade aumentada, prova do balanço 
com exageradas oscilações) 
• HIPERTONIA (consistência muscular e extensibilidade aumentadas, passividade 
diminuída, prova do balanço com reduzidas oscilações) 
o HIPERTONIA PIRAMIDAL (ESPASTICIDADE): eletiva com predomínio dos 
extensores dos MMII e flexores dos MMSS, elástica, sinal do canivete 
o HIPERTONIA EXTRAPIRAMIDAL (RIGIDEZ): não eletiva acomete globalmente a 
musculatura agonista, sinergista e antagonista, plástica, sinal da roda denteada 
• MIOTONIA: é o relaxamento alentecido após contração muscular. 
o Semiotécnica: 
o Solicita-se que o paciente cerre o punho e abra a mão rapidamente, se houver 
fenômeno miotônico a mão se abrirá lentamente. 
• DISTONIA: é a contração simultânea da musculatura agonista e antagonista, o que pode 
ocasionar posturas anômalas intermitentes ou persistentes. Ex. torcicolo espasmódico. 
• PARATONIA: o paciente aparentemente se opõe à tentativa do examinador em 
movimentar o membro. Ex. lesões frontais bilaterais. 
 
FORÇA MUSCULAR 
Semiotécnica: 
• Paciente sentado ou em decúbito dorsal executa movimentos de motricidade espontânea 
(abrir e fechar as mãos, estender e fletir o antebraço, abduzir e elevar o braço, fletir a 
coxa, fletir e estender a perna e o pé). 
o Segmento cefálico – Flexão, extensão, flexão lateral e rotação do pescoço 
o Segmento braquial – abdução e adução do ombro, flexão e extensão do 
antebraço, flexão e extensão do punho, preensão palmar e abdução dos dedos 
Segmento crural – flexão e extensão da coxa, da perna, do pé e do hálux 
	
  
	
  
	
   5 
• Examinador aplica oposição ao movimento do paciente. Quando observa-se discreta ou 
duvidosa deficiência motora dos membros realizam-se as denominadas “provas 
deficitárias”. 
 
O resultado do exame da força pode ser registrado de duas maneiras: 
Literalmente em que se anota a graduação e a sede (topografia): força normal, ou força 
discretamente diminuída, ou força moderadamente diminuída, ou força muito reduzida ou força 
abolida. 
 
PROVAS DEFICITÁRIAS 
1. PROVA DOS BRAÇOS ESTENDIDOS (MMSS) 
Semiotécnica: 
Paciente de olhos fechados estende os braços para frente e assim os mantêm por cerca de 30 a 
60 segundos. O membro parético, devido principalmente à fraqueza proximal, derreará aos 
poucos. Na mesma posição, mas com as palmas voltadas para cima, observe o sinal da pronação 
no segmento parético (sinal de Barré). 
 
2. MANOBRA DE RAIMISTE (MMSS) 
Semioténica: 
Paciente em decúbito dorsal braços apoiados no leito, antebraços fletidos a 90°. Palmas voltadas 
uma para outra sem se encostarem. Manter-se assim por cerca de 30 a 60 segundos. Devido 
fraqueza de predomínio distal, do lado parético ocorrerá gradual derreamento; primeiro dos dedos, 
seguido pela mão e antebraço. 
 
3. SINAL DA PRONAÇÃO (MMSS) 
Semiotécnica: 
Paciente de pé ou sentado, com os olhos fechados e braços estendidos para frente com as 
palmas voltadas para cima. Observe se consegue manter a posição por pelo menos 30 a 60 
segundos. O teste é positivo quando houver pronação da mão, podendo haver concomitante 
flexão do cotovelo e abaixamento do membro no lado afetado 
 
4. PROVA DE MINGAZZINI (MMII) 
Semiotécnica: 
Paciente em decúbito dorsal, olhos fechados e com as pernas em posição 90/90 (posição 
ginecológica). Manter-se assim por cerca de 30 a 60 segundos. Ocorrerá derreamento gradual da 
perna parética. 
 
5. PROVA DE BARRÉ (MMII) 
Semiotécnica: 
Paciente em decúbito ventral com as pernas flexionadas a 45°, manter-se assim por cerca de 30 a 
60 segundos. Ocorrerá derreamento da perna parética. 
 
6. PROVA DA QUEDA DO MEMBRO INFERIOR EM ABDUÇÃO (SINAL DO OBTURADOR) 
Semiotécnica: 
Paciente em decúbito dorsal, sustentamos suas pernas fletidas sobre as coxas, estando estas em 
ângulo reto com tronco, mantendo-se seus joelhos unidos e com apoio plantar bilateral sobre o 
leito. Após soltarmos os joelhos, em caso de déficit motor, um dos membros cai em abdução, 
podendo ser de maneira progressiva ou imediata, na dependência do grau de fraqueza. 
 
REFLEXOS SUPERFICIAIS (EXTEROCEPTIVOS) E PROFUNDOS (MIOTÁTICOS) 
1. REFLEXO CUTANEOPLANTAR 
Semiotécnica: 
• Paciente em decúbito dorsal, com o MMII estendidos 
• Examinador estimula superficialmente a região plantar, próxima à borda e no sentido 
posteroanterior (calcanhar para o hálux), fazendo um leve semicírculo na parte mais 
anterior. 
	
  
	
  
	
   6 
A resposta normal é a flexão dos dedos. A inversão da resposta, extensão do hálux com abertura 
dos demais dedos em forma de leque, constitui o sinal de Babinski. 
• Sinal de Babinski: é fisiológico até 1 ano de idade. Quando presente indica lesão do trato 
corticospinal, significa lesão piramidal. 
Os sucedâneos de Babinski: são pesquisados em outras topografia, mas apresentam o mesmo 
significado. 
• Sinal de Hoffmann: apertar a ponta da unha e verificar flexão discreta dos dedos. 
• Sinal de Chadock: atrito de região inframaleolar externa; 
• Sinal de Schaefer: compressão do tendão de aquiles 
• Sinal de Gordon: compressão da panturrilha 
• Sinal de Austregésilo – Esposel: compressão da face anterior da coxa 
• Sinal de Oppenheim: atrito sobre a crista da tíbia. 
 
SINAL DE DE HOFFMANN 
O examinador sustenta a falange média do paciente entre o seu segundo e terceiro dedos e, 
estimula bruscamente a unha deste dedo com a unha do seu polegar. O movimento deve ser 
exercido deslizando o polegar sobre a unha do terceiro dedo do paciente de forma rápida, de 
modo que, ao final deste, haja uma súbita liberação da falange distal do paciente que escapa para 
sua posição inicial. A resposta positiva consiste na flexão da falange distal dos demais dedos. O 
sinal em questãodeve ser considerado muito mais como indicativo de hiper-reflexia do que 
propriamente disfunção da via piramidal. 
 
2. REFLEXOS CUTANEOABDOMINAL 
Semiotécnica: 
• Paciente em decúbito dorsal, mantendo a parede abdominal em completo relaxamento. 
• Examinador estimula o abdome no sentido da linha mediana em três níveis (superior, 
médio e inferior) 
Resposta normal é a contração dos músculos abdominais que determina leve deslocamento da 
cicatriz umbilical para o lado estimulado. Está abolido na síndrome piramidal 
 
3. REFLEXO CREMASTÉRICO 
• Paciente em decúbito dorsal ou em posição ortostática 
• Examinador aplicar o estímulo (atrito) proximal e ao longo da face interna das coxas 
provoca a contração do músculo cremaster homolateral com elevação do testículo. 
Na mulher, o músculo cremaster inexiste e a resposta é observada pela contração dos grandes 
lábios (reflexo de Geigel). 
 
REFLEXOS PROFUNDOS OU MIOTÁTICOS FÁSICOS OU CLÔNICOS 
Semiotécnica: 
• Paciente sentado em completo relaxamento. 
• Examinador realiza a percussão com o martelo de reflexos do tendão do músculo a ser 
examinado 
 
	
  
	
  
	
   7 
 
 
1. REFLEXO BICIPITAL 
Semiotécnica: 
• Paciente sentado com o braço relaxado, discretamente abduzido, com o antebraço a meio 
caminho entre a flexão e a extensão e levemente pronado. Está posição é mais facilmente 
obtida quando o cotovelo do paciente repousa sobre a mão do examinador. 
• Examinador coloca a falange distal do polegar sobre o tendão do músculo bíceps e o 
percute, em resposta ao estímulo, observa-se a flexão do antebraço com discreta 
supinação. 
 
2. REFLEXO TRICIPITAL 
Semiotécnica: 
• Paciente sentado com o braço colocado ao meio caminho entre flexão e extensão, 
sustentado pelo examinador ou repousado nas coxas, 
• Examinador percute o tendão do músculo tríceps, logo acima do olécrano, a resposta 
adequada é a extensão do antebraço. 
 
3. REFLEXO FLEXORES DOS DEDOS DAS MÃOS 
Semiotécnica: 
• Paciente sentado com o braço relaxado, discretamente abduzido, com o antebraço a meio 
caminho entre a flexão e a extensão e a mão pronada. 
• Examinador percute a face palmar, em resposta ao estímulo, observa-se a flexão dos 
dedos da mão. 
 
4. REFLEXO SUPINADOR 
Semiotécnica: 
• Paciente sentado com o antebraço em semiflexão e leve pronação, 
• O Examinador percute o processo estiloide do radio ou um pouco acima, na extensão dos 
tendões, e em resposta ao estímulo observa a flexão do antebraço e, as vezes ligeira 
pronação e flexão dos dedos. 
 
5. REFLEXO PRONADOR 
Semiotécnica: 
• Paciente sentado com o antebraço em semiflexão e leve rotação interna, 
• O Examinador percute o processo estiloide da ulna, na extensão dos tendões, e em 
resposta ao estímulo observa a pronação da mão e antebraço. 
 
6. REFLEXO PATELAR 
	
  
	
  
	
   8 
Semiotécnica: 
• Paciente Sentado com a articulação do joelho fletida (de 102 a 150 graus). Caso o 
paciente esteja sentado, pode tanto cruzar uma perna sobre a outra como colocar os pés 
bem apoiados no solo. 
• Paciente em decúbito dorsal utilize a mão esquerda como alavanca, sob o joelho a ser 
examinado apoiando-a sobre a outra coxa do paciente. 
• O examinador percute do tendão do quadríceps causa a extensão da perna devido a 
contração de músculo quadríceps femoral, em resposta ao estímulo, observa-se a 
extensão da perna. 
 
7. REFLEXO AQUILEU 
Semiotécnica: 
• Paciente sentado numa cadeira ou na beira do leito com o pé colocado de joelhos em 
angulo reto. 
• Paciente em decúbito dorsal, a perna do lado a ser examinado deve ser colocada por 
sobre a outra, com flexão do joelho e rotação externa do quadril exercendo-se também 
leve flexão dorsal do pé. 
• Paciente em decúbito ventral, deve-se elevar a perna mantendo-se num ângulo de 900 
tanto a perna sobre a coxa quanto o pé sobre a perna. 
o A melhor maneira para se obter este reflexo, sempre será colocando-se o paciente 
de joelhos e com os pés pendentes em angulo reto. 
• Examinador deve percute o tendão de Aquiles e obtém a contração dos músculos gêmeos 
e sóleo, em resposta ao estímulo, observa-se a flexão do pé. 
 
COORDENAÇÃO MOTORA 
1. PROVA INDICADOR – NARIZ 
Semiotécnica: 
Paciente em pé ou sentado com o membro superior estendido lateralmente, o paciente é 
solicitado a tocar a ponta do nariz com o indicador, repete-se a prova algumas vezes, primeiro 
com os olhos abertos e depois com os olhos fechados. 
 
2. PROVA CALCANHAR JOELHO 
Semiotécnica: 
Paciente em decúbito dorsal, o paciente é solicitado a tocar o joelho com o calcanhar do membro 
a ser examinado. A prova deve ser realizada várias vezes, de inicio com os olhos abertos, depois 
com os olhos fechados. 
 
3. PROVA CALCANHAR JOELHO SENSIBILIZADO 
Semiotécnica: 
Paciente em decúbito dorsal, o paciente é solicitado que o paciente deslize o calcanhar pela crista 
tíbial após tocar o joelho do membro a ser examinado. A prova deve ser realizada várias vezes, 
de inicio com os olhos abertos, depois com os olhos fechados. 
• Eumetria quando o paciente executa de forma correta o movimento. 
• Dismetria (distúrbio na medida do movimento) quando o paciente não consegue alcançar 
com precisão o alvo, errando para mais (hipermetria) ou para menos (hipometria). 
• Dissinergia o ato é decomposto e executado de maneira espasmódica e errática e 
desorganizada. 
• Decomposição do movimento separa o movimento em fases, fazendo com que o mesmo 
se torne interrompido e não contínuo 
 
4. PROVA DOS MOVIMENTOS ALTERNADOS PARA MEMBROS SUPERIORES 
Semiotécnica: 
Paciente sentado determina-se que o paciente realize movimentos rápidos e alternados, tais como 
abrir e fechar as mãos, movimento de supinação e pronação. 
 
	
  
	
  
	
   9 
5. PROVA DOS MOVIMENTOS ALTERNADOS PARA MEMBROS INFERIORES 
Semiotécnica: 
Paciente em decúbito dorsal determina-se que o paciente realize movimentos rápidos e 
alternados, tais como extensão e flexão dos pés. 
• Eudiadococinesia é a capacidade de realizar os movimentos alternados corretamente. 
• Disdiadococinesia quando o paciente tem dificuldade de executar os movimentos. 
• Adiadococinesia quando o paciente tem incapacidade de realizar os movimentos. 
 
6. MANOBRA DO REBOTE (MANOBRA DO RECHAÇO OU MANOBRA DE STEWART 
HOLMES). 
Semiotécnica: 
Solicita-se ao paciente que gire a cabeça para o lado oposto e realize com toda força possível, e 
contra a resistência do examinador, a flexão do antebraço sobre o braço. Em determinado 
momento solta-se o antebraço subitamente. Num indivíduo normal, entraria em ação 
imediatamente a contração antagonista do tríceps para frear o deslocamento da mão que 
rapidamente se dirige para golpear o ombro. Porém, nos pacientes cerebelares, esta contração 
pronta não aparece e sua mão choca-se de encontro ao ombro. 
 
SENSIBILIDADE SUPERFICIAL E PROFUNDA 
Na prática clínica a classificação de Sherrington é a mais empregada. Esse autor dividiu as 
sensações de acordo com a localização das terminações, e tipos de estímulos que medeiam. 
• Sensibilidade exteroceptiva, que diz ao organismo o que está ocorrendo no meio 
ambiente. 
• Sensibilidade proprioceptiva, nos fornecendo informações a respeito da tensão nos 
músculos e tendões, ou a cerca da posição das articulações ou a respeito da força 
muscular. 
• Sensibilidade interoceptiva (visceroceptores) que nos transmitem eventos ocorridos no 
interior do organismo. 
 
Semiotécnica: 
• O ambiente deve ser adequado (silencioso e com temperatura agradável), o paciente 
deverá estar de olhos fechados e despido (sempre respeitando o pudor) durante o exame. 
• O examinador deverá perguntar se o paciente está sentido alguma coisa? O quê? Em que 
parte do corpo? E deve testar áreas homólogas e em vários locais do mesmo segmento. 
 
SENSIBILIDADE SUPERFICIAL 
1. TÁTIL 
Semiotécnica: 
• A sensibilidade tátil geral pode ser aferida por meio de toque leve, utilizando-se um pincel 
de pelos fino, um chumaço de algodão, uma tira de papel ou a polpa digital. 
• Pesquisar tatoleve em todo o corpo e a percepção álgica distalmente (explicar as etapas e 
as respostas esperadas. Tocar delicadamente com o chumaço de algodão e não esfregar 
na pele do paciente. A seguir, pedir ao paciente para fechar os olhos e tocá-lo com a ponta 
de um swab quebrado). 
• Variar o ritmo da avaliação de modo que o paciente não consiga antecipar os movimentos 
(os estímulos devem rotineiramente ser aplicados de leve, e as áreas devem ser testadas 
de modo aleatório, não segundo um padrão previsível) 
• Comparar simetria nos dois lados do corpo (a avaliação básica deve testar as principais 
subdivisões funcionais do sistema sensitivo. Padrão sugerido: ombros [C 4], faces interna 
e externa dos antebraços [C 6/T 1], polegares e quartos dedos da mão [C 6/C 8], as duas 
coxas [L 2], faces medial e lateral das panturrilhas [L 4/L 5], quintos dedos dos pés [S 1]). 
 
2. TÉRMICA 
Semiotécnica: 
	
  
	
  
	
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• A sensibilidade térmica é testada com tubos de ensaio (preferencialmente dos grandes), 
contendo água fria (50 – 100C) e água aquecida (400 – 450C); não precisa ser feito se a 
sensibilidade álgica for normal). 
 
3. DOLOROSA 
Semiotécnica: 
• O exame da sensibilidade dolorosa se faz com a ponta de uma agulha descartável ou com 
a ponta de um palito de madeira. 
• Quando se compara o toque de uma ponta fina ao toque de uma ponta romba, não está 
aferindo-se a sensibilidade dolorosa e sim a capacidade de distinção tátil. 
 
SENSIBILIDADE PROFUNDA 
1. VIBRATORIA (PALESTESIA) 
• Antes, deve-se informar ao paciente que preste atenção na vibração e não no toque ou no 
zumbido provocado pelo instrumento. 
• Percepção vibratória (o paciente fecha os olhos, o examinador põe o diapasão oscilando a 
128 Hz para vibrar e encosta-o na articulação interfalângica [IF] distal de um dedo da mão 
e na articulação IF do hálux. Pedir ao paciente para dizer quando o diapasão deixa de 
vibrar) 
• Palestesia é a capacidade de perceber o estimulo vibratório 
 
2. CINÉTICA POSTURAL ou ARTRESTESIA (BATIESTESIA) 
• No exame da noção de posição segmentar, os olhos estão fechados e os dedos – 
completamente relaxados – devem ser sustentados lateralmente com a menor pressão 
possível e, assim, passivelmente mobilizados de maneira lenta e cautelosa 
• Propriocepção: posição (segurar o hálux do paciente pelas laterais; mover então o dedo 
para cima e para baixo várias vezes, depois fazer uma pausa e pedir ao paciente para 
identificar a posição. Se houver anormalidade, repetir o teste em localização mais 
proximal) 
• Batiestesia é o senso do movimento articular 
 
3. PRESSÃO (BARESTESIA) 
• O exame é realizado através da pressão firme exercida pelos dedos do examinador em 
porções do corpo do examinado. 
• O estesiometro de pressão de Head, eventualmente utilizado, presta-se para avaliar 
quantitativamente a pressão exercida. 
• Tem valor semiótico, o exame comparativo, exercendo pressões distintas (manual) e 
simultâneas em diferentes partes do corpo, e perguntando: “onde estou apertando mais?” 
Barestesia se refere à sensação de pressão ou peso. 
 
4. DISTÂNCIA ENTRE DOIS PONTOS 
Semioténica: 
• Paciente com olhos fechados sentado ou deitado em decúbito dorsal 
• Examinador utiliza um compasso (compasso de Weber), ou estesiômetro calibrado em 
dois pontos. Inicia-se o exame estimulando-se a pele com pontos relativamente distantes. 
Estímulos únicos ou duplos (dois pontos simultâneos) devem ser realizados 
irregularmente, e solicita-se ao paciente que responda “um” ou “dois” quando perceber 
uma ou duas pontas. A distância entre os pontos vai sendo gradativamente reduzida até 
que o paciente cometa erros. 
É sensibilidade tátil epicrítica. A discriminação espacial entre dois pontos caracteriza-se pela 
habilidade de reconhecer estímulos cutâneos simultâneos. 
• Localização pontual (o corpo do paciente é tocado enquanto ele mantém os olhos 
fechados; o paciente abre os olhos e aponta o local tocado) 
• Extinção (tocar ao mesmo tempo áreas correspondentes no corpo e perguntar ao paciente 
onde ele sentiu o contato) 
	
  
	
  
	
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SENSIBILIDADE COMBINADA 
1. GRAFOESTESIA 
Semiotécnica: 
• Paciente com os olhos fechados 
• Examinador descreve letras ou números escritos (com a ponta de um lápis ou objeto fino 
de ponta romba), sobre a pele, nas polpas digitais,nos antebraços e pernas. 
Teste relacionado com habilidade das percepções tátil, distinção e localização cutânea em 
reconhecer letras ou números escritos sobre a pele. A perda desta sensação (grafoanestesia ou 
agrafoestesia), na presença da sensibilidade periférica preservada implica na possibilidade de 
lesão cortical. 
 
2. ESTEREOGNOSIA 
Semiotécnica: 
• Solicita-se ao paciente que de olhos fechados reconheça diversos tipos de objetos com 
tamanho, formas e consistências diferentes, pela palpação. 
• Trata-se da capacidade em reconhecer o tamanho e a forma dos objetos pela palpação. A 
dificuldade (demorar muito tempo), e incapacidade no reconhecimento do objeto se 
denominam disestereognosia ou astereognosia respectivamente. Tais alterações possuem 
como substrato lesões do córtex parietal. Mão astereognóstica é praticamente inútil, 
mesmo que recupere sua capacidade motora. A estereognosia só pode ser considerada 
como sinal independente (primária), quando não existe nenhum defeito motor que impeça 
a manipulação do objeto a ser examinado. 
 
SENSIBILIDADE INTEROCEPTIVA 
A sensação interoceptiva é aquela proveniente dos órgãos internos 
 
 
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
http://neurobarra.com.br/files/O%20%20exme%20neurologico%20Tratado%20de%20Neurologia%
20da%20ABN-2013.pdf 
 
Exame Físico: Porto & Porto/ [editor] Celmo Celeno Porto; coeditor Arnaldo Lemos Porto – 8ª Ed. 
– Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. Il.

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