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[MODELO] Reintegração de Posse

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Excelentíssimo Juízo da Vara Cível da Comarca de Ponta Grossa, Estado do Paraná
AUTOR, brasileira, solteira, administradora, inscrito no CPF sob o nº 099021799-08, RG
nº 12.851.569-0, residente e domiciliado na Rua Coronel Dulcídio, 1602, Centro, Ponta Grossa -
PR, vem, respeitosamente, por sua advogada que esta subscreve, propor a presente
AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE
com fulcro nos artigos 554 e seguintes do Novo Código de Processo Civil, em face de Yasmini de
Oliveira Bankersen, brasileira, solteira, advogada, portadora da carteira de identidade nº
11.457.569-5 e do CPF nº 285.899.479-04, residente e domiciliada na Av. Balduíno Taques, 149,
Centro, Ponta Grossa - PR, pelos fatos a seguir expostos.
DOS FATOS
De acordo com a cópia da certidão da matrícula anexa, o autor é proprietário e possuidor
indireto do imóvel localizado na Av. Balduíno Taques, 149, Centro, nesta Comarca. Nessa
qualidade, emprestou gratuitamente o imóvel ao réu, tendo, assim, celebrado contrato de
comodato por prazo indeterminado no dia 28/09/2019, conforme documento anexo. Cumpre
assinalar que nesse contrato ficou convencionado que:
“Na hipótese de o comodante necessitar do imóvel ora dado em comodato para qualquer
fim, o comodatário será previamente notificado dessa intenção, com prazo de 30 (trinta)
dias para desocupação do imóvel, obrigando-se o comodatário e seus familiares a restituir
o imóvel em perfeito estado de conservação, higiene e habitabilidade, inteiramente livre e
desembaraçado de pessoas e coisas em perfeito estado de conservação e uso, tal como está
recebendo, sob pena de responder por perdas e danos.”
O autor promoveu notificação do réu, em 15/11/2020, visando à rescisão do comodato,
assegurando ao comodatário o prazo de 30 (trinta) dias para desocupação voluntária, nos
termos do contrato. Apesar disso, e não obstante as insistentes tentativas do autor que, sem
sucesso, tentou amigavelmente fazer com que o réu restituísse o imóvel emprestado, a verdade é
que este permanece irredutível, negando-se a devolver a posse ao autor. Portanto, a partir do
prazo concedido a posse do réu passou a ser viciada, precária e não restou alternativa ao autor
senão ingressar com a presente ação.
DO DIREITO
Dispõe o artigo 1.210 do Código Civil, que o possuidor tem o direito à reintegração no
caso de esbulho, inclusive liminarmente, conforme disposto nos artigos 558 e 562 do Novo
Código de Processo Civil. Por outro lado, tratando-se de comodato, o artigo 582 do Código Civil
preceitua que “O comodatário constituído em mora, além de por ela responder, pagará, até
restituí-la, o aluguel da coisa que for arbitrado pelo comodante”.
O Novo Código de Processo Civil determina, no artigo 560, que o possuidor tem o direito
a ser reintegrado em caso de esbulho e, antes, defere, no artigo 555, I, a possibilidade de
cumulação do pedido possessório com indenização por perdas e danos. É sabido que é
necessário que haja comprovação, por parte do autor, dos requisitos constantes do artigo 561 do
Novo CPC. Certo é, Excelência, que o primeiro requisito para o aforamento de ação de
reintegração é a prova da posse, conforme dispõe o inciso I, do artigo 561, Novo Código de
Processo Civil.
Nesse sentido, resta inequivocamente provada a posse indireta do imóvel, pelo autor, em
virtude do contrato de comodato, além da própria certidão da matrícula do imóvel, vez que a
posse é a exteriorização do domínio. O autor cedeu a posse direta em face do contrato de
comodato, que agora busca recuperar. Os demais requisitos para a ação são o esbulho praticado
pelo réu e sua data, para que se fixe o prazo de ano e dia a ensejar o rito especial dos artigos 560
a 568 do Novo Código de Processo Civil, tudo nos termos do artigo 561, incisos II a IV, do mesmo
diploma legal.
Com efeito, o autor foi esbulhado da posse com abuso de confiança, pois no 15/11/2020,
o réu foi devidamente constituído em mora, com prazo de 30 (trinta) dias para desocupação do
imóvel e, não o fazendo, praticou esbulho, vez que sua posse, antes justa, passou a ser injusta
pelo vício da precariedade a partir do dia 16/12/2020.
Como visto, restou demonstrado os requisitos, estando a presente exordial devidamente
instruída, o autor faz jus a concessão liminar inaudita altera parte, da reintegração de posse
do imóvel supracitado, conforme prevê o artigo 562 do Novo CPC.
DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer:
a) seja concedida liminarmente a reintegração de posse do imóvel situado na Av.
Balduíno Taques, 149, Centro, Ponta Grossa - PR;
c) subsidiariamente, caso Vossa Excelência não conceda liminarmente, a procedência da
presente ação com a consequente expedição do mandado de reintegração da posse.
d) ao final julgar procedente a presente ação, tornando definitiva a reintegração de
posse.
Dá-se à causa o valor de alçada de R $10.000,00.
Ponta Grossa, 24 de Fevereiro de 2021.
Assinatura
OAB/PR _____.

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