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AGENESIA, HIPOTROFIA E HIPOPLASIA

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Patologia Veterinária I MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
A AGENESIA é a ausência de 
formação de um órgão ou parte dele. Ocorre 
na embriogênese quando o embrião está 
dividindo e formando os genes e ocorre no 
terço inicial da gestação. Por essa razão que 
nesse período não é permitido tomar certas 
medicações, fazer raio x, ter contato com 
substâncias radioativas, etc. Pode ser 
incompatível com a vida se o órgão for ímpar 
(cérebro, coração).  Aplasia também é a 
não formação do tecido, porém, nesse caso 
há uma estrutura rudimentar ou resquício do 
tecido, porém, não funcional. 
Se a agenesia não for compatível 
com a vida ela pode acarretar em aborto ou 
reabsorção fetal no inicio da gestação, se 
ocorrer mais tardiamente na gestação, pode 
ocorrer aborto com expulsão do feto. 
Grupos que causam a agenesia – 
agentes tóxicos como veneno, toxinas 
bacterianas, agentes químicos como 
anestésicos e formol, medicamentos como 
antibióticos (tetraciclina), agentes biológicos 
como causas principais os vírus e os agentes 
mutagênicos como o raio x e substâncias 
radioativas. 
ATRESIA: é a ausência ou 
fechamento de uma abertura natural. A mais 
comum é a atresia anal (ocorre mais em 
suínos, cão e gato). 
A HIPOPLASIA é o não 
desenvolvimento de um órgão ou parte dele 
até seu tamanho normal a partir da diminuição 
do número de células. Ocorre no período de 
crescimento pós natal em animais neonatos e 
no fetal, já em estágios tardios. As causas 
podem ser hereditárias por causas 
desconhecidas, pelo pastor alemão (hipoplasia 
pancreática) onde o pâncreas vai se 
formando e chega uma hora em que ele para 
e não continua, assim, o pâncreas fica 
hipoplásico, isso faz com que esse órgão 
tenha uma menor função (insuficiência 
pancreática exócrina) e assim apresentar 
uma deficiência na digestão, principalmente da 
gordura. Ainda pode ocorrer uma hipoplasia 
renal onde o rim vai crescendo e chega um 
momento em que ele para e fica menor 
(hipoplasia renal familiar). Além disso há 
também as causas biológicas como nas 
infecções virais (na prenhez, hipoplasia 
cerebelar, ataxia e incoordenações, 
destruição viral das camadas germinativas e 
inibição mitótica). Existem vários grupos de 
vírus que atacam várias espécies. 
Panleucopenia felina, língua azul (bovinos), 
diarreia viral bovina, influenza, cinomose 
(hipoplasia do esmalte dentário). 
Atrofia é a diminuição do tecido já 
crescido, a hipoplasia é o não crescimento do 
tecido ou órgão.  Os vírus levam a 
destruição das camadas germinativas e 
inibição mitótica. A função do órgão alvo da 
hipoplasia também será diminuída ou anulada. 
O vírus da cinomose pode causar uma 
hipoplasia de esmalte, então o dente do animal 
possui uma coloração amarela, marrom 
escuro em função da inibição da célula 
produtora de esmalte no dente. Esse animal 
fica com mais sensibilidade dentária e com 
mais probabilidade de ter problemas na 
arcada dentária.  Uma causa fisiológica da 
hipoplasia é a involução do timo. 
Os aspectos macroscópicos 
consistirão no órgão com tamanho reduzido, 
consistência firme, superfície lisa e cápsula 
Patologia Veterinária I MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
tensa. Os aspectos microscópicos consistem 
em número reduzido de células, embora as 
demais estruturas possam estar normais. 
A ATROFIA é o decréscimo do 
tamanho do órgão das células. É a involução do 
órgão ou estrutura. Ocorre após o 
crescimento normal dos órgãos. As células 
vão diminuindo o seu metabolismo e 
decrescendo o seu tamanho. 
Consequentemente, sua função também irá 
diminuir. A primeira causa da atrofia é o 
desuso com a inatividade ou limitação dos 
movimentos, imobilizações com gessos, talas 
ou fixadores, a segunda causa é a 
neurogênica onde também é por desuso, 
porém há uma lesão nervosa onde ocorre a 
perda da inervação por lesão de nervo 
periférico, central ou medular. (Animais 
paraplégicos). É classificada em endócrina 
onde ocorre perda devido a diminuição do 
metabolismo pela diminuição dos hormônios 
(perda da glândula pituitária) e vascular que 
ocorre sempre que diminui a vascularização, 
onde ocorre a diminuição das células em 
função da diminuição dos nutrientes e 
metabolismo, assim ela diminui seu tamanho, 
atrofiando. Ocorre na isquemia, compressão 
do vaso, perda de vasos e vasculite e 
geralmente ocorre em animais mais velhos. 
Essa imagem é a de um rim esquerdo 
e um rim direito onde um está muito pequeno 
e outro está muito grande. Toda atrofia 
quando é bilateral, se ela ocorrer em apenas 
um dos órgãos, o outro órgão irá aumentar o 
seu tamanho de forma compensatória, isso é 
chamada de hipertrofia compensatória. 
Portanto, se houver uma hipoplasia no lado 
esquerdo, haverá uma hipertrofia do lado 
direito. 
O mecanismo é pela morte celular 
programada (apoptose). A célula sofre 
apoptose e vai diminuindo através da 
estimulação do gen suicida. A atrofia 
endócrina é resultado da castração, onde 
sempre que o animal for castrado ocorre a 
involução prostática (em casos de machos). O 
tratamento para a hiperplasia prostática é a 
castração (para machos). Nos ovários 
também ocorre a mesma coisa (diminuição 
pela ativação dos monócitos no período de 
anestro).  Microscopicamente: observa-se 
diminuição do volume celular. 
A atrofia gordurosa é quando o 
animal emagrece muito e começa a utilizar o 
tecido adiposo como forma de reserva de 
energia. Em casos de jejum prolongado ou 
animais diabéticos que não conseguem 
aproveitar a glicose e precisam utilizar 
gordura como fonte de energia, começam a 
fazer a lipólise e o tecido adiposo começa a 
atrofiar (sempre que o animal utiliza o tecido 
adiposo ele atrofia). Esse mecanismo pode ser 
fisiológico (regime) ou patológico (lipidose ou 
jejum prolongado). 
A atrofia inflamatória é quando há 
um tipo de inflamação crônica que irá destruir 
as células e além da necrose da inflamação, 
por um estímulo de agressão, ela tende a 
diminuir. Exemplos: A atrofia das vilosidades 
intestinais. Um animal que teve uma 
parvovirose, verminose ou inflamação crônica 
do intestino possuem suas vilosidades 
destruídas e atrofiadas e o animal apresenta 
a síndrome da má absorção, já que as 
microvilosidades irão aumentar a superfície 
de absorção. Assim, o animal começa a 
emagrecer, a ter diminuição da imunidade 
nutricional, etc. 
Patologia Veterinária I MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
Um outro fator é a rinite atrófica 
onde as células da cavidade nasal vão 
atrofiando e se destruindo. Os sintomas 
começam com conjuntivite e sangramento 
nasal e depois há a atrofia dos cornetos 
nasais. Na atrofia de ultimo grau há um desvio 
do septo nasal e ocorre uma necrose. 
Atrofia do masseter – ocorre por 
uma atrofia neurológica onde houver lesão no 
nervo que controla o músculo da mastigação 
(masseter) onde o animal parou de mastigar. 
A atrofia muscular por inanição e 
desnutrição severa ocorre em função da 
falta de comida, principalmente.

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