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Anamnese Completa Data da menarca, duração e periodicidade do ciclo menstrual Data da última menstruação (casos de suspeita de gravidez ou abortamento) Atividade reprodutiva: gestações, abortamentos GPA (gestação/paridade/abortamento) Puerpério, lactação, métodos contraceptivos (atuais) História pregressa e familiar Sinais e Sintomas Hemorragia uterina orgânica (inflamação, neoplasias malignas, benignas, outras infecções não ginecológicas – pacientes com cirrose ou insuficiência hepática com distúrbio de coagulação) ou metrorragia (sangramento não cíclico que não tem relação com ciclo menstrual) Hemorragia uterina disfuncional hemorragia não secundária à causa orgânica, causada por disfunção ovariana e por ausência de ovulação – caracterizada por irregularidades do ciclos menstruais: comum nos primeiros anos após menarca Distúrbios Menstruais Menstruação: sangramento cíclico que ocorre a cada 21-35 dias, durando de 2-8 dias, com perda sanguínea estimada de 50-200mL As anormalidades podem ocorrer tanto entre os intervalos dos fluxos, a duração do fluxo menstrual ou a intensidade do fluxo menstrual Polimenorreia menstruação ocorre em intervalos menores do que 21 dias Oligomenorreia menstruação ocorre em intervalores superiores a 35 dias Amenorreia ausência de menstruação por 3 ciclos consecutivos (o primeiro a se excluir é a gravidez; depois, de acordo com a idade, pensar em menopausa precoce) Hipermenorreia menstruação de duração superior a 8 dias Hipomenorreia menstruação com duração inferior a 2 dias Metrorragia perda de sangue vaginal que não se correlaciona com ciclo menstrual Menorragia perda de sangue excessiva durante o ciclo menstrual Dismenorreia conjunto de sintomas que podem acompanhar a menstruação Principais Sinais e Sintomas Dor Dismenorreia Queixa frequente entre as mulheres, geralmente de localização pélvica. Etiologias: doença inflamatória pélvica, distopias genitais, neoplasias anexiais, endometriose e gravidez ectópica Importante perguntar sobre atividade sexual desprotegida recentemente, presença de febre, calafrios, secreções, dipareunia. Primária ou essencial paciente tem a menstruação com dor, sem nenhuma causa orgânica. Secundária às disfunções ovarianas e acompanha os primeiros ciclos menstruais Secundária secundária à doença orgânica: presença de DIP, endometriose, mioma uterino Pode ser espontânea, após a palpação abdominal ou de genitália, ou após a relação sexual. Após queixar-se dor pélvica, deve-se avaliar as condições psíquicas da paciente e excluir diagnósticos diferenciais: diverticulites, dores lombares de causas ósseas, artrites coxo-femorais, espondiloartroses, apendicite aguda. Síndrome pré-menstrual conjunto de sinais e sintomas que aparecem antes do ciclo menstrual e desaparecem após a menstruação. Etiologias: mulher pode ter hiperatividade do SRAA – retenção de sódio e de água, e associado a isso, a mulher pode ter deficiência na secreção da progesterona, que leva à retenção de sódio e água também (associado a edema de MMII e mastalgia). Há também ativação da vasopressina que atua no túbulo distal, promovendo absorção de agua livre e a mulher pode ter hipoglicemia e hiperprolactinemia. Quadro clínico: cefaleia, irritabilidade, nervosismo, insônia, peso em baixo ventre, peso na região lombar inferior, edema de MMII e mastalgia. Corrimento ou leucorreia Prurido Vulvar Fisiológico secreção clara e fluida Patológico Secreção clara, em grande quantidade varicocele pélvica, retroversão uterina, uso de ACO Secreção amarelada, espessa, fétida e espumosa tricomoníase, gonorreia Secreção branca, em grumos, como nata de leite candidíase vaginal Secreção similar à agua de carne inflamações graves, neoplasias Etiologias: diabetes, lesões distróficas da vulva, vulvites micóticas e alérgicas, câncer de vulva Climatério Período de transição entre a menacme (período reprodutivo) e a senectude (período não reprodutivo). Geralmente se inicia por volta dos 40 anos, com redução da capacidade reprodutiva devido à falha/diminuição da ovulação secundária à falência ovariana. Diagnóstico: sinais e sintomas, FSH > 40mUI/mL Sintomas precoces: fogachos, suores noturnos, atrofia urogenital com dispareunia, urgência e incontinência urinárias, menorragia e metrorragia (hipoestrogenismo). Sintoma tardio: osteoporose Menopausa Data do último fluxo menstrual (um ano de ausência) Idade média: 48-52 anos Precoce: antes dos 40 anos Tardia: após os 52 anos Exame Físico Completo Uso de avental e lençol. Realizar desnudamento progressivo da paciente, de acordo com a região a ser examinada. Geral: corada, palpação da tireoide, linfonodos, medida dos sinais vitais Exame das mamas: procura de nodulação Exame do abdome completo O objetivo do médico generalista é formular uma provável hipótese diagnóstica de acordo com anamnese, definir se há uma situação de emergência médica e solicitar o parecer do especialista. O exame físico completo da genitália feminina deve ser feito por profissional capacitado e especializado. Exames Complementares Histerectomia Colpocitologia/colposcopia Biópsia de lesões genitais Exame bacteriológico das secreções vaginais Culdocentese Histerossalpingografia Histeroscopia Laparoscopia Hemograma PCR Função renal Dosagens hormonais Marcadores tumorais (CA 125) USG pélvica USG TV TC/RNM de pelve Principais Sinais e Sintomas Dor Alterações Miccionais Testicular dor intensa (torção de cordão espermático, epididimite aguda), trauma, cálculo em ureter distal (dor referida), neoplasia testicular maligna (dor discreta com sensação de peso) Perineal ou sacral prostatite Região lombossacra ou irradiação para quadril e MMII câncer de próstata metastático, ou mieloma múltiplo em paciente idoso. Hipertrofia Prostática Benigna (HPB) esvaziamento incompleto da bexiga aumento do volume residual urinário poliaciúria, noctúria Complicações: infecções urinárias de repetição, sepse (seleção de bactérias multirresistentes), incontinência paradoxal ou por transbordamento. Causas de retenção urinária Crianças estenose do meato uretral externo, fimose com balanopostite, válvula de uretra posterior, disfunção neurovesical. Adolescentes inflamação das glândulas bulbouretrais, prostatite, trauma da medula espinhal (bexiga neurogênica, retenção e ITU repetição orientar sondagem vesical de alivio). Idosos HPB, câncer de próstata, pós-operatórios, medicamentos (tramadol, codeína, atropina, antidepressivo tricíclico - amitriptilina) Priapismo Hemospermia Ereção persistente, prolongada e dolorosa, sem desejo sexual, secundário à turgência dos corpos carvernosos. Etiologias: idiopáticas, doenças hematológicas (leucemias e anemia falciforme) Tratamento consiste na punção do corpo cavernoso – pode ter etiologia isquêmica, sendo emergência médica. Consequências: lesões graves e irreversíveis dos corpos cavernosos, comprometendo o mecanismo de ereção. Consiste na presença de sangue no esperma. Etiologias: HPB, prostatiste, carcinoma da vesícula seminal e da próstata, cirrose com hipertensão portal e tuberculose acometendo genitália masculina, epidídimo, ductos.. Corrimento Uretral Epidimite Saída de secreção pelo meato uretral externo. Etiologias: gonorreia, ISTs, prostatite, câncer de uretra e corpo estranho uretral Gonorreia: surgimento purulento, amarelado/pardo, surge após 3-5 dias do contato sexual. Gota matinal corrimento pela manhã da prostatite, aspecto esbranquiçado. CA uretral/corpoestranho corrimento serosanguinolento. Uma das complicações da gonorreia não tratada bactéria pode se disseminar através da circulação e afecta a pele, cérebro, olhos, faringe e ossos. Pode ser originada uma artrite pela infecção dos ossos, como mostrado na imagem ao lado. Exame Físico Completo A inspeção e palpação dos órgãos genitais masculinos externos devem ser realizados com o paciente em decúbito dorsal ou em ortostatismo Sequência do exame genital masculino: anel inguinal externo (hérnias) cordão espermártico epidídimo túnica vaginal testículo pênis Realizar o exame físico completo, incluindo as regiões inguinais (linfonodos que drenam os vasos linfáticos da rede pelvea e perineal) O objetivo do médico generalista é formular uma provável hipótese diagnóstica de acordo com a clínica do paciente, definir se há uma situação de emergência médica (torção do cordão espermático) e solicitar o parecer do especialista. O exame físico completo da genitália masculina deve ser realizado por profissional capacitado e especializado. Balanopostites – inflamação conjunta da glande e do prepúcio que pode ser desencadeada por diversos fatores, como doenças de pele, infecções, falta de higiene, diabetes descompensada e sabonetes agressivos. Os sintomas incluem dor, vermelhidão e secreção malcheirosa debaixo do prepúcio. Sífilis primária lesões em mucosas e genitais (diagnóstico por pesquisa direta do Treponema pallidum em campo escuro por imunofluorescência) Sífilis secundária lesões contagiosas nas plantas das mãos e dos pés (diagnóstico por história clínica e VDRL – tratamento com penicilina benzatina intramuscular) Torção de cordão espermático ocorre por desenvolvimento anômalo do cordão espermático ou da membrana que envolve o testículo, permitindo a torção – mais frequente no primeiro ano de vida e na puberdade (12-14 anos), mas pode surgir em qualquer época da vida. O quadro clínico é muito sugestivo e o paciente vai queixar de dor na bolsa escrotal acometida de forte intensidade, unilateral, lancinante, seguida de edema da bolsa escrotal e alteração na posição. O tratamento é emergência cirúrgica e o prognóstico depende da rapidez e precocidade do diagnóstico e do tratamento. Se o paciente permanece por mais de 6-12h com a torção ele pode evoluir com perda do testículo e infertilidade. Toque Retal Estruturas a serem examinadas: parede anterior (próstata, vesículas seminais – em mulheres fundo de saco vesicoretal), paredes laterais (nodulação), parede posterior (sacro e cóccix), para cima (pólipo palpável, tumor de reto palpável). Posição lateral esquerda, mantendo membro inferior esquerdo em semi-extensao e superior flexionado. Permite diagnosticar fissura anal, fístula anorretal, hemorroidas internas, estenose retal, abscesso anorretal, neoplasias, pólipos, anus imperfurado, exame da próstata. Exame da Próstata Avaliar tamanho, consistência, superfície, contornos, sulco mediano e mobilidade. Normal tamanho de uma castanha grande, regular, simétrica, depressível, superfície lisa, consistência elástica, contornos precisos e discretamente móvel. Exames Complementares Urina rotina, gram de gota e urocultura ITU Exame bacteriológico de secreção uretral pesquisa de gonococos e clamídia Exames ISTs Antígeno prostático específico (PSA) alteração de jato urinário – HPB ou CA de próstata Espermograma infertilidade Marcadores tumorais neoplasias USG de bolsa escrotal e transretal aumento da bolsa/ biópsia prostática TC e RNM pelve Biópsias do testículo e da próstata Uretrocistocopia pacientes com queixas de hematúria, por exemplo.