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Atualmente tornou-se comum a propagação das rotinas estressantes de estudantes que concorrem a vagas nas universidades, principalmente nos cursos mais concorridos, como medicina. Contraditoriamente, são nessas áreas que há maior índice de insatisfação e desistência ao longo da carreira. Gera-se, assim, consequências tanto para os trabalhadores, quanto para o meio em que atuam e, portanto, necessita-se de um combate a esse quadro.21 Essa situação acontece3 pois muitos jovens escolhem seu curso apenas por dinheiro e status, sem contar com suas vocações e prazeres pessoais. Sendo assim, essa problemática causa:4 pouca qualificação no mercado de trabalho, já que essas pessoas não têm interesse em explorar a área em que atuam; casos de depressão e insatisfação profissional, haja vista que muitas vezes5 faz-se verdadeira a expressão popular "o dinheiro não traz felicidade" e o inchaço no mercado de trabalho, visto que formam-se mais profissionais do que necessário.6 Nesse contexto, cabe a questão do porquê permanece essa realidade, mesmo com todas oportunidades existentes no mercado. Uma das causas é a extrema valorização dessas profissões consideradas superiores, seja pela cultura, mídia ou família. Tornou-se, então, um fato social7 pois, segundo Durkheim, essa maneira coletiva de pensar atinge as crianças e influencia nas suas escolhas futuras, muitas vezes feitas por meio de influência e sem uma orientação psicológica necessária. Há de se considerar, também, a desvalorização resultante do baixo investimento do Estado em algumas áreas, como a cultura, desprezando seus lucros social, acadêmico e outros. Medidas são, portanto, necessárias para resolver o impasse. Logo, cabe ao Ministério da Educação institucionalizar um melhor cenário para a escolha de carreira dos jovens, contando com acompanhamento psicológico obrigatório e feiras vocacionais que mostrem aos alunos como realmente é cada profissão. Ainda nessa proposta de ação, cabe aos órgãos conscientizantes - escola, família e mídia - promoverem uma reestruturação do perfil de profissão digna, demonstrando por meio de exemplos8 que a felicidade é o fator primordial para a escolha da carreira. Por último, tem-se o papel do governo na valorização de algumas áreas, talvez destinando maior parcela da receita para ministérios como o da cultura e, assim, esse entrave será gradativamente minimizado.9
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