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Aula 9 - Implementação do Programa de Integridade parte 3

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Disciplina: Investigação, Compliance e Lei Anticorrupção
Aula 9: Implementação do Programa de Integridade – parte 3
Apresentação
Nesta aula, você aprenderá sobre os últimos elementos básicos de um programa de
integridade e verificará também sobre a importância de um canal de denúncias, no
qual o funcionário ou qualquer pessoa que tome conhecimento de alguma prática
fraudulenta ou de corrupção cometida por um empregado da empresa possa relatar
sobre o que sabe com segurança e confidencialidade.
Você estudará ainda sobre as medidas disciplinares a que estão sujeitos os
funcionários que venham a praticar algum crime durante o seu exercício profissional.
Por fim, aprenderá o que fazer naquelas situações em que determinado funcionário já
tenha realizado alguma prática de fraude ou de corrupção, que são as chamadas
ações de remediação.
Objetivos
Enumerar as fases de elaboração de um programa de integridade;
Identificar a necessidade de implantar um programa de integridade na empresa;
Reconhecer a importância das ações desenvolvidas pelo Departamento de
Compliance, voltadas ao combate da fraude e da corrupção.
Implementação do Programa de
Integridade
Canais de denúncias
Dando continuidade à implementação do programa de integridade, você
estudará a partir de agora como se dá a estruturação do canal de denúncias,
das medidas disciplinares e das ações de remediação em um programa de
integridade.
Saiba que um elemento fundamental de um programa de integridade, tanto
em um órgão público quanto em uma empresa privada, chama-se canal de
denúncias. Na verdade, no lugar de um canal, a empresa deve se valer de
vários canais com a finalidade de receber denúncias de irregularidade, fraude
ou prática de corrupção. Tais canais devem ser de amplo acesso de
funcionários, terceiros e do público externo de maneira geral.
Veja a seguir que a utilização de um canal de denúncias tem previsão legal,
no inciso VIII do art. 7º da Lei 12.846/2013, a saber:
A existência de mecanismos e procedimentos internos
de integridade, auditoria e incentivo à denúncia de
irregularidades e a aplicação efetiva de códigos de
ética e de conduta no âmbito da pessoa jurídica.
Da mesma forma, o canal de denúncias encontra amparo legal também no
inciso X do Art. 42 do Decreto 8.420/2015.
Canais de denúncia de irregularidades, abertos e
amplamente divulgados a funcionários e terceiros, e de
mecanismos destinados à proteção de denunciantes de
boa-fé.
Verifique, ainda, que a Controladoria Geral da União elaborou um manual de
programa de integridade para empresas privadas. Esse manual é bem claro no
sentido de que o sucesso de um programa de integridade em uma empresa
depende da existência de um espaço que permita que qualquer pessoa, seja
ela funcionária da própria empresa ou pessoa externa a ela, possa denunciar
com segurança e confiabilidade qualquer tipo de conduta irregular ou prática
de corrupção ou fraude que tenha sido realizada por qualquer integrante da
empresa:
A empresa pode também prever regras de
confidencialidade, para proteger aqueles que, apesar
de se identificarem à empresa, não queiram ser
conhecidos publicamente. O bom cumprimento pela
empresa das regras de anonimato, confidencialidade e
proibição de retaliação é um fator essencial para
conquistar a confiança daqueles que tenham algo a
reportar. Além disso, é desejável que a empresa tenha
meios para que o denunciante acompanhe o andamento
da denúncia, pois a transparência no processo confere
maior credibilidade aos procedimentos.
É importante que você saiba que a Lei 12.846/2013 e, por consequência, o
Decreto 8.420/2015 do manual de programa de integridade para empresas
privadas sofreram influência de um instituto previsto em lei na Europa e nos
Estados Unidos, conhecido como whistleblower.
Ainda que as normas que tratam do combate à corrupção tenham sofrido
inspiração do whistleblower e que nelas exista a previsão da criação do canal
de denúncia, bem como da proteção que deve ser dada ao denunciante de
boa-fé, aqui no Brasil ainda há um movimento de conscientização para que
ele faça efetivamente parte do nosso ordenamento jurídico.
Mas você deve estar mais uma vez se perguntando: se já existe a
previsão da criação do canal de denúncias e a proteção ao
denunciante, tudo isso previsto em lei, ainda assim se faz necessária
a inclusão da figura do whistleblower no ordenamento pátrio?
A resposta é sim, ainda assim essa proteção legal é necessária. Se fizermos
uma comparação com o reportante nacional com o reportante dos EUA, por
exemplo, o de lá tem uma série de leis que o amparam, e não é só isso, o
reportante, como também é conhecido whistleblower, recebe uma
recompensa pelos relatos feitos.
Atualmente, nos EUA, se uma pessoa relata algum caso de corrupção que
tomou conhecimento, dentro da sua empresa, ela recebe, por lei, proteção do
Estado, tendo assim sua identidade preservada, evitando assim qualquer tipo
de represália. Protege-se assim de punições ou prejuízos à sua vida
profissional, como por exemplo, deixar de ser promovido ou até mesmo ser
demitido.
Voltando ao canal de denúncias propriamente dito, note que a empresa deve
estar preparada para receber denúncias de práticas ilícitas por parte de
funcionários, de diferentes formas, que incluem canais de denúncias pela
internet, por telefone ou ainda por urnas, considerando que nem todos os
funcionários têm acesso à internet, devido à natureza do trabalho que
realizam.
Leia o texto O que a Siemens faz para (tentar) evitar fraudes na
empresa <https://exame.abril.com.br/negocios/o-que-a-siemens-
faz-para-tentar-evitar-fraudes-na-empresa> , que já foi apresentado a
https://exame.abril.com.br/negocios/o-que-a-siemens-faz-para-tentar-evitar-fraudes-na-empresa
você na aula 8. Ele fala especificamente sobre o canal de denúncias daquela
empresa, principalmente da relação de confiança que os funcionários
depositam no departamento de compliance:
O “coração” desse “sistema de detecção” é o canal de
denúncias. Para que ele seja eficiente, a empresa diz
que é preciso mais do que manter um e-mail e número
de telefone para relatos anônimos. Assim, ela diz ter
construído uma ponte com os funcionários para que
eles se sintam confiantes em procurar o time de
compliance pessoalmente.
Perceba como os fundamentos de Inteligência estão inseridos nas ações de
Compliance. Note a expressão utilizada pelo Diretor de Compliance da
Siemens para a América do Sul, Wagner Giovanini, quando se refere, neste
fragmento de texto, ao canal de denúncia da empresa: “o coração desse
sistema de detecção”.
Conforme você já aprendeu em aulas passadas, a detecção é uma das
medidas de Contrainteligência. Especificamente falando, a detecção é a
primeira medida de segurança ativa, tendo por consequência sua segunda
medida: a de neutralização da ação adversa, que no caso da nossa aula se
refere às práticas ilícitas de corrupção envolvendo servidores públicos ou
fraudes em licitações.
É muito importante que você aprenda estes conceitos passados nas aulas e
saiba identificar como a Inteligência está intimamente presente no dia a dia
do Departamento de Compliance de qualquer empresa.
Negrão e Pontelo (2017, p. 181) ensinam que pôr esses canais de denúncia
em funcionamento não é uma faculdade para a empresa, uma vez que esta só
tem a ganhar com eles. Porém, para que esses canais sejam ativados, o
responsável por essa implantação deve responder algumas questões, como
por exemplo:
Como as denúncias serão recebidas?
Como as denúncias recebidas serão registradas?
Quem irá investigar as denúncias chegadas: o Departamento de
Compliance ou um setor próprio para isso?
Como será o feedback ao denunciante?
É fundamental que o denunciante se sinta confortável e seguro para fazer a
denúncia, devendo ser preservado o sigilo neste canal, pois ele deve atuar
anonimamente. A confidencialidade deve ser regra nesta atividade, de modo
que o empregado ou quem quer que utilize os canais de denúncias tenha
confiança para relatar o quequiser sem correr o risco de ser identificado e
sofrer qualquer tipo de retaliação.
Considerando que os canais de denúncias poderão apontar diversas áreas da
empresa que poderão estar com problemas, é conveniente fazer uma triagem
e encaminhar o conflito para o setor que irá sanar o problema.
Negrão e Pontelo defendem que o canal de denúncias é de vital importância
para fazer a aproximação entre os funcionários da empresa com o
Departamento de Compliance. Para isso, é necessário que haja confiança por
parte de quem denuncia. Não apenas casos de fraudes ou de corrupção
poderão ser denunciados, e sim qualquer fato que cause desequilíbrio ético no
clima organizacional.
Atenção
Atente para um ponto muito importante e que deve ser levado em
consideração e para sua vida profissional também: o feedback deve ser
dado a quem faz uma denúncia. Essa ação gera confiança e segurança
em quem denunciou, podendo fazer com que esses canais passem a ser
utilizados com regularidade, devido a credibilidade desses canais, que
tende a sempre aumentar.
Medidas disciplinares
As medidas disciplinares de um programa de integridade têm sua previsão
legal no inciso XI do artigo 41 do Decreto nº 8.420/2015, devendo as mesmas
ser aplicadas nos casos em que houver violação das regras do referido
programa.
Mas o que vem a ser uma medida disciplinar?
De acordo com o artigo Medidas disciplinares e justa causa, medida
disciplinar é a aplicação de uma sanção a um funcionário de determinada
empresa. Essa medida poderá ser na forma de advertência, suspensão ou
dispensa, em razão de uma conduta violadora do código de ética da empresa
ou de seu regulamento interno.
De acordo com o artigo referenciado, a medida disciplinar possui dupla
finalidade: ao mesmo tempo que é punitiva, é também orientativa. Isso
significa que ela deve ser proporcional à irregularidade praticada e produzir
efeito psicológico capaz de coibir futuras ações inadequadas, seja no
funcionário sancionado, seja em outros funcionários ou colaboradores que
estejam sob a égide do código de ética e de conduta da empresa.
Neste tópico da aula, trago para você mais um exemplo do Código de
Conduta da Siemens
<https://w3.siemens.com.br/home/br/pt/cc/Compliance/Document
s/findIT_CL_CO_AT_55.pdf> , nesse caso, o seu código de conduta
profissional, que prevê que o Compliance é um dever de todos os seus
colaboradores. Esse código de conduta dispõe que todo e qualquer
colaborador que agir com conduta irregular sofrerá as penalidades
disciplinares por consequência de seus atos.
https://w3.siemens.com.br/home/br/pt/cc/Compliance/Documents/findIT_CL_CO_AT_55.pdf
Veja também, na página 3 desse código, que a Siemens prega que tão
importante quanto o cumprimento das normas legais é o cumprimento das
normas éticas. Logo, ainda que as medidas disciplinares estejam previstas
para os casos de violações do dever profissional, o que se pretende de cada
funcionário, nesse caso, é uma conduta negativa, um “não fazer”.
Vamos mencionar mais um pouco a Siemens, trazendo mais um exemplo.
Ainda sobre o texto O que a Siemens faz para (tentar) evitar fraudes na
empresa <https://exame.abril.com.br/negocios/o-que-a-siemens-
faz-para-tentar-evitar-fraudes-na-empresa > , a responsabilização de
funcionários que venham a cometer alguma irregularidade é bastante incisiva:
Comprovada a irregularidade, a Siemens aplica aos
responsáveis punições que podem ir de medidas
disciplinares a demissão e denúncia à polícia. Tudo
depende da gravidade do problema e da posição dos
infratores na hierarquia da empresa — quanto mais alta
ela for, mais fortes são as consequências”.
Já o Manual de programa de integridade para empresas privadas dispõe que
as medidas disciplinares decorrentes da transgressão das regras do programa
estejam previstas, de forma que essa previsão garante a integridade, a
retidão do programa.
Não basta a “previsão” de punição: tão importante quanto é a certeza da
punição nos casos em que restou comprovada a prática de irregularidades.
https://exame.abril.com.br/negocios/o-que-a-siemens-faz-para-tentar-evitar-fraudes-na-empresa
Nesse sentido, a cartilha Integridade para pequenas empresas
<http://www.cgu.gov.br/Publicacoes/etica-e-
integridade/arquivos/integridade-para-pequenos-negocios.pdf> trata
esse tópico de maneira bem interessante.
Ela traz um caso hipotético em que o funcionário de uma empresa teria
transgredido uma regra relativa a processo licitatório, sem autorização de seu
escalão superior, oferecendo presentes aos responsáveis em conduzir uma
licitação, a fim de influenciar a decisão daqueles em favor de sua empresa.
Esse funcionário agiu consciente a todo o tempo, pois recebeu treinamento de
como deveria pautar sua conduta acerca da política da empresa sobre
licitações e contratos. Ele conhecia o código de ética da empresa e ainda
assim violou as regras.
E aí, o que deve ser feito neste caso? É evidente que a punição deve ser
aplicada, de modo a sancioná-lo pela conduta inadequada que praticou,
servindo de exemplo para que outros funcionários não o façam, bem como
mostrar a efetividade do programa de integridade.
A empresa não deve tolerar práticas como essa. Punições como advertência,
suspensão ou demissão devem ser adotadas em casos como esse e,
dependendo da gravidade da conduta do funcionário, eleva-se a intensidade
da penalidade. Tais punições devem ser aplicadas a qualquer funcionário, até
mesmo àqueles que ocupam altos cargos de direção. A regra vale para todos.
Ações de remediação
Uma vez detectados os indícios de práticas lesivas à administração pública,
segundo o Manual de programa de integridade: Diretrizes para empresas
privadas, a empresa deve realizar uma investigação interna. Deve haver uma
http://www.cgu.gov.br/Publicacoes/etica-e-integridade/arquivos/integridade-para-pequenos-negocios.pdf
previsão de normas na própria empresa dispondo de procedimentos que
deverão ser adotados por ocasião da investigação, tais como prazos previstos
para a conclusão da apuração, responsável por investigar e o destinatário dos
resultados das investigações.
De acordo com o manual, a empresa pode ser cientificada
das irregularidades praticadas por seus funcionários ou
colaboradores, por diversos canais, tais como: denúncias
anônimas, investigações internas, constatação em
auditorias e resultados dos monitoramentos do programa
de integridade.
Uma vez detectada a prática de ilícitos, durante as investigações, é necessário
que a empresa adote medidas para interromper as irregularidades praticadas
e tome providências no sentido de reparar os danos causados por elas.
É recomendável também a atualização do programa de integridade, para
impedir que essas ações lesivas à administração pública ocorram novamente.
Além dessas medidas, deve a empresa informar as autoridades competentes,
bem como cooperar com elas, comunicando-lhes o que restou apurando por
conta da investigação interna realizada.
O art. 7º, inciso VII da Lei 12.846/2013 prevê que a cooperação das pessoas
jurídicas para a apuração das infrações será levada em consideração no caso
de aplicação de sanções à empresa, as quais poderão ser diminuídas por
conta dessa cooperação.
A presente lei objetiva a constante vigilância por parte da empresa sobre a
atuação de seus funcionários, de forma a prevenir e reprimir atos de qualquer
natureza que possam lesar a administração pública, seja na realização de
contratos com entes públicos ou em licitações.
Pretende-se com tais medidas o resgate da ética e da boa-fé nas relações
entre os setores públicos e privados, sendo necessário para isso que as
empresas atuem em conformidade com as leis e normas previstas, sendo de
suma importância a atuação efetiva do Departamento de Compliance.
Atividade
1. Assinale a alternativa INCORRETA:
 a) O canal de denúncia deve ser de amplo acesso a funcionários,
terceiros e público externo, de uma maneira geral.
 b) O sucesso de um programa de integridade em uma empresa
depende da existência de um espaço que permita que qualquerpessoa,
seja ela funcionária da própria empresa ou externa a ela, possa
denunciar com segurança e confiabilidade qualquer tipo de conduta
irregular.
 c) O whistleblower, também conhecido como reportante, nada mais é
do que o denunciante de boa-fé, ou seja, aquela pessoa que tomou
conhecimento de alguma irregularidade ou crime e decidiu relatar
espontaneamente sem nenhum interesse ou vantagem pessoal,
simplesmente para cumprir seu dever de cidadão.
 d) O bom cumprimento pela empresa das regras de anonimato,
confidencialidade e proibição de retaliação é um fator relativo para
conquistar a confiança daqueles que tenham algo a reportar.
 e) O feedback deve ser dado a quem faz uma denúncia, ação que gera
confiança e segurança em quem denunciou.
2. Assinale a alternativa INCORRETA:
 a) As medidas disciplinares de um programa de integridade têm sua
previsão legal no inciso XI do artigo 41 do Decreto nº 8.420/2015,
devendo as mesmas ser aplicadas nos casos em que houver violação das
regras do referido programa.
 b) A medida disciplinar é a aplicação de uma sanção a um funcionário
de determinada empresa, que poderá ser na forma de advertência,
suspensão ou dispensa, em razão de uma conduta violadora do código de
ética da empresa ou de seu regulamento interno.
 c) A medida disciplinar possui dupla finalidade, ao mesmo tempo em
que é punitiva, é também orientativa.
 d) A medida disciplinar deve ser proporcional à irregularidade praticada
e produzir efeito psicológico capaz de coibir futuras ações inadequadas,
seja no funcionário sancionado, seja em outros funcionários ou
colaboradores que estejam sob a égide da empresa.
 e) A medida disciplinar tem dupla finalidade: ao mesmo tempo em que
é punitiva, é também repressiva.
3. Assinale a opção INCORRETA:
 a) Uma vez detectados os indícios de práticas lesivas à administração
pública, a empresa deve realizar uma investigação interna.
 b) Deve haver uma previsão de normas na própria empresa dispondo
de procedimentos que deverão ser adotados por ocasião da investigação,
tais como prazos previstos para a conclusão da apuração responsável por
investigar e o destinatário do resultado das investigações.
 c) A empresa pode ser cientificada das irregularidades praticadas por
seus funcionários ou colaboradores por diversos canais, tais como:
denúncias anônimas, investigações internas, constatação em auditorias e
resultados dos monitoramentos do programa de integridade.
 d) Uma vez detectada a prática de ilícitos durante as investigações, é
necessário que a empresa delegue a terceiros as medidas para
interromper as irregularidades praticadas e tome providências no sentido
de reparar os danos causados por elas.
 e) É recomendável também a atualização do programa de integridade
para impedir que essas ações lesivas à administração pública ocorram
novamente.
4. Cite os elementos básicos que compõem o programa de integridade
que você estudou nesta aula e, de maneira objetiva, comente sobre a
contribuição de cada um deles para o sucesso do programa.
5. Cite de forma objetiva uma finalidade de implantar um programa de
integridade no âmbito da empresa.
6. Comente sobre o canal de denúncias e sobre as formas como ele pode
ser utilizado, considerando que este deve ser acessível a qualquer pessoa
que queira relatar alguma irregularidade.
Notas
INSERIR TÍTULO AQUI
INSERIR TEXTO AQUI
Referências
BOTTONE, Alfredo. Medidas Disciplinares e Justa Causa. Disponível em: <
http:// alfredobottone .com .br/ artigos/ medidas -disciplinares -e -justa -
causa/ <http://alfredobottone.com.br/artigos/medidas-disciplinares-e-
justa-causa/> >. Acesso em: 12 jul. 2018.
BRASIL. Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013. Dispõe sobre a
responsabilização administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de
atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira, e dá outras
providências. Disponível em: < http:// www .planalto .gov .br/ ccivil_03/
_ato2011-2014/ 2013/ lei/ l12846 .htm>
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2013/lei/l12846.htm> >. Acesso em: 12 jul. 2018.
______. Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União. Cartilha de
Integridade para Pequenas Empresas. Disponível em: http:// www .cgu .gov
.br/ Publicacoes /etica-e-integridade /arquivos /integridade -para -
pequenos -negocios .pdf <http://www.cgu.gov.br/Publicacoes/etica-e-
integridade/arquivos/integridade-para-pequenos-negocios.pdf> >. Acesso
em: 12 jul. 2018.
______. Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União. Manual de
Programa de Integridade para Empresas Privadas. Disponível em: http:
//www .cgu .gov .br /Publicacoes /etica -e -integridade /arquivos
/programa -de -integridade -diretrizes -para -empresas -privadas .pdf
1
http://alfredobottone.com.br/artigos/medidas-disciplinares-e-justa-causa/
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12846.htm
http://www.cgu.gov.br/Publicacoes/etica-e-integridade/arquivos/integridade-para-pequenos-negocios.pdf
http://www.cgu.gov.br/Publicacoes/etica-e-integridade/arquivos/programa-de-integridade-diretrizes-para-empresas-privadas.pdf
<http://www.cgu.gov.br/Publicacoes/etica-e-
integridade/arquivos/programa-de-integridade-diretrizes-para-empresas-
privadas.pdf> >. Acesso em: 12 jul. 2018.
MELO, Luísa. O que a Siemens faz para (tentar) evitar fraudes na empresa.
Disponível em: https:// exame .abril .com .br /negocios /o -que -a -siemens -
faz -para -tentar -evitar -fraudes -na -empresa/
<https://exame.abril.com.br/negocios/o-que-a-siemens-faz-para-tentar-
evitar-fraudes-na-empresa/> >. Acesso em: 12 jul. 2018.
NEGRÃO, Célia L.; PONTELO, Juliana de F. Compliance, controles internos e
riscos: A importância da área de gestão de pessoas. 2. ed. Brasília: Senac – DF,
2017.
Código de Conduta Profissional da Siemens. Disponível em https:// w3
.siemens .com .br /home /br /pt /cc /Compliance /Documents /findIT _CL
_CO _AT _55 .pdf
<https://w3.siemens.com.br/home/br/pt/cc/Compliance/Documents/findI
T_CL_CO_AT_55.pdf> >. Acesso em 11 de junho de 2018.
Próximos Passos
Crimes relativos às atividades exercidas por profissionais da área de Compliance;
Aspectos devem ser evitados ou que devem ser considerados por tais profissionais.
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https://w3.siemens.com.br/home/br/pt/cc/Compliance/Documents/findIT_CL_CO_AT_55.pdf
https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/denuncias-recebidas-de-empregados-e-terceiros-desafios-para-a-empresa/

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