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A TEORIA DA TECTÔNICA DE PLACAS A TECTÔNICA DE PLACAS A TECTÔNICAS DE PLACAS Algumas descobertas científicas provocaram a retomada da discussão sobre a mobilidade dos continentes (a deriva continental). Foram elas: • Verificação do fato de que o assoalho oceânico é jovem e contém muitas feições fisiográficas. • Aparecimento da hipótese do afastamento do assoalho oceânico e consequente reciclagem da crosta oceânica. • Comprovação científica da distribuição de terremotos e vulcanismo ao longo de trincheiras oceânicas e cadeias de montes submarinos. • Constatação de que o magnetismo das rochas da crosta continental demonstra a mobilidade dos continentes. A TECTÔNICAS DE PLACAS A partir das confirmações científicas que respondiam às questões e lacunas deixadas pela Teoria da Deriva Continental, surge a Teoria da Tectônica de Placas, que comprovou o movimento da litosfera sobre a astenosfera. De acordo com essa teoria, a litosfera é dividida por placas (denominadas placas tectônicas) e estas deslizam por razão da movimentação das correntes de convecção no interior da Terra. O calor oriundo do núcleo da Terra esquenta o manto e faz os materiais nele presentes subirem. A TECTÔNICAS DE PLACAS Essas partes esfriam e voltam a descer. São essas correntes que movimentam lentamente as placas que formam a crosta da Terra. Tais movimentações permitiram a formação dos continentes a partir da Pangeia, continente que existiu há 200 milhões de anos, durante a Era Mesozóica. A partir da comprovação da movimentação dos continentes assentados nas placas tectônicas, foram apontados três tipos de movimentos tectônicos. A TECTÔNICAS DE PLACAS OS TRÊS TIPOS BÁSICOS DE LIMITES DE PLACA Limites divergentes Limites convergentes Limites transformantes LIMITES DIVERGENTES Nesses limites, uma nova crosta é formada. O movimento de divergência pode ocorrer tanto pela separação de placas nos oceanos, quanto no continente. LIMITES DIVERGENTES Separação de placas nos oceanos: Esse movimento acontece principalmente nas áreas ao longo das cadeias mesoceânicas (extensas elevações submarinas cuja topografia é mais acentuada do que a das tradicionais cadeias montanhosas existentes nos continentes). O limite divergente mais conhecido é o da dorsal Mesoatlântica. Essa gigantesca montanha submersa estende-se desde o Oceano Ártico até o extremo sul da África. A velocidade de expansão (afastamento) das placas ao longo da crista oceânica Médio-Atlântica é de aproximadamente 2,5 centímetros por ano (cm/ano), ou de 25 quilômetros em um milhão de anos. LIMITES DIVERGENTES LIMITES DIVERGENTES Separação de placas nos continentes: Estágios iniciais do processo de divergência, como o vale em rifte do Leste Africano, podem ser identificados em algumas porções continentais do globo. Essas áreas são marcadas por vales em rifte, atividade vulcânica e terremotos. O Mar Vermelho e o Golfo da Califórnia são riftes que se encontram em um estágio mais avançado de expansão. Nesses casos, os continentes já se separaram o suficiente para que o novo assoalho oceânico pudesse ser formado ao longo do eixo de expansão e os vales em rifte fossem ocupados pelo oceano. Algumas vezes, o processo de divergência pode se tornar mais lento ou cessar antes que a separação do continente se concretize e a abertura de uma nova bacia oceânica ocorra. LIMITES DIVERGENTES LIMITES CONVERGENTES Nesses limites, a crosta é destruída, enquanto uma placa “mergulha” sob a outra. LIMITES CONVERGENTES Colisão de duas placas oceânicas: Uma placa mergulha em plano inclinado sob a outra, provocando uma depressão ou fossa no fundo do mar. Essa zona geradora de sismos, na qual a crosta oceânica mergulha no manto, é denominada zona de subducção ou de Benioff. Um exemplo desse tipo de movimento convergente é encontrado na região em que se localizam as fossas marianas, no oeste do Oceano Pacífico. Processos geológicos associados: à medida que a placa mergulha, os materiais que a constituem fundem-se, podendo voltar a ascender. Nesse caso, formam-se cadeias de vulcões submarinos. LIMITES CONVERGENTES LIMITES CONVERGENTES Colisão de uma placa oceânica com uma placa continental: A placa oceânica, como é menos espessa e mais densa que a placa continental, mergulha sob esta. Ao mergulhar, provoca uma deformação da placa continental que enruga, criando-se, na sua margem, uma cadeia de montanhas associada à atividade vulcânica. É um exemplo desse tipo de convergência a Cordilheira dos Andes, que resulta da convergência da Placa de Nazca (placa oceânica) com a Placa Sul-Americana (placa continental). Montanhas, como os Andes, resultam não só do enrugamento de rochas da crosta continental, mas também de atividade vulcânica associada à subducção. Processos geológicos associados: sismos, vulcanismo e formação de cadeias montanhosas. LIMITES CONVERGENTES LIMITES CONVERGENTES Colisão de duas placas continentais (obducção): Como as placas têm espessura e densidade parecidas, não ocorre o mergulho de uma sob a outra. Tais placas sofrem uma compressão crescente, originando enrugamentos em suas bordas, dando origem a extensas cadeias montanhosas marcadas por forte atividade sísmica. A Cordilheira do Himalaia resultou do choque de duas placas continentais, da Placa Eurasiana com a Indiana. Processos geológicos associados: esses limites estão atrelados a violentos terremotos, devido à natureza quebradiça das placas continentais. LIMITES CONVERGENTES LIMITES TRANSFORMANTES Nesses limites, as placas deslizam horizontalmente uma em relação a outra. Nesse caso, a crosta não é destruída e nem produzida. Esses movimentos horizontais ocasionam forte atividade sísmica. LIMITES TRANSFORMANTES LIMITES TRANSFORMANTES A maior parte dos limites t rans for mantes ocor re nos fundos oceânicos. No entanto, os limites transformantes mais conhecidos situam-se na porção continental , como a falha Alpina, na Nova Zelândia; a falha de Santo André, nos EUA; e a f a l h a d e A n a t ó l i a , n a Turquia.Processos geológicos associados: ocorrência de terremotos. Falha de San Andreas, EUA REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA LUCCI, Elian Alabi [et.al]. Território e Sociedade no mundo globalizado. Volume 1. São Paulo: Editora Saraiva, 2010. MACEDO, Mara Rubinger [et.al] Geografia. Volume 1 e 2. São Paulo: Editora Bernoulli
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