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Nº 73, segunda-feira, 19 de abril de 201094 1ISSN 1677-7042 Este documento pode ser verificado no endereço eletrônico http://www.in.g o v. b r / a u t e n t i c i d a d e . h t m l , pelo código 00012010041900094 Documento assinado digitalmente conforme MP no- 2.200-2 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. RETIFICAÇÕES Na Resolução-RE No- 1.184, de 18 de março de 2010, pu- blicada no D.O.U. n° 54, de 22 de março de 2010, Seção 1, Pág. 46 e Suplemento Pág. 22. Onde se lê: EMPRESA: BORGES FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DE LIMPEZA LTDA ENDEREÇO: AV. PORTO VELHO BAIRRO: CENTRO CEP: 78975000 - CACOAL/RO CNPJ: 06.912.511/0001-66 PROCESSO: 25351.126326/2010-06 AUTORIZ/MS: 3.04293.3 AT I V I D A D E / C L A S S E ARMAZENAR: SANEANTE DOMIS. DISTRIBUIR: SANEANTE DOMIS. EMBALAR: SANEANTE DOMIS. EXPEDIR: SANEANTE DOMIS. FABRICAR: SANEANTE DOMIS. FRACIONAR: SANEANTE DOMIS. REEMBALAR: SANEANTE DOMIS. Leia-se: EMPRESA: BORGES FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DE LIMPEZA LTDA ENDEREÇO: AV. MACAPÁ 3333 - ESQUINA C/ RUA RONDONIA BAIRRO: JARDIM TROPICAL CEP: 76940000 - ROLIM DE MOURA/RO CNPJ: 06.912.511/0001-66 PROCESSO: 25351.126326/2010-06 AUTORIZ/MS: 3.04293.3 AT I V I D A D E / C L A S S E ARMAZENAR: SANEANTE DOMIS. DISTRIBUIR: SANEANTE DOMIS. EMBALAR: SANEANTE DOMIS. EXPEDIR: SANEANTE DOMIS. FABRICAR: SANEANTE DOMIS. FRACIONAR: SANEANTE DOMIS. REEMBALAR: SANEANTE DOMIS. Na Resolução-RE No- 459, de 11 de fevereiro de 2010, pu- blicada no D.O.U. n° 31, de 17 de fevereiro de 2010, Seção 1, Pág. 45 e Suplemento Pág. 57. Onde se lê: EMPRESA: LANG E FILHOS MATERIAL HOSPITALAR LTDA ME ENDEREÇO: Avenida das Américas, 3200 BAIRRO: Barra da Tijuca CEP: 22640102 - RIO DE JA- NEIRO/RJ CNPJ: 33.175.084/0001-53 PROCESSO: 25351.228815/2005-15 AUTORIZ/MS: L2H181Y2993H (8.02852.2) AT I V I D A D E / C L A S S E ARMAZENAR: CORRELATOS DISTRIBUIR: CORRELATOS EXPEDIR: CORRELATOS Leia-se: EMPRESA: LANG E FILHOS MATERIAL HOSPITALAR LTDA ME ENDEREÇO: Avenida das Américas, 3200, Bloco 01, Lojas 118 e 119 BAIRRO: Barra da Tijuca CEP: 22640102 - RIO DE JA- NEIRO/RJ CNPJ: 33.175.084/0001-53 PROCESSO: 25351.228815/2005-15 AUTORIZ/MS: L2H181Y2993H (8.02852.2) AT I V I D A D E / C L A S S E ARMAZENAR: CORRELATOS DISTRIBUIR: CORRELATOS EXPEDIR: CORRELATOS DIRETORIA COLEGIADA RESOLUÇÃO - RDC No- 17, DE 16 DE ABRIL DE 2010 Dispõe sobre as Boas Práticas de Fabri- cação de Medicamentos. A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere o inciso IV do art. 11 do regulamento aprovado pelo Decreto No- . 3.029, de 16 de abril de 1999, e tendo em vista o disposto no inciso II e nos §§ 1º e 3º do art. 54 do Regimento Interno aprovado nos termos do Anexo I da Portaria No- . 354 da ANVISA, de 11 de agosto de 2006, republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, em reunião realizada em 12 de abril de 2010, adota a seguinte Resolução da Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente Substituto, determino a sua publicação: TÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS CAPÍTULO I OBJETIVO Art. 1º Esta resolução possui o objetivo de estabelecer os requisitos mínimos a serem seguidos na fabricação de medicamentos para padronizar a verificação do cumprimento das Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos (BPF) de uso humano durante as ins- peções sanitárias. § 1º Fica internalizada a Resolução GMC n° 15/09 - "Boas Práticas de Fabricação de Produtos Farmacêuticos e Mecanismo de Implementação no âmbito do MERCOSUL", que estabeleceu a ado- ção do Relatório n° 37 da OMS (WHO Technical Report Series 908), publicado em 2003. § 2º Podem ser adotadas ações alternativas às descritas nesta resolução de forma a acompanhar o avanço tecnológico ou atender a necessidades específicas de determinado medicamento, desde que es- sas sejam validadas pelo fabricante e que a qualidade do medi- camento seja assegurada. CAPÍTULO II ABRANGÊNCIA Art. 2º Os estabelecimentos fabricantes de medicamentos devem cumprir as diretrizes desta resolução em todas as operações envolvidas na fabricação de medicamentos, incluindo os medicamen- tos em desenvolvimento destinados a ensaios clínicos. Parágrafo único. As atividades relacionadas às substâncias sujeitas ao controle especial, ou medicamentos que as contenham, deverão obedecer ao disposto em legislação específica, além dos requisitos contidos nesta resolução. Art. 3º Os medicamentos registrados somente devem ser fabricados por empresas devidamente licenciadas e autorizadas para esta atividade, que devem ser regularmente inspecionadas pelas au- toridades nacionais competentes. Art. 4º Esta resolução não abrange todos os aspectos de segurança ocupacional ou proteção ambiental, os quais são regu- lamentados por legislação específica. Parágrafo único. O fabricante deve garantir a segurança dos trabalhadores e tomar as medidas necessárias para a proteção do meio ambiente. CAPÍTULO III DEFINIÇÕES Art. 5° Para efeito desta resolução, são adotadas as seguintes definições: I - ação corretiva: ação adotada para eliminar a causa de uma não conformidade detectada ou outra situação indesejável; II - ação preventiva: ação adotada para eliminar a causa de uma potencial não conformidade ou outra potencial situação inde- sejável; III - ajuste: operação destinada a fazer com que um ins- trumento de medição tenha desempenho compatível com o seu uso; IV - amostras de referência: amostras de matérias-primas e de produtos terminados mantidas pelo fabricante, devidamente iden- tificadas, por um período definido. A quantidade de amostra deve ter pelo menos o dobro da quantidade necessária para efetuar todas as análises previstas; V - amostra representativa: quantidade de amostra estatis- ticamente calculada, representativa do universo amostrado, tomada para fins de análise para liberação do lote de material ou produto; VI - antecâmara: espaço fechado com duas ou mais portas, interposto entre duas ou mais áreas de classes de limpeza distintas, com o objetivo de controlar o fluxo de ar entre ambas, quando precisarem ser adentradas. A antecâmara é projetada de forma a ser utilizada para pessoas, materiais ou equipamentos; VII - área: espaço físico delimitado, onde são realizadas operações sobre condições ambientais específicas; VIII - área limpa: área com controle ambiental definido em termos de contaminação por partículas viáveis e não viáveis, pro- jetada, construída e utilizada de forma a reduzir a introdução, geração e retenção de contaminantes em seu interior; IX - área segregada: instalações que oferecem separação completa e total de todos os aspectos de uma operação, incluindo movimentação de pessoal e equipamentos, com procedimentos, con- troles e monitoramento bem estabelecidos. Pode incluir barreiras fí- sicas bem como sistemas de ar separados, mas não necessariamente implica em prédios distintos; X - calibração: conjunto de operações que estabelece, sob condições especificadas, a relação entre os valores indicados por um instrumento ou sistema de medição ou valores representados por uma medida materializada ou um material de referência, e os valores correspondentes das grandezas estabelecidos por padrões; XI - contaminação: a introdução não desejada de impurezas de natureza química ou microbiológica, ou de matéria estranha, em matéria-prima, produto intermediário e/ou produto terminado durante as etapas de amostragem, produção, embalagem ou reembalagem, armazenamento ou transporte; XII - contaminação cruzada: contaminação de determinada matéria-prima, produto intermediário, produto a granel ou produto terminado por outra matéria-prima, produto intermediário, produto a granel ou produto terminado, durante o processo de produção; XIII - controle em processo: verificações realizadas durante a produção de forma a monitorar e, se necessário, ajustar o processo para garantir que o produto se mantenha conforme suas especifi- cações. O controle do ambiente ou dos equipamentos também pode ser considerado como parte do controle em processo; XIV - critériode aceitação: critério que estabelece os limites de aceitação de especificações de matérias-primas, produtos ou pro- cessos/sistemas; XV - data de validade: data estabelecida nas embalagens de medicamentos (usualmente em rótulos) até a qual se espera que o produto permaneça dentro das especificações, desde que armazenado corretamente. Essa data é estabelecida por lote, somando-se o prazo de validade à data de fabricação; XVI - data de reteste: data estabelecida pelo fabricante do insumo, baseada em estudos de estabilidade, após a qual o material deve ser reanalisado para garantir que ainda está adequado para uso imediato, conforme testes indicativos de estabilidade definidos pelo fabricante do insumo e mantidas as condições de armazenamento pré- estabelecidas. A data de reteste somente é aplicável quando o prazo de validade não foi estabelecido pelo fabricante do insumo; XVII - derivado de droga vegetal: produtos de extração da droga vegetal: extrato, tintura, óleo, cera, exsudado e outros; XVIII - desvio de qualidade: afastamento dos parâmetros de qualidade estabelecidos para um produto ou processo: XIX - documentação de lote: todos os documentos asso- ciados à fabricação de um lote de produto a granel ou produto ter- minado. Fornecem um histórico de cada lote de produto e de todas as circunstâncias pertinentes à qualidade do produto final; XX - droga vegetal: planta medicinal, ou suas partes, que contenham as substâncias, ou classes de substâncias, responsáveis pela ação terapêutica, após processos de coleta, estabilização e/ou secagem, podendo ser íntegra, rasurada, triturada ou pulverizada; XXI - embalagem: todas as operações, incluindo o envase e a rotulagem, pelas quais o produto a granel deve passar, a fim de tornar-se produto terminado. Normalmente, o envase de produtos estéreis não é considerado parte do processo de embalagem, visto que esses em sua embalagem primária são considerados produtos a gra- nel; XXII - especificação: documento que descreve em detalhes os requisitos que os materiais utilizados durante a fabricação, pro- dutos intermediários ou produtos terminados devem cumprir. As es- pecificações servem como base para a avaliação da qualidade; XXIII - fabricação: todas as operações envolvidas no preparo de determinado medicamento, incluindo a aquisição de materiais, produção, controle de qualidade, liberação, estocagem, expedição de produtos terminados e os controles relacionados; XXIV - fabricante: detentor da Autorização de Funciona- mento para fabricação de medicamentos, expedida pelo órgão com- petente do Ministério da Saúde, conforme previsto na legislação sa- nitária vigente; XXV - fórmula-mestra/fórmula-padrão: documento ou grupo de documentos que especificam as matérias-primas e os materiais de embalagem com as suas respectivas quantidades, juntamente com a descrição dos procedimentos e precauções necessárias para a pro- dução de determinada quantidade de produto terminado. Além disso, fornece instruções sobre o processamento, inclusive sobre os con- troles em processo; XXVI - insumo farmacêutico ativo: qualquer substância in- troduzida na formulação de uma forma farmacêutica que, quando administrada em um paciente, atua como ingrediente ativo. Tais subs- tâncias podem exercer atividade farmacológica ou outro efeito direto no diagnóstico, cura, tratamento ou prevenção de uma doença, po- dendo ainda afetar a estrutura e funcionamento do organismo hu- mano; XXVII - instalação: espaço físico delimitado acrescido das máquinas, aparelhos, equipamentos e sistemas auxiliares utilizados para executar os processos; XXVIII - lote: quantidade definida de matéria-prima, ma- terial de embalagem ou produto processado em um ou mais pro- cessos, cuja característica essencial é a homogeneidade. Às vezes pode ser necessário dividir um lote em sub-lotes, que serão depois agrupados para formar um lote final homogêneo. Em fabricação con- tínua, o lote deve corresponder a uma fração definida da produção, caracterizada pela homogeneidade; XXIX - marcador: composto ou classe de compostos quí- micos (ex: alcalóides, flavonóides, ácidos graxos etc.) presentes na matéria-prima vegetal, preferencialmente tendo correlação com o efeito terapêutico, que é utilizado como referência no controle de qualidade da matéria-prima vegetal e dos medicamentos fitoterápi- cos; XXX - material de embalagem: qualquer material, incluindo material impresso, empregado na embalagem de um medicamento. Exclui-se dessa definição outra embalagem utilizada para transporte ou expedição. Os materiais de embalagem são classificados como primários ou secundários, de acordo com o grau de contato com o produto; XXXI - matéria-prima: qualquer substância, seja ela ativa ou inativa, com especificação definida, utilizada na produção de me- dicamentos. Exclui-se dessa definição os materiais de embalagem; XXXII - matéria-prima vegetal: planta medicinal fresca, dro- ga vegetal ou derivado de droga vegetal; XXXIII - medicamento: produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico; XXXIV - medicamento fitoterápico: medicamento obtido empregando-se exclusivamente matérias-primas ativas vegetais. É ca- racterizado pelo conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, assim como pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade. Sua eficácia e segurança são validadas por meio de levantamentos et- nofarmacológicos, de utilização, documentações tecnocientíficas ou evidências clínicas. Não se considera medicamento fitoterápico aque- le que, na sua composição, inclua substâncias ativas isoladas, de qualquer origem, nem as associações destas com extratos vegetais; XXXV - nomenclatura botânica: gênero e espécie; XXXVI - nomenclatura botânica oficial completa: gênero, espécie, variedade, autor do binômio e família; XXXVII - número de lote: combinação definida de números e/ ou letras que identifica de forma única um lote em seus rótulos, documentação de lote, certificados de análise correspondentes, entre outros; XXXVIII - operação crítica: operação no processo de fa- bricação que pode afetar a qualidade do medicamento; XXXIX - ordem de produção: documento ou conjunto de documentos que servem como base para a documentação do lote. Devem ser preenchidos com os dados obtidos durante a produção e que contemple as informações da fórmula mestra/fórmula padrão; XL - pessoa designada: profissional capacitado designado pela empresa para a execução de uma determinada atividade; XLI - pior caso: uma ou mais condições que apresentem as maiores possibilidades de defeito do produto ou do processo, quando comparadas com as condições ideais. Tais condições não necessa- riamente implicam em desvios no produto ou processo; XLII - Plano Mestre de Validação (PMV): documento geral que estabelece as estratégias e diretrizes de validação adotadas pelo fabricante. Ele provê informação sobre o programa de trabalho de validação, define detalhes, responsabilidades e cronograma para o trabalho a ser realizado; ouvidoria@in.gov.br 2010-04-19T07:31:08-0300 Imprensa Nacional ediarios.in.gov.br Diário Oficial