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HIDRODINÂMICA E EFICIÊNCIA DE TRANSFERÊNCIA DE MASSA APLICANDO UMA ESPUMA CERÂMICA COMO RECHEIO NA COLUNA DE DESTILAÇÃO DEQ832 - FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA Anelise Mossmann e Rejiane da Rosa ROTEIRO: 1. Introdução 2. Estrutura da Espuma 3. Configuração Experimental e Métodos 4. Resultados Experimentais 5. Conclusão 1. INTRODUÇÃO ▪ Espuma sólida Ampla gama de aplicação Reformadores Catalisadores Suporte de catalisador estruturado Trocadores de calor Características atraentes Acústicas Mecânicas Térmicas Baixa densidade Elétricas 1. INTRODUÇÃO 𝑑𝑃 𝑑𝑍 = 𝜇 𝐾 𝑢 + 𝛽𝜌𝑢2 ▪ Relação de Forchheimer: Hidrodinâmica da espuma ▪ Stemment et al. (2005) ▪ Stemment et al. (2007) Estudo da hidrodinâmica em operação contra corrente em espumas Baixa queda de pressão – Sistema bifásico; Comportamento de inundação semelhante à recheios estruturados Sulzer. Estudo da transferência de massa gás-líquido em coexistência Coeficiente volumétrico global (KG). (1) 1. INTRODUÇÃO ▪ Motivação Resultados presentes na literatura foram o ponto de partida para estudo sobre aplicação do espuma cerâmica aplicada como recheio na coluna de destilação. ▪ Objetivos Descrever as etapas experimentais necessárias para validar o uso de novos materiais de recheio de colunas de destilação, incluindo a medição de características hidrodinâmicas para estimar o alcance operacional, queda de pressão e ponto de inundação; determinação da eficiência de transferência de massa. 2. ESTRUTURA DA ESPUMA Espuma Cerâmica: β-SiC Alta resistência mecânica Alta condutividade Alta resistência a meios corrosivos 2. ESTRUTURA DA ESPUMA Características: Área de superfície média: 15 – 20 m²/g Volume de vazios: 88% - 92% 2. ESTRUTURA DA ESPUMA Método de preparação: Impregnação em uma Espuma de poliuretano com uma mistura homogênea de silício, carvão vegetal, resina fenólica e fornecedor de oxigênio Após a polimerização da resina o material é calcinado a 1300°C, numa atmosfera inerte 2. ESTRUTURA DA ESPUMA Parâmetros estruturais que podem ser modificados: O tamanho dos poros (caracterizado pelo número PPI), o volume vazio e a densidade aparente Fabricação de materiais com uma grande variedade de propriedades hidrodinâmicas Fig.1. Representação cúbica das células 2. ESTRUTURA DA ESPUMA 2. ESTRUTURA DA ESPUMA A área específica foi calculada a partir do diâmetro celular e do volume vazio: a = Ø / 2,3 (2) (3) 3. CONFIGURAÇÃO EXPERIMENTAL E MÉTODOS 3.1 PLANTA PILOTO DE HIDRODINÂMICA 3. CONFIGURAÇÃO EXPERIMENTAL E MÉTODOS Fig. 4. Configuração experimental para experiências hidrodinâmicas ▪ Condições de operação: Líquido foi coletado após passar pela espuma; Coluna de vidro di= 15 cm e h = 90 cm; Sistema de ar operou em contra corrente; Temperatura ambiente; Pressão atmosférica. Velocidade superficial líquida 1 – 10 m³/m²h; Velocidade superficial gasosa 0 – 2 m/s. 3. CONFIGURAÇÃO EXPERIMENTAL E MÉTODOS 3.2 MÉTODO PARA ESTUDO HIDRODINÂMICO 3. CONFIGURAÇÃO EXPERIMENTAL E MÉTODOS Queda de pressão: Ponto de inundação: Retenção de líquido: Aumentando periodicamente o fluxo de gás e o fluxo de líquido constante até ocorrer inundação O ponto onde uma reversão do fluxo de líquido aparece (4) 3. CONFIGURAÇÃO EXPERIMENTAL E MÉTODOS Retenção dinâmica Retenção estática Método volumétrico Volume de líquido/volume do recheio Submersa, removida e suspensa Diferença peso inicial e o peso após drenagem 3. CONFIGURAÇÃO EXPERIMENTAL E MÉTODOS 3.3 PLANTA PILOTO DE DESTILAÇÃO 3. CONFIGURAÇÃO EXPERIMENTAL E MÉTODOS Fig. 5. Configuração experimental para testes HETP. ▪ HETP –Altura Equivalente ao Número de Pratos Teóricas ▪ NET – Número de Estágios de Equilíbrio HETP – Metodologia desenvolvida por FRI e SRP; Mistura ciclohexano/n-heptano; Eficiência de transferência de massa estimada em termos de HETP, obtidas dividindo a altura do recheio pelo NET. Perdas de calor estimadas em 1,25 ± 0,11 kW – Planta operando sem refluxo. 3. CONFIGURAÇÃO EXPERIMENTAL E MÉTODOS ✓ O experimento consistiu em atingir o ponto de inundação; ✓ Os primeiros testes foram realizados com anéis de Raschig (15x15 cm), para avaliar o método e os resultados; ✓ Um teste final variando a composição inicial foi realizado, para determinar influência da mesma no desempenho; ✓ Amostras líquidas foram removidas na parte inferior da coluna e analisadas no refratômetro; ✓ O tempo entre a geração inicial de vapor e a coleta das primeiras amostras foi de 3 h; ✓ Considerou-se o sistema estável quando 3 amostras apresentaram composição semelhante (sucessivamente); ✓ As composições de topo e de fundo da coluna foram utilizadas para calcular NET; ✓ A queda de pressão, retenção de líquido e HETP são relatadas como uma função do Fator – F. 𝐹 = 𝑢𝐺 𝜌𝐺 (5) 4. RESULTADOS EXPERIMENTAIS 4.1 QUEDA DE PRESSÃO E RESULTADOS DE RETENÇÃO 4. RESULTADOS EXPERIMENTAIS A queda de pressão por metro para o recheio seco e úmido em diferentes cargas de líquido: Fig. 6. (a) Medições de queda de pressão para embalagens secas e úmidas para diferentes velocidades de líquido e (b) detalhe do carregamento de zona para duas velocidades líquidas. 4. RESULTADOS EXPERIMENTAIS Modelo de Ergun: ▪ Valores propostos: E1 = 150 e E2 = 1,75 ▪ Valores ajustados: E1 = 150 e E2 = 1,9 (6) (7) 4. RESULTADOS EXPERIMENTAIS Uma comparação dos valores modelo e experimental: Fig. 7. Comparação de queda de pressão seca estimada com dados experimentais. 4. RESULTADOS EXPERIMENTAIS Um novo modelo empírico: Equação de Forchheimer Determinação empírica da permeabilidade e do coeficiente inercial 4. RESULTADOS EXPERIMENTAIS ▪ ε por porosimetria de mercúrio ▪ m por medidas de transferência de massa Número adimensional (8) (9) (10) (11) 4. RESULTADOS EXPERIMENTAIS A determinação da queda de pressão dos recheios úmidos abaixo do ponto de carga: • Valores coeficientes empíricos: A = 1,1 e B = 0,2 (12) Fig. 8. Comparação da pressão dos materiais úmidos estimado e dados experimentais para três diferentes velocidades de líquido superficiais. 4. RESULTADOS EXPERIMENTAIS ▪ A queda de pressão também foi comparada com três materiais de recheio clássicos utilizados para destilação, dois estruturados e um aleatório. Fig. 10. Queda de pressão da espuma cerâmica, M250Y, CY e PR 5/8 para uL=7,9 m³/m²h. ✓ Características hidrodinâmicas obtidas usando o software Sulcol ✓ M250Y - área específica de 250 m²/m³; ✓ CY - área específica de 700 m²/m³; ✓ PR 5/8 - área específica de 360 m2/m3. 4. RESULTADOS EXPERIMENTAIS Fig. 11. Linha de inundação para espuma cerâmica, M250Y, CY e PR 5/8. ✓ Inundação ocorre em taxas de fluxo de líquido e gás mais baixas. 𝑋 = 𝐿 𝐺𝑓 . 𝜌𝐺 𝜌𝐿 (13) 𝐶𝑔 = 𝐺𝑓 𝜌𝐺 𝜌𝐿−𝜌𝐺 (14) ▪ Parâmetro de projeto importante – Linha de inundação. 4. RESULTADOS EXPERIMENTAIS Fig. 12. (a) Retenção de líquido dinâmico da espuma cerâmica em função da velocidade do gás; ✓ Comportamento das curvas corresponde bem às curvas teóricas de retenção para recheios; ▪ Resultados dinâmicos de retenção de líquido ✓ A retenção de líquido dinâmico pode ser expresso como função do Número de Reynolds da fase líquida: ℎ𝐿𝑑 = 0.0115𝑅𝑒𝐿 0.6 (15) 4. RESULTADOS EXPERIMENTAIS Fig. 12. (b) Retenção de líquido dinâmica de espuma cerâmica em função da velocidade do líquido para uG=0,392 m/s. ✓ A média dos valores obtidos a várias velocidades de gás produz uma estimativa de 1,9 % para retenção estática. ✓ A retenção de líquidos é influenciada pela velocidade superficial líquida; A baixas velocidades, a retenção consiste apenas na película líquida na superfície do recheio. Fig. 13. Comparação entre o modelo de retenção de líquido dinâmica e retenção de líquido dinâmica experimental. ✓ Desvio de pontos experimentais não excede 15 %, exceto na zonade carregamento. 4. RESULTADOS EXPERIMENTAIS 4. RESULTADOS EXPERIMENTAIS Fig. 14. Retenção líquida total da espuma cerâmica, M250Y, CY e PR 5/8 para uL=4,5 m³/m²h. ✓ O rápido aumento da retenção de líquido ocorre a velocidades superficiais mais baixas de líquido e gás. ✓ Com a queda de pressão, a retenção de líquido de um material depende de sua área superficial. 4. RESULTADOS EXPERIMENTAIS 4.2 RESULTADOS DA TRANSFERÊNCIA DE MASSA 4.2.1 VALIDAÇÃO DO MÉTODO 4. RESULTADOS EXPERIMENTAIS Correlação de Onda et al. (1968): Teste com anéis Raschig de vidro. Coeficientes de transferência de massa líquida e gasosa kL e kG e calcular HETP (6) (7) (8) (9) (10) (11) 4. RESULTADOS EXPERIMENTAIS Os resultados dos testes realizados com anéis Raschig de vidro com dimensões nominais de 15 × 15mm: Fig. 15. Comparação de valores experimentais com valores de correlação de Onda para anéis de Raschig. 4. RESULTADOS EXPERIMENTAIS 4.2 RESULTADOS DA TRANSFERÊNCIA DE MASSA 4.2.2 HETP DA ESPUMA 4. RESULTADOS EXPERIMENTAIS Fig. 16. Medição HETP com espuma cerâmica para diferentes tipos de temperatura no refervedor. ✓ Os valores de HETP diminuíram significativamente com o aumento da velocidade superficial de gás e líquido até atingir valor constante de 0,2 m. ✓ Os valores de HETP para baixo Fator – F devido a má acomodação do recheio na coluna. 30 % ciclohexano 20 % ciclohexano 4. RESULTADOS EXPERIMENTAIS Fig. 17. Comportamento geral da eficiência do recheio. ✓ Comportamento semelhante ao descrito para outros materiais de recheio. ✓ Neste estudo a diminuição de HETP com Fator – F foi evidente, mas o HETP no ponto de inundação não foi obtido devido a instabilidade da coluna; ✓ A composição inicial da mistura não influencia nas curvas de HETP; ✓ Assim como nos dados hidrodinâmicos, o HETP pode ser comparado com o de outros recheios, entretanto, deve-se levar em consideração as dimensões das colunas de teste, design do sistema de destilação e pressão de operação. 4. RESULTADOS EXPERIMENTAIS 4. RESULTADOS EXPERIMENTAIS Fig. 18. Comparação de HETP para espuma cerâmica, M250Y, CY e PR 5/8. ✓ A espuma tem excelente desempenho para transferência de massa. ✓ HETP 0,2 - 0,3 4 – 5 estágios de massa/m. 4. RESULTADOS EXPERIMENTAIS Fig. 19. Número teórico de estágios por metro (NTSM) em função da queda de pressão para espuma cerâmica, M250Y, CY e PR 5/8. ✓ A espuma exibe um comportamento intermediário. ▪ Desempenho final 5. CONCLUSÃO A interdição de desempenho da queda de pressão por unidade e o comportamento de inundação foi bastante baixo em comparação com os materiais clássicos de recheios de coluna de destilação (anéis M250Y, CY e Pall). A retenção líquida do recheio de espuma enrugada com o carregamento de líquido-gás remanescente na zona de carga e a retenção de líquido foi maior do que outros materiais de recheio clássicos. O desempenho da transferência de massa foi satisfatório, com um HETP de 0,2 m e aumentando a transferência de massa com o aumento das velocidades superficiais do gás e líquido dentro do recheio. As espumas cerâmicas podem ser consideradas um bom recheio com potencial para destilação, no entanto, as aplicações seriam limitadas; A espuma cerâmica empregada neste estudo exibe outras propriedades interessantes: • resistência à corrosão, • adaptabilidade da geometria da espuma para aumentar o desempenho através de modificações estruturais e • o material β-Sic está bem adaptado ao revestimento do catalisador, introduzindo potenciais aplicações na destilação reativa. 5. CONCLUSÃO DEQ832 - FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA Anelise Mossmann e Rejiane da Rosa MUITO OBRIGADA!
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