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Prova (Av1) c/ Nota 10 - Direito Civil - Contratos

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1. 	Com suas palavras explique os PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DA VONTADE OU PRIVADA e PRINCÍPIO DA VINCULAÇÃO DAS PARTES OU OBRIGATORIEDADE DOS CONTRATOS. Fundamente justifique sua resposta. (300,00)
		A autonomia da vontade é conceito oriundo da filosofia, concebido por Kant como a chave para discernir a moralidade das condutas. Nesse sentido, a autonomia da vontade é fundamento primordial à eficácia de qualquer contrato, de forma que, como corroboram Stolze e Pamplona (2020, p. 616): “Não se pode falar em contrato sem autonomia da vontade. E, por isso, o princípio da autonomia da vontade (ou do consensualismo) deve ser sempre visto como o primeiro princípio contratual específico.	“
		Tudo em Direito Civil deve ser bazilado pelo princípio da autonomia privada. Nos contratos, tal princípio concebe a vontade livre e plena, em regra plena, de contratar com alguém. Assim, todos são livres para contratar ou não, escolher com quem contratar e ainda, estipular consensualmente as cláusulas do contrato.
		Ademais, o pricípio da força obrigatória dos contratos, ou pacta sunt servanda, preconiza justamente uma restrição da liberdade, já que limita àqueles que contrataram aos termos do contrato feito consensualmente, dada a inicial autonomia privada. Desse modo, concebe-se que o contrato faz lei entre as partes, no entanto, não se trata de regra absoluta, podendo haver limitações à sua aplicação, de modo que Stolze e Pamplona (p. 622), fazem a seguinte observação: “Em uma época como a atual, em que os contratos paritários cedem lugar aos contratos de adesão, o pacta sunt servanda ganhou um matiz mais discreto, temperado por mecanismos jurídicos de regulação do equilíbrio contratual, a exemplo da teoria da imprevisão.”.
2. O que significa a FUNÇÃO SOCIAL DOS CONTRATOS? Fundamente justifique sua resposta. (300,00)
	Os art. 421 do Código Civil consagra o princípio da função social do contrato, afirmando: “A liberdade contratual será exercida nos limites da função social do contrato.”. Não obstante, corrobora o art. 2.035, parágrafo único, do mesmo Código: “ Nenhuma convenção prevalecerá se contrariar preceitos de ordem pública, tais como os estabelecidos por este Código para assegurar a função social da propriedade e dos contratos.”.
	Como percebe-se, o Código Civil não conceitua a função social. Nesse sentido, a doutrina concebe que é um dos principais apoios principiológicos dos contratos, apesar de indeterminado, já que limita a liberdade de contratar, em razão do bem comum. Em tal contexto, como concebem Stolze e Pamplona (2020, p. 633): “Ao mencionar que a liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato, o legislador estabeleceu, de uma só vez, um critério finalístico ou teleológico e outro critério limitativo para a caracterização desse princípio.”.
	Outrossim, como confere o Enunciado nº 23 do CFJ, aprovado na I Jornada de Direito Civil, a função social do contrato limita a autonomia contratual, reduzindo o alcance de tal princípio. Trata-se, no mesmo sentido, de uma relativização da força obrigatória dos contratos, perante abusos ou excessos.
3. Diferencie CONTRATO GRATUITO DE CONTRATO ONEROSOS? Fundamente justifique sua resposta. (300,00)
	Gratuito ou benédico, é o contrato em que só uma das partes tem perda, de modo que a outra não possui nenhuma contraprestação em relação a vantagem percebida, como, por exemplo, ocorre no contrato de doação pura e de fiança. Trata-se, para a parte que se onera, de uma liberalidade, já que ela faz a escolha de onerar-se, de modo que este deve ser mais protegido na relação contratual. Para tais contratos, o Código Civil confere, no art. 114, uma interpretação restritiva. Nesse sentido, o contrato gratuito quase sempre é, por lógica, unilateral, havendo raras exceções. 
	De outro modo, os contratos onerosos são aqueles em que todas as partes têm alguma vantagem econômica e ambas tem sacríficios. Trata-se da maior parte das espécies contratuais, vide o contrato de compra e venda. Nesse sentido, o contrato oneroso é, em regra, bilateral.
	
4. Discorra sobre o o direito de arrependimento dentro do CONTRATO PRELIMINAR. Fundamente justifique sua resposta. (100,00).
		Contrato preliminar ou pré-contrato é, em suma, a constituição da obrigação de celebrar um contrato, de modo que, como concebe a Doutrina, o objeto do contrato preliminar é o contrato definitivo. No entanto, como aduz Schereiber (2020, p. 627), o contrato preliminar tem natureza jurídica de contrato, gerando responsabilidade contratual. Nesse sentido, o art. 462 concebe que tal contrato deve conter todos os requisitos essenciais do contrato definitivo que será celebrado.
		Desse modo, não há dúvidas de que o contrato preliminar pode, como todos os demais, abranger o direito ao arrependimento, de modo que, caso um ds contratantes opte por desistir do contrato preliminar, não haverá mais a obrigação de contratar definitivamente. Ocorre que, o art. 463 do Código Civil concebe que no contrato preliminar em que não conste cláusula de arrependimento, qualquer das partes pode exigir a celebração definitiva do contrato, assinando prazo para que a outra parte efetive.

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