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MUDE SUA VIDA! 
1 
 
SUMÁRIO 
DIREITOS DE NACIONALIDADE .......................................................................................................................... 2 
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS ............................................................................................................................. 2 
CONCEITO .................................................................................................................................................. 2 
ESPÉCIES DE NACIONALIDADE ....................................................................................................................... 2 
NACIONALIDADE PRIMÁRIA OU ORIGINÁRIA ............................................................................................ 2 
NACIONALIDADE SECUNDÁRIA, DERIVADA OU ADQUIRIDA ..................................................................... 2 
CONFLITOS DE NACIONALIDADE ............................................................................................................... 2 
BRASILEIRO NATO - NACIONALIDADE ORIGINÁRIA ....................................................................................... 3 
IUS SOLIS – ART. 12, I, A ............................................................................................................................. 3 
IUS SANGUINIS + CRITÉRIO FUNCIONAL – ART. 12, I, B ............................................................................. 3 
IUS SANGUINIS + REGISTRO – ART. 12, I, C – PRIMEIRA PARTE ................................................................ 3 
IUS SANGUINIS + OPÇÃO – ART. 12, I, “C” – PARTE FINAL ........................................................................ 4 
BRASILEIRO NATURALIZADO - NACIONALIDADE SECUNDÁRIA OU DERIVADA OU ADQUIRIDA ................... 5 
NATURALIZAÇÃO ORDINÁRIA CONSTITUCIONAL – ART. 12, II, A .................................................................. 5 
ORDINÁRIA PARA ORIGINÁRIOS DE PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA .................................................... 5 
ORDINÁRIA NA FORMA DA LEI .................................................................................................................. 5 
PROCEDIMENTO ............................................................................................................................................ 6 
NATURALIZAÇÃO EXTRAORDINÁRIA ............................................................................................................. 7 
PROCEDIMENTO ........................................................................................................................................ 7 
EFEITOS ...................................................................................................................................................... 7 
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 8 
GABARITO .................................................................................................................................................... 10 
 
 
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MUDE SUA VIDA! 
2 
 
DIREITOS DE NACIONALIDADE 
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS 
CONCEITO 
Vínculo jurídico-político que liga um indivíduo a certo e determinado Estado, fazendo 
este indivíduo componente do povo, tendo por isso direitos e obrigações. 
Não devemos confundir: 
 Povo: conjunto de nacionais de um Estado. 
 População: conjunto de residentes no território (nacionais ou estrangeiros). 
 Nação: conjunto de pessoas que se identificam pela mesma língua, cultura, 
costumes, tradições. 
 Cidadania: mais restrita que a nacionalidade, refere-se aos indivíduos que podem 
exercer direitos políticos. 
O direito a ter uma nacionalidade é considerado como Direito Humano Fundamental, 
previsto no Art. XV da Declaração Universal de Direitos Humanos. 
ESPÉCIES DE NACIONALIDADE 
Existem duas espécies de nacionalidade: a) nacionalidade primária ou originária; e b) 
nacionalidade secundária, derivada ou adquirida. 
NACIONALIDADE PRIMÁRIA OU ORIGINÁRIA 
Imposta na data do nascimento pelo Estado, de forma unilateral e involuntária (como 
regra) e que identifica o indivíduo como sendo nacional nato de um Estado. 
Critérios utilizados: 
 Ius (jus) solis ou critério da territorialidade: por esse critério, a nacionalidade é 
definida pelo local de nascimento do indivíduo, independente da nacionalidade dos 
pais (critério geralmente adotado por países de imigração). 
 Ius (jus) sanguinis: por esse critério a nacionalidade é definida pelo sangue, pela 
filiação, ascendência, não importando o local onde a pessoa tenha nascido, é dizer, 
o indivíduo adquire a nacionalidade dos seus pais (critério geralmente adotado por 
países de emigração). 
No Brasil, o critério adotado como regra é o ius solis, permitindo-se situações de 
aquisição da nacionalidade pelo ius sanguinis. 
• NÃO existe no Brasil o critério do jus matrimoniale, ou seja, pelo vínculo do 
casamento. 
NACIONALIDADE SECUNDÁRIA, DERIVADA OU ADQUIRIDA 
É aquela adquirida por vontade própria, pelo processo de naturalização e que identifica 
o indivíduo como sendo nacional naturalizado de um Estado. 
CONFLITOS DE NACIONALIDADE 
A depender dos critérios de nacionalidade adotados pelos Estados, podem surgir os 
chamados conflitos de nacionalidade, que podem ser positivos ou negativos. 
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MUDE SUA VIDA! 
3 
 
 Conflito Positivo de Nacionalidade: ocorre quando o indivíduo possui mais de 
uma nacionalidade (multinacionalidades); é chamado de Polipátrida. 
 Conflito Negativo de Nacionalidade: quando o indivíduo não é nacional em 
nenhum Estado; é o chamado Apátrida ou Heimatlos. 
BRASILEIRO NATO - NACIONALIDADE ORIGINÁRIA 
Vamos analisar agora as hipóteses constitucionais de aquisição da nacionalidade 
originária, as quais se encontram elencadas em rol taxativo no Art. 12, I, da CF/88: 
Art. 12. São brasileiros: 
I - Natos: 
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais 
estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país; 
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, 
desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa 
do Brasil; 
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, 
desde que sejam registrados em repartição brasileira competente 
OU venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em 
qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela 
nacionalidade brasileira; (grifo nosso) 
IUS SOLIS – ART. 12, I, A 
São brasileiros natos os nascidos na RFB, ainda que de pais estrangeiros, desde que 
qualquer deles não esteja a serviço de SEU país. Se qualquer um deles estiver a serviço de seu 
país, essa criança será considerada como estrangeira, ou seja, não será brasileira nata. 
Cumpre observar que o texto constitucional exige, para o afastamento da nacionalidade 
brasileira, que qualquer um dos pais esteja a serviço de seu país. Disso concluímos que a 
nacionalidade brasileira originária também será adquirida pelo filho de pais estrangeiros que 
estejam em território brasileiro cumprindo funções para outro país, que não o seu. 
Ademais, para que incida a excludente de nacionalidade, os dois pais devem ser 
estrangeiros. Isso porque, se um dos pais for brasileiro, ainda que o outro esteja a serviço do 
seu país de origem, deverá prevalecer a nacionalidade brasileira. 
IUS SANGUINIS + CRITÉRIO FUNCIONAL – ART. 12, I, B 
São brasileiros natos os nascidos no estrangeiro de pai OU mãe brasileiros, desde que 
um deles esteja a serviço da RFB. 
Para a aquisição da nacionalidade nessa hipótese qualquer um dos pais deve ser 
brasileiro, e não necessariamente os dois, podendo ser brasileiro nato ou naturalizado. 
A serviço da RFB significa a serviço de órgãos e entidades daAdministração Direta e 
Indireta da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, incluindo as empresas 
públicas e sociedades de economia mista, contudo o serviço deve ter caráter permanente e 
não eventual.1 
Considera-se como serviço oficial da República Federativa do Brasil, o serviço a 
organizações internacionais, contudo, deve ser uma organização internacional da qual o 
Brasil faça parte. 
IUS SANGUINIS + REGISTRO – ART. 12, I, C – PRIMEIRA PARTE 
São brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, filhos de pai ou mãe brasileiros, desde 
que sejam registrados em repartição brasileira competente. 
 
1 Comentários à Constituição do Brasil, 2014, pg. 651. 
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MUDE SUA VIDA! 
4 
 
Para a aquisição da nacionalidade, nessa hipótese, qualquer um dos pais deve ser 
brasileiro, e não necessariamente os dois, podendo ser brasileiro nato ou naturalizado. 
Ex.: Maria, em férias na França, tem seu filho em Paris; ele será francês? Depende da lei 
francesa. E brasileiro? Se fizer o registro, será brasileiro nato. 
IUS SANGUINIS + OPÇÃO – ART. 12, I, “C” – PARTE FINAL 
São brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, filhos de pai ou mãe brasileira que 
venham a residir no Brasil e realizem a opção pela nacionalidade brasileira, após adquirirem a 
maioridade. 
Trata-se da hipótese de nacionalidade potestativa, pois depende de manifestação da 
vontade do indivíduo, sendo, portanto, uma exceção à característica da involuntariedade da 
nacionalidade originária. 
Essa opção se dá por meio de uma ação de opção de nacionalidade, de competência da 
Justiça Federal (Art. 109, X, CF/88). A decisão judicial que concede a nacionalidade opera 
efeitos retroativos (ex tunc), ou seja, o indivíduo é considerado como brasileiro nato desde o 
seu nascimento. 
Assim, podemos esquematizar 4 requisitos para a aquisição da nacionalidade 
potestativa: 
• Ser filho de pai ou mãe brasileiros; 
• Fixar residência do Brasil; 
• Possuir a maioridade, ou seja, deve ter pelo menos 18 anos; 
• Fazer a opção da nacionalidade a qualquer tempo, depois de atingir a 
maioridade. 
Atenção: cumpre observar que é requisito para a aquisição da nacionalidade potestativa que 
o indivíduo tenha pelo menos 18 anos. E se o filho de pai ou mãe brasileiros, nascido no 
estrangeiro, vier a residir no Brasil antes de atingir a maioridade? Como ficará a sua situação? 
Será considerado como estrangeiro? 
Buscando solucionar esse impasse, decidiu o STF2 que o filho de pai ou mãe brasileiros, 
nascido no estrangeiro que venha a residir no Brasil ainda menor, adquire a nacionalidade 
originária no momento da fixação de sua residência no Brasil, devendo confirmar sua vontade 
de conservar a nacionalidade brasileira quando atingir a maioridade. 
 
 
2 São brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que 
venham a residir no Brasil e optem, em qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira. A opção 
pode ser feita a qualquer tempo, desde que venha o filho de pai brasileiro ou de mãe brasileira, 
nascido no estrangeiro, a residir no Brasil. Essa opção somente pode ser manifestada depois de 
alcançada a maioridade. É que a opção, por decorrer da vontade, tem caráter personalíssimo. 
Exige-se, então, que o optante tenha capacidade plena para manifestar a sua vontade, capacidade 
que se adquire com a maioridade. Vindo o nascido no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe 
brasileira, a residir no Brasil, ainda menor, passa a ser considerado brasileiro nato, sujeita essa 
nacionalidade a manifestação da vontade do interessado, mediante a opção, depois de atingida a 
maioridade. Atingida a maioridade, enquanto não manifestada a opção, esta passa a constituir-se 
em condição suspensiva da nacionalidade brasileira. 
[RE 418.096, rel. min. Carlos Velloso, j. 22-3-2005, 2ª T, DJ de 22-4-2005.] 
 
ORIGINÁRIA
Ius Solis Ius Sanguinis + Critério Funcional Ius Sanguinis + Registro Ius Sanguinis + Opção
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http://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=368429&idDocumento=&codigoClasse=437&numero=418096&siglaRecurso=&classe=RE
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MUDE SUA VIDA! 
5 
 
BRASILEIRO NATURALIZADO - NACIONALIDADE SECUNDÁRIA 
OU DERIVADA OU ADQUIRIDA 
A aquisição da nacionalidade brasileira secundária, que identifica o indivíduo como 
sendo brasileiro naturalizado, dá-se por meio do processo de naturalização, que depende de 
manifestação de vontade do interessado e de concordância (aquiescência) do Estado. 
Em outras palavras, a aquisição da nacionalidade brasileira deve sempre se dar de forma 
expressa, e não tácita. 
A CF estabeleceu duas hipóteses de naturalização no Art. 12, II da CF/88: a) 
naturalização ordinária constitucional (Art. 12, II, a); e b) naturalização extraordinária 
constitucional (Art. 12, II, b). 
Art. 12. São brasileiros: 
II - Naturalizados: 
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, 
exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas 
residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral; 
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade residentes na 
República Federativa do Brasil há mais de quinze anos 
ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a 
nacionalidade brasileira. 
NATURALIZAÇÃO ORDINÁRIA CONSTITUCIONAL – ART. 12, II, A 
A naturalização ordinária constitucional se divide em: naturalização para originários de 
países de língua portuguesa e não originários de países de língua portuguesa na forma da lei. 
ORDINÁRIA PARA ORIGINÁRIOS DE PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA 
Para aquelas pessoas originárias de países de Língua Portuguesa3, a CF exige 2 critérios: 
residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral. 
De acordo com a jurisprudência do STF, saídas esporádicas do país não interrompem o 
prazo de residência. 
ORDINÁRIA NA FORMA DA LEI 
É possível ainda a aquisição da nacionalidade derivada brasileira nos termos 
estabelecidos em lei. A lei a que o texto constitucional se refere é a Lei de Migração - Lei 
13.445/2017, a qual estabelece três tipos de naturalização: ordinária (legal); especial; 
provisória. 
• Naturalização ordinária legal 
Art. 65. Será concedida a naturalização ordinária àquele que 
preencher as seguintes condições: 
I - Ter capacidade civil, segundo a lei brasileira; 
II - Ter residência em território nacional, pelo prazo mínimo de 4 
(quatro) anos; 
III - comunicar-se em língua portuguesa, consideradas as condições 
do naturalizando; e 
IV - Não possuir condenação penal ou estiver reabilitado, nos 
termos da lei. 
 
3 São países que adotam a Língua Portuguesa como idioma oficial: Portugal, Guiné-Bissau, Angola, Cabo 
Verde, Brasil, Moçambique, Timor Leste, São Tomé e Príncipe e Guiné Equatorial. 
 
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MUDE SUA VIDA! 
6 
 
Art. 66. O prazo de residência fixado no inciso II do caput do art. 65 
será reduzido para, no mínimo, 1 (um) ano se o naturalizando 
preencher quaisquer das seguintes condições: 
I - (VETADO); 
II - Ter filho brasileiro; 
III - ter cônjuge ou companheiro brasileiro e não estar dele 
separado legalmente ou de fato no momento de concessão da 
naturalização; 
IV - (VETADO); 
V - Haver prestado ou poder prestar serviço relevante ao Brasil; ou 
VI - Recomendar-se por sua capacidade profissional, científica ou 
artística. 
• Naturalização especial 
Art. 68. A naturalização especial poderá ser concedida ao 
estrangeiro que se encontre em uma das seguintes situações: 
I - Seja cônjuge ou companheiro, há mais de 5 (cinco) anos, de 
integrante do Serviço Exterior Brasileiro em atividade ou de pessoa 
a serviço do Estado brasileiro no exterior; ou 
II - Seja ou tenha sido empregado em missão diplomática ou em 
repartição consulardo Brasil por mais de 10 (dez) anos 
ininterruptos. 
Art. 69. São requisitos para a concessão da naturalização especial: 
I - Ter capacidade civil, segundo a lei brasileira; 
II - Comunicar-se em língua portuguesa, consideradas as condições 
do naturalizando; e 
III - não possuir condenação penal ou estiver reabilitado, nos termos 
da lei. 
• Naturalização provisória 
Art. 70. A naturalização provisória poderá ser concedida ao 
migrante criança ou adolescente que tenha fixado residência em 
território nacional antes de completar 10 (dez) anos de idade e 
deverá ser requerida por intermédio de seu representante legal. 
Parágrafo único. A naturalização prevista no caput será convertida 
em definitiva se o naturalizando expressamente assim o requerer no 
prazo de 2 (dois) anos após atingir a maioridade. 
PROCEDIMENTO 
A aquisição da nacionalidade derivada, na forma da lei e para os originários de países de 
língua portuguesa, dá-se por meio de processo administrativo, com trâmite perante o 
Ministério da Justiça. 
O ato administrativo que concede a nacionalidade nessas hipóteses é discricionário, e a 
decisão terá caráter constitutivo. 
 
NATURALIZAÇÃO 
ORDINÁRIA
Originários de 
Países de Língua 
Portuguesa
residência de 1 
ano ininterrupto
idoneidade moral
Na forma da lei Lei 13.445/2017
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MUDE SUA VIDA! 
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NATURALIZAÇÃO EXTRAORDINÁRIA 
A naturalização extraordinária ou quinzenária ocorre quando o estrangeiro, de qualquer 
nacionalidade, preencher os seguintes requisitos: 
 Tiver residência no país por mais de 15 anos ininterruptos; 
 Não tiver condenação penal; 
 O interessado deve requisitar a nacionalidade. 
A Lei de Migração também dispõe sobre essa espécie de nacionalidade: 
Art. 67. A naturalização extraordinária será concedida a pessoa de 
qualquer nacionalidade fixada no Brasil há mais de 15 (quinze) 
anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeira a 
nacionalidade brasileira. 
PROCEDIMENTO 
A aquisição da nacionalidade derivada pela naturalização extraordinária também se dá 
por meio de processo administrativo, com trâmite perante o Ministério da Justiça. 
O ato administrativo que concede a nacionalidade nessa hipótese é vinculado, e a 
decisão terá caráter declaratório. 
EFEITOS 
Destaca-se que em todas as hipóteses de naturalização era expedido um certificado 
relativo a cada naturalizando, contudo, em razão da revogação da Lei 6.815/80 (Art. 1194) e 
consequente vigência da Lei 13.446/2017 (Lei de Migração), não serão mais expedidos 
Certificados de Naturalização. Isso porque, pela nova lei, a naturalização passa a produzir 
efeitos a partir da data da publicação do ato de naturalização (portaria) no Diário Oficial da 
União, conforme disposto no Art. 73 da referida Lei. 
Art. 73. A naturalização produz efeitos após a publicação no Diário Oficial do ato de 
naturalização. 
 
4 Dispositivo revogado da Lei 6.815/80 – Estatuto do Estrangeiro. Art. 119. Publicada no Diário Oficial a 
portaria de naturalização, será ela arquivada no órgão competente do Ministério da Justiça, que 
emitirá certificado relativo a cada naturalizando, o qual será solenemente entregue, na forma 
fixada em Regulamento, pelo juiz federal da cidade onde tenha domicílio o interessado. 
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MUDE SUA VIDA! 
8 
 
 
EXERCÍCIOS 
1. (CESPE-2018). Os indivíduos que possuem multinacionalidade vinculam-se a dois 
requisitos de aquisição de nacionalidade primária: o direito de sangue e o direito de 
solo. 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
Naturalização 
ordinária 
constitucional
Originários de 
países de língua 
portuguesa
residência de 1 
ano initerrupto
idoneidade 
moral
na forma da lei: 
demais 
nacionalidades
ordinária legal 
(Art. 65 LM)
capacidade civil
residência de 4 
anos
falar português
não ter 
condenacão 
penal ou estar 
reabilitado
especial
ser cônjuge de 
integrante do 
serviço exterior 
brasileito ou a 
serviço do 
Estado 
brasileiro, há + 
5 anos
empregado em 
missão 
diplomática ou 
consular há + 
de 10 anos
provisória
filho de 
migrante com 
menos de 10 
anos 
Extraordinária
15 anos de 
residência 
initerrupta
sem 
condenação 
penal
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MUDE SUA VIDA! 
9 
 
RESPOSTA – CERTO 
A depender dos critérios de nacionalidade adotados pelos Estados, podem 
surgir os chamados conflitos de nacionalidade, que podem ser positivos ou 
negativos. 
Conflito Positivo de Nacionalidade: ocorre quando o indivíduo possui mais 
de uma nacionalidade (multinacionalidades); é chamado de Polipátrida. 
Conflito Negativo de Nacionalidade: quando o indivíduo não é nacional em 
nenhum Estado; é o chamado Apátrida ou Heimatlos. 
2. (IBADE- 2017) A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 somente 
prevê o critério jus soli para atribuição de nacionalidade. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Reposta: ERRADO 
Imposta na data do nascimento pelo Estado, de forma unilateral e 
involuntária (como regra) e que identifica o indivíduo como sendo nacional nato 
de um Estado. 
Critérios utilizados: 
Ius (jus) solis ou critério da territorialidade: por esse critério, a 
nacionalidade é definida pelo local de nascimento do indivíduo, independente da 
nacionalidade dos pais (critério geralmente adotado por países de imigração). 
Ius (jus) sanguinis: por esse critério a nacionalidade é definida pelo 
sangue, pela filiação, ascendência, não importando o local onde a pessoa tenha 
nascido, é dizer, o indivíduo adquire a nacionalidade dos seus pais (critério 
geralmente adotado por países de emigração). 
No Brasil, o critério adotado como regra é o ius solis, permitindo-se situações 
de aquisição da nacionalidade pelo ius sanguinis. 
3. (CESPE/2016) configura-se a denominada nacionalidade adquirida no caso em que o 
indivíduo nascido no estrangeiro, filho de pai ou mãe brasileiros, passa a residir no 
Brasil e opta pela nacionalidade brasileira depois de ter atingido a maioridade. 
Certo ( ) Errado ( ) 
RESPOSTA: ERRADO 
A aquisição da nacionalidade brasileira secundária, que identifica o indivíduo 
como sendo brasileiro naturalizado, dá-se por meio do processo de naturalização, 
que depende de manifestação de vontade do interessado e de concordância 
(aquiescência) do Estado. 
Em outras palavras, a aquisição da nacionalidade brasileira deve sempre se 
dar de forma expressa, e não tácita. 
A CF estabeleceu duas hipóteses de naturalização no Art. 12, II da CF/88: a) 
naturalização ordinária constitucional (Art. 12, II, a); e b) naturalização 
extraordinária constitucional (Art. 12, II, b). 
4. (CESPE/2016). Tanto a nacionalidade primária quanto a nacionalidade secundária 
dependem da vontade do indivíduo, que tem a liberdade de aceitar ou não o vínculo 
jurídico-positivo que o liga ao Estado brasileiro. 
Certo ( ) Errado ( ) 
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MUDE SUA VIDA! 
10 
 
RESPOSTA – ERRADO 
A nacionalidade primária ou originária é imposta na data do nascimento pelo 
Estado, de forma unilateral e involuntária (como regra) e que identifica o 
indivíduo como sendo nacional nato de um Estado. 
Já a aquisição da nacionalidade brasileira secundária, que identifica o 
indivíduo como sendo brasileiro naturalizado, dá-se por meio do processo de 
naturalização, que depende de manifestação de vontade do interessado e de 
concordância (aquiescência) do Estado. 
Em outras palavras, a aquisição da nacionalidade brasileira deve sempre se 
dar de forma expressa, e não tácita. 
5. (CESPE/2016). Na determinação da nacionalidade primária, no Brasil se adota com 
primazia o jus solis (vínculo de territorialidade), mas também se admitem o jus 
matrimoniale (vínculo de casamento) e o jus sanguinis (vínculo de sangue). 
Certo ( ) Errado ( ) 
Resposta – ERRADA 
No Brasil, o critério adotadocomo regra é o ius solis, permitindo-se situações 
de aquisição da nacionalidade pelo ius sanguinis. 
NÃO existe no Brasil o critério do jus matrimoniale, ou seja, pelo vínculo do 
casamento. 
GABARITO 
1. C 
2. E 
3. E 
4. E 
5. E 
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