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Apostila de Direito Processual Penal - Prof Erivelton - ITEP - Nova (1)

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Concurseiro Mossoroense. 
Com você antes, durante e depois do edital. 
(84) 9.9862-1117 
 
1 
 
 
 
 
 
 
 
CONCURSO DO ITEP-RN (PRÉ-EDITAL) 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL – PROF. ERIVELTON NUNES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Olá! Eu sou o Professor Erivelton Almeida, Especialista em Direito Penal, atuante na área 
criminal há 18 anos. Preparei esse material para você que está focado no concurso do 
ITEP/RN. Atualmente sou Policial Civil e Professor do @concursseiromossoroense. 
Contato: @proferivelton 
 
 
SUMÁRIO 
1. DISPOSIÇÕES PRELIMINARES DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL 03 
2. APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL NO TEMPO, NO ESPAÇO E EM RELAÇÃO ÀS PESSOAS 03 
3. INQUÉRITO POLICIAL 04 
Questões: Inquérito Policial 07 
4. AÇÃO PENAL 10 
Questões: Ação Penal 13 
5. COMPETÊNCIA 15 
6. PRISÃO E LIBERDADE PROVISÓRIA E PRISÃO TEMPORÁRIA 15 
Questões: Prisões 22 
7. PROVAS: EXAME DE CORPO DE DELITO E PERÍCIAS EM GERAL E INTERCEPTAÇÃO 
TELEFÔNICA 
24 
Questões: Provas 30 
8. PROCESSO E JULGAMENTO DOS CRIMES DE RESPONSABILIDADE DOS FUNCIONÁRIOS 
PÚBLICOS 
32 
QUESTÕES: REVISÃO 33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Concurseiro Mossoroense. 
Com você antes, durante e depois do edital. 
(84) 9.9862-1117 
 
3 
 
O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código, ressalvados: 
I - os tratados, as convenções e regras de direito internacional; 
II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de Estado, nos crimes conexos com 
os do Presidente da República, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade 
III - os processos da competência da Justiça Militar; 
IV - os processos da competência do tribunal especial; 
V - os processos por crimes de imprensa. 
A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da 
lei anterior. 
A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos 
princípios gerais de direito. 
 
 
APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL NO ESPAÇO 
 
O estudo da aplicabilidade da Lei Processual Penal está relacionado à sua aptidão para produzir efeitos. Essa 
aptidão para produzir efeitos está ligada a dois fatores: espacial e temporal. 
 
Assim, a norma processual penal (como qualquer outra) vigora em determinado lugar e em determinado tempo. 
Nesse sentido, devemos analisar onde e quando a lei processual penal se aplica. 
 
Portanto, não se admite a existência de Códigos Processuais estaduais, até porque compete 
privativamente à União legislar sobre direito processual, nos termos da Constituição Federal: 
Como disse a vocês, esta é a regra! Mas toda regra possui exceções. São elas: 
 
A) Tratados, convenções e regras de Direito Internacional 
B) Prerrogativas constitucionais do Presidente da República,dos ministros de Estado, nos crimes conexos com os 
do Presidente da República, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade 
C) Processos de competência da Justiça Militar 
D) Processos de Competência de Tribunal Especial 
E) Processos relativos a crimes de imprensa 
 
APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL NO TEMPO 
 
Art. 2o A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência 
da lei anterior 
 
Por este artigo podemos extrair o princípio do tempus regit actum, também conhecido como princípio do efeito 
imediato ou aplicação imediata da lei processual. Este princípio significa que a lei processual regulará os 
atos processuais praticados a partir de sua vigência, não se aplicando aos atos já praticados. 
 
Esta é a regra de aplicação temporal de toda e qualquer lei, meus caros, ou seja, produção de efeitos somente 
para o futuro. Caso contrário, o caos seria instalado!Assim, vocês devem ter muito cuidado! 
 
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL 
APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL NO TEMPO, NO ESPAÇO E EM RELAÇÃO ÀS PESSOAS 
Concurseiro Mossoroense. 
Com você antes, durante e depois do edital. 
(84) 9.9862-1117 
 
4 
Ainda que o processo tenha se iniciado sob a vigência de uma lei, sobrevindo outra norma, alterando o CPP (ainda 
que mais gravosa ao réu), esta será aplicada aos atos futuros. Ou seja, a lei nova não pode retroagir para 
alcançar atos processuais já praticados, MAS SE APLICA AOS PROCESSOS EMCURSO! 
 
APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL NO TEMPO EM RELAÇÃO ÀS PESSOAS 
O assunto será visto no tema: Competência por prerrogativa de função. 
 
 
“Inquérito policial é o conjunto de diligências realizadas pela Polícia Judiciária para a apuração de uma infração 
penal e sua autoria, afim de que o titular da ação penal (MP) possa ingressar em juízo”. 
 
POLÍCIA JUDICIÁRIA: POLÍCIA ADMINISTRATIVA 
 
POLÍCIA CIVIL e PF: PM, BM, PRF, PFF e “GM” 
 
CARACTRÍSTICAS 
 
A) O IP é administrativo - O Inquérito Policial, por ser instaurado e conduzido por uma autoridade policial, 
possui nítido caráter administrativo. NÃO HÁ PROCESSO, NEM CONTRADITÓRIO. 
PERSECUÇÃO PENAL 
Inquérito Policial + Ação Penal + Execução Penal 
 
B) O IP é inquisitivo (inquisitorialidade) - A inquisitorialidade do Inquérito decorre de sua natureza pré-
processual. No Processo temos autor (MP ou vítima), acusado e Juiz. 
 
Obs1: No Inquérito não há acusação, logo, não há nem autor, nem acusado; 
Obs2: O exame de corpo de delito não pode ser negado; 
Obs3: O que o Juiz NÃO PODE fundamentar sua decisão somente com elementos obtidos durante o IP; 
Obs4: tem valor probatório mínimo - O valor probatório do inquérito policial, como regra, é considerado relativo, 
entretanto, nada obsta que o juiz absolva o réu por decisão fundamentada exclusivamente em elementos 
informativos colhidos na investigação. CORRETO 
Obs5: Não cabe suspeição do DPC 
 
C) Oficiosidade - Salvo na hipótese de ação penal pública condicionada à representação e de ação penal privada, 
a autoridade policial deve instaurar o Inquérito Policial sempre que tiver notícia da prática de um crime. 
 
D) Procedimento escrito; 
 
E) Indisponibilidade - Uma vez instaurado o IP,não pode a autoridade policial arquivá-lo, pois esta 
atribuição é exclusiva do titular da ação penal; 
 
F) Dispensabilidade - O Inquérito Policial é dispensável, ou seja, não é obrigatório. Dado seu caráter 
informativo (busca reunir informações), caso o titular daação penal já possua todos os elementos necessários ao 
oferecimento daação penal, o Inquérito será dispensável. 
 
G) Discricionariedade na sua condução - A autoridade policial pode conduzir a investigação da maneira que 
entender mais frutífera, sem necessidade de seguir um padrão pré-estabelecido. 
INQUÉRTIO POLICIAL 
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5 
INSTAURAÇÃO 
Ação Penal: 
 
I) Pública incondicionada: Não depende da vontade da vítima 
II) Pública Condicionada à representação: Depende da manifestação da vítima 
III) Privada: É de responsabilidade da vítima 
 
 
OBS: no caso de se tratar de uma denúncia anônima.? Nesse caso, estamos diante da delatio criminis 
inqualificada, que abrange, inclusive, a chamada disque-denúncia, muito utilizada nos dias de hoje. O Delegado, 
quando tomar ciência de fato definido como crime, através de denúncia anônima, não deverá instaurar o IP de 
imediato, mas determinar que seja verificada a procedência da denúncia e, caso realmente se tenha notícia do 
crime, instaurar o IP. 
 
TRAMITAÇÃO DO IP 
 
Diligências Investigatórias 
Após a instauração do IP algumas diligências devem ser adotadas pela autoridade policial. Estas diligências estão 
previstas no art. 6° do CPP. 
 
Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá: 
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não sealterem o estado e conservação das coisas, até a chegada 
dos peritos criminais; 
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais; 
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias; 
IV - ouvir o ofendido; 
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro, 
devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura; 
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações; 
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias; 
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua 
folha de antecedentes; 
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IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição 
econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos 
que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter. 
Art. 7o Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a autoridade policial 
poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem 
pública. 
 
PRAZOS PARA A CONCLUSÃO DO IP 
 
A regra é a de que o IP deva ser concluído no prazo de 10 dias, caso o indiciado esteja preso e em 30 dias caso 
esteja solto. 
 
Crimes de competência da Justiça Federal – 15 dias para réu preso e 30 dias para réu solto. 
Crimes da lei de Drogas – 30 dias para réu preso e 90 dias para réu solto. Podem ser duplicados em ambos os 
casos. 
Crimes contra a economia popular – 10 dias tanto para réu preso quanto para réu solto. 
Crimes militares – 20 dias pra réu preso e 40 dias para réu solto. 
 
 
CONCLUSÃO DO IP 
 
RELATÓRIO (INDICIAMENTO) - somente Delegado de Polícia - A conclusão do inquérito policial é precedida de 
relatório final, no qual é descrito todo o procedimento adotado no curso da investigação para esclarecer a autoria e 
a materialidade. 
 
A ausência desse relatório e de indiciamento formal do investigado não resulta em prejuízos para persecução 
penal, não podendo o juiz ou órgão do Ministério Público determinar o retorno da investigação à autoridade para 
concretizá-los, já que constitui mera irregularidade funcional a ser apurada na esfera disciplinar. CORRETO 
 
ARQUIVAMENTO - Juiz a pedido do MP. Nunca Delegado 
 
Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a autoridade poderá requerer ao juiz a 
devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo marcado pelo juiz. 
 
Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem à prova, acompanharão os autos do inquérito. 
 
O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que servir de base a uma ou outra. 
 
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INCUMBIRÁ AINDA À AUTORIDADE POLICIAL 
 
I- fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à instrução e julgamento dos processos; 
II- realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Público; 
II- cumprir os mandados de prisão expedidos pelas autoridades judiciárias; 
IV- representar acerca da prisão preventiva. 
 
Nos crimes previstos nos arts. 148, 149 e 149-A, no § 3º do art. 158 e no art. 159 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 
de dezembro de 1940 (Código Penal), e no art. 239 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e 
do Adolescente), o membro do MP ou o delegado de polícia poderá requisitar, de quaisquer órgãos do poder 
público ou de empresas da iniciativa privada, dados e informações cadastrais da vítima ou de suspeitos. 
 
Se necessário à prevenção e à repressão dos crimes relacionados ao tráfico de pessoas, o membro do Ministério 
Público ou o delegado de polícia poderão requisitar, mediante autorização judicial, às empresas prestadoras de 
serviço de telecomunicações e/ou telemática que disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados – 
como sinais, informações e outros – que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito em curso. 
 
RESUMO ESQUEMATIZADO 
 
 
QUESTÕES: INQUÉRITO POLICIAL 
 
01 – A respeito do IP, assinale a opção correta. 
a) O delegado de polícia, se estiver convencido da ausência de elementos suficientes para imputar autoria a 
determinada pessoa, deverá mandar arquivar o IP, podendo desarquivá-lo se surgir prova nova. 
b) O IP é presidido pelo delegado de polícia sob a supervisão direta do MP, que poderá intervir a qualquer 
tempo para determinar a realização de perícias ou diligências. 
c) A atividade investigatória de crimes não é exclusiva da polícia judiciária, podendo ser eventualmente 
presidida por outras autoridades, conforme dispuser a lei especial. 
d) O IP é indispensável para o oferecimento da denúncia; o promotor de justiça não poderá denunciar o réu 
sem esse procedimento investigatório prévio. 
e) O IP é peça indispensável à propositura da ação penal pública incondicionada, sob pena de nulidade, e deve 
assegurar as garantias constitucionais da ampla defesa e do contraditório. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art148
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art149
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art149a
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art158%C2%A73
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art159
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art159
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm#art239
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm#art239
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02 – A respeito do IP e da instrução criminal, assinale a opção correta. 
a) O juiz é livre para apreciar as provas e, de acordo com sua convicção íntima, poderá basear a condenação 
do réu exclusivamente nos elementos informativos colhidos no IP. 
b) Como a perícia é considerada a prova mais importante, o juiz não proferirá sentença que contrarie 
conclusões da perícia, devendo a prova técnica prevalecer sobre os outros meios probatórios. 
c) Uma vez arquivado o IP por decisão judicial, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se 
tiver notícia de uma nova prova. 
d) O ofendido e o indiciado não poderão requerer diligências no curso do IP. 
e) O IP, peça informativa do processo, oferece o suporte probatório mínimo para a denúncia e, por isso, é 
indispensável à propositura da ação penal. 
 
03 – Acerca de aspectos diversos pertinentes ao IP, assinale a opção correta. 
a) O IP, em razão da complexidade ou gravidade do delito a ser apurado, poderá ser presidido por 
representante do MP, mediante prévia determinação judicial nesse sentido. 
b) A notitia criminis é denominada direta quando a própria vítima provoca a atuação da polícia judiciária, 
comunicando a ocorrência de fato delituoso diretamente à autoridade policial. 
c) O indiciamento é ato próprio da autoridade policial a ser adotado na fase inquisitorial. 
d) O prazo legal para o encerramento do IP é relevante independentemente de o indiciado estar solto ou preso, 
visto que a superação dos prazos de investigação tem o efeito de encerrar a persecução penal na esfera 
policial. 
e) Do despacho da autoridade policial que indeferir requerimento de abertura de IP feito pelo ofendido ou seu 
representante legal é cabível, como único remédio jurídico, recurso ao juiz criminal da comarca onde, em 
tese, ocorreu o fato delituoso. 
 
04 – A respeito do inquérito policial, assinale a opção correta, tendo como referência a doutrina 
majoritária e o entendimentodos tribunais superiores. 
a) Por substanciar ato próprio da fase inquisitorial da persecução penal, é possível o indiciamento, pela 
autoridade policial, após o oferecimento da denúncia, mesmo que esta já tenha sido admitida pelo juízo a 
quo. 
b) O acesso aos autos do inquérito policial por advogado do indiciado se estende, sem restrição, a todos os 
documentos da investigação. 
c) Em consonância com o dispositivo constitucional que trata da vedação ao anonimato, é vedada a instauração 
de inquérito policial com base unicamente em denúncia anônima, salvo quando constituírem, elas próprias, o 
corpo de delito. 
d) O arquivamento de inquérito policial mediante promoção do MP por ausência de provas impede a reabertura 
das investigações: a decisão que homologa o arquivamento faz coisa julgada material. 
e) De acordo com a Lei de Drogas, estando o indiciado preso por crime de tráfico de drogas, o prazo de 
conclusão do inquérito policial é de noventa dias, prorrogável por igual período desde que imprescindível 
para as investigações 
 
05 – Acerca do inquérito policial (IP), assinale a opção correta. 
a) Concluída a perícia do local do crime, o delegado deve restituir ao respectivo proprietário os instrumentos do 
crime e os demais objetos apreendidos. 
b) O IP, um procedimento administrativo preparatório que tem por finalidade apurar os indícios de autoria e 
materialidade, é indispensável para o início da ação penal pelo Ministério Público. 
c) Em razão do interesse da sociedade pelo esclarecimento dos fatos criminosos, as investigações policiais são 
sempre públicas. 
d) Por ser o IP um procedimento extrajudicial, anterior ao início da ação penal, não há previsão legal de se 
observarem os princípios do contraditório e da ampla defesa nessa fase investigativa. 
e) O relatório de IP que concluir pela ausência de justa causa para o prosseguimento das investigações deverá 
ser arquivado pelo delegado. 
 
 No que tange ao Inquérito Policial, julgue o item que se segue, à luz do Código de Processo Penal 
(CPP). 
 
01 – Por força de mandamento constitucional, o exercício do contraditório deve ser garantido ainda no curso do 
inquérito policial, não obstante a sua natureza administrativa e pré-processual. 
 
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02 – A doutrina e a jurisprudência majoritárias admitem o denominado arquivamento implícito, que consiste no 
fato de o oferecimento de denúncia pelo Ministério Público por apenas alguns dos crimes imputados ao 
indiciado impedir que os demais sejam objeto de futura ação penal. 
 
03 – Após a realização de inquérito policial iniciado mediante requerimento da vítima, Marcos foi 
indiciado pela autoridade policial pela prática do crime de furto qualificado por arrombamento. 
Nessa situação hipotética, de acordo com o disposto no Código de Processo Penal e na atual jurisprudência do 
Superior Tribunal de Justiça acerca de inquérito policial. 
O Ministério Público pode requerer ao juiz a devolução do inquérito à autoridade policial, se necessária a 
realização de nova diligência imprescindível ao oferecimento da denúncia, como, por exemplo, de laudo pericial 
do local arrombado. 
 
 Após a realização de inquérito policial iniciado mediante requerimento da vítima, Marcos foi 
indiciado pela autoridade policial pela prática do crime de furto qualificado por arrombamento. (4 
e 5) 
 
04 – Nessa situação hipotética, de acordo com o disposto no Código de Processo Penal e na atual jurisprudência 
do Superior Tribunal de Justiça acerca de inquérito policial, embora fosse possível a instauração do inquérito 
mediante requisição do juiz, somente a autoridade policial poderia indiciar Marcos como o autor do delito. 
 
05 – Nessa situação hipotética, de acordo com o disposto no Código de Processo Penal e na atual jurisprudência 
do Superior Tribunal de Justiça acerca de inquérito policial, o prazo legal para que o delegado de polícia termine 
o inquérito policial é de trinta dias, se Marcos estiver solto, ou de dez dias, se preso preventivamente pelo juiz, 
contado esse prazo, em ambos os casos, da data da portaria de instauração. 
 
06 – Logo que tiver conhecimento da prática de infração penal, a autoridade policial deverá determinar, se for 
caso, a realização das perícias que se mostrarem necessárias e proceder a acareações. 
 
07 – Conforme o STF, viola o princípio da presunção de inocência a exclusão de certame público de candidato que 
responda a inquérito policial ou a ação penal sem trânsito em julgado de sentença condenatória. 
 
08 – Comprovada, durante as diligências para a apuração de infração penal, a existência de excludente de ilicitude 
que beneficie o investigado, o delegado de polícia deverá determinar o arquivamento do inquérito policial. 
 
09 – Poderá ser dispensado o inquérito policial referente ao caso se a apuração feita pela polícia legislativa reunir 
informações suficientes e idôneas para o oferecimento da denúncia. 
 
10 – O indiciamento no inquérito policial, por ser uma indicação de culpa do agente, poderá ser anotado em 
atestado de antecedentes criminais. A partir do indiciamento, poderá ser divulgado o andamento das 
investigações, com a identificação do provável autor do fato. 
 
GABARITO: INQUÉRITO POLICIAL 
 
Questão Resposta 
1 C 
2 C 
3 C 
4 C 
5 D 
 
 
 
Questão Resposta 
1 E 
2 E 
3 C 
4 C 
5 E 
6 C 
7 C 
8 E 
9 C 
10 E 
 
 
 
 
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10 
AÇÃO PENAL 
 
 
AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA 
(DENUNCIA MP) 
 
É a regra no ordenamento processual penal brasileiro. Sua titularidade pertence ao Ministério Público. 
 
PRINCÍPIOS 
 
Obrigatoriedade – Havendo indícios de autoria e prova da materialidade do delito, o membro do MP 
deve oferecer a denúncia, não podendo deixar de fazê-lo, pois não pode dispor da ação penal 
 
Indisponibilidade – Uma vez ajuizada a ação penal pública, não pode seu titular dela desistir ou transigir. 
 
Oficialidade – A ação penal pública será ajuizada por um órgão oficial, no caso, o MP. Entretanto, pode 
ocorrer de,transcorrido o prazo legal para que o MP ofereça a denúncia,este não o faça nem promova o 
arquivamento do IP, ou seja,fique inerte. 
 
Divisibilidade – A regra é a indivisibilidade, porém havendo mais de um infrator (autor do crime), pode o MP 
ajuizar a demanda somente em face um ou alguns deles, reservando para os outros, o ajuizamento 
em momento posterior, de forma a conseguir mais tempo para reunir elementos de prova. 
 
AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA 
(DENUNCIA MP) 
 
1. AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO DO OFENDIDO 
 
 Trata-se de condição imprescindível; 
 
 A representação admite retratação, mas somente até o oferecimento da denúncia.cuidado! Costumam 
colocar em provas de concurso que a retratação pode ocorrer até o recebimento da denúncia. 
 
 Caso ajuizada a ação penal sem a representação, esta nulidade processual pode ser sanada posteriormente, caso 
a vítima a apresente em Juízo (desde que realizada dentro do prazo de seis meses que a vítima possui para 
representar;; 
 
 Não se exige forma específica para a representação, bastando que descreva claramente a intenção de ver o 
infrator ser processado. Pode ser escrita ou oral (neste último caso, deverá ser reduzida a termo, ou seja, ser 
“passada para o papel”). A jurisprudência admite que o simples registro de ocorrência em sede 
Concurseiro Mossoroense. 
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11 
policial,desde que conste informação de que a vítima pretende ver o infrator punido, PODE ser 
considerado como representação. 
 
 A representação não pode ser dividida quanto aos autores do fato. Ou se representa em face de 
todos eles, ou não há representação, pois esta não se refere propriamente aos agentes que praticaram o 
delito, mas ao fato. Quandoa vítima representa,está manifestando seu desejo em ver o fato ser objeto de ação 
penal para que sejam punidos os responsáveis. Entretanto, embora não possa haver fracionamento da 
representação, isso não impede que o MP denuncie apenas um ou alguns dos infratores, pois um dos 
princípios da ação penal pública é a divisibilidade; 
 A legitimidade para oferecer a representação é do ofendido, se maior de 18 anos e capaz; 
 
 Se ofendido falecer, aplica-se a ordem de legitimação prevista no art. 24, § 1° do CP: § 1o No caso de 
morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de representação passará ao 
cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. (CADE) 
 
 O prazo decairá no direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de seis 
meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 
 
São exemplos de crimes dos quais se requer Ação Penal Pública Condicionada por representação: Perigo de 
contágio venéreo (art. 130, CP), ameaça (art. 147, CP), violação de correspondência comercial (art. 152, CP), 
divulgação de segredo (art. 153, CP), furto de coisa comum (art. 156, CP). 
 
2. AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA À REQUISIÇÃO DO MJ 
 
 Trata-se de crimes nos quais existe um juízo político acerca da conveniência em vê-los apurados ou não. São 
poucas as hipóteses, citando, como exemplo, o crime cometido contra a honra do Presidente da República; 
 
 Diferentemente do que ocorre com a representação, não há prazo decadencial para o oferecimento da 
requisição, podendo esta ocorrer enquanto não estiver extinta a punibilidade do crime; 
 
 A maioria da Doutrina entende que não cabe retratação dessa requisição, ao contrário do que ocorre 
com a representação do ofendido, por não haver previsão legal e por se tratar a requisição, de um ato 
administrativo. 
 
 O MP não está vinculado à requisição, podendo deixar de ajuizar a ação penal. 29, do dia em que se esgotar o 
prazo para o oferecimento da denúncia; 
 
AÇÃO PRIVADA 
(QUEIXA CRIME OFENDIDO OU REPRESENTANTE LEGAL) 
 
 Oportunidade – Diferentemente do que ocorre com relação à ação penal pública, que é obrigatória para o MP, 
na ação penal privada compete ao ofendido ou aos demais legitimados proceder à análise da conveniência do 
ajuizamento da ação. 
 
 Disponibilidade – Também de maneira diversa do que ocorre na ação penal pública, aqui o titular da ação 
penal (ofendido) pode desistir da ação penal proposta; 
 
 Indivisibilidade – Outra característica diversa é a impossibilidade de se fracionar o exercício da ação 
penal em relação aos infratores. O ofendido não é obrigado a ajuizar a queixa, mas se o fizer, deve ajuizar a 
queixa em face de todos os agentes que cometeram o crime, sob pena de se caracterizar a RENÚNCIA em 
relação àqueles que não foram incluídos no pólo passivo da ação. Assim, considerando que houve a 
renúncia ao direito de queixa em relação a alguns dos criminosos, o benefício se estende também aos agentes que 
foram acionados judicialmente. A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos, e o 
Ministério Público velará pela sua indivisibilidade; 
 
O prazo para ajuizamento da ação penal privada (queixa) é decadencial de seis meses, e começa a fluir da 
data em que o ofendido tomou ciência de quem foi o autor do delito. 
 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10623822/artigo-130-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10621647/artigo-147-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10620110/artigo-152-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10620036/artigo-153-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10619463/artigo-156-do-decreto-lei-n-2848-de-01-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
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12 
O ofendido pode ainda, renunciar ao direito de ajuizar a ação (queixa), e se o fizer somente a um dos 
infratores, a todos se estenderá, 
A renúncia só pode ocorrer antes do ajuizamento da demanda e pode ser expressa ou tácita. Após o 
ajuizamento da demanda o que poderá ocorrer é o perdão do ofendido. 
 
O perdão, à semelhança do que ocorre com a renúncia ao direito de queixa, também pode ser expresso ou tácito. 
No primeiro caso, é simples, decorre de manifestação expressa do querelante no sentido de que perdoa o infrator. 
No segundo caso, decorre da prática de algum ato incompatível com a intenção de processar o infrator (ex.: Casar-
se com o infrator). 
 
Na ação penal privada pode ocorrer, ainda, a perempção da ação penal, que é a perda do direito de prosseguir 
na ação como punição ao querelante que foi inerte ou negligente no processo. As hipóteses estão previstas no art. 
60 do CPP: 
 
Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerarse-á perempta a ação penal: 
 
I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias seguidos; 
II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, para prosseguir 
no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o 
disposto no art. 36; 
III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva 
estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais; 
IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor. 
 
AÇÃO PENAL PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA 
 
Trata-se de hipótese na qual a ação penal é, na verdade, pública, ou seja, o seu titular é o MP. No entanto, em 
razão da inércia do MP em oferecer a denúncia no prazo legal (em regra, 15 dias se réu solto, ou 05 dias se réu 
preso), a lei confere ao ofendido o direito de ajuizar uma ação penal privada (queixa) que substitui a ação penal 
pública. Esta previsão está contida no art. 29 do CPP: 
 
Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo 
ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do 
processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, 
retomar a ação como parte principal. 
 
Por fim, não é admissível o perdão do ofendido na ação penal privada subsidiária da pública, pois se 
trata de ação originariamente pública, na qual só se admitiu o manejo da ação privada em razão de uma 
circunstância temporal. Tanto é assim que o art. 105 do CP estabelece que: 
 
Art. 105 - O perdão do ofendido, nos crimes em que somente se procede mediante queixa, obsta ao 
prosseguimento da ação. 
 
AÇÃO PENAL PRIVADA PERSONALÍSSIMA 
 
Trata-se de modalidade de ação penal privada exclusiva, cuja única diferença é que, nesta hipótese, somente o 
ofendido (mais ninguém,em hipótese nenhuma!) poderá ajuizar ação. Assim, se o ofendido falecer, nada mais 
haverá a ser feito, estando extinta a punibilidade, pois a legitimidade não se estende aos sucessores, como 
acontece nos demais crimes de ação privada. A única hipótese ainda existente no nosso ordenamento é o 
crime previsto Art. 236: Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou ocultando-lhe 
impedimento que não seja casamento anterior 
O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5dias, contado da data em que 
o órgão do Ministério Público receber os autos do inquérito policial, e de 15 dias, se o réu estiver 
solto ou afiançado. 
O oferecimento da denúncia fora do prazo legal constitui mera irregularidade sem consequências 
para o processo. 
 
 
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13 
QUESTÕES: AÇÃO PENAL 
 
01 – Conforme o Código de Processo Penal (CPP), pode ocorrer a decadência na: 
a) ação penal pública condicionada a representação do ofendido ou de seu representante legal. 
b) ação penal privada subsidiária da pública em que o Ministério Público retome a ação como parte principal. 
c) ação penal pública incondicionada. 
d) ação penal pública condicionada a requisição do ministro da Justiça. 
e) E ação penal por crime praticado em detrimento do patrimônio ou interesse da União. 
 
02 – Considerando o que dispõe o CPP relativamente à ação penal, assinale a opção correta. 
a) Nos crimes que se processem mediante ação penal que exija representação, esta será retratável mesmo 
após o recebimento da denúncia. 
b) Cônjuge, ascendente, descendente ou irmã(o) tem o direito de oferecer a queixa e prosseguir na ação penal 
privada em caso de morte do ofendido. 
c) Tanto a renúncia quanto o perdão, institutos que se estendem aos corréus e extinguem a punibilidade, 
independentemente de aceite, são atos unilaterais de desistência do ofendido em relação à ação penal 
privada. 
d) Admite-se ação penal privada subsidiária da pública no caso de o Ministério Público manifestar-se pelo 
arquivamento do IP ou deixar de oferecer denúncia no prazo legal. 
e) Em se tratando de ação penal pública condicionada, qualquer cidadão poderá provocar a iniciativa do 
Ministério Público para a propositura da ação penal, fornecendo-lhe informações sobre o fato e a autoria e 
indicando o tempo, o lugar e os elementos de convicção. 
 
03) Considerando os dispositivos legais a respeito da ação penal, assinale a opção correta. 
a) Havendo vários ofensores querelados, qualquer um deles poderá pedir perdão ao querelante. Nesse caso, 
sendo o perdão extensível a todos os querelados, extingue-se a punibilidade, independentemente da 
aceitação do querelante. 
b) Em face do princípio da obrigatoriedade da ação penal, o Ministério Público não poderá pedir o 
arquivamento do inquérito policial: deverá sempre requisitar novas diligências à autoridade policial. 
c) Tratando-se de crime de ação privada, a titularidade da acusação é da própria vítima ofendida; sendo vários 
os ofensores, caberá à vítima escolher contra quem proporá a queixa. 
d) A própria vítima poderá assumir a titularidade da ação pública incondicionada, se o Ministério Público ficar 
inerte dentro dos prazos prescritos na lei processual. 
e) Em se tratando de ação penal privada subsidiária, se houver inércia do Ministério Público e a vítima, tendo 
assumido a titularidade da ação, deixar de praticar ato que lhe competia para dar prosseguimento ao 
processo, incorrerá em perempção, o que enseja a extinção do processo. 
 
04 – No que se refere aos princípios da ação penal pública incondicionada, assinale a opção correta. 
a) O princípio da obrigatoriedade impõe ao MP o dever de promover a ação penal pública incondicionada 
quando este considerá-la conveniente para a sociedade. 
b) O princípio da indivisibilidade determina que a ação penal pública incondicionada abranja todos os crimes 
praticados em concurso formal. 
c) O princípio da intranscendência determina que a ação penal incondicionada seja sempre promovida apenas 
contra as pessoas a quem se impute a prática de uma infração. 
d) O princípio da oficialidade determina que a ação penal pública incondicionada seja intentada 
preferencialmente pelo MP, órgão oficial do Estado. 
e) O princípio da indisponibilidade determina que o MP pode desistir da ação penal pública incondicionada até a 
edição da sentença. 
 
 No que tange à Ação Penal, julgue o item que se segue, à luz do Código de Processo Penal (CPP). 
 
01 – João, aproveitando-se de distração de Marcos, juiz de direito, subtraiu para si uma sacola de 
roupas usadas a ele pertencentes. Marcos pretendia doá-las a instituição de caridade. João foi 
perseguido e preso em flagrante delito por policiais que presenciaram o ato. Instaurado e 
concluído o inquérito policial, o Ministério Público não ofereceu denúncia nem praticou qualquer 
ato no prazo legal. 
Considerando a situação hipotética descrita, julgue o item a seguir. 
Em razão da omissão do Ministério Público, a vítima poderá oferecer ação privada subsidiária da pública. 
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14 
 
02 – Julgue os itens subsequentes, a respeito da participação do MP no curso das investigações 
criminais, na instrução processual e na fase recursal. 
Nos termos da legislação processual vigente, o MP não está limitado à prévia instauração de inquéritos policiais 
para promover ações penais públicas, ainda que a apuração dos crimes seja complexa 
 
03 – Acerca da ação penal e suas espécies, julgue o item seguinte. 
Em se tratando de crime que se apura mediante ação penal pública incondicionada, havendo manifestação 
tempestiva do Ministério Público pelo arquivamento do inquérito policial, faculta-se ao ofendido ou ao seu 
representante legal a oportunidade para a ação penal privada subsidiária da pública. 
 
04 – Após regular instrução processual, mesmo que se convença da falta de prova de autoria do crime que 
inicialmente atribuíra ao acusado, não poderá o Ministério Público desistir da ação penal. 
 
05 – Com relação ao inquérito policial e à ação penal, julgue o item que se segue. 
Segundo o entendimento jurisprudencial dos tribunais superiores, para a persecução penal relativa a crime de 
lesão corporal praticado no contexto de violência doméstica contra a mulher, é necessária a representação da 
ofendida. 
 
06 – A ação penal pública condicionada à representação da vítima inicia-se mediante o recebimento 
da queixa pelo juiz competente. 
 
07 – Segundo a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, a ausência do corpo da vítima em 
suposto crime de homicídio impede o ajuizamento da ação penal, haja vista a impossibilidade da 
realização de exame de corpo de delito, não sendo admitidos, nessa situação, outros meios de 
provas. 
 
08 – A vítima que representa perante a autoridade policial queixa de crime de ação penal privada 
pode retratar-se até a prolação da sentença condenatória pelo juiz. 
 
09 – Uma vez apresentada, a representação de crime de ação penal pública somente pode ser 
retirada antes do oferecimento da denúncia, não se admitindo retratação da retratação. 
 
10 – Em ação penal privada que envolva vários agentes do ato delituoso, é permitido ao querelante, 
em razão do princípio da disponibilidade, escolher contra quem proporá a queixa-crime, sem que 
esse fato acarrete a extinção da punibilidade dos demais agentes conhecidos e nela não incluídos. 
 
 
GABARITO: AÇÃO PENAL 
 
Questão Resposta 
1 A 
2 B 
3 D 
4 C 
 
 Questão Resposta 
1 E 
2 C 
3 E 
4 C 
5 E 
6 E 
7 E 
8 E 
9 E 
10 E 
 
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15 
COMPETÊNCIA 
 
Determinará a competência jurisdicional 
 
I -lugar da infração - competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, 
no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução. 
 
II - domicílio ou residência do réu - Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo 
domicílio ou residência do réu. 
 
III - natureza da infração - A competência pela natureza da infração será regulada pelas leis de organização 
judiciária, salvo a competência privativa do Tribunal do Júri. 
 
IV - distribuição - A precedência da distribuição fixará a competência quando, namesma circunscrição judiciária, 
houver mais de um juiz igualmente competente. 
 
V - conexão ou continência: 
 
A competência será determinada pela conexão: Se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas, 
ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas, ou por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o 
lugar, ou por várias pessoas, umas contra as outras; 
 
A competência será determinada pela continência quando: 
I - duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração; 
II - se, no mesmo caso, houverem sido umas praticadas para facilitar ou ocultar as outras, ou para conseguir 
impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas 
 
VI - prevenção - Verificar-se-á a competência por prevenção toda vez que, concorrendo dois ou mais juízes 
igualmente competentes ou com jurisdição cumulativa, um deles tiver antecedido aos outros na prática de algum 
ato do processo ou de medida a este relativa, ainda que anterior ao oferecimento da denúncia ou da queixa 
 
VII - prerrogativa de função- A competência pela prerrogativa de função é do Supremo Tribunal Federal, do 
Superior Tribunal de Justiça, dos Tribunais Regionais Federais e Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito 
Federal, relativamente às pessoas que devam responder perante eles por crimes comuns e de responsabilidade. 
 
PRISÃO 
 
PRISÃO EM FLAGRANTE; PREVENTIVA; TEMPORÁRIA 
 
Prisão pena – É uma punição que decorre da aplicação da lei penal através de uma sentença penal 
condenatória irrecorrível (imodificável); 
 
Prisão não-pena – Trata-se não de uma punição (pois ainda não há condenação irrecorrível), mas de uma 
medida de NATUREZACAUTELAR 
 
PRISÃO EM FLAGRANTE 
 
A prisão em flagrante é uma modalidade de prisão cautelar que tem como fundamento a prática de um 
fato com aparência de fato típico. Assim, quando a autoridade realiza a prisão em flagrante do suspeito, não 
deve verificar se ele praticou o fato em legítima defesa, estado de necessidade, etc. 
 
Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem quer que seja 
encontrado em flagrante delito. 
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16 
 
A Doutrina distingue estas situações em: 
1) Flagrante próprio (art. 302, I e II do CPP) – Será considerado flagrante próprio, ou propriamente dito, a 
situação do indivíduo que está cometendo o fato criminoso ou que acaba de cometer este fato. Nesse último caso, 
é necessário que entendamos a expressão “acaba de cometer”, como a situação daquele que está “com a boca na 
botija”, ou seja, acabou de cometer o crime e é surpreendido no cenário do fato; 
 
2) Flagrante impróprio (art. 302, III do CPP) – Aqui, embora o agente não tenha sido encontrado pelas 
autoridades no local do fato, é necessário que haja uma perseguição, uma busca pelo indivíduo, ao final da qual, 
ele acaba preso. Imaginem que a polícia recebe a notícia de um homicídio. Desloca-se até o local e 
imediatamente começa a vascular o bairro e acaba por encontrar aquele que seria o infrator. Nesse caso, temos 
o flagrante impróprio; 
 
3) Flagrante presumido (art. 302, IV do CPP) – No flagrante presumido temos as mesmas características do 
flagrante impróprio, com a diferença que a Doutrina não exige que tenha havida qualquer perseguição ao suposto 
infrator, desde que ele seja surpreendido, logo depois do crime, com objetos (armas, papéis, etc....) que façam 
presumir que ele foi o autor do delito. As expressões “acaba de cometê-la”, “logo após”, “logo depois” são 
expressões cujo significado é dado pela Doutrina, mas há alguma divergência entre os Doutrinadores. Entretanto, 
a maioria entende que sequência temporal é: Acaba de cometer o crime, Logo após e Logo depois 
 
NÃO PODEM SER PRESOS EM FLAGRANTE DE DELITO 
 
MENORES DE 18 ANOS Menores de 12 anos (crianças) não podem sofrer privação da 
liberdade, devendo ser encaminhadas ao Conselho Tutelar. 
Maiores de 12 e menores de 18 anos (adolescentes) podem ser 
apreendidos, mas não presos. 
PRESIDENTE DA REPÚBLICA NÃO ESTÁ SUJEITO À PRISÃO EM 
FLAGRANTE, pois só pode ser preso pela prática de crime 
comum após sentença condenatória. 
JUÍZES E MEMBROS DO MP Só podem ser presos em flagrante pela prática de crime 
INAFIANÇÁVEL. 
PARLAMENTARES DO CONGRESSO 
NACIONAL 
Só podem ser presos em flagrante de crime INAFIANÇÁVEL. 
Aplica-se o mesmo aos Deputados Estaduais e Distritais. 
DIPLOMATAS ESTRANGEIROS E 
CHEFES DE ESTADOS ESTRANGEIROS 
Não podem ser presos em flagrante 
INFRATOR QUE ESPONTANEAMENTE SE 
APRESENTA 
Não pode ser preso em flagrante, pois a sua apresentação 
espontânea à autoridade impede a caracterização do flagrante 
(nos termos do art. 304 do CPP). 
AUTOR DE INFRAÇÃO DE MENOR 
POTENCIAL OFENSIVO (JECRIM) 
Em regra, não está sujeito à determinação de prisão em 
flagrante. No entanto, o art. 69, § único da Lei 9.099/95 
estabelece que se aquele que pratica infração de menor potencial 
ofensivo (IMPO) se recusar à comparecer ao Juizado ou se negar 
a assumir compromisso de comparecer ao Juizado após a 
lavratura do Termo Circunstanciado (TC), poderá ser decretada 
sua prisão em flagrante. 
PESSOA FLAGRADA NA POSSE DE 
ENTORPECENTE PARA USO PRÓPRIO 
Não cabe a decretação de sua prisão em flagrante (art. 48, § 2° 
da Lei 11.343/06), comprometendo-se o infrator, OU NÃO, à 
comparecer ao Juizado. 
 
Isso não impede, entretanto, que qualquer destas pessoas, sendo surpreendida em situação de 
flagrante, seja conduzida à Delegacia para o registro do ocorrido e, posteriormente, seja liberada. 
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17 
Esta condução de quem se encontra em situação de flagrante é chamada de PRISÃO-CONDUÇÃO pela maioria 
da Doutrina. 
MODALIDADES ESPECIAIS DE FLAGRANTE 
 
Flagrante esperado – A autoridade policial toma conhecimento de que será praticada uma infração penal e se 
desloca para o local onde o crime acontecerá. Iniciados os atos executórios, ou até mesmo havendo a 
consumação, a autoridade procede à prisão em flagrante. TRATA-SE DEMODALIDADE VÁLIDA DE PRISÃO 
EM FLAGRANTE; 
 
 Flagrante provocado ou preparado – Aqui a autoridade instiga o infrator a cometer o crime, criando a 
situação para que ele cometa o delito e seja preso em flagrante. É o famoso “a ocasião faz o ladrão”. NÃO É 
VÁLIDA, pois quem efetuou a prisão criou uma situação que torna impossível a consumação do delito, tratando-
se, portanto, de crime impossível. O STF possui a súmula n° 145 a respeito do tema: NÃO HÁ CRIME,QUANDO 
A PREPARAÇÃO DO FLAGRANTE PELA POLÍCIATORNA IMPOSSÍVEL A SUA CONSUMAÇÃO. A Doutrina e 
a Jurisprudência, no entanto, vêm admitindo a validade de flagrante preparado quando o agente provocador 
instiga o infrator a praticar um crime apenas para prendê-lo por crime diverso. Exemplo: Imagine o policial que 
sobe o morro para prender um vendedor de drogas. Ele pede a droga e o traficante o fornece. Nesse o momento o 
policial efetua a prisão, mas não pela venda de droga, que seria crime impossível, mas pelo crime anterior a este, 
que é o crime de “ter consigo para venda” substância entorpecente. Nesse caso, o flagrante preparado vem sendo 
admitido, pois não há hipótese de crime impossível, eis que o crime já havia ocorrido, sendo a preparação e 
instigação meros meios para que o crime consumado fosse descoberto; 
 
 Flagrante forjado – Aqui o fato típico não ocorreu, sendo simulado pela autoridade policial para incriminar 
falsamente alguém. É ABSOLUTAMENTE ILEGAL. Se quem realiza esse flagrante é autoridade, trata-se de crime 
de abuso de autoridade. Se quem pratica é pessoa comum, poderemos estar diante do crime de denunciação 
caluniosa. Sabemos que coisas como estas não existem no Brasil, mas já ouvi dizer que na Finlândia isto é muito 
comum... 
 
AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE 
 
O Auto de Prisão em Flagrante – APF geralmenteé lavrado pela autoridade policial do local em que ocorreu a 
PRISÃO, ou, se não houver neste local, a autoridade do local mais próximo, pois é a ela que o preso deve ser 
apresentado (art. 308 do CPP). No entanto, nada impede que um Juiz possa lavrar o Auto de Prisão em Flagrante 
nos crimes cometidos em sua presença. 
 
PROCEDIMENTO DA LAVRATURA DO AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE 
 
Após ser apresentado o preso em flagrante delito à autoridade policial, esta deverá adotar o seguinte 
procedimento: 
a) Ouvir o condutor 
b) Ouvir as testemunhas 
c) Ouvir a vítima, se for possível 
d) Ouvir o preso (Interrogatório) 
 
E se não houver testemunhas do fato? Nesse caso, não está impossibilitada a prisão em flagrante, mas 
deverão assinar com o condutor, duas pessoas que tenham presenciado a apresentação do preso (e não sua 
prisão!). 
 
Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz 
competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa por ele indicada. 
 
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18 
§ 1º Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, será encaminhado ao juiz competente o auto de 
prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral para a Defensoria 
Pública. 
 
E quando o Juiz receber o Auto de Prisão em Flagrante, o que deve fazer? Ao Juiz são facultadas três 
opções: 
 
 Relaxar a prisão ilegal; 
 Converter a prisão em prisão preventiva, desde que presentes os requisitos para tal, bem como se mostrarem 
inadequadas ou insuficientes as outras medidas cautelares; 
 Conceder a liberdade provisória, com ou sem fiança, a depender do caso 
 
 
 
 
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PRISÃO PREVENTIVA 
 
A prisão preventiva será decretada em que situações? As situações que autorizam a decretação da prisão 
preventiva estão elencadas no art. 312 do CPP, e revelam circunstâncias nas quais há fundados indícios de 
autoria e prova da materialidade do delito (fumus comissi delicti ou fumus boni iuris), bem como há receio 
concreto de que a liberdade do indivíduo possa prejudicar o processo. 
 
Garantia da ordem pública – Muito criticada por boa parte da Doutrina, em razão de seu alto grau de abstração 
(qualquer coisa pode ser considerada como garantia da ordem pública), o que violaria inúmeros direitos 
fundamentais do réu. No entanto, continua em vigor e é válida, para a maior parte da Doutrina e para os Tribunais 
Superiores. A perturbação da ordem pública pode ser conceituada como o abalo provocado na sociedade em razão 
da prática de um delito de consequências graves. Assim, a prisão preventiva se justificaria para restabelecer a 
tranquilidade social, a sensação de paz em um determinado local (um bairro, uma cidade, um estado, ou até 
mesmo no país inteiro); 
 
 Garantia da Ordem Econômica – Esta hipótese é direcionada aos crimes do colarinho branco, àquelas 
hipóteses em que o agente pratica delitos contra instituições financeiras e entidades públicas, causando sérios 
prejuízos financeiros. Atualmente, com a possibilidade de decretação de medida cautelar de suspensão do exercício 
de função pública, este fundamento (que já era pouco utilizado), perdeu ainda mais sua razão, eis que se o 
fundamento for a proximidade do indivíduo com a função pública, na maioria dos casos o afastamento da função 
irá bastar para que a ordem econômica não sofra prejuízos; 
 
 Conveniência da Instrução Criminal – Tem a finalidade de evitar que o indivíduo ameace testemunhas, tente 
destruir provas, etc. Em resumo, busca evitar que a instrução do processo seja prejudicada em razão da liberdade 
do réu. O STJ entende que, se a prisão foi decretada por este motivo, terminando a fase instrutória, deve o réu ser 
posto em liberdade, pois não permanece mais o perigo; 
 
 Segurança na aplicação da Lei penal – Busca evitar que o indivíduo fuja, de forma a se furtar à aplicação da 
pena que possivelmente lhe será imposta. Assim, quando houver indícios de que o indivíduo pretende fugir, estará 
presente esta hipótese autorizadora 
 
Entretanto, a este art. 312 foi acrescentado um § único, que estabelece outra hipótese de decretação da prisão 
preventiva, que é o descumprimento de alguma das obrigações impostas pelo Juiz como medida 
cautelar diversa da prisão: 
 
Parágrafo único. A prisão preventiva também poderá ser decretada em descumprimento de qualquer das 
obrigações impostas por força de outras medidas cautelares (art. 282, § 4o). (Incluído pela Lei nº 12.403, de 
2011). 
 
O art. 314 do CPP traz uma vedação expressa à possibilidade de decretação da preventiva: Quando o 
agente praticar o fato acobertado por alguma excludente de ilicitude. Vejamos: 
 
Art. 314. A prisão preventiva em nenhum caso será decretada se o juiz verificar pelas provas constantes dos autos 
ter o agente praticado o fato nas condições previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 23 do Decreto-Lei Nº 
2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal. (Redação dada pela Lei nº12.403, de 2011). 
 
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PRISÃO TEMPORÁRIA 
 
A prisão temporária é uma modalidade de prisão cautelar que não se encontra no CPP, estando 
regulamentada na Lei 7.960/89. Esta Lei não sofreu alteração pela Lei 12.403/11. 
 
A prisão temporária é uma espécie bem peculiar de prisão cautelar, pois possui prazo certo e só pode ser 
determinada DURANTE AINVESTIGAÇÃO POLICIAL. Assim, após o recebimento da denúncia ou queixa, 
não poderá ser decretada NEM MANTIDA a prisão temporária. 
 
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Além disso, a prisão temporária só pode ser decretada nas hipóteses de crimes previstos no art. 1°, III da Lei 
7.960/89, a saber: 
 
I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial; 
 
II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua 
identidade; 
 
III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou 
participação do indiciado nos seguintes crimes: 
a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°); 
b) sequestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e 2°); 
c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°); 
d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°); 
e) extorsão mediante sequestro (art. 159, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°); 
f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único)2; 
g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único); 
h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 caput, e parágrafo único)3; 
i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°); 
j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte (art. 270, caput, 
combinado com art. 285); 
l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal4; m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889, de 1° de 
outubro de 1956), em qualquer de sua formas típicas; 
n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n° 6.368, de 21 de outubro de 1976)5; 
o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16 de junho de 1986). 
 
Só é cabível quando estivermos diante de um dos crimes do art. 1°, III da Lei 7.960/89 e que esteja 
presente uma das duas situações previstas nos incisos I e II do art. 1° da Lei 7.960/89 – É a posição 
que predomina na Doutrina e Jurisprudência. Exige, apenas, dois requisitos: 
a) Trate-se de crime previsto na lista do inciso III; 
b) Esteja presente um dos outros dois requisitos previstos nos incisos I e II. 
 
Assim, não bastaria, por exemplo, que o crimefosse de homicídio doloso. Deveria, ainda, haver a necessidade de 
se proceder à prisão temporária por ser indispensável às investigações (indiciado está atrapalhando as 
investigações) ou o indiciado não ter residência fixa ou não colaborar para sua identificação 
 
A prisão temporária NÃO PODE SER DECRETADA DE OFÍCIO pelo Juiz, devendo ser requerida pelo MP ou 
ser objeto de representação da autoridade policial. Neste último caso, o Juiz deve ouvir o MP antes de decidir. 
 
Quando? Durante a investigação policial. Nunca durante o processo! 
 
Quem decreta? O Juiz, desde que haja requerimento do MP ou representação da autoridade policial. 
Nunca ex officio (sem requerimento). 
 
Por quanto tempo? 05 dias, prorrogáveis por mais 05 dias (em caso de extrema e comprovada 
necessidade). 
 
 
 
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CRIMES HEDIONDOS, TORTURA, TRÁFICO E TERRORISMO 30 +30 
 
O Juiz não pode decretar a temporária, ex officio, mas ele pode prorrogá-la sem que haja 
requerimento do MP ou da autoridade policial? Embora existam vozes em contrário, predomina o 
entendimento de que, da mesma forma como não pode o Juiz decretá-la de ofício, não pode, também, 
prorrogá-la de ofício. 
 
QUESTÕES: PRISÃO 
 
01 – Considerando-se que João tenha sido indiciado, em inquérito policial, por, supostamente, ter 
cometido dolosamente homicídio simples, e que Pedro tenha sido indiciado, em inquérito policial, 
por, supostamente, ter cometido homicídio qualificado, é correto afirmar que, no curso dos 
inquéritos, 
a) se a prisão temporária de algum dos acusados for decretada, ela somente poderá ser executada depois de 
expedido o mandado judicial. 
b) João e Pedro podem ficar presos temporariamente, sendo igual o limite de prazo para a decretação da 
prisão temporária de ambos. 
c) o juiz poderá decidir sobre a prisão temporária de qualquer um dos acusados ou de ambos, 
independentemente de ouvir o MP, sendo suficiente, para tanto, a representação da autoridade policial. 
d) o juiz poderá decretar, de ofício, a prisão temporária de Pedro mas não a de João. 
e) o juiz poderá decretar, de ofício, a prisão temporária de João e de Pedro. 
 
02 – Cabe prisão temporária de acusado pela prática de crimes de 
a) resistência e cárcere privado. 
b) tráfico internacional de pessoa para fins de exploração sexual e homicídio qualificado. 
c) quadrilha ou bando e contra o sistema financeiro. 
d) roubo e concussão. 
e) extorsão e corrupção passiva. 
 
03 – A prisão preventiva pode ser decretada se houver indícios suficientes da autoria e prova da 
existência do crime e se for necessária, por exemplo, para assegurar a aplicação da lei penal. 
Presentes esses requisitos, a prisão preventiva será admitida 
a) ainda que configurada alguma excludente de ilicitude. 
b) de ofício, pelo juiz, durante a fase de investigação policial. 
c) se o agente for acusado da prática de crime doloso e tiver sido condenado pela prática de outro crime 
doloso em sentença transitada em julgado menos de cinco anos antes. 
d) em caso de acusação pela prática de crimes culposos e preterdolosos punidos com pena privativa de 
liberdade máxima superior a quatro anos. 
e) em qualquer circunstância se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher. 
 
04 – A respeito da disciplina do CPP sobre a fiança, assinale a opção correta. 
a) É admitida a concessão de fiança em caso de prisão civil ou militar. 
b) A fiança poderá consistir em pedras, objetos ou metais preciosos. 
c) O réu afiançado poderá ausentar-se de sua residência sem comunicar a autoridade processante, desde que 
o faça por período não superior a trinta dias. 
d) Não há previsão de reforço da fiança no CPP. 
e) Compete de forma exclusiva à autoridade judicial fixar fiança e decidir pela liberdade provisória. 
 
 
05 – A respeito de prisão em flagrante, assinale a opção correta. 
a) Não pode ser preso em flagrante aquele que é perseguido logo após cometer a infração, mesmo que se 
presuma ser ele o autor da infração. 
b) A ausência de testemunhas da infração impede a lavratura do auto de prisão em flagrante. 
c) O cidadão que presenciar pessoa cometendo uma infração penal tem a obrigação de prendê-la em flagrante. 
d) O auto de prisão em flagrante deve ser encaminhado ao juiz competente em até vinte e quatro horas após a 
realização da prisão. 
e) A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre devem ser comunicados à família do preso em até 
24 horas após a realização da prisão. 
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 No que tange à prisão em flagrante, à prisão preventiva e à prisão temporária, julgue o item que 
se segue, à luz do Código de Processo Penal (CPP). 
 
01 – A prisão temporária só poderá ser decretada mediante representação da autoridade policial ou a 
requerimento do Ministério Público, vedada sua decretação de ofício pelo juiz. 
 
02 – Suponha que um agente penalmente capaz pratique um roubo e, perseguido ininterruptamente pela polícia, 
seja preso em circunscrição diversa da do cometimento do delito. Nessa situação, a autoridade policial 
competente para a lavratura do auto de prisão em flagrante é a do local de execução do delito, sob pena de 
nulidade do ato administrativo. 
 
03 – A presunção de inocência da pessoa presa em flagrante delito, ainda que pela prática de crime inafiançável e 
hediondo, é razão, em regra, para que ela permaneça em liberdade. 
 
04 – A assistência de advogado durante a prisão é requisito de validade do flagrante; por essa razão, se o autuado 
não nomear um profissional de sua confiança, o delegado deverá indicar um defensor dativo para acompanhar 
o ato. 
 
05 – A liberdade provisória, com a consequente restituição da liberdade, condiciona-se, em qualquer caso, ao 
pagamento de fiança, salvo se comprovado o absoluto estado de necessidade do aprisionado, caso em que se 
exige dele o compromisso de comparecer a todos os atos do processo, sob pena de revogação. 
 
06 – O agente preso em flagrante de crime inafiançável terá direito a concessão de liberdade provisória sem 
fiança, se não estiverem caracterizados os motivos para decretação de prisão cautelar, em estrita observância 
do princípio da inocência. 
 
07 – A prisão temporária em crime de homicídio doloso pode ser decretada de ofício pelo juiz, pelo prazo de trinta 
dias, prorrogáveis por igual período. 
 
08 – Qualquer do povo poderá prender qualquer pessoa que seja encontrada em flagrante delito. 
 
09 – A prisão temporária constitui-se em uma espécie de prisão cautelar, admissível na fase das investigações do 
inquérito policial, mas será decretada pelo juiz, mediante representação da autoridade policial e ou a 
requerimento do Ministério Público. 
 
10 – Se, no curso do inquérito policial, o delegado de polícia constatar que o indiciado está ameaçando 
testemunha ou praticando quaisquer outros atos que prejudique as investigações, ele próprio poderá decretar a 
prisão preventiva do indiciado. 
 
GABARITO: PRISÃO 
 
 
Questão Resposta 
1 A 
2 C 
3 C 
4 B 
5 d 
 
 Questão Resposta 
1 C 
2 E 
3 C 
4 E 
5 E 
6 C 
7 E 
8 C 
9 C 
10 E 
 
 
 
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PROVAS 
 
Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não 
podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na 
investigação,ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. 
 
A expressão “livre apreciação da prova produzida” consagra a adoção do sistema do livre convencimento 
motivado da prova. O que isso significa? O princípio ou sistema do livre convencimento motivado, ou livre 
convencimento regrado, diz que o Juiz deve valorar a prova produzida da maneira queentender mais conveniente, 
de acordo com sua análise dos fatos. 
 
Porém, existem determinados fatos que não necessitam serem provados (não sendo, portanto, objeto de 
prova). São eles: 
 
 Fatos evidentes (ou axiomáticos, ou intuitivos) – São fatos que decorrem de um raciocínio lógico, intuitivo, 
decorrente de alguma situação que gera a lógica conclusão de outro fato; 
 
 Fatos notórios – São aqueles que pertencem ao conhecimento comum de todas as pessoas. Assim, ao 
mencionar, por exemplo, que um fato criminoso fora cometido no dia 25 de dezembro, Natal, não tem a parte 
obrigação de provar que o dia 25 de dezembro é Natal, pois isso é do conhecimento comum de qualquer pessoa; 
 
 Presunções legais – São fatos que a lei presume tenham ocorrido. O exemplo mais clássico é a inocência do 
réu. A Lei presume a inocência do réu, portanto, não cabe ao réu provar que é inocente, pois este fato já é 
presumido. 
 
 Fatos inúteis – São aqueles que não possuem qualquer relevância para a causa, sendo absolutamente 
dispensáveis e, até mesmo, podendo ser dispensada a sua apreciação pelo Juiz. 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS PROVAS 
 
Quanto ao seu objeto: 
a) Provas diretas – Aquelas que provam o próprio fato, de maneira direta. Exemplo: Testemunha ocular de um 
delito, que, com seu depoimento, prova diretamente a ocorrência do fato; 
 
b) Provas indiretas – Aquelas que não provam diretamente o fato, mas por uma dedução lógica, acabam por 
prová-lo. Exemplo: Imagine-se que o acusado comprove de maneira cabal (absoluta) que se encontrava em outro 
país quando da ocorrência de um roubo na cidade do Rio de Janeiro, do qual é acusado. Assim, comprovado este 
fato (que não é o fato criminoso), deduz-se de maneira irrefutável, que o acusado não praticou o crime (prova 
indireta). 
Quanto ao valor: 
a) Provas plenas – Aquelas que trazem a possibilidade de um juízo de certeza quanto ao fato que buscam 
provar, possibilitando ao Juiz fundamentar sua decisão de mérito em apenas uma delas, se for o caso. Exemplo: 
Prova documental, testemunhal, exame de corpo de delito, etc.; 
 
b) Provas não-plenas – Apenas ajudam a reforçar a convicção do Juiz, contribuindo na formação de sua certeza, 
mas não possuem o poder de formar a convicção do Juiz, que não pode fundamentar sua decisão de mérito 
apenas numa prova não plena. 
 
 
 
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Quanto ao sujeito: 
a) Provas reais – Aquelas que se baseiam em algum objeto, e não derivam de uma pessoa. Exemplo: Cadáver, 
documento, etc. 
 
b) Provas pessoais – São aquelas que derivam de uma pessoa. 
Exemplo: Testemunho, interrogatório do réu, etc. 
 
PRINCÍPIOS QUE REGEM O SISTEMA PROBATÓRIO 
 
a) Princípio do contraditório – Todas as provas produzidas por uma das partes podem ser contraditadas 
(contraprova) pela outra parte; 
 
b) Princípio da comunhão da prova (ou da aquisição da prova) – A prova é produzida por uma das partes 
ou determinada pelo Juiz, mas uma vez integrada aos autos, deixa de pertencer àquele que a produziu, passando 
a ser parte integrante do processo,podendo ser utilizada em benefício de qualquer das partes. 
 
c) Princípio da oralidade – Sempre que for possível, as provas devem ser produzidas oralmente na presença do 
Juiz. Assim, mais valor tem uma prova testemunhal produzida em audiência que um erro documento juntado aos 
autos contendo algumas declarações de uma suposta testemunha. 
 
d) Princípio da autorresponsabilidade das partes – As partes respondem pelo ônus da produção da prova 
acerca do fato que tenham de provar. Assim, se o titular da ação penal não provar a autoria e a materialidade do 
fato, terá um consequência adversa para si, que é a absolvição do acusado; 
 
e) Princípio da não auto-incriminação (ou Nemo tenetur se detegere) – Por este princípio entende-se a 
não obrigatoriedade que a parte tem de produzir prova contra si mesma. Assim, não está o acusado obrigado a 
responder às perguntas que lhe forem feitas, nem a participar da reconstituição simulada, nem fornecer material 
gráfico para exame grafotécnico, etc. 
 
OBS: O ônus da prova pode ser definido como o encargo conferido a uma das partes referente à produção 
probatória relativa ao fato por ela alegado. 
 
PROVAS ILEGAIS 
 
As provas ilegais são um gênero do qual derivam três espécies: provas ilícitas, provas ilícitas por derivação e 
provas ilegítimas. 
 
a) Provas ilícitas São consideradas provas ilícitas aquelas produzidas mediante violação de normas de 
direito material (normas constitucionais ou legais). A Constituição Federal expressamente prevê a vedação da 
utilização de provas obtidas por meios ilícitos. 
 
 Interceptação telefônica realizada sem ordem judicial - a gravação de conversa informal entre os policiais e o 
conduzido ocorrida quando da lavratura do auto de prisão em flagrante. 
 Busca e apreensão domiciliar sem ordem judicial; 
 Prova obtida mediante violação de correspondência. 
 
b) Provas ilícitas por derivação 
São aquelas provas que, embora sejam lícitas em sua essência, derivam de uma prova ilícita, daí o nome 
“provas ilícitas por derivação”. Trata-se da aplicação da Teoria dos frutos da árvore envenenada, segundo a 
qual, o fato de a árvore estar envenenada, necessariamente contamina os seus frutos. Trazendo para o mundo 
jurídico, significa que o defeito (vício, ilegalidade)de um ato contamina todos os outros atos que a ele estão 
vinculados. 
 
 
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26 
c) Provas ilegítimas 
São provas obtidas mediante violação a normas de caráter eminentemente processual. 
 
 
ESPÉCIES DE PROVAS 
 
01) EXAME DE CORPO DE DELITO E PERÍCIAS EM GERAL 
 
O exame de corpo de delito nada mais é que a perícia cuja finalidade é comprovar a materialidade (existência) das 
infrações que deixam vestígios. 
 
O exame de corpo de delito pode ser direto, quando realizado pelo perito diretamente sobre o vestígio 
deixado, ou indireto, quando o perito realizar o exame com base em informações verossímeis 
fornecidas a ele 
 
O exame de corpo de delito é, em regra, obrigatório nos crimes que deixam vestígios. Entretanto, o art. 167 do 
CPP autoriza o suprimento deste exame pela prova testemunhal quando os vestígios tiverem 
desaparecido. 
 
Existem algumas formalidades na realização desta prova (previstas entre o art. 159 e 166 do CPP), dentre elas, a 
necessidade de que ser trate de UM PERITO OFICIAL, ou DOIS PERITOS NÃO OFICIAIS. E se houver 
divergência entre os peritos? Nesse caso (que só é possível na hipótese de dois peritos que estejam atuando 
na mesma área de conhecimento), cada um deles elaborará seu laudo separadamente, e a autoridade deverá 
nomear um terceiro perito. 
 
O Juiz pode discordar do laudo? Pode sim. Esta previsão está contida no art. 182 do CPP: Art. 182. O juiz não 
ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo,no todo ou em parte. 
 
 
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ESPÉCIE DE PERÍCIA REGRAMENTO DO CPP 
AUTÓPSIA Pelo menos seis horas após o óbito (salvo se pelos sinais da morte os 
peritos entenderem que pode ser feita antes) 
 No caso de morte violenta, basta o exame externo do cadáver 
 Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que forem 
encontrados, bem como as lesões externas e vestígios deixados no local 
 Para melhor esclarecer as lesões encontradas, os peritos, quando possível, 
juntarão ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou desenhos, 
devidamente rubricados 
 Serão arrecadados e autenticados todos os objetos encontrados que 
possam ser úteis à identificação do cadáver 
LESÕES CORPORAIS Caso o primeiro exame tenha sido incompleto, será procedido a novo 
exame, por determinação da autoridade policial ou do Juiz 
 O exame complementar pode ser determinado de ofício (sem requerimentode ninguém) ou a requerimento do MP, do ofendido, do acusado ou de seu 
defensor 
 No exame complementar os peritos terão em mãos auto de corpo de 
delito, para poderem complementá-lo ou retificá-lo (caso contenha erros) 
 Se a finalidade for comprovar que se trata de crime de lesão corporal 
GRAVE (por deixar a vítima afastada de suas atividades habituais por mais 
de 30 dias), deverá o exame ser realizado logo após o prazo de 30 dias 
 A ausência do exame complementar pode 
ser suprida pela prova testemunhal 
ANÁLISE DE DESTRUIÇÃO DE 
COISAS OU 
ROMPIMENTO DE 
OBSTÁCULO 
 Os peritos, além de descrever os vestígios, indicarão com que 
instrumentos, por que meios e em que época presumem ter sido o 
fato praticado, podendo proceder-se, quando 
necessário, à avaliação de coisas destruídas, deterioradas ou que constituam 
produto do crime 
INCÊNDIO Deve ser verificada (o): 
 A causa e o lugar em que houver começado 
 O perigo que dele tiver resultado para a vida ou para o patrimônio alheio 
 A extensão do dano e o seu valor 
 Demais circunstâncias que interessarem à elucidação do fato 
RECONHECIMENTO 
DE ESCRITOS 
Devem ser observadas as seguintes regras (literalidade do CPP): 
 A pessoa a quem se atribua ou se possa atribuir o escrito será intimada 
para o ato, se for encontrada 
 Para a comparação, poderão servir quaisquer documentos que a dita 
pessoa reconhecer ou já tiverem sido judicialmente reconhecidos como de 
seu punho, ou sobre cuja autenticidade não houver dúvida 
 A autoridade, quando necessário, requisitará, para o exame, os 
documentos que existirem em arquivos ou estabelecimentos públicos, ou 
nestes realizará a diligência, se daí não puderem ser retirados 
 Quando não houver escritos para a comparação ou forem insuficientes os 
exibidos, a autoridade mandará que a pessoa escreva o que lhe for ditado. 
Se estiver ausente a pessoa, mas em lugar certo, esta última diligência 
poderá ser feita por precatória, em que se consignarão as palavras que a 
pessoa será intimada a escrever (CUIDADO! O acusado não está 
obrigado a fornecer os padrões gráficos para a realização do 
exame, ou seja, não está obrigado a escrever nada, ou seja, ninguém pode 
ser obrigado a produzir prova contra si próprio). 
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02) INTERROGATÓRIO DO RÉU 
O interrogatório do réu (interrogatório na fase judicial) é o ato mediante o qual o Juiz procede à oitiva do acusado 
acerca do fato que lhe é imputado. O interrogatório, modernamente, é considerado como UMDIREITO 
SUBJETIVO DO ACUSADO (previsto, inclusive, no art. 5°, LXIII), pois se entende que faz parte do seu direito à 
defesa pessoal (subdivisão da ampla defesa, que conta, também com a defesa técnica, patrocinada por profissional 
habilitado). 
Assim, atualmente, se entende que o interrogatório é meio de prova e meio de defesa do réu. 
 
03) CONFISSÃO 
A confissão é um meio de prova através do qual o acusado reconhece a prática do fato que lhe é imputado. 
Para a validade da confissão, é necessário que ela preencha requisitos intrínsecos (ligados ao conteúdo da 
confissão) e extrínsecos (ou formais, ligados à forma de sua realização). Os requisitos intrínsecos são, 
basicamente, a verossimilhança das alegações do réu aos fatos, a clareza do réu na exposição dos 
motivos, a coincidência com o que apontam os demais meios de prova, etc. 
 
Os requisitos extrínsecos, ou formais, são a pessoalidade (não se pode ser feita por procurador), o 
caráter expresso (não se admite confissão tácita no Processo Penal, devendo ser manifestada e reduzida a 
termo), o oferecimento perante o Juiz COMPETENTE, a espontaneidade (não pode ser realizada sob 
coação) e a capacidade do acusado para confessar (deve estar no pleno gozo das faculdades mentais).Por 
adotarmos o princípio do livre convencimento motivado, e não o da prova tarifada, a confissão não possui 
valor absoluto, 
devendo ser valorada pelo Juiz da maneira que reputar pertinente. 
 
04) OITIVA DO OFENDIDO 
A oitiva do ofendido permite ao magistrado ter contato efetivo com a pessoa que mais sofreu as consequências do 
delito, de forma a possibilitar o mais preciso alcance de sua extensão. A primeira coisa que devemos saber é que o 
ofendido NÃO ÉTESTEMUNHA, pois testemunha é um terceiro que não participa do fato. 
O ofendido participa do fato, na qualidade de sujeito passivo. 
 
05) PROVA TESTEMUNHAL 
A prova testemunhal, embora não possua muito valor no processo civil (onde geralmente reina a prova 
documental), possui GRANDEVALOR na esfera processual penal, pois geralmente os crimes não estão 
documentados. 
 
 O militar deverá ser ouvido mediante requisição à sua autoridade superior, nos termos do art. 221, § 
2° do CPP; 
 O funcionário público será intimado (notificado) pessoalmente, como as demais testemunhas, mas deve ser 
requisitado, também, ao chefe da repartição (para que o serviço não fique prejudicado); 
 
06) RECONHECIMENTO DE PESSOAS E COISAS 
 
07) DA ACAREAÇÃO 
A acareação é o chamado “colocar frente a frente” duas pessoas que prestaram informações divergentes. 
Fundamenta-se no constrangimento, ou seja, busca-se que uma das partes fique com “medinho” e se retrate da 
informação errada que forneceu. Pode ser realizada tanto na fase de investigação quanto na fase processual. 
 
Os peritos não estão sujeitos à acareação! O STJ, contudo, já se manifestou pela possibilidade dessa 
acareação, quando houver suspeita de que um dos peritos (ou ambos) deliberadamente elaborou falsa perícia. 
 
 
 
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08) DA PROVA DOCUMENTAL 
A prova documental pode ser produzida a qualquer tempo pelas partes, salvo nos casos em que a lei 
expressamente veda sua produção fora de um determinado momento. 
 
09) INDÍCIOS 
Os indícios são elementos de convicção cujo valor é inferior, pois NÃO PROVAM o fato que se discute, mas 
provam outro fato, a ele relacionado, que faz INDUZIR que o fato discutido ocorre ou não. Nos termos do art. 
239 do CPP: 
Art. 239. Considera-se indício a circunstância conhecida e provada, que, tendo relação com o fato, autorize, por 
indução, concluir-se a existência de outra ou outras circunstâncias. 
Os indícios, porém, são diferentes das presunções, pois os indícios apenas induzem uma conclusão mais ou 
menos lógica (exemplo: Meu carro foi encontrado estacionado próximo ao local do crime, o que induz que eu 
estaria ali). Já as presunções são situações nas quais a lei estabelece que são verdadeiros 
determinados fatos, se outros forem verdadeiros. 
 
10) DA BUSCA E APREENSÃO 
Em regra a busca e apreensão é um meio de prova. Entretanto, pode ser um meio de assegurar direitos (quando 
se determina o arresto de um bem para garantir a reparação civil, por exemplo). 
 
A Busca e apreensão pode ocorrer na fase judicial ou na fase de investigação policial. Pode ser 
determinada de ofício ou a requerimento do MP, do defensor do réu, ou representação da autoridade policial. Por 
fim, a busca e apreensão pode ser domiciliar ou pessoal. 
 
A busca pessoal é aquela realizada em pessoas, com a finalidade de encontrar arma proibida ou determinados 
objetos: 
 
§ 2º Proceder-se-á à busca pessoal quando houver fundada suspeita de que alguém oculte consigo arma proibida 
ou objetos mencionados nas letras b a f e letra h do parágrafo anterior. 
 
Ao contrário da busca domiciliar, poderá ser feita de maneira menos formal, podendo ser decretada pela 
autoridade policial e seus agentes, ou pela autoridade judicial.Entretanto, mesmo nesse caso, a realização da 
busca deve se basearem FUNDADAS SUSPEITAS de que o indivíduo se encontre em alguma das hipóteses 
previstas no CPP. 
 
O CPP, de forma a compatibilizar a medida com os princípios da dignidade da pessoa humana, determina que a 
busca pessoal em mulher será realizada por outra mulher,

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